A Hora da Estrela

A Hora da Estrela Clarice Lispector




Resenhas - A Hora da Estrela


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TatianaTati 05/04/2009

A hora sem estrelas
Sem desmerecer a autora, mas 'A Hora da Estrela' é bobo e chato. Chatíssimo. Depois de passar quase metade do livro tentando convencer o leitor de que ela não vai contar uma história impressionante, ela resolve começar a contar, mas tropeça em piedade, remorso e pena. A narradora sofre mais do que a própria Macabea, que mais parece uma alienígena retardada. Sem tempero algum, a história se desenrola em meio a cenas de estupidez e hipocrisia.
Quando se percebe que o fim está próximo, Clarice tem outra crise de "essa história não é interessante, não leia" e passa incontáveis parágrafos perturbando o leitor com a sua indecisão pueril. Pra variar, o fim de Macabea não poderia ser mais insosso, selando de vez o tédio de 'A hora da estrela'.
vsc bibliotecária 11/09/2009minha estante
Adorei sua resenha e concordo. CL era doida, escrevia para ela e não para os outros a entenderem.


. 11/02/2010minha estante
Você foi quem melhor descreveu "A Hora da Estrela", considero um livro de péssima qualidade literária. E o que mais me irrita são as pessoas se desculpando por não terem gostado do livro. Os ingênuos afirmam que não gostaram porque não foram capazes de entender e outros acreditam que toda forma de escrita não convencional é genial. É difícil admitir que uma escritora tão adorada tenha produzido algo verdadeiramente ruim?


Gustavo RAS 02/11/2011minha estante
Discordo.
Realmente Clarice é bastante contraditória, se prolonga muito pra começar a história e por vezes tem a necessidade de dizer que a história não é interessante, mas eu sinto como se pra ela realmente não fosse...
A Hora da Estrela foi o último livro de Clarice e percebe-se muitos sentimentos dela no narrador e na própria Macabéa, na crise existencial, tanto é que ela reconhece um pouco de Macabéa em todos nós, inclusive nela mesma.
'bobo e chato'? não sei. Para mim a proposta era abordar um tema como a vida, a morte, a inexpressividade humana, hipocrisias, de forma sucinta, simples; ela apesar de estar sufocada com algo que quer muito contar, sente-se despreparada para realizar tal ato, pois não tem conhecimento bastante sobre o tema - que convenhamos é bastante complexo. A humanidade em si é complexa, então nada mais justificável do que entrar em contradição e se perder em paradoxos.
Acho que você deveria dar uma outra chance ao livro e se entregar realmente a leitura.


Gi Marques 21/02/2012minha estante
Preciso discordar.
Vejo Macabéa como um reflexo da Clarice. Há momentos em que ela diz que os personagens a cansam e ali é quando mais se expõe. Li Macabéa como fragmentos da autora e, sem sombra de dúvidas, fragmentos impressionantes. A felicidade que ela tem transborda os parâmetros que todos nós temos. Ela não tem razões, mas transborda sentimentos bons. A personagem é feliz apesar de ser café frio, magrela, feia, lambuzada de batom dançando pelo quarto. Será que há alguém no mundo que possa ser assim? Será que não há uma Macabéa dentro de todos nós? Uma feia magricela que, de quando em quando, se mostra presente ao sentirmos medo ou uma felicidade inexplicável?
Eu considero A Hora da Estrela um livro esplêndido, mas cada um sabe o que acha, né? Sugiro que releia A Hora da Estrela, mas, dessa vez, tentando conhecer a Macabéa das entrelinhas. Clarice mesmo disse que a alma dos livros dela está nas entrelinhas. Leia as entrelinhas.


linelica 15/05/2012minha estante
A genialidade de "A Hora da Estrela" está justamente naquilo que você chama de insosso. Macabéa é toda insossa, mas isso não a faz menos interessante.
Ao contrário, penso que o fato de ter sido tão insignificante a torne mais importante. E contar a história de alguém que foge a regra do que é "interessante" e pitoresco ao leitor comum é que torna o livro ainda mais delicioso.

Tente ver a humanidade de Macabea e notar a sua própria frágil humanidade também. Talvez assim o livro possa lhe fazer sentido.


Leonardo Zanon 16/08/2012minha estante
Sem dúvida o pior livro que li na minha vida.


Vivian 19/08/2012minha estante
Só eu que a-m-e-i o livro ? hsuahusha.Td bem,td é questão de gosto.Tenho amigas que não gostaram de nenhum livro dela,e eu,paticulamente,só não gostei de um - dos cinco que li - de todos,oq mais gostei foi A Hora da Estrela,no começo eu fiquei perdida,e confesso q o início foi ''cansativo'' e monótono , mas depois comecei a entender e tirei minhas conclusões do livro;depois da Hora da Estrela,li mais quatro da Clarice,e aí siim entendi que o livro não tava confusso e que eu não era ''burra'' que não tava entendendo,mas a autora sim que é confusa...Pra ler qualquer livro de Clarice tem que,acima de td,participar da confusão dessa linda autora :)


kel 17/12/2012minha estante
Realmente, pra criticar esse livro deve-se ter entendido pouco ou nada sobre ele, ou ter uma falta muito grande de sensibilidade/amor ao próximo. "Ela" passou metade do livro convencendo o leitor de que a história não é impressionante, porque a história "não é impressionante". Nossa sociedade atual (e também a da época que o livro foi publicado) não acha impressionante uma história como a de Macabéa. As "Macabéas" da vida passam despercebidas aos olhos de quem tem condições dignas de vida, família completa, uma casa confortável, geladeira cheia... (O que deve ser o caso de quem consegue criticar essa obra). Acho que a Clarice escreveu este livro para cada leitor se sentir exatamente como Rodrigo, e passar a se preocupar mais com as várias "Macabéas" que perambulam por aí, invisíveis. Passar a sentir culpa - isso mesmo, culpa - pela situação delas. Antes de fazer alguma resenha tão dura com o autor que seja, procure pesquisar outras resenhas. Às vezes alguma pessoa expôs um ponto que você não tinha percebido (como é o caso em que você - e muitos outros - não perceberam a crítica social do livro). Não é sobre transformar a Clarice em um ser intolerante à críticas, não li todos os livros dela, e ela pode ter escrito algum livro "chato", sim. Mas é sobre a qualidade da obra mesmo. A obra "A hora da estrela" é riquíssima. Entende? ;)


TatianaTati 18/12/2012minha estante
É engraçado como as pessoas não conseguem se limitar a concordar ou discordar da resenha, elas precisam desqualificar também quem a escreve.
Então uma pessoa abastada não consegue ver desigualdade? Por favor, sejamos menos patéticos, nem todos aqui são uma Danuza Leão.
Da primeira vez que li A Hora da Estrela, percebi sim a crítica social feita por Clarice, mas considero que ela foi inventiva demais, perdendo na contundência da crítica.

