Tigre, Tigre

Tigre, Tigre Margaux Fragoso




Resenhas - Tigre, Tigre


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Nathália 31/08/2011

"Tigre, Tigre" de Margaux Fragoso
Terminei de ler o livro e depois de ver tantas críticas negativas, me senti na obrigação de falar dele. Não direi que é um resenha, pois nem sei exatemente como fazer uma. É mais uma opinião.

Tigre, tigre não me parece ser um livro pra qualquer um. Não porque seja ofensivo ou superior a capacidade de compreensão de muitos, mas creio que muitas pessoas não conseguiram (e conseguirão) vê-lo como um livro que relata a história real de uma menina e um homem. É uma história pesada, dura, difícil, lírica, chocante... são muitos os adjetivos e nem todos vão estar preparados para isso, pelo assunto ser tão delicado.
Se você está lendo-o com o intuito de ver a autora acabar com o seu ‘pedófilo’, para descobrir uma receita de como sobreviver ou querendo uma luz no fim do túnel, não acredito que esteja lendo o livro correto. Vi Tigre, tigre como um relato, uma forma que a autora encontrou de entender, juntar os pedaços de sua história não dita, viver. Em uma entrevista a revista Época, entendi que Margaux Fragroso via no ato de escrevê-lo o oposto do que Peter escolheu. Não é a morte, mas sim a vida.
A autora conta sua história em primeira pessoa, às vezes na voz da criança que foi, e outras da mulher, da adolescente, da personagens que criou e representou. Também dá voz aos outros participantes dessa história. Recorre a cartas, fotos e diários para poder lembrar e detalhar, não sem alguns floreios, como foram partes dos 15 anos de convivência com Peter.
Dei 4 estrelas pela coragem da autora ao escrevê-lo e também por apreciar o que o livro passou pra mim: nem tudo é preto e branco. Um pedófilo não é necessariamente um monstro (no sentido de ser algo que não é humano). Uma criança não é totalmente pura ou boa. Ninguém é só bom ou mau. É um erro querermos condenar e reparar somente as consequências sem olharmos também para as causas.
Para gostar de Tigre, Tigre é necessário empatia, o que definitivamente não é o mesmo que simpatia. Gostaria que mais pessoas percebessem isso.
Ju Cordeiro 25/08/2011minha estante
Exatamente isso que eu senti lendo!


Nathália 25/08/2011minha estante
Bom saber, Ju :)


Ro 27/09/2011minha estante
Muito bom, é uma pena que a maioria não tenha o poder a compreensão


Kau 30/08/2013minha estante
Muito boa a resenha, e concordo com vc, para ler livros assim a pessoa precisa deixar preconceito e pensamentos pre concebidos de lado, empatia é fundamental, saber olhar os dois lados da historia sem julgar diretamente, apenas tentar entender o que aconteceu. Vou procurar o livro para ler, e parabens pela resenha, alias já leu Hoje eu sou Alice da Alice Jamieson? Recomendo a leitura o/


Ivan 21/02/2019minha estante
Excelente comentário. Concordo com você.




Erica 08/01/2018

Impactante, e pensar que o mundo está cheio de Peters
Para ler esse livro voce tem que estar com a mente totalmente aberta, não tente comparar a “Hoje eu sou Alice” “Não conte a Mamãe” “O quarto de Jack”...(Caso tenha lido alguns destes). Aqui o tema Pedofilia é tratado de maneira diferente pela vitima, o livro não retrata alguém traumatizada/quebrada e sim uma criança que se apaixonou perdidamente pelo adulto aos longos dos anos em que foi abusada e é aí que surge toda a polêmica da historia.
Eu achei esse livro muito interessante porque você vai percebendo da forma mais perturbadora como que o pedófilo conquista a sua vitima ao ponto da mesma gostar de ter vivido tudo aquilo mesmo anos depois sabendo que era tudo muito errado, o normal que conhecemos é a vitima ficar traumatizada, desenvolver síndromes e etc... aqui não, pois é uma lavagem cerebral tão grande que ela não percebe e nem aceita o quanto foi lesionada, eu acho que no fundo ate sabe mas ela acredita que tudo foi justificável .
É praticamente um romance pedófilo, o tempo todo fiquei muito chocada, porque o adulto que abusa de uma criança ele não aborda ela à força, ele usa a sua linguagem infantil o que acaba conquistando e ganhando total confiança da vitima pois ele cria “um mundo de Alice pervertido” e se ninguém te ensina o que é o certo, não existe o errado. Ao longo das paginas a autora também vai relatando sua infância ao lado de um pai bem violento e uma mãe doente, ela nos conta como ocorreu a sua proximidade com o homem que futuramente ela diria que é o homem da vida dela (pasmem!) e todos os momentos estarrecedores que viveram juntos, ou seja, não é um livro pra qualquer um ler, pois é necessário muito empatia, pois apesar das escolhas da autora o tempo todo ela continua sendo vitima e o livro mostra o quanto ela foi influenciada pelo (crápula)Peter.
Pesquisei recentemente sobre a autora no Google e descobri que ela faleceu ano passado, lá continha um relato dizendo “Eu ainda penso em Peter, o homem que eu mais amei no mundo, o tempo todo... Nós éramos amigos, almas gêmeas e amantes. Eu tinha sete anos. Ele tinha 51.".

