Diário do Subsolo

Diário do Subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Memórias do Subsolo


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Mori5 28/05/2024

Fez eu me senti um analfabeto, quando mais eu lia mais perdido eu ficava frase que me pegaram ficava horas tentando entender e mais horas sentado sentado posição fetal quando entendia, o mano fiodo sabe toca o terror na mente de qualquer palhaço do mal ou tu te pega tendo raiva da história ou entrando em depressão depois disso
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Mariana113 28/05/2024

Forte.
Comecei a leitura com muita expectativa. Até então, não conhecia nada da escrita de Dostoiévski. No começo eu fiquei um pouco confusa, mas o jeito que o autor escreve sobre coisas que temos vergonha de admitir que sentimos? isso fez o livro valer muito a pena!
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rayssadioli 27/05/2024

O protagonista, que não nos evidencia seu nome, vai, por meio dessa novela, se expor, mostrando, principalmente, coisas nada atrativas que compõem seu caráter, por meio do qual muitas pessoas podem se identificar, como infelizmente foi o meu caso. No entanto, apesar do ?infelizmente?, acho que isso é bem comum, de modo que provavelmente deve ter sido escolha do próprio autor isso de retratar a sociedade expondo seu lado que, apesar de todos os esforços para não demonstrar suas fraquezas e defeitos, esses são, inevitavelmente, em algum momento expostos, mas, no caso do narrador, isso acontece a todo momento, principalmente devido às suas escolhas.

Esse livro é um dos precursores do Existencialismo, uma corrente filosófica, de modo que, caso o leitor a conheça, mesmo que previamente, torna-se aqui possível relacionar e identificar ideias dos principais filósofos existencialistas, bem como ter uma interpretação mais rica da novela.

As ações escolhidas pelo personagem são, muitas vezes, impulsivas, resultando em episódios desagradáveis na vida do protagonista, os quais serão remoídos por ele durante sua narração. Dessa forma, fica evidente o impacto da liberdade incondicional, e o personagem, sendo livre, escolhe tomar atitudes que culminam em seu arrependimento e consequente angústia e ódio, o que foi muito bem explorado pelo autor.

Trata-se de um personagem extremamente contraditório tanto consigo quanto com os outros. Isso acontece de tal forma que ele, em um dado momento de sua vida, mesmo desprezando certas pessoas que estudaram com ele em seu tempo de escola, se oferece para acompanhar estes, oferecendo dinheiro que ele nem ao menos tinha sobrando, o que nos mostra que ele queria desesperadamente ser incluído socialmente, assim como ser bem visto, apesar de, como dito anteriormente, desprezar tais pessoas. Contudo, sua tentativa de se mostrar superior e fazer os outros o admirarem não foi bem sucedida, de maneira que consegue outro motivo para sua angústia.

Outra parte que exemplifica bem a personalidade do personagem é quando ele, ao ser ignorado e tratado como se fosse um ninguém, é tomado por um profundo ódio do homem que o trata desse jeito. Isso acontece quando ele vê um homem sendo arremessado pela janela de um lugar e, em seu anseio por querer sentir algo, tenta provocar para que o mesmo seja feito com ele, de modo que se coloca na frente da passagem das pessoas e um homem simplesmente o tira de lá, do caminho, como se ele não fosse nada. A partir disso, suas atitudes beiram o absurdo, ele persegue esse homem e fica completamente obsecado devido ao seu ódio, mas não faz nada no final das contas.

Escolhi detalhar os ocorridos acima para mostrar como é o personagem, que vai se descobrindo extremamente insignificante, mas que, ao mesmo tempo, acha-se superior pelo fato de se enxergar como alguém que tem clara consciência das coisas.

Após ter se sentido humilhado frente ao homens com quem ele saiu, ele os procura, mas não os encontra, deparando-se com uma protista, para a qual dirige diversas recriminações e, posteriormente, ele próprio se revela a ela.

