Cuca Fundida

Cuca Fundida Woody Allen




Resenhas - Cuca Fundida


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Andre.Crespo 02/10/2009

Uma ótima dose de humor "sofisticado"
Este é o segundo livro que leio do sempre adorável Woody Allen. Gosto muito de seus filmes e passo agora a gostar também de seus livros. Aos poucos, estou cada vez mais tornando-me seu fã!

Woody Allen não é um comediante como qualquer outro; suas piadas tem um "quê" de sofisticado, ou seja, não são todos que gostarão. Eu, particularmente, adoro.

Dentre as várias coisas que gosto em suas histórias, as que mais me chamam a atenção são sua ironia e sua forma desleixada de escrever. Parece que ele, ao pegar no lápis ou caneta, escreve o que lhe vem á mente, sem se preocupar se os outros gostarão ou não. Queria ser assim também...

É engraçado também o fato como ele brinca com os judeus, seu prórprio povo. Fora sua questão com Deus, a qual ninguém consegue explicar. Ateu confesso, ele adora tirar sarro com a cara de Deus. E eu adoro isso também.

Das histórias desse livro, as que mais me fizeram rir foram "A Morte Bate á Porta", "Conde Drácula" e "Viva Vargas!". A última,
"As Memórias de Schmeed", também me proporcionou boas gargalhadas. É hilária a forma como ele brinca com os nazistas. Ri muito com essa história.

A única coisa que tenho a reclamar é que, mesmo eu sendo ateu e adorar as piadas que ele faz de Deus, penso que ás vezes ele exagera em falar tanto Dele. É óbvio que as piadas a Seu respeito são engraçadas, mas as vezes cansa ver-se falar tanto de Deus. Seria como Bergman em seus primeiros filmes; a presença de Deus - melhor, a retratação da falta Dele - era sempre marcante. Tirando esse pequeno obstáculo, não há nada a falar de ruim sobre ele.

Não recomendo a qualquer um, pois como já disse, seu humor é sofisticado, portanto, tem que se conhecê-lo primeiro, ver seus filmes, perceber como faz seus roteiros. Se gostar, é quase certeza de que gostará de seus livros. Se não gostar, é porque é um daqueles que humor bom é só o chamado "besteirol", que pra mim não é humor algum.
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Lucia 18/01/2014

Para os fãs..
É Woody Allen! Falar o que?!
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Diego Lunkes 27/10/2018

Me chame de mal-humorado se quiser, mas a verdade é que eu raramente dou risadas enquanto leio um livro que pretende ser engraçado. E tudo bem. Como já nos ensinou Shakespeare em sua peça "Rei Lear", nem sempre nossas expressões refletem nossas emoções: Goneril e Regan seduzem Lear com belas, mas falsas, palavras afim de herdarem a fortuna de seu pai, enquanto a pobre Cordélia é falsamente acusada de desafeto por demonstrar seu amor de forma simples, embora verdadeira. Woody Allen é um cineasta que arranca grandes risadas de mim através de seus filmes, mas o mesmo não acontece quando leio suas histórias. E, de novo, tudo bem, pois isso não significa que seus contos não sejam divertidos.

Pelo contrário, sua primeira coletânea de contos, "Cuca Fundida", se apresenta uma leitura muito divertida. Um dos recursos humorísticos utilizados por Allen aqui é a fusão de arquétipos de histórias amplamente conhecidas com situações absurdas. Como, por exemplo, no conto de abertura "O Cara", onde discute filosofia usando os clichês das histórias noir na voz de um detetive que investiga a morte de Deus.

"‘Continua procurando Deus?’

‘Continuo.’

‘O tal Onipresente, Onisciente e Onipotente? Criador de Todas as Coisas e tal e coisa?’

‘Ele mesmo.’

‘Alguém com essa descrição pintou no necrotério. Venha dar uma olhada.’

Fui correndo. Quando cheguei lá, não tive dúvidas: era Ele. E, pelo Seu aspecto, tinha sido um trabalho profissional."

Ou ainda, mais notavelmente, quando subverte a clichê cena, que todos conhecemos, onde a Morte, encapuzada e portando uma foice, aparece para ceifar a vida de um desafortunado. No universo de Allen, a Morte não bate à sua porta, e sim à sua janela… do segundo andar… após subir pela calha… arfando. E depois de chegar com muito esforço até sua vítima, ainda tem de jogar uma partida de cartas barganhando uma vida.

"Nat: Quem é você?

Morte: A Morte.

Nat: Quem?

Morte: A Morte, pô! Escute – posso me sentar? Quase fui para o beleléu. Olhe só como estou tremendo."