Fugindo à obra, gostaria de fazer um aparte.
Não sou crítica literária, nem especialista em Clarice ou em qualquer literatura. Minhas resenhas não tem a pretensão de enaltecer ou destruir qualquer obra, elas apenas refletem a minha OPINIÃO a respeito da leitura. Esta resenha, que fiz em 2009, é a minha favorita no Skoob, pois é a que mais recebe comentários, é a que mais tem rendido discussão durante esse tempo.
Acolhi muito bem comentários de quem discordou de mim, como o Gustavo Rafael, a Gi, a Linelica, a Viih. São pessoas que souberam discordar sem ofender, sem precisarem apelar para "tiradinhas" de menosprezo e indiretas de colegial.
Espero que eu atraia mais pessoas inteligentes, que saibam expressar suas discordâncias, mas não descontem suas frustrações pessoais nos outros. ;)


kel 28/12/2012minha estante
Perdoe-me pelas "tiradinhas de menosprezo e indiretas de colegial", mas escrevi o que ACHO da sua resenha, e tenho todo o direito de fazê-lo. Acredite ou não: Não conseguiria expressar minha indignação com outras palavras que não estas, não me conteria, pois então meu comentário seria falho. então me desculpe por não ser um lorde inglês em minhas críticas.
E através de sua resenha pareceu sim que você não havia percebido a crítica social. Não acho que pessoas "abastadas" não conseguem ver desigualdade (muito pelo contrário, elas são as que mais enxergam, porém gostam do que vêem) OBS: ISSO NÃO É UMA "INDIRETA" À VOCÊ. Só deixando claro. Não sei se você é abastada ou não, isso não interessa aqui no skoob. Mas você não entendeu a Macabéa. É só olhar para os lados, e ver que a Clarice não foi nem um pouco inventiva, existem MUITAS Macabéas reais, iguaizinhas essa.
Aaaah, não possuo frustração pessoal, só social rsrs. E obrigada por me chamar de inteligente, porque uma resenha como a sua me atrai, e muito.
Enfim, como disseram as próprias pessoas que você marcou, por favor leia novamente e se aprofunde, o livro é mais do que isso..
Obrigada pela atenção à minha crítica. E espero que não esteja chateada.


Fred 24/01/2013minha estante
Tudo depende pra que você quer um livro. No meu caso leio por diversão, para descontrair. Desse ponto de vista o livro é mesmo muito chato, te deixa pra baixo. Concordo com a Tati.


Elis133 28/06/2015minha estante
Concordo... Quem lê muitos romances lineares vai odiar A Hora da Estrela e seu enredo assimétrico, frases incompletas, metáforas e paradoxos.
E aquele fim foi no mínimo exímio.


Amauri Felipe 09/07/2015minha estante
é meio chato, bobo não, mas chato


Gil 03/01/2016minha estante
Concordo plenamente!!!! Quando ganhei o livro achei lindíssimo o nome do livro quando terminei me decepcionei e nunca mais tive coragem de ler as obras da tao famosa Clarice Lispector!!!!


HL Castro 01/02/2016minha estante
É, tive a mesma impressão do livro, que li na semana passada. Estava esperando algo espetacular, tão elogiado que era nas críticas.... Eu vinha de uma sequência de alguns livros clássicos e este livro foi meio que um balde de água fria.... Achei o enredo bem chatinho, apesar de ver que a Clarice tem habilidade para escrever.


Beatriz 14/03/2016minha estante
entendo seu ponto de vista, a Protagonista deveria reagir e não ser só um fantoche do destino, mas um livro não é só a história que conta, ele é o sentimento que desperta, você devia levar em consideração o momento que a autora vivia ao escrevê-lo (com câncer e logo depois vem sua morte). Clarice não escreve uma historia, ela nos faz uma pergunta, ela se faz uma pergunta, qual é a hora de estrela de cada um, qual a hora de seu último suspiro e momento de brilho?


Michael Jordan 10/10/2017minha estante
eu teria vergonha de publicar um comentário desse, sem embasamento nenhum e o mínimo de senso crítico... Realmente, Clarice é pra poucos.


Tchamilla 04/12/2018minha estante
Cada leitor lê o livro de uma forma e isso é normal. O que sensibiliza um, não necessariamente provocará o mesmo no outro. E você pode muito bem perceber a mensagem que o autor quis passar, todas as nuances, entrelinhas e ainda sim achar o livro chato. Chato não é sinônimo de ruim, é enfadonho, cansativo. Agora me diz, quem é que pode dizer o que é chato para alguém? Só a própria pessoa! Não é necessário embasamento para definir o que é agradável para si.
Então reconheço todos os méritos de Clarice, a importância da obra, mas PARA MIM é um livro chato.


Laura.Ribeiro 14/10/2020minha estante
Entendo a impressão que tirou dessa história e até eu fiquei um pouco perdida, mas acredito que é porque não entendemos o que a autora quis passar e então desmerecemos a escritora dizendo que ela está enrolando. Tem análises na internet e youtube sobre o livro que vão ajudar a compreender a história melhor.


Elis133 14/11/2020minha estante
Meu comentário há cinco anos foi carregado de ironia. Clarice transcende a metáfora e muitos leitores se perdem no caminho. Ela é lida e admirada em outros países, as críticas a reconhecem como literatura existencialista brasileira. Macabéa incomoda por sua inadequação, o narrador incomoda por querer desejar o bem dela. E a autora, porque não entrega tudo fácil e linearmente.


Fernanda.Fernanda 14/11/2020minha estante
Vou apagar minha opinião. Não quis envergonhar ninguem. Me desculpem. Só achei que seria um lugar seguro para expor a minha opinião, mesmo que de leiga e podendo estar 100% errada, para tentar aprender, tentar entender a autora.


TatianaTati 14/11/2020minha estante
Acho interessantíssimo que escrevi essa resenha há ONZE anos (tempos remotos, quando o Skoob era várzea e não sofria com "publi-resenhas") e ela ainda gera repercussão (obrigada, algoritmo).

Os comentários, em geral, me divertem. A graça da literatura sempre foi e sempre será não ser unânime. Cada livro fala diferente com o leitor, cada (re)leitura é diferente para o leitor. Onze anos depois, acho graça da minha resenha e de como eu detestei Clarice.

Infelizmente, ainda não gosto de Clarice, porque ela não teve uma segunda chance comigo até agora. Mas é muito interessante como muita gente ama "A hora da estrela" e se vê tocada pela história. E está tudo bem!

No entanto, como sigo amando a literatura e me aproximando de mais pessoas dos livros, o contato com opiniões apaixonadas sobre Clarice Lispector tem sido mais frequente. Confesso que, hoje, ainda não leria novamente "A hora da estrela"... é estranho como o desgosto por esse livro persiste por todos esses anos. Só que atualmente penso em dar uma segunda chance para essa autora tão aclamada, talvez com "A paixão segundo GH" ? esse parece ter mais defensores rsrs.

Um dia, quando eu abrir novamente meu coração para ler Clarice, volto aqui para contar a experiência. Fiquem bem, pessoas, e não parem de ler!


Alanys5 25/01/2021minha estante
Concordo, livro muito chato.


Priscila 04/02/2021minha estante
Nunca li um livro tão chato!!!!!


Heloisamarina_ 04/03/2021minha estante
Tbm não gostei...


esparramalho 12/03/2021minha estante
O erro é ler colocando a narrativa da Macabéa em primeiro plano, sendo que as primeiras páginas deixam claro que a história é sobre Rodrigo, metalinguagem e a construção de sua personagem.


