Resenhas - A Casa do Delírio

Carol Kowalski 24/01/2024

Livro bruto, porém necessário. Entrevistas com pacientes que vão desde pessoas muito necessitadas e sem instrução, traumatizadas, até professor internacionalmente validado em banca; mostrando mais uma vez que problema psicológico (com consequências criminais ou não) não tem preconceito, ao contrário de todo o estigma que aqueles que saem tem que passar a enfrentar.

Ana 16/10/2013

A loucura, o sofrimento e a impotência
Com uma liguagem fácil e rápida, o autor narra um pouco da história do manicômio judiciário de Franco da Rocha. É impossível não se envolver com o drama dos internos, que tiveram seu destino duramente traçado pela doença mental e por isso são obrigados, na imensa maioria das vezes, a viver de forma sub-humana sem o simples direito de se vestir em um dia frio. Também angustia o leitor saber que, embora existam profissionais que objetivem melhorar a qualidade de vida dessas pacientes, suas intenções são bloqueadas pela falta de recursos.
Para quem gosta de narrativas que vão além de sua própria realidade, é um livro excelente. Talvez o autor peque por ter sido menos profundo do que deveria, mas nada que invalide a obra. Com certeza, é um relato que produz ecos mesmo depois que o leitor termina a última página.

Fê 06/07/2022

Um pouco sobre a realidade
O livro é um relato de um jornalista, portanto não é uma visão técnica de um profissional da saúde. O livro foi escrito baseado em pesquisas e entrevistas realizadas tanto com os pacientes, funcionários e familiares.
É um apanhado bem interessante da história do lugar e sobre seu funcionamento

sraflanner 22/01/2018

"inferno onde quem entra só sai morto"
é um dos livros mais chocantes que já li!
fininho e de fácil leitura; é super recomendado (mas requer estômago).
me fez questionar bastante se só a psiquiatria basta ao ser humano.
tem momentos fofos e descrições de assassinatos.
o livro também é um excelente retrato da falta de humanidade atual: os sofrimentos de infância e toda discriminação pós-internação corroem os pacientes mais que a própria mente.
vale a leitura!