Diário do Subsolo

Diário do Subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Memórias do Subsolo


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mariaribeir 30/04/2024

Memórias do subsolo
Depois de um tempo que li, digeri melhor e posso resenhar de maneira mais satisfatória.

De fato, é meu livro mais surrado e rabiscado, pois incessantemente me via nas linhas de Dostoievski. Me surpreendi ao ver que o estigma colocado na literatura do autor não passava de rumores, não foi difícil de ler, e sim de largar o livro!

Me senti em paz ao perceber que não sou a única com pensamentos ?subsolianos?, me espantei ao me identificar tanto com este homem asqueroso, e tão coitado, fui todas suas metáforas.


Atenciosamente,
Maria Ribeiro.
ste.azvdo 30/04/2024minha estante
Agr quero muito ler por causa da crise dos 20 kkk


mariaribeir 30/04/2024minha estante
LEIAAA




Javalis de Chernobyl 29/04/2024

“Senhores, admiramos que o homem não seja estúpido […] Mas, ainda que não seja estúpido, é monstruosamente ingrato! […] Penso até que a melhor definição do homem seja: um bípede ingrato. Mas isto ainda não é tudo, ainda não é seu maior defeito; o seu maior defeito é a sua permanente imoralidade […] e, por conseguinte, também a falta de bom senso […] Experimentai lançar um olhar para a história do gênero humano: o que vereis? […] Numa palavra, pode-se dizer tudo da História Universal - tudo quanto possa ocorrer à imaginação mais exaltada. Só não se pode dizer o seguinte: que é sensata.”(Pag.42/43)


Memórias do subsolo talvez seja a mais clássica das obras curtas do Dostoiévski. Uma história tão icônica, que o arquétipo do personagem principal originou outros personagens, como Travis Bickle, protagonista do longa de Scorcese, Taxi Driver.

O livro se divide em duas partes: A primeira consiste na apresentação das filosofias do personagem, pouco se sabe sobre quem é, além de ser um ex-funcionário público da administração czarista, aposentado. Um homem que vive do rancor e da mágoa acumulados ao longo da vida, e que se orgulha de ser um sujeito vil. Que despreza as fundações de sua sociedade e as crítica ao passo que fomenta sua forma de pensar. É um moralista. Nesse sentido, Dostoievski se mostra uma clara influência pra obras freudianas como Mal-estar na civilização, além de uma importante referência e fonte para historiadores pensarem a história contemporânea em meados do século XIX.

Por exemplo, no capítulo VII, entre as páginas 32 e 39, o personagem tece uma crítica a ideia ingênua da sociedade moderna, de que a civilização abranda os instintos de violência e maldade humanas, trazendo exemplos à sua época de que a civilização europeia produzia atos de violência tanto quanto qualquer período do passado (ele cita Napoleão III e a guerra de secessão). A civilização europeia, portanto, seria ainda mais bárbara, vil e sanguinária do que as outras, já que no passado a violência era um modus operandi pouco questionado, enquanto que a civilização moderna, avançada científica e moralmente - do ponto de vista eurocêntrico - julgava a violência um recurso da barbárie, e ainda assim o produzia em larga escala. Esse trecho é fundamental pra entender a critica a civilização ocidental e suas bases fundamentais, como a ciência e a filosofia iluminista. Dostoievski, aqui, se torna atemporal, ao pensarmos, se nos distanciarmos de seu tempo, no século XIX e as guerras que produziu, e também na própria Rússia do século XXI. Ele também ensaia uma leve crítica a teorias econômicas positivistas, como o socialismo.

A segunda parte narra algumas memórias da juventude do narrador, onde ele fala mais sobre sua vida social e dialoga com um interlocutor imaginário, no qual ele sempre imagina que este ri de seus relatos. Está sempre sugerindo que o leitor lê suas palavras com deleite, que ri de cada frase desesperada que ele deposita. Essa parte é onde Dostoiévski brilha, pra mim, apesar de que o final não me agrada tanto.