Jhow 18/03/2021minha estante
kkkk essa discussão aqui é exatamente o ponto da resenha que eu mesma fiz sobre o livro... Gostaria de ter a opção de fazer enquetes no Skoob, me divertiria com os resultados.


karen 17/04/2021minha estante
pra criticar dessa maneira o livro provavelmente você não entendeu 1/3 do conteúdo dele nem muito menos conseguiu compreender a genialidade da clarice. durante basicamente toda a obra é deixado bem claro pela autora que não se trata de uma história extraordinária e que macabea é uma pessoa tão comum e tão insignificante na própria realidade em que vive, que passa despercebida por todos e tanto faz existir como não existir. é justamente nessa ausência de protagonismo na própria vida que clarice nos presenteia com a brilhante história de (quase) vida da macabea e nos faz refletir sobre tantos aspectos tão cruciais. espero que você tenha a oportunidade de reler a obra com outros olhos ou que você possa ter contato com outros grandes livros de clarice


Manu Almeida 06/05/2021minha estante
Discordo! Macabea faz alusão ao Brasileiro/ignorante. Assim como Macunaíma o herói Brasileiro


Nick.VitAria 08/05/2021minha estante
Discordo,esse livro que me fez amar o jeito singular da escrita da Clarice,eu li muito rápido e não achei nem um pouco cansativo,achei que é até uma obra fluída se lida com a atenção a cada aspecto de emoção e sem pressa de saber qual é o enredo,ela não retratou somente a história,na verdade ela se esmerou em envolver-nos em cada sentimento dela sobre a personagem,e os sentimentos da própria personagem,creio que esse livro se faz profundo e genial, justamente por retratar a parte mais difícil de explanar em qualquer história,a qual frequentemente deixamos passar,os sentimentos em si,como primeiro plano.
Esse livro não é para todos e dificilmente alguém que não tem paciência para poesia teria com esse livro.
Pra mim foi uma leitura fácil e bastante clara


Keyla.Barbosa 17/05/2021minha estante
Eu pensei em lê-lo, mas depois desses comentários estou quase desistindo.


esparramalho 17/05/2021minha estante
@Keyla desista não, o livro tem certas camadas, basta vc explorar elas, vale a pena


Sayd 05/06/2021minha estante
Sim, ela alongou essa história demais em torno de poesia, não curti muito.


Feh 06/06/2021minha estante
queria não ter q ler pq esse livro é muito ruim mas eu tenho prova sobre ele?


Alexandra 24/07/2021minha estante
Ainda na metade do livro, mas que linda estória. Narrativa sensível.


Nicoli 01/08/2021minha estante
Povo chato, ela não é obrigada a ter a mesma opinião que vocês. Além disso, só pq ela tem uma opinião diferente não significa que ela "não entendeu", ninguém é igual a ninguém e as pessoas possuem pontos de vista diferentes. Fim


Nanie 14/08/2021minha estante
Tentei ler 3 vezes... dormi nas três. Fico feliz de ver que não fui a única a achar o livro chato. Quem amou não precisa se ofender, nada vai agradar 100% das pessoas.


Renata 26/10/2021minha estante
Obra-prima de Clarice. Você precisa reler.


Jessi Dante 27/10/2021minha estante
Faço suas minhas palavras, Tatiana. Comecei a leitura de clássicos nacionais em 2021, aos 34 anos, pois na adolescência nunca consegui ler mais do que 10 páginas de qualquer um. Este é o segundo que leio e preciso dizer que minha opinião não mudou nada de anos atrás. Um desperdício do meu tempo este livro. Mas fui até o fim na força do ódio.


Nosfferatu 31/12/2021minha estante
Me divertindo com longos anos de comentários, tanto quanto com a leitura! ;)


Raphaela.Hepp.Völz 02/01/2022minha estante
Parei aqui de paraquedas mas preciso comentar kkkkkk li esse livro a alguns anos e concordo com a Tatiana. Mas não consigo entender porque pro pessoal quem não gostou deveria reler porque não entendeu o livro, não tem sensibilidade e etc. Poxa, as leituras são assim, em cada leitor deixa a sua marca e cada um tem sua opinião sobre o mesmo, e obviamente tem o direito de não gostar do que leu, e isso não significa que não entendeu. Pra mim quem tem que repensar algo, são essas pessoas que pensam que a própria opinião é a verdade absoluta. E aliás, eu achava que o skoob era justamente pra que pudéssemos contar sobre nossas experiências com as leituras com liberdade, sem julgamentos, acho que posso ter me enganado.


Cleber.Rios 09/01/2022minha estante
Você não gostou do livro porque não é seu tipo de leitura, isso não significa que o livro seja ruim, chato.
Bobo, chato, insosso é justamente a história da Macabea, a estrela do livro é justamente dar ênfase na tristeza, na falta de brilho e sal dela. Você super entedeu o livro, só que o tema não te atrai.
Era para ser triste mesmo ...


Víctor Diz 22/03/2022minha estante
Concordo completamente com o comentário da kel (de nove anos atrás): rodrigo - ou mesmo clarice - passou metade do livro convencendo o leitor de que a história não é impressionante, porque a história ?não é impressionante?! Como foi escrito no próprio livro: é assim mesmo que as coisas são. Macabéa aceita as coisas como elas ?são? porque teve tudo negado desde nascença, como tantas Macabéas por aí. Em sua ignorância pensa até que é feliz, até ser revelado o seu passado terrível e sua miséria humana na mesa da cartomante. Mas penso que chegue até um pouco além, uma filosofia meio ?Alberto Caieiro?, esse jeito existencialista da Clarice. A história é insossa, lúdica e grotesca. Tudo ao mesmo tempo. ?Se sou, o jeito é ser?. Enfim, pena que você não gostou! Literatura é assim mesmo, espero que você se apaixone por Clarice assim como eu me apaixonei. ?A Paixão Segundo G.H.? é uma ótima escolha. Abraços!


Larinha 15/04/2022minha estante
Alguém aqui pode me ajudar por favor?! Eu não estou conseguindo ler esse livro ou sou eu que não está sabendo mexer no aplicativo


Debora 23/05/2022minha estante
Estou tentando ler pela terceira vez e pretendo terminar por questão de honra, mas não estou gostando.


yas 05/07/2022minha estante
Nossa descreveu exatamente oque eu senti lendo esse livro. Inclusive larguei a leitura no meio do caminho, pois não suportava mais me forçar a finalizar uma leitura tão chata.


SidLuz 03/09/2022minha estante
É... acho que o título de "hermética" ainda irá perseguir Clarice Lispector por um bom tempo. Jamais julgaria que alguém leu algo da forma errada, isso é impossível, quem escreve sabe que quando tornamos algo público, aquilo já não nos pertence. Talvez, Clarice não se pertença, ou talvez a alma de alguém seja chata e insossa mesmo, boba, sabe, mas isso também é fascinante. E se não fosse Lispector, não estaríamos aqui discordando ou concordando. Concluindo - ao meu modo de entender a arte -, Lispector foi uma grande artista.