Cleo 22/08/2018minha estante
Então ela escreveu a própria historia ? Que chocante . Quero muito ler , então vamos aproveitar a promoção ^^


Erica 22/08/2018minha estante
Sim, esse livro é bibliográfico, por este motivo achei bem impactante e estarrecedor!




Riva 28/08/2018

É mais um daqueles livros que te causa revolta: a primeira revolta é com a família da criança, que é totalmente desajustada e a segunda revolta é com o pedófilo em si.

Há uma simbiose entre a criança e o pedófilo, afinal, o pedófilo a trata de uma maneira muito melhor que seus próprios pais!

Ele é amigo, engraçado, risonho, brincalhao.... o papel perfeito para a criança que é menosprezada 24h por dia pai e tem uma mãe que vive entrando e saindo de hospitais psiquiátricos l!

Detalhe: a mãe foi alertada por um salva-vidas que o pedófilo beijou a criança na boca! Isso foi quando ela tinha uns anos anos! E ainda assim a mãe não deu bola para o assunto, afinal a explicação ?convincente? dada pelo pedófilo era irrefutável ?foi ela quem nem beijou, sem maldade alguma?!
Simone de Cássia 29/08/2018minha estante
Acho que já li minha cota de livros desse naipe...dou conta mais não :(


Riva 29/08/2018minha estante
Eu já nem falo mais isso, Simone (para não ter de morder a língua)!!!!




Baccharis 11/12/2018

QUAL O PAPEL DOS PAIS E DA ESCOLA NO ENSINO DOS FILHOS?
O livro com título Tigre, Tigre provavelmente inspirado no poema The tyger de William Blanke é uma obra autobiográfica da própria autora, Margaux Fragoso, que hoje é doutora em redação criativa e inglês pela a renomada Universidade de Binghampton. O livro de desenrola a partir da década 1980 Estados Unidos da América conservador, Margaux se encontrava inserida em uma família considerada tradicional e muito semelhante com as famílias presente no Brasil, seu pai é um joalheiro reconhecido, alcoólatra que se preocupa muito com sua reputação além de tudo é extremamente violento com sua única filha em alguns momentos ao decorrer do livro ele agride-a verbalmente e fisicamente, sua mãe possuí câncer e muitos problemas psíquicos, e seu pai a culpa de tudo isso, quando na verdade o culpado de tudo isso é ele

site: https://www.youtube.com/watch?v=Ty6VQRghwHs&t=39s
Baccharis 11/12/2018minha estante
VEJA O VÍDEO DA RESENHA https://www.youtube.com/watch?v=Ty6VQRghwHs&t=39s


Vitor.Hofstetter 12/06/2019minha estante
Nesse seu vídeo você diz que o livro é uma autobiografia da vida a autora... De onde você tirou essa informação? Pode me passar a fonte por favor?




Nana 01/07/2011

Um relacionamento doentio!
O livro é um relato de memórias da autora que nos mostra como o pedófilo foi conquistando aos poucos a sua confiança, até o momento em que ela já estava totalmente envolvida na relação e então, aos 08 anos de idade, começa a ser abusada sexualmente por ele.
Inicia com a menina de 07 anos e ele, na época, com 51 anos.
Eu tinha uma grande expectativa no inicio da leitura e aos poucos fui me decepcionando pois a narrativa não convenceu. Senti que as informações não eram tão verdadeiras quanto o esperado de uma biografia. Principalmente porque a maioria dos diálogos foram entre os adultos (o pedófilo e os pais dela) deixando a história pouco convincente. Ao escrever, já adulta, a autora não teria como lembrar de tantos detalhes descritos da infância, que certamente foram criados, deixando o livro sem muita credibilidade.
Outra coisa que me incomodou demais, foi o fato dela tentar fazer com que o leitor "simpatize" com o pedófilo. Fica claro que ela tem um sentimento de carinho (ou até amor) por ele e tenta descrevê-lo de uma forma que desculpe seus atos. Mas não tem como querer que uma pessoa "normal" que esteja lendo este relato sinta algum tipo de afeição por um MONSTRO que abusa de crianças.
Eu realmente não gostei do livro. Não consegui sentir qualquer tipo de simpatia por Margaux em nenhum momento (nem enquanto ela era criança), pois ela gostava do que estava fazendo e fez questão de deixar isso muito claro. A história é no mínimo vulgar, doentia e nojenta!
Se a intenção da autora ao escrever era chocar e causar polêmica, acredito que tenha atingido seu objetivo.
Minha conclusão final é que Margaux Fragoso deveria fazer um tratamento psicológico, pois assim como sua mãe que tinha problemas mentais, ela também não me pareceu ser uma pessoa normal.
Jeanne 04/04/2016minha estante
Nana, lendo a sua resenha, também acho que essa menina precisa de tratamento psicológico ou a família dela é tão desestruturada e ela seja tão carente que não consiga enxergar o tamanho da maldade que o Peter cometeu.




