A Jangada de Pedra

A Jangada de Pedra José Saramago




Resenhas - A Jangada de Pedra


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Camila Felicio 27/05/2024

Antes da entrada oficial de Portugal e Espanha dentro da União Europeia o que via-se era uma aproximação de ambos com o governo estadunidense! Motivos não faltavam, diferenças sociais entre os países ricos do bloco sempre foram sentidas e durante o Franquismo e o Salazarismo os yankees sempre tiveram a intenção de tentar aceitar os regimes ditatoriais que vigoravam na península ibérica (nada novo vindo do Tio Sam) inclusive fazendo acordos econômicos e bases militares em ditos países... É nesse contexto e às vésperas da entrada efetiva dos ibéricos na Europa, e nova normalidade democrática pós Rev dos Cravos e morte de Francisco Franco que Saramago escreveu seu livro. (a Europa refiro-me ao bloco econômico que hoje mistura-se com a ideia de continente, tanto que há europeus alegando que os ingleses saíram da Europa e não da UE- oq geograficamente é impossível).
Com muito humor, muita crítica a fácil aceitação e tranquilidade ibérica, muuuuuuitos guiños a questões culturais,políticas, históricas locais e referências geográficas que uma pessoa não nativa ou residente (ou que tenha vivido ou conhecido os países) terá muita dificuldade em assimilar por lhe ser tudo alheio! Para mim foi um deleite... O centralismo castelhano, a dureza e força galega, a tranquilidade lusitana, a vida quixotesca dos andaluzes são apresentados durante o texto, e tudo durante o trajeto que os personagens principais percorrem,no chamado Caminho de Santiago (caminho francês, o mais conhecido) tido como místico e reflexivo.
Maravilhoso! Saramago é necessário e único!!
Ao contrário de Ensaio sobre a Cegueira em que a leitura é super tranquila aqui nos deparamos com um texto que exige conhecimentos prévios do leitor que desconhece as nuances culturais e políticas ibéricas, além de maior atenção as sutilezas do texto para captar as mensagens!
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veroaragao 18/03/2024

Obra-prima
Ninguém pode morrer sem ler Saramago, livro essencial e autor essencial. A língua portuguesa deve muito a ele.
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Veri 26/02/2024

Genial!
Mais um Saramago genial!

O realismo mágico instigante, que tem como tema central a relação de Portugal e Espanha com o resto da Europa.

A separação física ?ocorre? justamente no ano em que os dois países estão sendo admitidos na Comunidade Europeia, e são os ?países pobres? do bloco.

Na parte humana, os personagens são pessoas simples mas de muita sabedoria e poesia.
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Lucaszuccol 13/02/2024

Saramago é Saramago
? Quantas vezes, para mudar a vida, precisamos da vida inteira, pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos, depois voltamos ao princípio, tornamos a pensar e a pensar, deslocamo-nos nas calhas do tempo com um movimento circular, como os espojinhos que atravessam o campo levantando poeira, folhas secas, insignificâncias, que para mais não lhes chegam as forças, bem melhor seria vivermos em terra de tufões.?

Gosto muito do jeito que o Saramago escreve. Muita gente reclama, mas eu acho que o estilo de escrita do Saramago é muito mais fluido e dinâmico do que diversos autores com escrita ?tradicional?.

Se é sua primeira experiencia com o autor e a leitura parece um pouco difícil, minha dica é ler ?como se fosse em voz alta?. Saramago coloca tudo de uma vez no mesmo parágrafo: descrição, diálogo, filosofia e muito mais, e mesmo assim é tudo extremamente coeso e identificável.

Se você já está acostumado com a escrita de Saramago, eu senti que essa obra traz muitos questionamentos e filosofias, tanto escancarados quanto na entrelinhas.

Confesso que por um período a narrativa se arrasta e você só quer saber onde tudo aquilo vai dar, mas sempre aparece um fato, um pensamento, um diálogo interessantes e que o leitor consegue se identificar.