Em suma, essas memórias autodestrutivas e amarguradas do narrador, apesar de serem pesadas no quesito psicológico, são divertidas de serem lidas, pelo menos no que tange ao meu ver, já que os momentos contraditórios do personagem, as situações absurdas por ele vividas, a maneira como a história é contada? Tudo isso torna a história única e interessante, o que confesso que não me surpreende vindo do Dostoiévski, vulgo meu autor favorito. Assim, recomendo a todos essa leitura, que é, sem dúvida, mais uma das obras-primas do autor.
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Talis.Melo 27/05/2024

O que perturba uma mente conturbada a leva aos extremos do que sua mente é capaz de desafiar. Diante do sofrimento e desconforto, a permanência é uma suposta prova de resistência para si próprio a fim de comprovar a sua existência, pois não basta o raciocínio e o conjunto de ideias, tomado por ideal. Os ideais são postos à prova, quando a civilização não é capaz de por si só conter o deplorável despotismo que é visto até mesmo no amor, então tudo que revolve à prova existencial, até mesmo os mais nefastos sentimentos são inerentes a vida. Mas apesar dos controversos pensamentos deste ser quebrado, é perceptível a importância para com a opinião alheia, ainda que ele possivelmente não assuma.

Quando em seu monólogo, falando para outros, ele é auto-remendado com frases como "eu sei o que você está pensando" ou "você provavelmente riu disso", pode-se evidenciar uma confiança abalada ou a importância da opinião de quem está ouvindo o que ele tem a dizer. É o que acontece novamente quando conhece Liza, mas não quando se vê num jantar com pessoas que ele não respeita. Neste jantar, ao ser confrontado, ele não tem medo nem mesmo de um embate físico, mas os seus pensamentos são mais longos do que as suas palavras. Ele se sente mais culto e intelectualmente superior, ainda que não queira provar. Então, esse homem tenta equilibrar a sua razão ao lado da emoção, pois ele sabe que sua mente está no lugar, mas se força a coisas que não quer, pois ainda assim, ao se pôr diante de situações indesejadas, ele está vivendo.
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maltchik/ 27/05/2024

Nem mau nem bom, nem crápula nem puro, nem herói nem inseto!
Que viagem foi entrar na cabeça do personagem principal. O cara é completamente perturbado, infeliz, contraditorio a quase todo momento.

O livro é dividido em duas partes, a primeira é frenética. Dostoievski mal da espaço pro leitor respirar jogando ideias, expondo a filosofia, a visão do mundo do narrador. Já na segunda parte foca na vida dele, e em alguns acontecimentos que o fizeram chegar em tal situação.

Pra mim essa n foi uma leitura simples e fluída. É um livro que requer ser lido com atenção e refletindo a cada parágrafo. Mas isso n foi um defeito, a certo ponto isso ajuda ainda mais na imersão.

Confesso que no momento eu talvez n tenha muito conhecimento filosófico, político. E tb de todo o contexto da época em que o livro foi escrito e tenha deixado passar muitas camadas do personagem e da história desapercebidas durante a leitura, mas mesmo assim ainda foi muito interessante. Em uma releitura daqui a algum tempo com certeza aproveitarei mais dessa obra.
Mila Campos 27/05/2024minha estante
eu sou apaixonada por esse livro ?


maltchik/ 27/05/2024minha estante
Mila Campos, tb gostei, quero ler outros desse autor


Marcos.Detanico 27/05/2024minha estante
Muito boa resenha, esse livro tá minha lista há muito tempo, mas ainda não tive coragem de começar


maltchik/ 28/05/2024minha estante
Marcos.Detanico, se prepara, Dostoievski tava inspirado, principalmente na primeira parte




LadyVox 26/05/2024

Paradoxal e confuso
Não sei se leria de novo e me fez questionar minha capacidade intelectual. Como entusiasta da literatura russa, quis conhecer mais sobre Dostoievski e me aventurei em memórias do subsolo. Essa obra dividida em duas partes me surpreendeu, com um protagonista de caráter duvidoso e reflexões profundas com certeza é uma obra de destaque. Porém, confesso que a narração é um pouco engessada e de pouca fluidez. A medida que vamos acompanhando a história temos mais raiva do protagonista, o qual não tem nem seu nome revelado, e essa raiva se mistura com confusão mental, porque caramba ele é chato mas suas reflexões trazem muita identificação. Chega a ser absurdo o quão profundo vai na psíque humana.
nat 28/05/2024minha estante
ok, só aumentou minha vontade de ler agr ??




