Resenhas - Dom Casmurro

Lucas 16/05/2024

Começando a entender porque clássicos são clássicos. Para o meu primeiro livro do Machado de Assis, sai simplesmente maravilhado, apesar de ser um paradidático engatei na leitura e não poderia agradecer mais por ter sido apresentado a essa obra

Bellenuit 15/05/2024

A terra lhes seja leve!
É interessante acompanhar a jornada de Bentinho a medida que as épocas passam. De início, Capitu sempre com uma postura vivaz enquanto o seu amigo permanecia retraído, tentando demonstrar uma falsa percepção de benevolência e devoção quando a realidade resume-se a uma só: ele era um covarde.

A ideia transmitida denota um certo traço de personalidade no Bentinho o qual hoje poderíamos relacionar com pitadas de narcisismo. Longe de mim diagnosticar um romance de dois séculos pretéritos, porém, é cristalina atitudes totalmente contraproducentes do personagem, em vários momentos, o qual desejava morte de alguns a fim de obter o que desejava no momento. Seja morte de sua mãe, capitu, seu filho.

A verdade é que Dom Casmurro não demonstra apenas um "homem calado e metido consigo" mas sim uma projeção de si ao outrem. Quando ele imaginou que Capitu havia o traído, na realidade ele via a possibilidade da ocorrência pelo simples fato de ter se encantado pela Sancha, esposa de Escobar. Afinal, se eu, o mais fiel dos homens senti isso, por que outro não sentiria?

Pessoalmente, o livro não seria sobre se traiu ou não, mas como a projeção do seu eu é prejudicial e idealizações exacerbadas sobre situações que nunca ocorreram.

É extremamente desproporcional, ele viveu um eterno "e se" desfiando a vida de sua melhor amiga. Preferiu apenas dedicar-se na possibilidade a viver os momentos importantes de sua vida, o que demonstra seu eterno egoísmo.

Por fim, quem acredita que Capitu traiu Bentinho certamente não leu o livro.

Nae. 15/05/2024

Sobre Dom Casmurro:
Eu estou completamente chocada com esse livro.

Sinceramente? Não sabia muito bem o que esperar dessa leitura além da grande questão que passa se passa de geração e geração, no caso: Capitu traiu ou não traiu Bentinho?. Então obviamente eu não sabia exatamente todos os detalhes do relacionamento deles, não sabia como essa questão seria introduzida na história e muito menos sabia o final que no momento ainda estou tentando digerir e aceitar!

Mas, devo confessar que comecei esse livro com um pouquinho de preconceito, isso porque eu não tenho boas lembranças das poucas vezes em que me arrisquei lendo Machado de Assis e essas foram durante aulas de português na escola, mais especificamente sendo completamente obrigada, definitivamente não por vontade própria. Então já comecei esse livro com o pé atrás. No início de fato foi uma leitura difícil; A história não estava me prendendo, a escrita era extremamente enrolada em diversas fases, o Bentinho é um personagem/narrador muito chato em diversos momentos... Mas felizmente tudo passa a se desenvolver de uma forma deliciosa depois que ele se casa com a Capitu, o que já é quase no final do livro e só por causa dessa fase é que dou quatro estrelas.

Depois que eles se casam foi praticamente impossível de parar de ler! A partir da morte do Escobar eu sinto que fiquei de boca aberta e nunca mais fechei! É um livro que com certeza merece toda à aclamação que tem, foi preciso que eu lesse para conseguir entender e é com muita satisfação que digo que entendo.

Agora para finalizar irei deixar registrado minha opinião sobre a questão polêmica:

Capitu traiu ou não traiu o Bentinho?

Eu não sei. É muito complicado porque eu nunca consegui confiar 100% na Capitu, nem quando ela ainda era uma criança, então para mim não seria muito surpreendente se ela tivesse mesmo traído ele e se o filho não fosse mesmo do Bentinho. Mas, o Bentinho não é um personagem que bate muito bem da cabeça, ele tem ciúmes até de uma planta se bobear e a forma que ele começa a desconfiar da Capitu... Óbvio que ela iria sofrer no enterro do Escobar, ele também havia se tornado um grande amigo dela! A impressão que eu tive em alguns momentos é que ele realmente entrou em surto depois de perder o amigo e, sendo bem direta, começou a alucinar ou sei lá.

