Ilíada

Ilíada Homero...




Resenhas - Ilíada


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Lucas1429 19/05/2024

Na Ilíada, o ressentido é o herói
O poeta, ao solicitar à deusa o auxílio para cantar os feitos e os malfeitos dos gregos e troianos que se digladiaram na mítica Guerra de Tróia, teceu os fios de um novelo - contínuo ao de sua Penélope -, do qual seríamos, milênios depois, ainda refratários: em poesia e prosa; na intrigante, violenta e influente metodologia da criatividade humana, versada através da literatura ocidental, herdeira da Ilíada, de um ou muitos Homeros, a pedra de toque desse panorama vasto, que encontra nos livros sua definição, na escrita, sua forma poética.

Estruturado em 24 cantos, Homero vagueia ao longo dos 15 mil versos pela acrópole e pelas praias de Ílio, território hostil aos argivos e companhia, morada dos rivais troianos do reino de Príamo, este, pai do agente responsável pelo exaustivo evento que serve de mote causal para os dez anos de confronto, especulados no texto da epopeia - em que apenas o último ano é revisado.

Quando Helena é raptada por Páris, Menelau, o esposo aguerrido e rei de Lacedemônia, conjura em companhia de Agamêmnon, seu irmão, o comando do trânsito da extensa frota de homens e aliados ao cerco, que ora resvalará contra as muralhas de Tróia, quanto sobre as naus dos gregos, a depender do time que ataque e de qual esteja em vantagem, incongruentes durante toda a trama. O grande herói, e talvez o mais complexo da peça, seja Aquiles, colérico e pandêmico, que avultará no embate épico quando Pátroclo, seu estimado companheiro, é morto por Heitor, irmão de Páris, que por sua vez, terá ceifada a vida diante da ira de Aquiles de pés velozes no emblemático canto 16. Se disperso da irracionalidade, sobra culpa para Aquiles, invenção esta da fatalidade.

No eixo da mimese, enquanto campo da possibilidade, o virtuosismo empregado pelo poema se dará no insuflar da moral de grande parte do elenco. Ainda que os episódios demonstrem figuras passíveis de falhas, o sentido último buscado no decorrer da trama engrandece os atos em uma gênese do heroísmo, no lugar de esquadrinhá-los ou perscrutá-los; por exemplo, caso matem um oponente lendário, ou sejam gerados como semi-deuses, ao modo de Aquiles, maior será a ode a sua pessoa. Porém, Homero não incapacita o leitor e espetaculariza o que são, simplesmente vencedores ou vencidos, humilhados na vitória já sem nexo ou na sua perda total.

O imaginário ortodoxo difundido por Homero e Hesíodo na sociedade arcaica de outrora, que precedeu ao clássico na Grécia Antiga, diz respeito à origem e difusão do panteão olímpico na cultura, os deuses desordenados e intricados à imagem de seus filhos humanos. Do alto das nuvens, e por terra, influem nas ações dos combatentes, se compadecendo e, principalmente, tramando e competindo entre si. Zeus, Atena, Ares, Afrodite, Poseidon, Hera, divisam preferidos e condenam os preteridos à categoria de inimigos, dispondo o palanque da carnificina como um tabuleiro estratégico de suas vontades. Seres mágicos, enriquecem a trama e denotam que serem cindidos não é um predicado exclusivo dos homens. Curioso também é imaginá-los como evocações de fé, que até mesmo o cristianismo usualmente formata em ídolos: referenciais para seus convertidos; o teísmo da antiguidade grega, a religião do Destino, já não se impõe como modus operandi, subtraído a um modelo pagão de comportamento erradicado.