No final das contas, Saramago é Saramago.
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Saraiva 04/02/2024

KKKKKKK eu demorei MUITO pra entender o que tava rolando poxa nenhuma vírgula assim fica difícil mas muito bom parabéns
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Jeff_Rodrigo 13/11/2023

Imagina viver num país tão desconexo com a realidade do continente à sua volta que, em um belo dia, ele se descola da sua massa continental e passa a navegar à deriva, sem capitão, sem rumo e sem futuro no horizonte.

Seria uma crítica à sociedade portuguesa? Uma homenagem ao destino manifesto de Portugal (navegar é preciso, viver não é preciso)? Uma sátira (de muito bom gosto) aos conservadores e saudosos do regime salazarista? Tudo isso misturado?

Não sei. Para mim, foi uma bela paulada do Zé Saramago! Muito pertinente com o cenário político e cultural recente, aliás!
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Dani 17/08/2023

Sou fã do autor, mas dos livros de Saramago que li até agora, esse foi o mais difícil de ler. A história é interessante, mas a escrita é truncada, cheia de palavras que nunca vi. Achei esse livro mais poético e contemplativo que outras obras do autor. Foi uma experiência de leitura boa, mas arrastada.
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Marcus 13/08/2023

Saramago dispensa comentários. As histórias mais loucas ganham vida e
realidade no meio das frases e letras mais bem construídas da língua portuguesa.

Esta é a história de quando a península ibérica se descolou do continente e ficou à deriva no Oceano Atlântico. É também a história de cinco pessoas e um cão que vagam pela agora ilha.
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mfnpr 17/06/2023

Algumas ponderações
O Saramago sabe conduzir muito bem a atenção do leitor. Sem contar a criatividade, senso de humor e inteligência na escrita... É todo um enredo com acontecimentos insusitados e fictícios que visam fazer um paralelo ao afastamento político e cultural da península ibérica em relação ao restante da Europa.
O que pode causar um estranhamento de início é que o Saramago só escreve em paragrafozão e tudo junto, diálogos, descrições tudo sem espaço, um logo após o outro na mesma linha.
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Jackson60 08/06/2023

Sobre as relações entre a Península Ibérica e a Europa.
Trata-se de uma obra premiada com o Nobel de Literatura. O romance aborda um evento sem precedentes, o rompimento da Península Ibérica do continente europeu, a qual passa a vagar pelo oceano atlântico.

Nesse contexto, o autor dá ênfase nas histórias de José Aniço, Pedro Orce, Joaquim Sassá, Joana Carda, Maria Guavaira e do cão (Constante). Essas personagens são entrelaçadas e se cruzam no decorrer da obra, enquanto uma série de eventos inexplicáveis acontecem de forma, aparentemente, isolada.

Por meio dessa jangada de pedra o autor aborda e explora uma série de relações sociais, culturais , econômicas e históricas entre os ibéricos e os demais europeus.
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Marcelo.Alencar 19/05/2023

A jangada de Pedra
Esse romance é muito mais do que uma história de um acidente geográfico. É um profundo pensar sobre a solidão. Espetacular!
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Aline.Rodrigues 11/05/2023

Um livro mágico, pois não tenho outra palavra
Saramago com seu labirinto de palavras, descrições, crendices e impressões é avassalador! Que poético é tudo isto!
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Rafael 25/03/2023

Saramago é sempre uma leitura densa
E não seria diferente com "A jangada de pedra". Mas, mais uma vez, Saramago traça críticas pontuais em um cenário onde vemos a Península Ibérica se separando do continente graças a um suposto risco na terra feito por Joana Carda em uma simples brincadeira.


Claro que é completamente difícil de crer em uma separação de continentes, mas Saramago nos faz acreditar em cada detalhe com duas longas descrições e aqueles velhos parágrafos intermináveis. É engraçado e real como os países reagiriam em questão de relações internacionais sobre de quem é a responsabilidade da jangada. Além disso, os personagens demonstram como se sentem à mercê da sociedade, vivendo em viagens, crises alimentares e viagens dentro da sua própria jangada. Temos três homens, duas mulheres, um cão (que eu queria pra mim) e dois cavalos que se conhecem na circunstância e fazem nos questionar sobre a bondade do ser humano.

Não é uma leitura que flui tão bem, por isso a demora em finalizar e a nota :)
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