Adriana.Rita 05/01/2023minha estante
Macabea é toda simplicidade, toda ingenuidade, toda carência, toda mulher sem chance de ser mulher. Agredida, não amada, não querida... é toda dor ou ausência de tudo. Creio que no leitor sensível fique a dor de alguém que não sentia ao menos isto: dor. Para mim ficou toda solidão de si mesma. Quando pensou que poderia Ser, já não havia mais tempo. Ainda há mulheres assim, ainda há pessoas assim. Só.


Viviane 12/01/2023minha estante
de mais uma chance a Clarice. Entrei no seu perfil e não posso deixar de me impressionar 1300 livros? ????


Juliana 15/01/2023minha estante
ela avisou que a historia nao e interessante


Rafa Freitas 29/01/2023minha estante
Sou mais um aqui para discordar do seu comentário. O livro justamente se remete a essa fraqueza e "falta de sal" para refletirmos o tão frágil que somos, porém com uma profundidade que desconhecemos...


esquisiticespacial 01/03/2023minha estante
essa caixa de comentários virou meu lugar feliz, adoro ver gente discutindo com palavras inteligentes KKKKKKK


Julhocas 14/04/2023minha estante
É quase um crime chamar a hora da estrela de insosso, a autora escreveu colocando o que sentia em seu câncer terminal, Macabéa é retratada como a própria autora. Clarisse entende o leitor e suas obras são gigantescas de incríveis.


MatheusCamargo 21/04/2023minha estante
A galera aqui escreve meia dúzia de palavras difíceis e se acham os maiorias pra criticar uma opinião diferente kkkk também não curti o livro, bem maçante ao ponto de me irritar


gabi 08/05/2023minha estante
meu deus, que tristeza ter essa resenha como a principal


TatianaTati 09/05/2023minha estante
Triste é ter que ler comentário de gente que não consegue criticar e contrapor a resenha sem lançar mão de um passivo-agressivo ou de alguma forma de depreciação a mim. Parece que ultimamente não se consegue enaltecer Clarice ou sua obra sem precisar dizer que eu li errado, que sou ignorante, etc. Lamento que isso seja tão difícil, reflexo dos tempos atuais, enfim.


eliza! 27/06/2023minha estante
Nas primeiras páginas, achei que ela enrola um pouco mais do que deveria para começar a história, mas mesmo assim, o livro é ótimo quando você realmente é apresentado à história


dropsofjupiter 02/07/2023minha estante
Na minha opinião, A Hora da Estrela não é pra ser lido na esperança de tirar o seu tédio, pra ser um livro divertido ou algo do tipo, mas sim pra te fazer refletir sobre a vida, sobre os invisíveis. Não é um livro legal, de fato, porque é triste e incomoda, por causa da história e da forma como a autora escreve, foi feito pra isso. Não dá pra ler esperando gostar da macabea, da história dela, porque é trágico demais e, pior, existem milhares e milhares de macabeas nesse mundo, na verdade existe uma parte nossa que é bem Macabea, porém não a gente se incomoda ao lembrar disso. Alguns lidam melhor com essas questões existenciais do que outros.


Ka_ 12/07/2023minha estante
To lendo ele agora, eu esperava mais desse livro quem me indicou ele foi uma colega do curso.. e sempre quis ler um livro dela. Mas se todos forem assim, RAPAZ... Tô decepcionada


Henrique270 29/07/2023minha estante
Esperando o dia em que você irá reler a hora da estrela, rs. se é que vai chegar. haha


lorena luna freire 12/09/2023minha estante
quem fala mal ta errado, macabea te amo


caixatoracica 14/09/2023minha estante
Compreendo achar o livro chato, mas cada um desses detalhes é extremamente útil. É muito mais rico mostrar todo esse estresse e sufoco pra contar a história quando a impressão que se quer passar é a de uma pobretona ordinária. De fato, não tem nada ali, como o próprio narrador (que também é um personagem) introduz, é a Macabéa que está pedindo pra ser contada, e não ele que pretendia divulgar.
Esse livro é mais sobre a interpretação que você toma do que a história que foi contada, você tira conclusões depois de ler. Cada chatice é algo pra você se identificar, afinal, que mente não dá voltas? Só as mais paradas e conformes, o que com certeza não é o padrão da autora e nem de quem segue.


Eduarda 30/09/2023minha estante
pois então leia dnv pq vc leu errado


Cintia.Ferreira 03/10/2023minha estante
Pelo que comecei o intuito da autora é demonstrar a insignificância da protagonista e da vida e demonstrar que não somos tão especiais como pensamos.


Isabeli71 08/11/2023minha estante
Sinto muito se não conseguiu fazer uma leitura crítica e habilidosa, se atentando ao contexto, às críticas e inúmeras metáforas. Clarice realmente não é fácil de ler, não é um livro de diversão e distração. Sua escrita é cheia de rodeios, paradoxos e ironias, é reflexiva e exige atenção para compreensão. Como disse, não é uma leitura tranquila. O final encerra a história de macabéia com a mesma insignificância que esta fazia ao mundo, um ponto invisível e sem poder de mudança, já que nada lhe foi dado para realmente se inteirar como indivíduo. Morreu como viveu, insossa. Olhos atentos e abertos compreenderam o objetivo da autora.


Gabriela3031 11/11/2023minha estante
Após algumas aulas sobre Clarice consegui entender A Hora da Estrela. Porém quando estava lendo-o não consegui sentir entusiasmo, não consegui sentir o que muitos dizem sentir por Macabéia. Mas li uma crítica que diz o motivo de Clarice ter escrito a obra após questionarem se ela não importava-se com as questões sociais da época. Vale a leitura para. Mas não a leria mais de duas vezes.


Amanda2751 14/12/2023minha estante
Concordo, muito chato


Joao.Trevisan 02/01/2024minha estante
Finalmente alguem falou o óbvio que mais ninguem (inclusive eu) tem coragem de falar


Caroline 13/01/2024minha estante
entendeu nada do livro kkk


Uma Vida em Cada Livro 17/01/2024minha estante
Também não gostei. Concordo 100% com sua avaliação.


gigika 20/01/2024minha estante
"Voltando a mim: o que escreverei não pode ser absorvi- do por mentes que muito exijam e ávidas de requintes, pois o que estarei dizendo é apenas nu."


Rachel.Silva 10/03/2024minha estante
Você conseguiu fazer minha crítica por mim. É exatamente o que penso.


TrizDosAnjos 13/03/2024minha estante
Amiga? Quanto ódio no coração


Jullia.Bassetti 27/03/2024minha estante
Citando a própria Clarice: ?Se este livro vier jamais a sair, que dele se afastem os profanos. Pois escrever é coisa sagrada onde os infiéis não têm entrada. Estar fazendo de propósito um livro bem ruim para afastar os profanos que querem "gostar". Mas um pequeno grupo verá que esse "gostar" é superficial e entrarão adentro do que verdadeiramente escrevo, e que não é "ruim" nem é "bom".?


Paula1735 08/04/2024minha estante
Estou lendo agora.