Alguns contos, como "Correspondência entre Gossage e Vardebedian", apostam no exagero. Este, em particular, apresenta um jogo de xadrez conduzido entre duas pessoas através de instruções trocadas por correspondência. A demora de semanas entre um movimento e outro do jogo, além da polidez caricatural empregada nas mensagens, transformam uma ação banal em algo absurdo.

"Acabo de analisar sua carta, contendo um estranho 46º movimento, no qual sou convidado a remover minha rainha de uma casa que ela não ocupava há 11 dias."

Mesmo quando escolhe abrir mão das estruturas de histórias mais conhecidas para utilizar figuras históricas, ainda assim Allen não subestima seus leitores e aposta num humor que depende que tenhamos um conhecimento mínimo a respeito de quem foram e o que fizeram pessoas como Freud, Shakespeare, Platão, Goethe, Voltaire, F. Scott Fitzgerald, Dali, T. S. Eliot, Picasso, Hemingway, entre muitas outras menções que figuram em seus contos. Além de entreter o leitor com histórias e figuras populares, Woody Allen ainda exercita uma variedade de estruturas narrativas, contando histórias através de listas (Os Róis de Metterling), de uma peça teatral (A Morte Bate à Porta), de uma cronologia (A História de uma Grande Invenção) ou de textos do judaísmo (Contos Hassídicos).

E sim, apesar de tudo isso, as 15 histórias quem compõem o primeiro livro de contos de Woody Allen podem não ser engraçadas ou geniais como os seus melhores filmes o são, mas, conforme fica claro ao longo da leitura, isso se devem antes aos seus primeiros passos no gênero literário do que ao um esforço para entreter o leitor. Pois, se falta algo para que "Cuca Fundida" funcione como seus filmes, certamente não é criatividade.

site: https://barbaliterata.wordpress.com/2018/10/27/cuca-fundida/
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Lucas 06/01/2024

O ?meu coco? do Woody Allen. Uma sequência de nomes, coisas, situações. As vezes dá um nó interessante na cabeça. Tem umas coisas geniais como ?A morte bate à porta?, ?Como alfabetizar um adulto?, ?Conde Drácula?, ?Viva Vargas!? e o favoritíssimo ?Correspondência entre Gossage e Vardebedian?.
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lammel 13/01/2009

Não é o melhor do Woody Allen
Preferi os outros, principalmente o Que Loucura!
A edição da L&PM Pocket, que está sendo vendida atualmente, tem uma tradução bem antiga, com gírias dos anos 1970...
Mesmo assim o livro é bom para quem gosta das histórias nonsense do Allen.
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Tiago600 09/09/2018

Hahahaha

Alguns contos da presentes na obra são genialmente hilários! Especialmente destaco:
- Uma Espiada no Crime Organizado
- O Cara
- Contos Hassídicos
- Correspondência entre Gossage Vardebedian
- Conde Drácula
- Viva Vargas!
- As Memórias de Schmeed
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André Goeldner 21/08/2013

HILÁRIO
Raras vezes eu ri lendo um livro, mas neste eu dei muitas gargalhadas. Piadas inteligentíssimas e muito boas. Humor non sense debochativo, se é que isso existe.
Recomendo muito.
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Dudu 20/12/2012

Lendo esta coleção de contos descobri que Woody Allen queria ser escritor, mas a vida decidiu torna-lo um cineasta de enorme sucesso. Se tivesse seguido seus instintos e vontades iniciais, teria se dado bem. O livro reúne toda a acidez e o humor ultrajante que caracterizam seus melhores roteiros. Tira sarro de todas as situações possíveis e marcam a identidade de uma das mais audíveis vozes norte-americanas, de ontem, hoje e, talvez, sempre.
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Joanne Virgínia 05/12/2012

Bom, para quem conhece o Woody do cinema e gosta, deve ler esse livro, pois é um voo ao mundo interno, não mostrando dramas ou coisas do tipo, mas o que é extraído a partir de sua irreverência em contos inteligentes.
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Francieli.Tonello 28/10/2012

Ah, estes contos escritos por Woody Allen são engraçados. Se você estiver aberto para compreender a ironia e o sarcasmo que ele emprega, você se divertirá.
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Gláucia 04/07/2011

Cuca Fundida - Woody Allen
Pequenos e deliciosos contos do diretor/ator/escritor e neurótico W.Allen. É possível reconhecer seu estilo em vários deles. Destaque para "Correspondência Entre Gossage e Vardebedian", ri muito.
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Vitoca 12/05/2011

Os textos do Woody Allen são muito bons, extremamente recomendado para qualquer pessoa que queira aprender como se escreve um bom texto.
Destaque para a partida de xadrez por correspondencia, os diarios de uma revolução e a historia de um detetive particular procurando por Deus.
Infelizmente o texto contem algumas girias antigas e termos poucos conhecidos, alem de alguns problemas com a revisão do texto que contem alguns erros de diagramação.
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