Na curva das emoções

Na curva das emoções Jorge Miguel Marinho




Resenhas - Na curva das emoções


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Rockwell 16/08/2022

Wow
Para um livro de 1989 é realmente muito a frente do seu tempo. Todos os contos são realmente muito jovens e melancólicos, muito bom, eu adorei a experiência de ler um livro como esse, é a primeira vez que leio um livro de contos e achei incrível.
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Aline T.K.M. | @aline_tkm 24/04/2016

Poético e autêntico
Que são muitas as opções quando se fala em livros para adolescentes e pré-adolescentes, isso é fato. E é bacana porque há livros para todo tipo de gosto. Mas, se você busca por um título que fale de temas próprios da juventude e que seja ao mesmo tempo poético, que traga uma narrativa bonita e gostosa no mesmo pacote, a resposta que eu apontaria seria essa: Na Curva das Emoções, de Jorge Miguel Marinho.

Composto por sete contos, o livro é autêntico ao falar com os jovens, bonito de ler e aborda temas delicados do universo juvenil, como desejo, gravidez, escola, amizade, amor, descobertas, sexo. Diria que o autor consegue honrar a adolescência, essa fase do despertar para o mundo, e o faz com uma sensibilidade ímpar. Curiosamente, Na Curva das Emoções foi publicado pela primeira vez no fim da década de 80 e, apesar disso, é legal ver como o contexto continua muito atual.

Resenha em vídeo no blog:

site: http://livrolab.blogspot.com.br/2016/02/video-review-na-curva-das-emocoes-jorge.html
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Fernanda 03/04/2015

Resenha: Na curva das emoções
CONFIRA A RESENHA NO SEGREDOS EM LIVROS:

site: http://www.segredosemlivros.com/2015/04/resenha-na-curva-das-emocoes-jorge.html
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Rosem Ferr 26/02/2015

Na curva das emoções

Um manual para compreensão de seu adolescente exterior ou interior.

Depois de uma curva nunca sabemos o que podemos encontrar, nesta faremos uma viagem por mares bravios e tempestuosos, isso mesmo, é assim que ocorre a explosão das emoções em transição da criança para o adulto.

Jorge Miguel, com uma incrível sensibilidade, é mestre em traduzir as dúvidas, anseios, desejos e rebeldia em seus heróis adolescentes com muito sentido.

Comparando suas personagens com borboletas, simbologia pertinente, tendo em vista que é de transformação que tratam os sete contos, seus jovens protagonistas irão da lagarta ao voo livre, pois ao saírem de suas cascas querem liberdade e não aceitam nada menos que isso, motivo pelo qual irão lutar com garras e dentes, mas sobretudo, com um discurso afiado de quem sabe o que quer.

Em O umbigo de Isaura, faremos contato com Isaura em plena metamorfose, tateando-se, descobrindo-se, comparando sensações e comportamentos, relaciono Isaura ao reflexo infantil de uma possível Clarice Lispector, com suas inúmeras questões girando ao redor de uma eterna busca do sentido das coisas, o conto é riquíssimo, com direito até a uma nuance de primeiro amor delicadamente construída que logo de entrada me cativou por sua sagacidade.

Já em A libertinagem das mães, Cristina vai nos mostrar a dimensão que uma pequena crise pode tomar, quando a comunicação assertiva não é exercida entre pais e filhos, aqui vemos um grão de areia tornar-se uma montanha e mamãe perder totalmente a “noção”, em uma situação hilária e trágica, que lhe garantira boas risadas.

No seio tatuado de minha avó, o humor também é um forte elemento, Pedro nos guia em seu relato-experiencia ao meandros da responsabilidade, do preconceito, e da valoração errônea que conclusões precipitadas podem nos induzir, deixando bem evidente a importância de dividir com nossos pequenos sucessores as experiencias e vivencias contidas em nossas raízes familiares, que como princípio de formação irão auxilia-los na composição da construção do “Eu sou”.

Como uma pausa para o lanche, As borboletas copulam no voo, é um exercício poético do autor, que apodera-se brilhantemente da poesia de “ X”, par a relatar os paradoxos dos amores juvenis.

E depois do “relax”, preparem-se para entrar em um clima “quase” mórbido (se não fosse tão característico desta fase repleta de “dramas de controle”), aqui estamos diante de um Rito de Passagem camuflado, é evidente que Jorge Miguel sabiamente se apropriaria do tema da morte, tão querido entre os jovens, para estabelecer um elo entre a morte da vida infantil rumo ao nascimento da vida adulta correto ?

Estamos falando de Eros de luto, Augusto encena o tema ao pé da letra, melodramático, fatal, bizarro, sinistro, mas sobretudo um romântico. E, entre vida, morte e vida, será o amor que irá liberta-lo de suas “angustias”, neste ponto repete-se o liame do primeiro amor que já tínhamos observado com Isaura, idealizado na figura do amante adulto, ou seja, o adulto que admiro, que me reflito, que quero me transformar, meu vir a ser.

Em um clímax absoluto nos encontramos com Ana, Clarice, Ana...ficamos em suspensão, sem dúvida os leitores de Clarice se deleitarão em A revelação de Clarice, neste conto, de uma genialidade impar, o jogo, o tom, o som das palavras, o ritmo, o sentido, o livro...