Anna.Elizia 24/04/2024minha estante
Obra indiscutível, para você poder ler acredito que você tenha que deixar todos os seus preconceitos e expectativas de lado, porque vai pesar sua leitura. Eu adoro os interrompimentos de Clarice, é o que faz da obra de certa forma mais profunda e que toca em um tema considerado desinteressante para maioria. O que sempre esperamos é que toda obra precisa ter uma história contagiante e fora da realidade cotidiana. E a história de Macabéa pode até ser chata aos olhos, mas se você se entrega conhece um lado totalmente diferente, é como entrar em um abismo junto da personagem e da autora. Já se faz bastante tempo que finalizei essa leitura e me lembro até hoje das sensações que senti lendo e mal conhecia as obras de Clarice na época.




spoiler visualizar
Maíra 11/06/2011minha estante
Linda resenha!


Telma 18/05/2012minha estante
Resenha maravilhosa!


José Vítor 21/11/2012minha estante
Aff... Que resenha perfeita. Uma resenha pequena que fala incrivelmente sobre a personagem do livro e faz surgir uma vontade enorme de lê-lo, sentir e pensar o mesmo que você.


rachel 22/12/2012minha estante
Essa resenha tá perfeita porque você conseguiu descrever exatamente como eu me senti lendo A Hora da Estrela. Até hoje fico pasma com a extrema influência que a Clarice teve sobre meus pensamentos, sentimentos e até meu comportamento! Depois desse livro, não conseguia ler mais nada porque nada se comparava à literatura viciante da Clarice Lispector!


Lidi 07/01/2013minha estante
Linda resenha!
Faz anos de li esse livro e até hoje lembro desses sentimentos que também tive ao lê-lo!
Pobre Macabéa...


Luana Silva 13/01/2013minha estante
Seria bom marcar SPOILER. Eu ainda não havia lido, e me dei "super bem" com a sua "resenha".


Luana Silva 13/01/2013minha estante
Seria bom marcar SPOILER. Eu ainda não havia lido, e me dei "super bem" com a sua "resenha".


Iq 24/06/2013minha estante
Muito boa a sua resenha! Ham tomei a liberdade, de ler a sua resenha na minha sala, em uma apresentação sobre esse livro. Eu coloquei,o nome MissAlgravem já que não sei o seu.


Lilian Moura 04/01/2014minha estante
Belíssima resenha !


Ana 09/01/2014minha estante
É uma resenha muito sensível e cativante. Adorei(:


Katia 09/01/2014minha estante
Obrigada gente! Fui bem sincera.


Leví 15/03/2014minha estante
Já com treze anos você pensou e achou isso? Maturidade precoce. Boa crítica :)


Rodrigo 28/03/2014minha estante
acho tão revigorante encontrar gente que se sente nos personagens da Clarice ;-; parece que não existem tantas Clarices por aí como nós, haha.


Jennifer Vale. 26/05/2014minha estante
Belíssima resenha!
Simples e tocante.


helmalu 18/02/2015minha estante
Pensei que tinha sido a única a me identificar com a Macabéa e depois sentir raiva de mim, ufa!

Linda resenha, senti o mesmo durante a minha leitura.


Caroline.Marques 22/06/2015minha estante
Esse livro é tocante! Ao finalizar a leitura fiquei em estado catatônico. Por alguns instantes vi minha vida passar e senti medo de ser como a Macabéia! Também tive várias oscilações ao longo do livro: senti pena, raiva, vontade de cuidar e dar um chacoalhão na personagem principal!


Amauri Felipe 09/07/2015minha estante
olá, eu também tenho 13 anos, foi o primeiro livro da autora que entrei em contato, mas escolhi pelo autor


Lê Golz 12/09/2015minha estante
Que lindo! Senti o mesmo, ao mesmo tempo que queria cuidar, não entendia porque ela não reagia.


GabiMaravilha 08/04/2020minha estante
Spoiler na resenha


igsuehtam 02/07/2020minha estante
É uma leitura muito difícil mesmo.


Raquel.Rapini 21/08/2020minha estante
Que lindo, Katia. É bem isso que o livro desperta mesmo.


Katia 24/09/2020minha estante
Galera. Muita gente dizendo que dei spoiler. Desculpa. Não sei como editar a resenha e ando sem tempo de descobrir. Quando escrevi fui sincera e sentimental pois é assim que sinto os livros. Desculpa aí pelo spoiler. Tem spoiler. Não leiam a resenha.


Djulia 22/04/2021minha estante
Resenha perfeita! Li e senti um emaranhado de emoções.


Eli 15/01/2023minha estante
Como a srª Clarice explicou é um melodrama, apesar d'eu não entender muito de melodramas. É o primeiro livro da srª Clarice que leio apesar de ter sido o último que ela escreveu. É uma descrição do cotidiano de uma garota normal tentando conviver com suas particularidades.




Alane.Sthefany 22/07/2022

A Hora da Estrela - Clarice Lispector
Apresentação

Pelo ângulo filosófico, a evidência de que as origens do ser se perdem no tempo e de que é impossível voltar à época em que ?as coisas acontecem antes de acontecer?, leva o indivíduo a um estado de perplexidade. Ao afirmar que ?Tudo no mundo começou com um sim?, o narrador revela que sabe que as coisas se criam por um ato de vontade e de afirmação.

O que é dito no livro, por duas vezes, de uma maneira que nos faz lembrar o verso conhecido de Manuel Bandeira, em seu Pneumotórax: ?Experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o seu desespero, E agora só queria ter o que eu tivesse sido e não fui.? (p. 36), ?A gargalhada era aterrorizadora porque acontecia no passado e só a imaginação maléfica a trazia para o presente, saudade do que poderia ter sido e não foi (p. 48).

(...) o silêncio desloca o homem do esquecimento de si próprio e faz com que viva o ?oco da alma?, O silêncio provoca a angústia de se descobrir como simples estar-no-mundo, entregue a si mesmo, desamparado da firmeza que o senso comum lhe oferece.

(...) a afirmação inicial do livro, de que ?tudo no mundo começou com um sim?, temos diante de nós um enigma a decifrar e um desafio a empreender. O enigma se refere ao primeiro sim (a origem do mundo); o desafio é dizer sim com Clarice Lispector, para continuarmos inventando o mundo. Por isso o texto termina com uma única palavra ocupando todo um parágrafo: ?Sim?. A nós, cabe continuar este movimento estelar. Eis a grande arte de Clarice Lispector.


Trechos Preferidos ?????

Meditação não precisa de ter resultados: a meditação pode ter como fim apenas ela mesma. Eu medito sem palavras e sobre o nada.

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve.

Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer?

A minha vida a mais verdadeira é irreconhecível, extremamente interior e não tem uma só palavra que a signifique.

(...) que cada um a reconheça em si mesmo porque todos nós somos um e quem não tem pobreza de dinheiro tem pobreza de espírito ou saudade por lhe faltar coisa mais preciosa que ouro ? existe a quem falte o delicado essencial.

Limito-me a humildemente ? mas sem fazer estardalhaços de minha humildade que já não seria humilde

(...) bem sei que cada dia é um dia roubado da morte.

As coisas estavam de algum modo tão boas que podiam se tornar muito ruins porque o que amadurece plenamente pode apodrecer.

