autoraequivocada 10/08/2020não é uma resenha e nem uma opinião, assim com base no livro na escrita e esses tópicos que sou acostumada a falar em resenhas. será apenas a minha opinião em relação a minha experiência lendo um não-ficção e o que eu senti durante a leitura e se eu quero ler outros.
antes de pegar o livro para ler, falei para mim mesma que era um tipo diferente, sem imaginações, tudo real. mas eu só fui, de fato, concluir isso no decorrer das páginas. ler os relatos da anne, saber que o que foi escrito naquela página de diário realmente aconteceu é um pouco doloroso, pois mesmo que alguns trechos ela nos conte algumas coisas sobre si (o que é óbvio que tem pois é um diário pessoal) não há como não sentir empatia por ela e vários outros judeus que passaram por isso.
penso eu que há uma certa forma de interpretar o que está escrito, porque não devemos -jamais- esquecer que o que foi anotado ali aconteceu de verdade, com pessoas reais em um momento real. porém, se uma pessoa que ler esquecer desses fatores, vai julgar -de certa forma- a anne, por algumas atitudes e pensamentos dela descritos por ela mesma. quando ela começa a escrever é uma criança de 12 anos e vamos acompanhar ela durante três anos presa em um anexo, escondida. assim vamos acompanhar o amadurecimento real da anne, dos eventos de dentro e de fora do anexo (os de fora trazidos por outras pessoas ou pelo rádio).
mas, o que eu achei dessa experiência? posso dizer que amei e que quero ler outros mais (aceito indicações, rsrs). mesmo tendo um aperto no peito em alguns momentos sinto que seja necessário isso, necessário para ter mais empatia e conhecimento sobre o passado para não deixá-lo repetir. eu sou apaixonada em história e, pelo meu ver, um passo para me apaixonar ao gênero não-ficção. foi uma experiência muito boa e lancinante ao mesmo tempo. boa pelo motivo de conhecimento e empatia pela causa, lancinante pelo fato de saber que o que aconteceu foi real e com milhares de pessoas.