Pedro2353 26/05/2024

Eu sou um homem doente... Eu sou um homem mau
"Memórias do Subsolo" é uma obra seminal do escritor russo Fiódor Dostoiévski, publicada em 1864. Considerado um precursor do existencialismo, o livro explora temas de alienação, liberdade e a complexidade da mente humana.

A narrativa é dividida em duas partes. Na primeira, o narrador, um homem sem nome, faz um monólogo introspectivo e filosófico sobre sua visão de mundo e sua existência à margem da sociedade. Na segunda parte, são apresentados episódios específicos de sua vida, que fornecem contexto para suas reflexões.

Dostoiévski utiliza o narrador para investigar temas como a autodestruição e a hipocrisia social. O estilo é denso e introspectivo, desafiando o leitor a refletir sobre suas próprias crenças e preconceitos.

"Memórias do Subsolo" é uma obra marcante por sua análise psicológica profunda e seu retrato cru da condição humana, oferecendo uma leitura intensa e provocativa sobre a liberdade, a moralidade e o isolamento existencial.
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euliteraria_ 25/05/2024

?O fim dos fins, meus senhores: o melhor é não fazer nada! O melhor é a inércia consciente! Pois bem, viva o subsolo!?

?Juro ao senhores que ter consciência demais é uma doença, uma doença de verdade, perfeita.?

Memórias do Subsolo é dividido em duas partes.
A primeira: a confissão, um diálogo e monólogo no qual ele descreve e revela seus pensamentos mais intuitivos e íntimos. Ele fala mal dele mesmo, o ridiculariza para que tenhamos algo contra ele. Ele se descreve como anti-herói.

?Sou um homem doente... Um homem mau. Um homem desagradável.?

?O que é melhor, uma felicidade barata ou um sofrimento elevado??

Nele vemos um homem claramente perturbado que nunca conseguiu lidar bem com questões emocionais. Mas o mais interessante é que ele tem consciência disso! Ao mesmo tempo que ele critica várias de suas ações, ele também quer ter uma brecha dentro desta sociedade que o despreza. O narrador revela-se incapaz de tomar decisões ou agir com confiança. Tudo isso faz com que ele saia do mundo e migre para o seu subsolo, evitando fantasias sobre a vida e ao mesmo tempo sendo incapaz de fazer algo produtivo para si mesmo.
?Na segunda parte do livro o narrador revela acontecimento que ocorreram em sua vida que foram de suma importância a ele, usando ideias e questionamentos apresentados na primeira parte!

Quanto mais fundo ele vai mais agoniado ele se sente. Em toda narrativa do livro a gente sente que o ser humano é feito apenas de sonhos e de impressões! O homem só faz coisas más por que não compreende sua própria alma.
Podemos chegar à conclusão, que as vezes a vida apresenta o nosso próprio subsolo de nosso próprio pensamento de insignificância!
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Joao.Boddah 24/05/2024

Complexos
De duas, uma...

Ou eu não estou preparado intelectualmente para ler esse livro, ou ele é realmente ruim... Pois tive baixa compreensão, literatura muito cansativa, não sentia render a história, não me envolvia. Porém tem algo misterioso nesse livro que me atraia a continuar lendo, chegou no fim e não mudou nada minha visão sobre o livro. Complexo... Em outro momento da vida irei voltar a ler. Por enquanto nota 3/5
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WallyMenezes 23/05/2024

Pretendo ler de novo um dia
O protagonista desse livro é simplesmente incrível, ele consegue ser extremamente humano, traz diversos de seus pontos de vista sobre os acontecimentos que lhe aconteceram em 40 anos, porém como toda criatura viva, ele se torna uma mescla de emoções em muitos pontos.

O livro trata muito sobre como o protagonista reagiu a seu isolamento no que chama de "subsolo", o local ao qual se isola do mundo com todo seu enorme orgulho e possível mau caráter, a primeira parte do livro traz aspectos mais psicológicos, o segundo traz suas memórias que comprovam muito de seus ideais como uma pessoa do subsolo.