(...) vivemos exclusivamente no presente pois sempre e eternamente é o dia de hoje e o dia de amanhã será um hoje, a eternidade é o estado das coisas neste momento.

Não, não é fácil escrever. É duro como quebrar rochas. Mas voam faíscas e lascas como aços espelhados.
Ah que medo de começar e ainda nem sequer sei o nome da moça. Sem falar que a história me desespera por ser simples demais. O que me proponho a contar parece fácil e à mão de todos. Mas a sua elaboração é muito difícil. Pois tenho que tornar nítido o que estáquase apagado e que mal vejo. Com mãos de dedos duros enlameados apalpar o invisível na própria lama.

Eu que quero sentir o sopro do meu além. Para ser mais do que eu, pois tão pouco sou.

Trata-se de moça que nunca se viu nua porque tinha vergonha. Vergonha por pudor ou por ser feia? ?

Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se sentir infeliz. A única coisa que queria era viver. Não sabia para quê, não se indagava. Quem sabe, achava que havia uma gloriazinha em viver. Ela pensava que a pessoa é obrigada a ser feliz. Então era. Antes de nascer ela era uma idéia? Antes de nascer ela era morta? E depois de nascer ela ia morrer?

Eu não inventei essa moça. Ela forçou de dentro de mim a sua exigência.

Uma vez por outra tinha a sorte de ouvir de madrugada um galo cantar a vida e ela se lembrava nostálgica do sertão. Onde caberia um galo a cocoricar naquelas paragens ressequidas de artigos por atacado de exportação e importação? (Se o leitor possui alguma riqueza e vida bem acomodada, sairá de si para ver como é às vezes o outro. Se é pobre, não estará me lendo porque ler-me é superfulo para quem tem uma leve fome permanente. Faço aqui o papel de vossa válvula de escape e da vida massacrante da média burguesia. "Bem sei que é assustador sair de si mesmo, mas tudo o que é novo assusta."

O cantar de galo na aurora sanguinolenta dava um sentido fresco à sua vida murcha. Havia de madrugada uma passarinhada buliçosa na rua do Acre: é que a vida brotava no chão, alegre por entre pedras.

(...) saudade do que poderia ter sido e não foi.

Se a moça soubesse que minha alegria também vem de minha mais profundo tristeza e que tristeza era uma alegria falhada.

Quem espera sempre alcança.

(Quando penso que eu podia ter nascido ela ? e por que não? ? estremeço.)

Em todo caso o futuro parecia via a ser muito melhor. Pelos menos o futuro tinha a vantagem de não ser o presente.

(Estou passando por um pequeno inferno com esta história. Queiram os deuses que eu nunca descreva o lázaro porque senão eu me cobriria de lepra.)

Que se há de fazer com a verdade de que todo mundo é um pouco triste e um pouco só.

A rotina me afasta de minhas possíveis novidades.

Quis descansar as costas, por um dia? Sabia que se falasse isso ao chefe ele não acreditaria que lhe doíam as costelas. Então valeu-se de uma mentira que convence mais que a verdade: disse ao chefe que no dia seguinte não poderia trabalhar porque arrancar um dente era muito perigoso. E a mentira pegou. Às vezes só a mentira salva. (...) ela teve pela primeira vez na vida uma coisa a mais preciosa: a solidão. Tinha um quarto só para ela. Mal acreditava que usufruía o espaço. E nem uma palavra era ouvida. Então dançou num ato de absoluta coragem, pois a tia não a entenderia. Dançava e rodopiava porque ao estar sozinha se tornava: l-i-v-r-e!

"Encontrar-se consigo própria era um bem que ela até então não conhecia." Acho que nunca fui tão contente na vida, pensou. Não devia nada a ninguém e ninguém lhe devia nada.

Promessa é questão de grande dívida de honra.

As boas maneiras são a melhor herança.

(...) ele não era inocente coisa alguma, apesar de ser uma vítima geral do mundo. Tinha, descobri agora, dentro de si a dura semente do mal, gostava de se vingar, este era o seu grande prazer e o que lhe dava força de vida. (Olímpico)

Foi a única vez em que falou de si própria para Olímpico de Jesus. Estava habituada a se esquecer de si mesma.

? Você sabia que na Rádio Relógio disseram que um homem escreveu um livro chamado ?Alice no País das Maravilhas? e que era também um matemático? Falaram também em ?élgebra?.

(Estava lendo o livro Alice no País das Maravilhas também)

?Una Furtiva Lacrima? fora a única coisa belíssima na sua vida. Enxugando as próprias lágrimas tentou cantar o que ouvira. Mas a sua voz era crua e tão desafinada como ela mesma era. Quando ouviu começara chorar. Era a primeira vez que chorava, não sabia que tinha tanta água nos olhos. Chorava, assoava o nariz sem saber mais por que chorava. Não chorava por causa da vida que levava: porque, não tendo conhecido outros modos de viver, aceitara que com ela era ?assim?. Mas também creio que chorava porque, através da música, adivinhava talvez que havia outros modos de sentir, havia existências mais delicadas e até com um certo luxo de alma.

A mosca voa tão depressa que se voasse em linha reta ela ia passar pelo mundo todo em 28 dias?

Será que o meu ofício doloroso é o de adivinhar na carne a verdade que ninguém quer enxergar? Se sei quase tudo de Macabéa é que já peguei uma vez de relance o olhar de uma nordestina amarelada. Esse relance me deu ela de corpo inteiro.

E tudo devia ser porque Glória era gorda. A gordura sempre fora o ideal secreto de Macabéa, pois em Maceió ouvira um rapaz dizer para uma gorda que passava na rua: ?a tua gordura é formosura!? A partir de então ambicionara ter carnes e foi quando fez o único pedido de sua vida.

Eu sou sozinha no mundo e não acredito em ninguém; todos mentem, às vezes até na hora do amor, eu não acho que um ser fale com o outro, a verdade só me vem quando estou sozinha.

Só sou verdadeiro quando estou sozinho.

Macabéa ficou um pouco aturdida sem saber se atravessaria a rua pois sua vida já estava mudada. E mudada por palavras ? desde Moisés se sabe que a palavra é divina. Até para atravessar a rua ela já era outra pessoa.

Se ela não era mais ela mesma, isso significava uma perda que valia por um ganho.

Algumas pessoas brotaram no beco não se sabe de onde e haviam se agrupado em torno de Macabéa sem nada fazer assim como antes pessoas nada haviam feito por ela, só que agora pelo menos a espiavam, o que lhe dava uma existência.

Eu poderia resolver pelo caminho mais fácil, matar a menina-infante, mas quero o pior: a vida. Os que me lerem, assim, levem um soco no estômago para ver se é bom. A vida é um soco no estômago.

Fora buscar no próprio profundo e negro âmago de si mesma o sopro de vida que Deus nos dá.
Então ? ali deitada ? teve uma úmida felicidade suprema, pois ela nascera para o abraço da morte. A morte que é nesta história o meu personagem predileto. Iria ela dar adeus a si mesma? Acho que ela não vai morrer porque tem tanta vontade de viver.

A morte é um encontro consigo.

Macabéa me matou.
Ela estava enfim livre de si e de nós. Não vos assusteis, morrer é um instante, passa logo, eu sei porque acabo de morrer com a moça. Desculpai-me esta morte.

