Diário do Subsolo

Diário do Subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Memórias do Subsolo


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gisellyyy 21/05/2024

"é opressivo até ser gente"
Quando comecei essa leitura eu não fazia ideia do quanto iria me ver em alguns trechos. e nem sei explicar bem o porquê de ter me identificado com algumas partes, só sei que assim que li aquelas palavras senti elas vivas dentro de mim.

o protagonista tem tanto desespero, há tanta agonia e desprezo nas entrelinhas que foi um pouco sufocante pra mim. ele tem uma visão clara de si mesmo, se vê como uma pessoa doente e má, lhe envergonha ser quem é. ele se entrega a muitos de seus pensamentos e emoções intrusivas, tem gosto em se causar desconforto e em se ver sofrendo. faz questão de chegar à desgraça, ao fundo do poço, ao seu subsolo.

ele se mistura ao desespero dele de tal forma que se vê sem controle algum, se encontra paralisado e conformado. ao mesmo tempo em que se isola dos outros, ainda acaba procurando aprovação e validação alheia. quer ser melhor, quer ser superior, quer dominar. é consumido por si mesmo.
não se permite acesso à "felicidade" e amor não é possível. possui uma verdadeira aversão à "vida viva". no fim, afirma que "temos" vergonha de ser gente com corpo e sangue, que é humilhante. é exatamente assim pra ele.
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Audrey 21/05/2024

A história narra a vida do protagonista que tem diversos conflitos internos, além de ter uma doença no fígado. Ele se autointitula como um homem doente (física e de temperamental), que escolhe ser raivoso com ele mesmo, com a vida e com todos.
No meio do cenário ele se envolve com Liza, uma prostituta, cria expectativas nela e depois a trata igual lixo.
Um homem que sente a necessidade de aprovação dos outros, é um pouco narcisista. Age em certos momentos com vingança perante seus inimigos, mas mais fere a si mesmo e sua autoestima do que os outros.

O livro é um pouco enrolado, precisa fazer um esforço pra entender os contextos e o que está acontecendo, pois é uma linguagem mais implícita, filosófica e reflexiva, mas nada muito difícil, só exige muita atenção na leitura. Não é uma leitura de fácil digestão que rola fluída.
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Rafael Nazar 21/05/2024

O rancor e a dor.
Que livro incrível! Me lembrou um dos meus filmes favoritos, Taxi Driver, do Martin Scorcese. Dostoiévski é definitivamente o maior escritor que já existiu.
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whatsmaryreading 20/05/2024

Um livro pesado, mas interessante.
Ler essa obra-prima de Dostoiévski, foi como descer a um abismo psicológico, onde as contradições da alma humana se expõem em toda sua crueza.

O protagonista sem nome, atormentado por inveja, raiva e medo, nos guia por sua tortuosa jornada interior. Sua narrativa, carregada de ironia e sarcasmo, revela a profunda infelicidade que o consome, fruto de experiências negativas e de uma visão pessimista da natureza humana.

Um dos aspectos mais impactantes reside na dor que a obra provoca ao nos confrontar com características presentes em nós mesmos, muitas vezes reprimidas ou negadas. Através da figura do "homem do subsolo", Dostoiévski nos convida a um exercício de autoanálise profunda e dolorosa, onde somos obrigados a encarar nossas próprias contradições, hipocrisias e lados sombrios.

Ele nos expõe sentimentos que frequentemente tentamos esconder, como inveja, raiva, medo e autodestruição. A obsessão do protagonista com a felicidade alheia e sua incapacidade de se conectar com os outros refletem comportamentos que, em menor ou maior escala, podemos reconhecer em nós mesmos.

É como se estivéssemos diante de um espelho que nos revela a nossa própria hipocrisia, a distância entre o que dizemos ser e o que realmente somos.

É interessante notar como a expressão "fundo do poço", que costumamos usar no dia a dia, ganha uma nova dimensão ao lermos "Memórias do Subsolo". O "subsolo" psicológico do protagonista, marcado por sofrimento e ressentimento, é um verdadeiro poço de escuridão, do qual ele parece incapaz de escapar.

A linguagem de Dostoiévski, embora complexa em alguns momentos, é cativante e envolvente. Sua capacidade de criar personagens memoráveis e de explorar a psique humana torna a leitura de "Memórias do Subsolo" uma experiência inesquecível, mesmo que dolorosa em alguns momentos.
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Day 20/05/2024

Coisa de doido, ta?
Meu deus, oque foi isso?
Memórias do subsolo é um livro controverso, questionável, até, mas gosto de muitos temas abordados por ele.

Gosto de observar o cômico conflito entre a razão e vontade, a racionalidade da ciência e o querer burro e ingrato da essência humana.
Oque se torna ainda mais divertido pelo ponto de vista sarcástico e pessimista do autor, que muitas vezes utiliza na narrativa a mais pura chacota, evidenciando o quão ridícula considera toda essa situação.

Gosto também de como o autor nos abre os olhos para a limitação vinda com o estabelecimento da moralidade.
Como os interesses por trás da ressignificação desses conceitos de: certo ou errado, favorável ou desfavorável, moral ou imoral, estão além do que imaginamos e podemos perceber a olho nu e podem agir, sem que percebamos, como um veiculo de alienação.
Entre outros muitos significados a serem interpretados, desbravados e estudados através desse livro.