Creio que o que move o personagem são dois pilares, o primeiro sua crença de vontade, uma crença em total emoção que defende que ele faria o que quiser apenas por sua própria vontade mesmo que isso lhe cause mal, pois a vontade move o ser humano, o segundo é o seu auto julgamento, o protagonista se vê como uma pessoa péssima mas estranhamente inteligente, orgulhosa e nobre, e de fato ele é uma pessoa péssima que tenta se agarrar a esses pontos que criou a toda força e vemos em várias partes do livro.

Esse livro foi incrível do começo ao fim, eu senti um ânimo fervoroso, uma tristeza, uma raiva, o sentimento de pena por uma criatura tão miserável e a sensação real de ver alguém se destruindo, eu tive inúmeras emoções e pretendo reler de novo um dia.
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Madu Olifotet 23/05/2024

E realmente desta vez proponho já da minha parte uma pergunta ociosa: o que é melhor, uma felicidade barata ou um sofrimento elevado? Vamos, o que é melhor?
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vuyazi 22/05/2024

Ter consciência demais é uma doença.
O livro me fez vaguear pelos lugares mais ocultos da minha mente, conforme a narrativa decorria. Fiquei dias e dias pensativa, foi excepcional para meu autoconhecimento. Indico super!

? A "vida viva", por eu estar tão desacostumado com ela, me esmagava a tal ponto que era difícil até respirar.
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cah 22/05/2024

Livro que te causa angústia, uma mistura de ódio e tristeza. A forma que o protagonista conta suas memórias, sempre se desprezando e ao mesmo tempo enaltecendo sua inteligência te causa essa essa sensação.
Amei a experiência da leitura, em muitas partes é fácil de entender os sentimentos do personagem e de até mesmo se identificar com ele. Talvez muitos de nós também estamos no subsolo e basta partir da gente querer sair de lá ou viver preso pra sempre lá.
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gisellyyy 21/05/2024

"é opressivo até ser gente"
Quando comecei essa leitura eu não fazia ideia do quanto iria me ver em alguns trechos. e nem sei explicar bem o porquê de ter me identificado com algumas partes, só sei que assim que li aquelas palavras senti elas vivas dentro de mim.

o protagonista tem tanto desespero, há tanta agonia e desprezo nas entrelinhas que foi um pouco sufocante pra mim. ele tem uma visão clara de si mesmo, se vê como uma pessoa doente e má, lhe envergonha ser quem é. ele se entrega a muitos de seus pensamentos e emoções intrusivas, tem gosto em se causar desconforto e em se ver sofrendo. faz questão de chegar à desgraça, ao fundo do poço, ao seu subsolo.

ele se mistura ao desespero dele de tal forma que se vê sem controle algum, se encontra paralisado e conformado. ao mesmo tempo em que se isola dos outros, ainda acaba procurando aprovação e validação alheia. quer ser melhor, quer ser superior, quer dominar. é consumido por si mesmo.
não se permite acesso à "felicidade" e amor não é possível. possui uma verdadeira aversão à "vida viva". no fim, afirma que "temos" vergonha de ser gente com corpo e sangue, que é humilhante. é exatamente assim pra ele.
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Audrey 21/05/2024

A história narra a vida do protagonista que tem diversos conflitos internos, além de ter uma doença no fígado. Ele se autointitula como um homem doente (física e de temperamental), que escolhe ser raivoso com ele mesmo, com a vida e com todos.
No meio do cenário ele se envolve com Liza, uma prostituta, cria expectativas nela e depois a trata igual lixo.
Um homem que sente a necessidade de aprovação dos outros, é um pouco narcisista. Age em certos momentos com vingança perante seus inimigos, mas mais fere a si mesmo e sua autoestima do que os outros.

O livro é um pouco enrolado, precisa fazer um esforço pra entender os contextos e o que está acontecendo, pois é uma linguagem mais implícita, filosófica e reflexiva, mas nada muito difícil, só exige muita atenção na leitura. Não é uma leitura de fácil digestão que rola fluída.
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