Morreu em um instante. O instante é aquele átimo de tempo em que o pneu do carro correndo em alta velocidade toca no chão e depois não toca mais e depois toca de novo.

E agora ? agora só me resta acender um cigarro e ir para casa. Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre.

Mas ? mas eu também?!

Não esquecer que por enquanto é tempo de morangos.

Sim.
Canoff 25/07/2022minha estante
Esse livro explodiu a minha mente. Foi após eu ter lido ele, que eu comecei a me atentar aos livros de linguagem mais rebuscadas. Um exímio livro.


Alane.Sthefany 25/07/2022minha estante
Robson,

A Hora da Estrela foi o livro dela que eu achei mais fácil de compreender dentre os que eu já li. Mas o "Água Viva", misericórdia, kakakakaka...

Sai com a cabeça doendo.

O meu primeiro contato com a Clarice Lispector foi com Paixão Segundo G.H., eu pensando: 180 pág ?! Aahh, vou terminar em um único dia ?

A cada frase, eu tinha que reler, interpretar, achava que estava de fato e finalmente entendendo, depois mais na frente, via que não estava entendendo nada e relia novamente... Ou seja, demorei muito mais que 1 dia. ? Mas foi engraçado me deparar com algo assim . ?

Amei a escrita dela, muito cativante e intrigante. ??


Canoff 25/07/2022minha estante
Eu abandonei um livro dela. Me empolguei com uma obra que reunia todos os contos e acabei abandonando. ? Esse livro foi desafiador nas primeiras páginas, mas depois, consegui progredir bem!


Alane.Sthefany 26/07/2022minha estante
Ler Clarice Lispector sempre é desafiador ? ??
Principalmente no início ?
Que bom que conseguiu ???




Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

A hora da estrela, Clarice Lispector – Nota 10/10
“A hora da estrela” foi um daqueles livros que comecei a ler com uma expectativa alta – o que costuma ser arriscado – e que, ao final, se superou. É, antes de mais nada, uma obra que transborda humanidade. O enredo é simples: Macabéa é uma jovem nascida em Alagoas, órfã, pobre e que se muda para a cidade grande para trabalhar como datilógrafa. Logo no início, Rodrigo SM, o narrador e alter-ego da própria Clarice, já afirma não “ser complexo o que escreverei”. Mas apesar de uma história simples, a autora constrói uma riquíssima, cheia de reflexões.

Já a personagem é mesmo simples, não só no sentido material, por ser pobre, mas também como ser humano. Macabéa é pura, ingênua, sem grandes ambições. Macabéa almeja apenas ser feliz, ainda que não saiba muito bem em que consista a felicidade. E é por meio dessa obra que Clarice – ou melhor, Rodrigo SM – dá voz ao cidadão “comum”. Dá o direito ao grito às “milhares de moças espalhadas pelos crotiçoes, vagas de cama num quarto, atrás de balcões trabalhando até a estafa”. A escrita de Clarice é muito impactante, sendo, na minha opinião, uma das características responsáveis por elevar essa obra à categoria dos grandes clássicos da literatura nacional – e, até mesmo, mundial. É uma obra carregada de metalinguagem, isto é, o narrador se vale do próprio livro para explicar e refletir com o leitor sobre a tarefa de escrever uma história. Com esse método, Clarice consegue aproximar o leitor da narrativa e, por consequência, da vida de Macabéa. No início, a extrema ingenuidade da personagem pode despertar um certo incomodo em quem lê a obra. Mas essa sensação é logo substituída por uma compaixão, criando um forte laço entre o leitor e Macabéa. Na minha opinião, é uma leitura obrigatória!

Também recomendo muito essa edição que comprei da @editorarocco, com reproduções do manuscrito original e textos de apoio que enriquecem ainda mais a leitura.

“O que escrevo é mais do que invenção, é minha obrigação contar sobre essa moça entre milhares delas. E dever meu, nem que seja de pouca arte, o de revelar-lhe a vida. Porque há o direito ao grito. Então eu grito.”

site: https://www.instagram.com/book.ster
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arthbooks 14/02/2022

"Só uma vez se fez uma trágica pergunta: quem sou eu?"
Esse livro prova o quanto Clarice era incrível e além de seu tempo, "A Hora da Estrela" tem uma escrita única e tão intimista e simples, mas o simples se faz complexo e empático. Ao mesmo tempo é caótica, mas compreensível.

Na história, o Rodrigo S M é um escritor e narra a vida da nordestina Macabéa, uma moça ingênua e tanta que ignorância que não conhece sua própria infelicidade. O eu-lírico, o narrador e a personagem ora se misturam, e os questionamentos presentes ao longo do livro valem a todos.

O livro aborda muitos temas, como o papel da mulher, a vida de um imigrante, o autoconhecimento, a ignorância, humildade e "inutilidade".

O início do livro é um pouco parado, e essa edição tem contos chatos, mas a história é seu desfecho são incríveis! Pretendo ler mais da autora.

"E quando acordava? Quando acordava não sabia mais quem era."

"Ela era de leve como uma idiota, só que não o era. Não sabia que era infeliz. É porque ela acreditava. Em quê? Em vós, mas não é preciso acreditar em alguém ou em alguma coisa - basta acreditar."

"A verdade é sempre um contato interior inexplicável. A verdade é irreconhecível. Portanto não exite? Não, para os homens não exite."
Weberton.Brenner 14/02/2022minha estante
Essa mulher foi um marco em nosso mundo ?


Giovanna.Martins 14/02/2022minha estante
Minha parte preferida desse livro é a dedicatória. Puramente alucinante.




Ju_allencar 10/01/2024

Primeiro contato com a escrita da diva Clarice ?
Muito me disseram que a escrita da Clarice era complicada e que muitos acabam abandonando. Confesso que fui com medo mas acabei gostando muito do livro e da forma como a Clarice conta a história. Claro que ela possui muitas metáforas e coisas que as vezes foge do meu entendimento. Mas eu realmente me senti tocada pela história. Já quero ler mais livros dela ???
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Welliton.Moreira 03/02/2021

História emocionante, realidade de muitos migrantes no país
LISPECTOR, Clarice. A Hora da Estrela. Ed. Rocco. 2006

Confesso que Clarice Lispector foi um grande desafio para mim, havia um tempo que eu queria me arriscar com a literatura brasileira por não ser muito habituado a ela, porém mais um livro que me deixou basicamente aturdido e ao mesmo tempo em choque pelo que esse livro me proporcionou. O livro conta a história de Macabéa, uma migrante nordestina do estado de Alagoas que perde os pais muito cedo e foi criada pela tia e mais tarde acaba indo morar no Rio de Janeiro onde conseguiu emprego de datilógrafa e morava em um alojamento junto com mais 4 mulheres. Ela teve uma infância difícil e isso persistiu até sua vida adulta onde ela se torna mais uma figura invisível e insignificante da sociedade. Ou ponto interessante do livro é o narrador, que interage diretamente com o leitor, que na minha opinião foi um personagem que Clarice criou como se espelhado nela própria porém em versão masculina, demonstrando uma ironia e querendo dizer simplesmente que ela é capaz de escrever como os melhores escritor modernista, destruidor de conceitos e reestruturador de paradigmas que se possa imaginar. Eu recomendo o livro, a leitura é rápida, é realista, infelizmente demonstra o dia-a-dia do que muitos dos migrantes das regiões nordestinas passam, enfim ótima recomendação de literatura brasileira.
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Stefanny 08/01/2023