“ Agora eu sei que tem livro que esvazia da gente
o que a gente pensava que tinha...”


Em um universo Lispectoriano revesamos a valsa entre Clarice e Ana e é profundo, apaixonante, denso.

“Preciso entrar dura e direta como uma arma engatilhada para eles.
Eles mentem e, se eu não for o tiro mais preciso que alguém
já pôde ser, a mentira deles fica sendo a minha verdade.”

A revelação de Clarice Lispector é S U B L I M E !

Finalizando com Um aviso as borboletas, Jorge Miguel em franco elogio a liberdade de “Ser” termina esse mágico manual de voo livre nos enchendo o coração com a convicção de que:

Sim, voar é preciso.
E você, onde estão as suas asas ?

Excelente leitura.
Jorge Miguel esta sempre entre os meus favoritos.

Recomendadíssimo!

By Rosem Ferr.

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Adriano 26/07/2013

Sensível e metafórico
O livro é uma coletânea de contos, escritos com uma sensibilidade incrível, em que o narrador dança pelas palavras e voa como uma borboleta - analogia representando as borboletas, uma vez que ele sempre as menciona na obra.

Por vezes fiquei imaginando como a escrita do autor é sensível, fazendo com que pessoas e palavras brinquem de aprender a viver, como ele mesmo menciona!

Na Curva das Emoções é composto por sete contos, em que ele voa por entre metáforas, dialoga com Clarice Lispector e joga com a experiência da leitura.

"Por isso estas histórias queriam ser contadas por borboletas saindo da crisálida, qualquer coisa como um livro escrito com o pólen das primeiras transgressões!"

Vou falar um pouquinho sobre os contos que mais gostei:
O Umbigo de Isaura - Esse conto é bem legal, pois demonstra uma pessoa com dificuldades de se enquadrar nos parâmetros impostos pela mídia e que encontra como fuga para o problema, mentir. Nesse conto, o autor brinca com os conceitos de real e não real.

A Libertinagem das Mães - Nesse conto são apresentados para o leitor, uma confusão nos diálogos, uma vez que nos mostra uma família sem proximidade, distante e fria, em que os membros dela não se conhecem e não possuem o hábito de conversar abertamente, tipico das famílias em que os pais passam "30 horas do dia" trabalhando, enquanto os filhos estudam e vivem sem a presença de uma família bem estruturada; Esse conto poderia até ser engraçado, se não fosse tão real e chocante!

O Seio Tatuado da Minha Avó - Esse conto também retrata a família, a falta de diálogo, e o desprezo que alguns possuem pelos mais velhos, principalmente os avós. Mostra que não damos o valor necessário para aqueles que amamos e somente quando perdemos, percebemos quão valiosa era a pessoa. Mostra que o neto só conheceu quem era sua avó e a história de vida dela, quando esta veio a óbito.

As Borboletas Copulam durante o Voo - Esse conto é uma paródia do poema Quadrilha de Drummond, mostrando um pouquinho de como é a vida dos envolvidos na história. Sem dúvidas esse é o um dos mais legais contos do livro!
"João borboletava Teresa que borboletava Raimundo que borboletava Maria que borboletava Joaquim que borboletava Lili que nem chegou a borboletar *-*

site: http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/2013/07/resenha-na-curva-das-emocoes-jorge.html
Gu 13/11/2013minha estante
Embora nao seja fã de contos, queria ler O Seio Tatuado da minha avó




Gabriele 19/08/2012

Na curva das emoções é um livro de contos. E fazer uma resenha de livros de contos é algo complicado. É complicado porque eu acho difícil comentar sobre os contos sem dar spoilers, já que eles são curtos e os acontecimentos principais são os únicos acontecimentos. E tem contos que eu gostei mais e outros que eu gostei menos.
Os dois contos que eu mais gostei foram “A Libertinagem das mães” e “A revelação de Clarice Lispector”. O primeiro é divertido e eu cheguei a rir enquanto lia e o segundo é o mais longo livro e deixa o leitor instigado a saber o que causou a reunião da Ana e os pais com o diretor da escola.
Os seis contos, no geral, falam sobre adolescentes com histórias diferentes. Emoções diferentes. Os seis adolescentes agem de maneiras diferentes e estão passando por mudanças de maneiras diferentes. E em poucas páginas, o autor conseguiu apresentar isso muito bem.
Eu gostei de como o autor fala sobre as borboletas, e a leitura que eu fiz dessa metáfora, foi que nessa fase, as pessoas se transformam. As pessoas veem tudo que achavam que conheciam de uma maneira diferente, veem que o mundo não é tão maravilhoso como imaginavam quando crianças. E isso é bem retratado, as emoções que surgem, que mudam e tudo mais.
Não são todas as pessoas que gostam de contos, mas eu adoro. A maneira como os autores conseguem contar uma história em poucas páginas e eu gosto quando eu fico com a sensação de quero mais, de querer continuar lendo sobre aqueles personagens.
A nota final acabou sendo uma média das notas dos contos individuais.
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