Carlos Aglio 24/09/2011Um romance de imagens fortes e encantadoras que me fez fã do autor... Esse romance constava de uma lista de bibliografia básica, organizada pelo escritor Furio Lonza, que à época ministrou um curso, uma oficina de contos que participei, na Estação das Letras (RJ). Segundo Furio, a lista continha todas as obras mínimas, nacionais e estrangeiras, que um aprendiz de escritor deveria ler. E desde então, procurei ler as obras citadas, na medida do possível, já que queria escrever.
Ao organizar a minha estante no Skoob, separei o livro como meta de leitura, mas agora que cheguei ao fim da leitura conclui que já o tinha lido antes. É incrível como não registrei a época da primeira leitura, o quanto ele era maravilhoso, a ponto de me tornar fã do autor com uma única obra lida. Com certeza, esta segunda leitura se deu no momento certo!
Assim, a leitura fluiu-me bem interessante, nas belas descrições da trama e das personagens mineiras, bem como dos “causos” contados, aqui e ali, especialmente pelo Juca Passarinho. Apenas no finalzinho do livro, é que fiquei um pouco desapontado, não estava tão belo quanto todo o resto do livro, não pela história em si, que é forte por natureza, mas pela forma da escrita. Acho que teve um pouco de "encheção de linguiça" e o fato em si mesmo da história final, ficou prejudicado, perdido em poucas linhas que achei um tanto quanto confuso, ou seja, não sei se entendi bem... Vou reler o final mais para frente, Num momento oportuno, quem sabe não desfaço a minha má impressão?
O que achei interessante em Autran Dourado, pelo que li a respeito dele, é que ele escreveu suas obras, sem se prender a um único estilo. Isso já me despertou o interesse na leitura das outras obras, inclusive aquelas em que ele fala do seu próprio processo criativo.