Tudo bem, o garoto era muito parecido com o Escobar e tinha todos os trejeitos dele, mas isso não necessariamente significa que ele seja filho do Escobar. O próprio Bentinho narra que o garoto era muito bom imitando QUALQUER UM e engraçado que só o próprio Bentinho via essa enorme semelhança, né? A Capitu aparentemente também notava, mas não era algo que ela super se preocupava.

Então eu realmente não sei... Ao mesmo tempo que acho que ela traiu, também acho que ela não traiu. De qualquer forma, é muito triste saber o final que ela levou, mandando cartas que o Bentinho nem se dignou a responder... enfim...

Fellziix 15/05/2024

Traiu ou não traiu?
O livro é bom, o desenvolvimento é muito lento, a tudo realmente acontece nos últimos capítulos.
E na minha opinião, não traiu não.

Milena 15/05/2024

Foi uma leitura para a escola, mas resumindo a minha opinião:
Capitu não traiu apesar de eu admitir que tem sinais que possam dizer o contrário. Bentinho é um doido de pedra, super ciumento e possessivo e digo tbm que (acredito eu) os indícios de traição por parte de Capitu são tirados da própria imaginação dele, já que ele que narra não temos certeza de nada mas é claro que ele vai culpar a mulher pra se sentir menos culpado por tudo.

anaagdiass 15/05/2024

Não sou capaz de opinar
Viajei muito durante a leitura porque não é o tipo que me atrai, só depois da metade que me prendeu bastante.
Mas mesmo assim, posso ter perdido detalhes importantes, então não consigo dizer se traiu ou não ?

jackzxxx 15/05/2024

obra prima atemporal que trata de assuntos mt necessários como, por exemplo, a visão masculina e burguesa para com mulheres a frente do tempo que é Capitu, além de outros como ascensão social, escravidão, etc.
Capitu é a mlhr personagem sim! e resumir ela a ter traído ou não é um erro. Nossa véi, ela era uma mulher que refletia e tomava suas próprias escolhas as atingindo aos poucos, mas o Bentinho nos manipula para acreditar que esse aspecto dela é dissimulado só pq ele não sabia fazer isso por si.
Para mim o Bento Santiago é aquele típico cara que não tem teve contato social (até pq estudava em casa) e por causa disso não sabia lidar cm as próprias emoções. Com isso, veio toda a situação de ciúmes e, não sabendo lidar com isso, ele tenta se convencer e nos convencer que ele é a vítima (rei da coitadolândia) e culpa terceiros como nossa diva Capitu. Oq resulta, é claro, em um homem amargo ou, como seu apelido, um Dom Casmurro.
Não é atoa que os seus relacionamentos futuros não deram em nd, qm q qr namorar ou casar cm um coitadinho desses, que tenta te manipular a todo custo para ele se sentir bem consigo além de ficar roubando o brilho de Capitu a privando de sua autonomia para ficar presa nesse casamento sem futuro. Simplesmente ninguém escolheria e temo dizer q este foi o único erro de Capitu, mas tb n culpo ela devido a época e toda questão religiosa e patriarcal que a obrigava a ser submissa a Bento.
Enfim, mlhr obra nacional que já li e poderia falar mal do Bentinho por horas a fio!

Leonara.Tamires 15/05/2024

Interessante..
Pra mim foi uma leitura bem arrastada por ser livro de época, terminei ele porque sempre digo "já que comecei tenho que terminar", porém, no meio da leitura passei a me interessar melhor e vi que o livro é muito bom, só tem que ter cabeça pra entender rs