A grande ironia de Dostoievski nessa obra está na palavra do narrador, que claramente tem uma visão deturpada da realidade e de si mesmo: Diz pra nós que não é um covarde, quando se acovarda a todo tempo, declara seu desprezo por todos ao seu redor, quando muitas vezes apenas desejava ter amigos. O narrador é um homem amargurado, por ser excluído. É o que nós hoje conhecemos na internet como "incel".
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Pegorelli 26/04/2024

Icônico Dostoiévski
Apesar de sua obra prima ser, indubitavelmente, Crime e Castigo, "memórias de um Subsolo" mostra uma parte da essência humana, que está presente hoje em dia. De maneira simples pode-se dizer que o protagonista é como um jovem de hoje. E como serão os seus arrependimentos no futuro.
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Guilherme 26/04/2024

Fudido
O protagonista é um fudido, top10 pessoas mais fudidos do mundo dos fudidos, 🤬 #$%!& que cara fudido, em uma escala de não fudido para muito fudido ele está no muito fudido para um 🤬 #$%!& .
O livro é foda
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spoiler visualizar
Athis 25/04/2024minha estante
Você assistiu um vídeo de Jordan Peterson falando sobre esse livro?


literalyne 26/04/2024minha estante
não, mas vou assistir




wouters 23/04/2024

é uma leitura profunda, densa e cheia de detalhes, te faz refletir bastante e te deixa bem pensativo em algumas partes. o livro é ridiculamente bom, recomendo do leitor iniciante até o mais experiente. PERFEIÇÃO PURA!
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Angelica.Shihara 23/04/2024

Minha primeira leitura de Fiódor Dostoiévski, eu achei que seria pesado e com palavras rebuscadas, mas não foi.
Com pensamentos profundos, o autor chega ao seu ?fundo do poço? e aí ele coloca pra fora seus piores pensamentos e comportamentos, ele se coloca numa posição de super inteligente e isso faz com que ele não se importe em viver de forma harmoniosa em sociedade, é bem doido, mas eu gostei.
Achei bem reflexivo.
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Paloma584 23/04/2024

Retrato do superhomem ao contrário
Retrato de um ser humano tentando afastar-se do humano enquanto se aproxima da dor da existência.

"Somos natimortos"
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maxine. 23/04/2024

?Se a vontade se combinar um dia completamente com a razão, passaremos a raciocinar em vez de desejar, justamente porque não podemos, por exemplo, conservando o uso da razão, querer algo desprovido de sentido e, deste modo, ir conscientemente contra a razão e desejar aquilo que é nocivo a nós próprios.?
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julia5908 22/04/2024

"o sofrimento é a causa única da consciência"
"o que é melhor, uma felicidade rasteira ou sofrimentos sublimes?"

acho que nunca na minha vida li um livro que retrata a vida de alguém tão miserável e infeliz como dostoievski fez nesse livro. o homem na mais pura infelicidade e agonia cono nunca vi. demorei pra terminar porque queria absorver de fato muitas partes que achei importantes e, se pudesse, iria querer ler de novo como fosse a primeira vez
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tklisz_ 22/04/2024

Covardia
"Deixai-nos sozinhos, sem um livro imediatamente ficaremos confusos, vamos perder-nos; não saberemos a quem aderir, a quem nos ater, o que amare o que odiar, o que respeitar e o que desprezar. Para nós é pesado ser gente, gente com corpo e sangue autênticos, próprios; temos vergonha disso, consideramos tal fato um opróbrio e procuramos ser uns homens gerais que nunca existiram"

Eu adorei, a história é muito boa mas maçante e cansativa ao mesmo tempo, é uma experiência, o ato de se afogar diversas vezes pela covardia humana faz nos perceber que somos tão covardes quanto.
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vitAria80 22/04/2024

O mano era complexado, ainda bem que não existia terapia naquela época e o dostoiévski desconheceu os bens da psicologia, graças a isso temos relíquias como essa.
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RomArio45 21/04/2024