Mas minha nota, 3 estrelas se deve mesmo ao mérito do autor de ter conseguido dar voz ao protagonista mais odiável que eu já vi, ou melhor, li.
Nossa senhora, se esse era o objetivo, Dostoiévski está de parabéns, conseguiu. Mesmo entendendo a intenção por trás de tudo aquilo, não consegui me pegar não torcendo para que o livro acabasse logo.
Sinceramente, a segunda parte é uma humilhação sem fim, chega a ser doloroso de se ler.

É um bom livro, mas é uma péssima obra introdutória.
Devia mesmo ter iniciado na literatura dostoievskiana através de ?Noites brancas?, como todos me recomendaram? ?
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Isa_04 19/05/2024

Com esse livro pude ver e sentir outra forma de escrita do autor, são seus traços, mas ao contrário de Noites Brancas, o primeiro que li, esse trouxe uma pegada diferente. Apesar de que os personagens de ambos os livros refletem profundamente o Eu interior de cada um.
Eu iniciei o livro, mas tive que parar e retornar porque achava que algo estava fora do lugar com a minha leitura, um tanto quanto complexa para o meu entendimento. Creio que é um livro que a cada releitura aparecerá um algo novo.
Os capítulos que envolvem sua primeira parte são como o despejar de pensamento e emoções do protagonista, preocupada eu fiquei porque em partes eu me identificava com ele. Cada capítulo transborda um algo, achismos talvez, mas que para os bons observadores sejam coisas que passam diante de nossos olhos mas que não queremos transparecer aos outros, nosso pensamentos e reflexões, que ficam apenas para nós. Como ele disse: ter consciência demais é uma doença. São capítulos bem reflexivos que se lidos calmamente, sem pressa, são de grande valia e ensinamento.
A segunda parte, decerto, envolve suas memórias, os seus pensamentos de quem ele era, de quem queria ser, do que desejou fazer e não fez, daquilo que fez, e que ao longo do tempo sombrearam a sua mente. Essa parte começou com seu realismo impregnado mas que ao fim parecia que teria um pouco do teor "romântico" entre dois, talvez, apaixonados, o que foi uma decepção para mim toda a atitude do protagonista.
Enfim, é um livro para quem realmente goste, apesar de quem goste, as vezes olhe para os personagens e pense "quão louco é esse povo". Não é um livro denso, mas como ele disse é um livro cheio de paradoxismos, que até tentar compreendê-los você pensa se realmente não é em você que está faltando mais reflexão.

"É preciso sair da inércia" - CP
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becaesousa 19/05/2024

Excelente
O livro é realmente muito bom, revelando todas as dobras a mente de um homem notavelmente perturbado. Somos divididos entre alguém que sente pena e deseja, ao mesmo tempo, ver o final dessa história!
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iorimarch 19/05/2024

?apesar dos pesares, estou firmemente convencido de que não só muita consciência como até qualquer consciência é uma doença?
simplesmente um dos melhores livros que já li?
não há palavras que descrevam minhas sensações durante essa leitura.
meu primeiro contato com Dostoiévski, e a partir desse mesmo, se tornou meu autor favorito?
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jumoreiraa 18/05/2024

Um livro extremamente cruel e nu aos olhos do leitor, um homem que se escondeu tanto dentro de si mesmo que não sabe mais como se portar diante dos outros, diante da sociedade.

Afogado em solidão, um complexo de superioridade e desgosto por si mesmo, ele navega a vida de forma completamente perdida e desvairada, implorando pra ser visto.

A pior (e melhor) parte deste livro, é ter que admitir para si mesmo o quanto se identifica com uma personagem tão cínica e cruel como esta, é passar páginas o odiando e logo em seguida se ver tomado por emoção por uma frase que ele diz.

Achei o começo do livro um pouco maçante, mas com o passar do tempo a narrativa te prende e ele se torna até simples de compreender, enfim, com certeza me impactou bastante.
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Ingr6d 18/05/2024

Memórias do subsolo
O início do livro é feito pra introduzir q o cara se odeia mt e situação atual e quando chegamos na parte do subsolo entendemos motivo dele ser DOENTE, ele é humilhado por todo mundo, se afasta de todo mundo e quebra vários ciclos pq simplesmente quer.
Me identifiquei com pensamentos específicos dele sobre as relações com as pessoas, mas jamais chegarei nesse nível de autodestruição (eu acho)
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PinkPaulaS 18/05/2024

Certamente, nao será a melhor leitura do ano.
Mais certo ainda é que a personagem central da história, o próprio narrador, é um sujeito repugnante.
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Maria.Luiza 17/05/2024

Duro, ignóbil, horripilante
Que livro profundo e complexo. Eu não sei o que sentir, mas principalmente nojo. Tá, eu entendi o discurso final, mas ele me embrulhou o estômago muitas e muitas vezes. Pesado. Difícil. Angustiante. Clássico.
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aymepersaud 16/05/2024

Como um livro escrito há 160 anos pode se relacionar comigo tão profundamente. Simplesmente um clássico e verdadeiro trabalho de gênio. Todos devem ler!!!!!!
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