Diferente de Ulisses na “Odisseia”, que vagante por espaços diversos na sua volta para casa fez da Grécia um mundo, Aquiles e os demais personagens da Ilíada subsistem num único local, mas com força suficiente para ditar as histórias de aventura, fantasia, psicológicas e vindouras. Homero continua atual, permanece ouvido; seu nome é adjetivo do que é grandioso, não apenas como um tradicional artista oral, mas como aquele que atesta e funda, ainda que enraizado em mitos, a resistência frente à barbárie, as contradições entre a grandeza e a infâmia da guerra.
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Sabrina.Martines 14/05/2024

Li este aqui obrigatoriamente por conta da faculdade, então foi uma leitura bem arrastada, ainda mais pela forma como foi escrito. Sinceramente eu fiquei interessada a partir do 13° canto, então não foi tão ruim ter que acabar a leitura.

No fim das contas achei o Heitor um 🤬 #$%!& e o Aquiles um mimado. E a Helena, gente?
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Marianna174 03/05/2024

Não é um assunto que me prende, mas achei legalzinho, gosto de ler esses livros super famosos para ter minha própria opinião.
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leeh moon 25/04/2024

Gostei
Eu achei interessante, pois mostra um pouco sobre a cultura dele e como acontecia as guerras e tudo mais. mas eu acho que li meio dormindo, então fiquei meio confusa com o final lkk
mas eu gostei da história no geral
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Karisma 24/04/2024

Emocionante
Tinha a precomcepção de que essa seria uma leitura díficil ( como foi Eneida e a Divina Comédia), mas me surpreendi pela fluidez do texto. Devo claro, ser moderada nesse ponto visto que li a versão traduzida dessa e das outras obras citadas, de modo que seria impossível chegar ao final sem o trabalho dos incríveis tradutores e claro, sem ponderar que algum deles possa ter buscado garantir uma maior acessibilidade dos livros.

Enfim, me surpreendi. Uma obra emocionante e devo dizer que sim tomei partido ao longo do texto, torcendo pelos troianos. A vaidade, afeto e medo dos diálogos humanos, são profundos e revigorantes, enquanto os diálogos dos deuses, bem, chegam a ser cômicos.

É um clássico, nem preciso recomendar. Mas se você que está lendo essa resenha precisa de um empurrão, sinta-se empurrado ?.

Por Heitor e por Tróia.

Att.
Kárisma
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Edson K 19/04/2024

Terminei a leitura de um dos maiores épicos da História! Essa versão adaptada em prosa é bastante próxima da leitura em versos, rica e densa. Emocionante!
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ícaro 17/04/2024

Clássico e muito bom!
Simplesmente muito bom. A história é muito bem escrita, rica em detalhes, divertida(quando se pega um ritmo) e bem dividido em cantos.
O único problema do livro é a sua dificuldade de entendimento, tanto por causa da linguagem difícil(principalmente pelo uso de orações inversas e palavras pouco usual) e também porque Homero não explica muito bem quem é quem(bom, eu senti essa dificuldade nessa parte!).
Mas não é algo que estrague o livro quando você se adapta e quando você percebe, o livro sai fluido e muito bom!
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DAbora.AmAvel 16/04/2024

A Ilíada
A história se passa durante a Guerra de Tróia, um conflito entre gregos e troianos após o príncipe troiano Páris ter raptado Helena, esposa do rei grego Menelau.
A narrativa se concentra em um curto período de tempo, abrangendo cerca de 50 dias de intensos combates.
A trama se desenvolve com batalhas sangrentas, duelos heroicos e intervenções divinas, com os deuses tomando partido em favor de seus protegidos humanos.
A Ilíada explora temas como honra, glória, destino e a relação entre mortais e deuses.
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Lara2409 13/04/2024

Guerra!!
Eu sinceramente, não me envolvi com a história. Mas que era interessante era. Fiquei curiosa mas não me cativou. Mas saber a origem de toda a guerra e depois e saber que não acabou aí.... Sim me cativou no final.
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Gabriela.armani 07/04/2024