O que é o subsolo?
A pergunta que me acompanhou desde o princípio da leitura deste livro foi: "O que é o subsolo"? Sabemos que o narrador fala dele, das memórias dele. Sabemos que não se trata de um espaço físico. Mas, então, o que seria? Uma condição? Um estado de espírito? O que seria o subsolo do Dostoiévski? Darei minha opinião limpa de resenhas e conversas profundas sobre o assunto:

Ele começa o livro falando que é um homem "mau, desagradável e doente" e começa a falar de sua relação com profissionais da saúde, um pouco da filosofia de vida, aspectos de vingança e etc... Na parte dois, nos deparamos com algumas memórias da vida dele, memória não boas necessariamente, que envolvia vingança, inveja e até mesmo opressão da parte deles. Temos duas realidades no texto: os fatos e os devaneios e complexos de grandeza do narrador, do homem do subsolo. Eu creio que o subsolo é esse lugar de onde ele consegue enxergar a vida passando diante de seus olhos, uma realidade que lhe irrita profundamente, porque ele é diferente dos seus devaneios, é pobre, praticamente não tem amigos e tem uma personalidade repulsiva.
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Rafaela.Fuchs 20/04/2024

Consciência demais também é doença
Uma obra com tanta dualidade e tantas reflexões sobre todos os complexos humanos que até hoje eu fico refletindo sobre esse livro
Faz com que todos se identifiquem porque dostoiévski faz uma análise e apresenta seus pensamentos d uma maneira que não há nada igual, ele representa a decadência do estado mais definitivo e visceral de humilhação e de degradação mergulhando os personagens nessa lama ( personagens sempre são conceitos muito fortes dos conflitos da época mas igualmente pessoas)
Obra filosófica, psicológica e além e tudo humana e pessoal, é um mergulho caótico dentro da mente humana do personagem (hipocrita)

Não tenho nem palavras pra esse livro? :?)

?Esse prazer vem justamente da sua própria humilhação, vem de perceber que você desceu ao último degrau, de que isso é detestável, mas não pode ser diferente, de que não há saída e de que você nunca vai ser uma pessoa diferente, de que, mesmo que ainda está esse tempo e fé para se transformar em outra coisa, com certeza, você mesmo não ia querer se transformar, porém, se quisesse, ainda assim não faria porque no fundo, talvez não exista nada em que se transformar.?

?O ser humano jamais abriria a mão do sofrimento verdadeiro, ou seja, da destruição e do caos.?

?Afinal, toda questão humana, o que parece, se resume, na verdade apenas em que ser humano precisa provar para si mesma, todo instante, que ele é um ser humano e não um pedal de órgãos.?

?Aniquilem meus desejos, extirpem meus ideais, mostrem-me algo melhor e, então, eu seguirei os passos dos senhores.?

?
?Quem sabe o sofrimento é vantajoso para ele quanto o bem-estar.?

?Então, eu sou único, e eles sao todos.?
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Matheus656 20/04/2024

Dualidade de sentimentos
Antes de tudo, começarei falando sobre a escrita, que demanda bastante atenção e interpretação em varios momentos, é uma escrita viciante, mas de certa maneira complexa?
Em varios momentos do livro senti raiva do personagem, mas em varios outros senti pena? é uma dualidade insana de forma de pensar e agir, em varios momentos pensei comigo mesmo: ? qual o sentido de fazer isso? ?
De certa maneira me surpreendeu bastante, a ética e moral apresentada no livro é surreal de brilhante, e de novo, merece atenção redobrada em varios capítulos ( Provavelmente vou ler denovo )

É leve, surpreendente, ?belo e sublime?

? Frases que achei interessantes;

? Como eu a odiava e como ela me atraía naquele momento ! ?

? O que é melhor, uma felicidade barata ou um sofrimento elevado? ?

?(?) porque, embora sua mente funcione, o coração está escurecido pela depravação e, sem um coração puro, não haverá consciência plena e correta. ?

?O ser humano adora criar e abrir caminhos, isso nem se discute. Mas por que ele também adora, até as raias da paixão, a destruição e o caos? ?
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