Je 30/01/2015
Se eu tivesse que resumir em uma palavra diria: FORÇADO.
Sempre gostei dos filmes adaptados das histórias do Nicholas Sparks, não que eu seja fã numero 1, mas eu gostava, nunca havia lido nenhum livro dele até encontrar "O Milagre", ao começar a leitura na primeira vez achei tediosa de mais e abandonei, depois de uns anos na prateleira ocupando espaço decidi dar uma segunda chance, e decidi dessa vez por mais chato que fosse ir até o fim, e fui.
Jeremy me entediou até o capitulo 14 (são 22 capítulos no total) ele me parecia meio morto, sem vida, chato, fraco e bobo, mas ao descobrir o porque dele ser assim deu uma aliviada e eu compreendi a cabeça e as atitudes dele durante a história oque me fez gostar um pouco dele, ele é um homem honesto, integro, romântico na medida e com algumas feridas ainda abertas, já Lexie é uma mulher um pouco fresca para relacionamentos, sabe aquelas mulheres que ficam idealizando o homem perfeito como se pudessem ter a vida inteira? então é ela, teve poucos relacionamentos de curta duração, foi abandonada na maioria deles, e tinha um policial, Rodney (gato super músculos e super charmoso) na cola dela mas dai oque ela faz? PÕE NA FRIENDZONE (malditas mulheres que fazem isso) ela com 31 anos achando que o príncipe vem no cavalo branco (podia ser uma viatura da policia né mas), ela conhece Jeremy e fica de 4 por ele, em 2 dias já estão trocando "EU TE AMO" (oi?) e fazendo juras de amor, oque para mim não faz o menor sentido do mundo, você nem conhece a pessoa e já ama? what? Nicholas força a barra nesse sentido a maior parte do livro oque se torna aquele lenga lenga meloso e sem nexo.
A parte que eu mais odiei sem ser o amor instantâneo forçado foi a forma meio preconceituosa (tipica do povo do norte dos Estados Unidos) ao retratar uma cidadezinha do sul (onde mora Lexie) como se o sul fosse apenas mato e gente tagarela, ele enfatiza muito essa questão, do sul ser sem graça, de lugar mais entediante do mundo e etc, quem conhece a história dos Estados Unidos sabe dessa rivalidade é algo parecido com a rivalidade entre RJ e SP, ou pior (na verdade bem pior) e isso foi bem chatinho mesmo, talvez ele até não tenha feito por maldade, mas foi chato ficar lendo que a cidade era monótona, chata e etc o tempo inteiro.
Outra questão foi sobre "o milagre" em si da história, foi um pouco previsível, Jeremy enfatizava a questão o tempo inteiro com Lexie, então ficou um pouco na cara.
O modo como Nicholas escreve eu sinceramente achei um saco, muito lenga lenga, muito mesmo, dava vontade de largar de novo, ele detalha tudo que não é necessário e oque é necessário ele minimiza palavras, isso deixou a história um pouco cansativa, mas o mais horripilante foi o amor instantâneo que eu vou sim falar de novo, porque isso não dá para engolir minha gente, me desculpa mas não desce, paixão é algo que surge do dia pra noite sem motivo, entendo! Agora amor? é forçar a barra, você só sabe o nome da pessoa e já está trocando "te amo" na cama em meio aos lençóis, forçado, forçado de mais.
Eu achei que Rodney e Raquel merecessem mais atenção também, eles foram colocados lá na história desde o começo, mas no final foram esquecidos, como se fossem apenas objeto de decoração de Boone Creek, foi muito insatisfatório não saber o desfecho deles.