Renata 26/08/2016
Resumo
O livro Sociologia Crítica é conciso em suas definições, relata passo a passo o que vem a ser cada denominação.
Fica ainda mais óbvio para mim que vivemos dentro de uma estrutura na qual fomos criados, saímos desta estrutura mas abraçamos outra, a que mais se adequa ao meu pensamento. Com isto vejo que não sou livre e que minha liberdade depende do outro, pois vivemos em comunidades que se originam as sociedade, e nesta sociedade suas classes sociais, sistemas de produção (capitalismo, socialismo, comunismo), e por fim temos um Estado que cria leis, direitos e deveres que devemos seguir para uma boa convivência da massa.
A questão é que será que estão mesmo preocupados com a massa? Com o povo, com a gente?
O que se vê hoje no Brasil é um capitalismo puro!
A conivência do Estado que deveria cuidar do bem-estar social do povo, é conivente com os interesses pessoais dos donos de produção (capitalistas) e do Estado em si. Fazendo uso dos aparelhos de reprodução da sociedade que são os aparelhos ideológicos (mídia, partidos políticos, sindicatos etc.) e aparelhos repressivos (polícia, exército, tribunais etc.) percebemos então que há alienação em tudo.
E há de se concordar com a primeira teoria que tudo não passa de alienação, mas não podemos também excluir às outras duas teorias, pois também são coerentes, e notamos que uma depende da outra, onde a infra-estrutura é mais importante (modos de produção), sem ele a sociedade não existiria.
O que podemos mudar nesta estrutura é a maneira como conseguimos os nossos bens de consumo, sem a necessidade de explorar o trabalhador.
Abro um parênteses aqui para falar do aparelho ideológico das igrejas, que é uma aparelho que se faz uso mesmo quando não existia o Estado, para “adestrar” pessoas.
E achei interessante a percepção de Ernest Bloch quando diz que: apenas um ateu (anti fetichista) pode ser um bom cristão.
Lembrei de Maquiavel quando fala da natureza do homem. Se ele pudesse ter a liberdade e não existissem regras, ele seria mau.
Então os homens criaram seus mitos destes mitos surgiram outros. Criaram regras do que é "certo" ou "errado", punição e salvação, céu e inferno.
Se pesquisamos sobre a Grécia antiga e sobre o Cristianismo e percebemos a necessidade de um pequeno grupo de manter-se no poder à custa do povo e colocando seus mitos, para adestrar a consciência do povo. Sócrates ao expor suas idéias, ao tentar fazer uso do pensamento para refletir, e este processo foi chamado de Maciêutica, morreu ao ingerir Cianureto, pois foi condenado a morte por aqueles que estavam no poder e começaram a sentir-se ameaçados, pois às pessoas começaram a despertar o seu senso de criticidade a respeito de tudo.
Discordo totalmente com o Pedrinho Guareshi quando ele diz que a igreja lutou para que o povo não fosse massacrado pelos poderosos. Aqueles que não se convertiam ou não se converte é tido como ateu, bruxo ou quaisquer denominação negativa que vem a excluir este ser humano, a igreja matou muitas pessoas e para que? Manter-se no poder. O que ocorre hoje em Israel? Não poderia haver exemplo melhor que este.
Enfim, o que temos que fazer é questionar, criticar, por em dúvida, procurar respostas e tentar perceber a ideologia por trás de cada ação, de cada propaganda política ou comercial, dos jornais, de tudo que faz parte da sociedade como um todo.
Podemos e devemos mudar, cada vez mais consciente de que tudo é relativo nada é absoluto. É preciso construir sim, mas é necessário também, mudar, renovar, buscar novos métodos, não se acomodar e muito menos aceitar.
“A Sociologia Crítica é uma sociologia
questionada, uma sociologia que procura fazer perguntas,
montar uma discussão, do que dar imediatamente a resposta.
É uma sociologia pensada, principalmente para quem quer mudar, transformar a realidade.”