Para aqueles que desejam desbravar esse épico
A leitura de Ilíada foi pra mim a realização de um sonho, de poder conviver com a sensação de desbravar uma obra tão importante.
Adorei a presença dos deuses, tão importante para as vitorias e derrotas, ora dos aqueus, ora dos troianos, movidos por sentimentos tão humanos, como o amor, a raiva, ciúmes..
Seria impossível torcer por um deles, cada personagem é cheio de falhas e qualidades, o que faz com que a identificação seja muito natural e a leitura seja mais fluida.
A edição da Penguin Companhia, com a tradução de Frederico Lourenço é maravilhosa, muito simples de compreender, ainda que em versos. Os textos de apoio iniciais, de Peter Jones e E. V. Rieu, são essenciais e facilitam a leitura (ainda que com alguns spoilers rs).
Foi uma leitura emocionante e muito especial!
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Anezio 28/03/2024

Certamente sou uma pessoa diferente depois dessa leitura
É difícil escrever sobre uma obra de mais de dois mil anos que ainda não tenha sido escrito.

Definitivamente daqui a mais dois mil anos a Ilíada ainda será uma obra relevante que deveria ser lida por todo mundo.

O poema em si é simplesmente obra de um gênio, não dá pra dizer outra coisa. Impossível não amar Heitor e, ao mesmo tempo, Aquiles. Não se compadecer pela situação a que se vê reduzida Andrômaca com seu filho.

Sem coração é o sujeito que não sente a dor de Príamo, beijando as mãos do Pelida, se humilhando, para ter de volta o corpo de seu filho.

Interessante tb ver que os grandes heróis são quase autômatos nas mãos de deuses falhos e vaidosos.

Sobre o livro: após o poema há alguns artigos e textos sobre a obra. Valem muito a leitura, inclusive para ler a breve comparação que a autora, Simone Weil, faz da Ilíada com a Odisseia e a Eneida.

Não vejo a hora de ler novamente essa obra. Quiçá ano que vem.
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Clayton 26/03/2024

Não gostei
"Embora minhas expectativas fossem altas, achei a leitura de 'A Ilíada' um tanto tediosa. A narrativa se concentra demais em um único momento, tornando-a longa e rebuscada. Os personagens se perdem em conversas que parecem intermináveis, e a trama se desvia frequentemente para outros acontecimentos irrelevantes. A batalha central se estende por mais de 500 páginas sem um desfecho satisfatório, deixando a conclusão da guerra em aberto."
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Mari G. 25/03/2024

O que mais se tem para escrever depois que surgiu A Ilíada? Até hoje presente nos textos ocidentais querendo, ou não.
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Marques 25/03/2024

Não é sobre a Guerra de Tróia
A Ilíada não é uma epopeia sobre a Guerra de Tróia, embora se passa nela, e sim sobre a raiva de Aquiles.

?Canta, ó deusa, a cólera de Aquiles, o Pelida? é literalmente a primeira frase kk
A Ilíada começa com Aquiles a zangar-se com Agamemnon e acaba quando Aquiles resolve as suas desavenças e volta de corpo e alma para a guerra.

Se vens à procura de descrições sobre o cavalo de Tróia e sobre quem vence a guerra, não é o livro certo!! Vais encontrar mais informações sobre o cavalo de Tróia na Odisseia ou na Eneida.

Acho que o problema que tive foi estar à espera de assistir à guerra, o que não acontece? só temos acesso a para aí 15 dias de guerra, se tanto.

Mesmo assim, achei MUITO INTERESSANTE a dinâmica dos deuses a ajudar nas batalhas. Há descrições do Olimpo e dos palácios dos deuses marinhos, no mar, que eu apreciei bastante.
Outra coisa que me prendeu foram as discussões de Zeus e Hera, de Aquiles e Agamemnon e dos vários deuses. Nessas partes dá para dar umas boas gargalhadas!

Para alguém que ama cultura grega e ação recomendo MUITÍSSIMO!
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Marcio 22/03/2024

O pai de todos os épicos
Grandioso épico na excelente tradução de Francisco Lourenço que consegue ser inteligível mas ao mesmo tempo sem perder todo o ar de reverência que envolve a narração desse embate.
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