"Pois na hora da morte a pessoa se torna brilhante estrela de cinema, é o instante de glória de cada um e é quando como no canto coral se ouvem agudos sibilantes."
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Dyllan.Johnny 04/08/2023

?Tão jovem e já com ferrugem?
Um dos melhores livros que já tive o prazer de ler. Embora tenha certa dificuldade em me conectar com obras mais curtas, devido à economia de detalhes na história, essa obra de Clarice é uma das mais bem escritas que já li. A autora possui uma forma única de escrever, que me encantou desde a primeira página. Marquei quase todo o livro, tamanho o impacto de suas palavras em mim. Apesar da tristeza presente na narrativa, a forma bela e sensível com que ela é escrita me deixou admirado. Sem dúvida, uma leitura que recomendo.
Antonio566 18/09/2023minha estante
Clarice é uma querida!




Elena 13/01/2023

Um livro que não se propõe a nada e entrega muito
Macabéa é uma poesia triste, um tanto miserável, mas que a gente lê e sabe que é bonito, mesmo às vezes nem sendo. Definitivamente se tornou um favorito, a escrita é direta, mas mesmo assim poética, um livro que não se propõe a nada e entrega muito... Creio que seja uma boa escolha pra quem quer começar a ler Clarice.
lele 13/01/2023minha estante
eu amo essa história


Noxious.Storm 13/01/2023minha estante
A resenha ficou ótima




eelis 26/07/2023

TE AMO CLARICE
O LIVRO É BOM DMSSSS
me deixou pasma, sério. Trouxe a inocência e ignorância em um equilíbrio incrível.
Eu amei o narrador e senti tudo oq aquele livro tava transmitindo por meio das palavras simples mas profundas. Além da história da macabeia( a protagonista) q te deixa pensando sobre a sua própria vida.
Muito bom, virou um dos meus favs.
Yasmim 27/07/2023minha estante
resenha boa toda ??


eelis 28/07/2023minha estante
@yasmim ??




Fernanda.Rettore 14/07/2023

Romance que dá nó na garganta e lágrimas nos olhos.
"A Hora da Estrela", foi o último romance escrito por Clarice Lispector, publicado alguns meses após o falecimento da autora. A história é narrada pelo escritor Rodrigo S.M., um personagem que muitos acreditam ser a representação da própria Clarice. Ele conta a história de Macabéa, uma jovem nordestina que vive em um cortiço na cidade do Rio de Janeiro e trabalha como datilógrafa.

Macabéa é uma mulher simples, sem atrativos físicos ou personalidade marcante. Também sofre pelos maus hábitos alimentares e falta de higiene pessoal, o que a leva a ter uma vida solitária e miserável. A personagem é desprovida de autoestima e sofre constantemente com as dificuldades da vida e com a falta de afeto.

Por meio da inocência de Macabéa, Lispector traz reflexões sobre as necessidades humanas ao explorar temas como o sentido da existência, a busca por identidade, o desejo de felicidade e amor. O romance também aborda questões como a a desigualdade e a marginalização social, a pobreza, o egoísmo, a invisibilidade e a luta diária pela sobrevivência das pessoas que não possuem uma rede de amparo. Mesmo ao tratar de assuntos dolorosos, a narrativa se desenrola de forma poética, filosófica e intimista, explorando os pensamentos e sentimentos.

"A Hora da Estrela" é uma obra poderosa que nos faz refletir sobre a essência do ser humano e a dura realidade vivida por muitos. É um livro que desperta empatia e nos convida a enxergar a humanidade com compaixão.
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Thamiris.Treigher 26/12/2023

Já que sou, o jeito é ser.
Bem que dizem que Clarice não é sobre ler, mas sobre sentir. "A hora da estrela" foi o último romance publicado antes de sua morte, e podemos ver muito disso na obra.

O narrador, Rodrigo S.M., é um escritor que, à espera de sua morte, conta a história de Macabéa, uma alagoana datilógrafa, órfã e virgem que vai morar no Rio da Janeiro. Ela é uma moça extremamente pura e ingênua. Conhece pouco sobre o mundo, sobre os sentimentos e sobre as relações humanas. É uma moça simples, que não tem muitas experiências e que vai vivendo de acordo com o que a vida vai trazendo para ela, sem objetivos, vontades ou ambições.

Por isso, aceita tudo que lhe acontece sem sofrer, questionar ou reclamar. Assim é seu comportamento quando seu então namorado, Olímpico, termina com ela e a troca por sua única amiga, Glória. Macabéa aceita a decisão sem protestar ou sofrer, pois tudo é "tanto faz". Olímpico é o seu oposto: quer ser rico, poderoso e influente.

Para mim, o mais marcante de tudo é a forma como Clarice escreve e fala de si por meio de Rodrigo S.M. Devaneia sobre a angústia da morte que está próxima (e que ela parece saber), sobre os mais diversos sentimentos e sensações. Sem floreios, romantizações ou esforços para que tudo pareça lógico.

"Se ainda escrevo é porque nada mais tenho a fazer no mundo enquanto espero a morte". Entre tantos trechos marcantes e frases grifadas, essa parte se destacou diante de meus olhos. Parece traduzir tudo que esse livro é: a espera da morte por parte do narrador Rodrigo S.M., ou seja, de Clarice.

Macabéa faz o importante papel de mostrar ao leitor muito mais do que a sua própria e miserável história, mas -principalmente- sobre os "escritores" que a contam. Através de sua rotina sem muitos sonhos, Clarice nos leva a refletir sobre vida, solidão, tristezas, perspectivas e - claro- morte.

Maravilhoso do modo que só Clarice sabia ser. "Já que sou, o jeito é ser". ?
.
Guilherme.Eisfeld 26/12/2023minha estante
Vai ser minha próxima leitura


Thamiris.Treigher 26/12/2023minha estante
Que legal! Vou acompanhar suas impressões!


zxsaturno 26/12/2023minha estante
Amo os sentimentos que Clarice me faz sentir! ?


Thamiris.Treigher 26/12/2023minha estante
Eu também, Kah ???


gizaguerra 12/02/2024minha estante
Lerei em breve!


Thamiris.Treigher 14/02/2024minha estante
Arrasou, Gisele!




Nado 22/12/2020

A construção dessa história é peculiar e pode causar estranheza nas primeiras páginas, mas somente nas primeiras. Assim que o leitor captar o fluxo de consciência do narrador, a trama discorre prazerosamente. Através da indicação de um amigo tive acesso a essa obra que me fará refletir muito por alguns dias. A personagem principal tem questões simples da vida que nos faz refletir sobre outros pontos. O livro é curto, mas traz questões filosóficas e interpretações bastante subjetivas.
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Leitura e . 12/06/2020

@leituraeponto
Resenha sai hoje no @leituraeponto no instagram



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