Marina Fülber 12/05/2024Eu já tinha tido um breve contato com o Poema Sujo há uns 10 anos atrás, quando participava de um curso de escrita criativa e o tema era poesia marginal, embora agora eu tenha visto que Ferreira Gullar não trata exatamente disso. De qualquer forma, na época, com minha pouca referência poética e vários preconceitos literários, não dei muita atenção e não botei muita fé.
Um vizinho me emprestou esse livro, demorei alguns meses pra quebrar as impressões de tanto tempo atrás, mas essa semana decidi ler e me surpreendi: não esperava que fosse gostar tanto. Inclusive, a imagem que eu tinha dele era completamente outra, e completamente equivocada. Me encantei com a forma de juntar e jorrar os acontecimentos, as lembranças, as palavras, os estilos diferentes, e sabendo de todo o contexto pessoal e social em que essa obra se insere e qual foi a sua intenção ao ser escrita. Só não devorei tudo no mesmo dia porque fui interrompido e tive que largar, mas, na primeira oportunidade, peguei o livro de volta pra terminar o mais rápido possível, numa ânsia de saber logo o que todo o poema diz. E foi incrível. Me trouxe muita inspiração, pensando em coisas que eu eu tenho planos de escrever, me abrindo novos caminhos que ainda não tinha pensado; além de considerar uma obra ótima, foi uma leitura que me expandiu, e prezo muito isso nas obras literárias. Recomendo muito.
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