Profº Ivanílson 19/04/2015

Romance Pedófilo
Neste livro, é possível encontrar um caso clássico de pedofilia em que o predador por meio de muita astúcia consegue cercar uma criança e desarmá-la para qualquer tentativa de fuga. Margaux é uma menina que aos 7 anos de idade se tornou a presa de um pedófilo durante um momento de diversão em família, ela se sentiu segura com os "encantos" de seu predador. Durante anos guardou o seu segredo, vivendo um verdadeiro romance secreto cheio de fantasias, mas claro de abusos sexuais contra uma mera criança, onde passou por diversas situações que os colocaram em risco. Sua vida se tornou um turbilhão de emoções entre idas e vindas com o seu abusador, até que o mesmo pôs um fim em sua própria vida deixando o pouco que lhe restava para a agora mulher Margaux Fragoso.
Belle 19/04/2015minha estante
Livro interessante para compreender como se dá, muitas vezes, a relação entre abusado e abusador!!! Pondo imediatamente como "quero ler"!




Aymee2 03/12/2013

Tigres Perigosos
Esse livro é tão interessante que não sei nem por onde começar. Sei que todo mundo chega até ele como um “livro que relata pedofilia” mas não é só isso.Relata muito, muito mais que isso.

Peter não pode ser chamado de monstro, simplesmente porque ele não é a imagem que temos de um cara que chega com violência e estupra uma criança.É algo mais sutil que isso.Peter chega a ser o único amigo de Margaux, a única pessoa da qual ela tinha admiração e o único adulto com quem contar.Em muitos dos seus diálogos Peter não está errado, como quando diz que as pessoas são reprimidas sexualmente (pena que ele não disse isso com boas intenções) ele conversa com Margaux exatamente como a gente sabe que os pedófilos fazem...”não conte a sua mãe...eles não vão entender que a gente se ama...”

Temos que analisar toda a situação de Margaux antes de qualquer julgamento. Margaux é uma menina de 7 anos no inicio do livro, cujos pais estão casados apenas por conveniência. A mãe tem problemas mentais e o pai é um alcoólatra agressivo.Sem querer apontar culpados, mas me pareceu que os dois estavam ocupados demais brigando pra notar a filha, que precisava de atenção. Margaux só tinha a atenção de Peter, já que o péssimo pai só servia para chegar bêbado e brigar a chamando de animal e vergonha.Tive muito mais raiva do pai dela do que de Peter.Sim, Peter era um pedófilo mas era um cara de fora da família, sem nenhuma obrigação e que muitas vezes foi mais gentil que o próprio pai da garota, já o pai dela a ofendia, cortava seu cabelo curto sem permissão destruindo sua autoestima e ainda a culpava pela doença da mãe.Ele se importava somente em manter as aparências a ponto de dizer que Margaux a envergonhava, ou seja,é o típico cara raso que adora dizer como todo mundo deve viver.cada trecho que ele aparecia com seu papo machista me dava náuseas, é o tipo de cara que me faz pensar que deveria existir algum tipo de CNH ou coisa assim pra se retirar antes de ter filhos.A coisa teria sido bem menos pior se não fosse o machismo e o egoismo dele, que dizia que era melhor ter uma filha morta do que abusada.Que filha iria confiar em alguém assim?