Raissa875 15/05/2024

"Traiu ou não traiu?"
Em uma análise geral, o livro é bom; a escrita do autor, apesar de formal, me foi de fácil compreensão. O desenvolvimento do livro é lento, tanto que o dilema principal que causa toda a indagação só acontece nos últimos capítulos. Em relação a ele, aqui vai a minha opinião: Capitu não traiu. Desde o início, Bentinho se mostra consumido por seu ciúme, e arrisco dizer que até um pouco "ofuscado" pela personalidade de sua amada; tomei essa visão a partir do momento em que ele afirma que Capitu era "mais mulher do que eu era homem"; o ciúme já recorrente que nutria por aquela que era objeto de seu desejo, somado a perda de seu melhor amigo, fizeram com que ele se fechasse em torno de si e de suas próprias concepções, alimentadas por um coração que sofria com o luto. É de igual modo interessante e triste observar a forma como ele se torna duro e distante ao longo do desenvolvimento dos últimos capítulos. Sem dúvidas, o livro merece o reconhecimento que possui.

anna 14/05/2024

Pois bem eu esperava mto mais e achar que a capitu traiu eh loucura dito isso concluo mais uma vez o errado é o homem !

sah 14/05/2024

A forma como ele consegue criar uma conexão com o leitor é surreal, parecia realmente que eu estava ali conversando com o bentinho e vendo tudo acontecer na minha frente.

É uma história cativante demais, estava sempre curiosa para descobrir o desenrolar da narrativa e é claro, analisando tudo para saber se traiu ou não traiu.

E sobre a divisão dos capítulos, perfeita!! fiquei mal acostumada e agora é até mais difícil ler capítulos maiores kkkkkk

Fernanda3704 14/05/2024

O melhor livro do mundo, segundo EU.
Obra prima nacional, 8a maravilha do mundo. Machado de Assis é imbatível, principalmente por usar o humor a seu favor na narrativa, ninguém faz o que ele fez. Nossa literatura é o nosso maior tesouro e nenhum livro chega aos pés dessa obra.

Dito isso: não traiu, deveria ter traído. E o Bentinho sofreu a vida toda por amar seu melhor amigo.

lorenascimenezes 14/05/2024

Me desafiando a ler um clássico por semana! Comecei com Machado de Assis. Adorei! Ansiosa para o próximo! ???

MiriA 13/05/2024

Não tem como dar nota menor!!
Já tinha assistido uma peça na época da escola e amei, finalmente tomei coragem para ler e amei também, por ser um clássico achei que a linguagem iria ser difícil mas foi bem tranquilo de ler.
Não consigo chegar a nenhuma certeza interna se Capitu traiu ou não Bentinho mas pendo mais a acreditar que não, livro fenomenal!

Eduardo 13/05/2024

Não sei se entendi todas as nuances do livro – o que me dá a desculpa de uma segunda leitura daqui a um tempo – mas creio que consigo dar uns “dois centavos de opinião” sobre a história, mas principalmente de Bentinho.
A meu ver, desde o começo não dá para confiar na narrativa dele. Dava para notar desde o começo da história que, mesmo com seu exercício de dizer a verdade, suas afirmações não eram confiáveis – toda a questão da dissimulação da Capitu, o leitor vai descobrir lendo, é um belo exemplo disso.
Nunca há na narrativa um motivo real para desconfiar de Capitu (embora se tenha de Escobar), mas há motivos muito concretos para se questionar o juízo de Bentinho em diversas situações, onde ele demonstra não amor à Capitu, mas um ciúme doentio, uma obsessão, paranóias e delírios que dá para se suspeitar que o personagem sofre de algum grau de esquizofrenia.
E isso fica cada vez mais nítido na história, quando o personagem descreve atitudes e pensamentos seus, além de tornar a narrativa cada vez mais enviesada e pouco digna de confiança. No final, toda a questão da traição, e da suposta semelhança do seu filho com Escobar, podem muito bem serem geradas pela sua mente deturpada e paranóica.
Há muitas questões que podem ser esmiuçadas e estudadas nessa história. Mas o que eu posso dizer, e sou capaz de analisar no momento, é que ela não se trata exatamente sobre se a Capitu traiu ou não Bentinho, mas sim sobre como uma pessoa desequilibrada, que mesmo tendo tudo para ser feliz, consegue destruir a si mesmo e acabar sozinha e amargurada, depois que uma única perda faz explodir o que já havia dentro dela.