Quando Margaux faz 12 anos suas relação com Peter consegue ficar ainda mais abusiva, pois os dois tem brigas direto como se fosse adultos e várias agressões.Na maior parte do tempo que li meu pensamento foi: COMO É QUE NINGUÉM NOTOU? Margaux não comia, sofria bulling na escola, piorou seu desempenho, estava claro que tinha algo errado e me entristece que mesmo sendo claro assim ela não tinha ninguém ao seu redor com quem contar.Ninguém.Por isso um velho que dizia amá-la continuava sendo importante.Mesmo a agredindo.Por sorte, ela também aprende a ser cruel com Peter e ai vimos a fragilidade dele.Um cara completamente traumatizado que sabe que está errado mas não sabe como reparar seu erro.Fica claro que Peter abusou de outras crianças, e que também foi abusado sexualmente na infância. Isso não teria acontecido se ele tivesse tido um tratamento antes.Mas como a autora disse, dificilmente um pedófilo busca tratamento, não só por achar que não está errado mas também por medo da reação da sociedade.O resultado disso nós já conhecemos.

Outra coisa que me chamou a atenção foi a forma com que a mãe de Margaux era tratada.Ela era totalmente silenciada devido a sua doença, mesmo quando estava bem, não tinha nenhuma voz dentro de casa e era hostilizada pelo marido de todas as formas, e isso piorou seu quadro drasticamente, a solução do infeliz foi jogar a culpa da doença em Margaux enquanto ele enchia a cara.A maioria dos casamentos nesse livro parece ser por conveniência, coisa que também não me pareceu nada saudável.

Isso sem contar sobre os outros garotos da casa de Peter, que provavelmente já foram abusados também e ainda tinham de ver a mãe sair com um cara que furtava dinheiro pra comprar cocaína...quando lembro de todas as pessoas dessa livro, me parece que todos, de alguma forma são vítimas.Espero que hoje já tenham superado tão bem como Margaux.

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Inayê Ramiro 27/05/2014

O obscuro mundo de Tigre Tigre
O livro narra de uma forma que foge da concepção que aqueles que estão de fora de uma história, semelhante a que se passa com Margaux, imaginaria.
Houve uma certa tensão transmitida a mim através de cada página, Peter não é inocente, ele priva Margaux e trás outras consequências de peso para a vida dela, principalmente durante a adolescência. Mas ao mesmo tempo ele gosta dela de verdade e isso o tormenta no final das contas, já que ele percebe o quanto faz mal à ela e ainda assim ambos criam uma grande dependência de um pelo outro, o que supera a vergonha, medos e a dor que a situação provoca no psico dos dois.
É possível acompanhar o crescimento de Margaux e o envelhecimento do Peter, cabe ao leitor no final julgar a inocência perdida, os conflitos gerados, as dores causadas mas o apoio mútuo quando ambos precisaram... E fica complicado julgar o todo, já que a família de Margaux não era bem estruturada e Peter deu apoio em diferentes momentos.
Fica uma análise do poder de manipulação e como abordado mais no final, a autoilusão que o pedófilo cria sobre si mesmo, de que não... não está fazendo nenhum mal para suas vítimas.
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Mari M. 19/02/2017

Terrivel verdade !
Forte , muito forte. Paginas que me deixaram de olhos arregalados.A pedofilia de uma maneira totalmente inédita , vista pelos olhos da criança abusada e encantada , convencida de que aquilo era o certo a se fazer...Pior que somente um estupro fisico , um estupro mental que deixa marcas eternas.
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dolk666 28/03/2018

A melhor história de amor
É a melhor história de amor que já li na minta vida.
É uma ingrata.
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Vanessa 03/04/2019

Complexo ao extremo
Não é um romance simplista. Não estou querendo fazer nenhuma apologia a pedofilia - que fique bem claro- mas este livro é extremamente complexo. Margoux tem malícia, tem intensidade, não é uma criança completamente inocente. Peter não é inteiramente mau. Ele não ultrapassava os limites do que ela queria ou demonstrava querer. Prova disso é que esperou anos para tentar fazer sexo com ela. É preciso muito estômago para ler esse livro e pra tentar entender que para além das idades, existia um sentimento de companheirismo e de amizade muito grande. Observe que o mundo lúdico criado pelos dois era o foco central da história, não o sexo. Muitos condenaram a família veementemente e eu concordo com isso- mas observem que a família permitiu a reaproximação após perceber a decadência da menina. Peter é o veneno, mas por vezes era o remédio. Era a salvação da menina em um mundo atormentado por um pai que vivia apenas de aparências e por uma mãe completamente alheia a tudo. Fica uma lição para os pais: cuidem de seus filhos com amor, para que eles não achem ?abrigo? em outras pessoas.
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Wania Cris 08/07/2019

Uma leitura difícil
O tema é extremamente polêmico, porém a escrita permite acompanhar acontecimentos tão hediondos com menos incômodo. Nunca conseguirei colocar em palavras meus sentimentos ao terminar esse livro. Raiva, nojo, pena, tristeza...
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Josie 24/07/2019

Livro impressionante. A postura de Margaux ante à narrativa é de uma franqueza desconcertante.
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