Raquel Marina 21/09/2022No país fictício de Fáguas, cansadas da corrupção e desigualdade social do país, mulheres se unem no Partido Erótico de Esquerda (PEE) para instaurar um governo feminino em busca de uma vida feliz e tranquila para toda a população. Para isso a presidenta eleita, Viviana, junto com suas colegas de partido resolvem afastar os homens dos cargos públicos para que eles atuem exclusivamente na casa e na família por 6 meses, enquanto o país é governado apenas por mulheres.
A oposição não gosta das medidas do novo governo e tenta um golpe ao tentar matar a presidenta.
A narrativa é construída através da rememoração de Viviana (que está em coma), os quais podemos compreender como a mulheres chegaram ao poder e quais suas intensões políticas. Em outro capítulos temos acesso aos eventos pós atentado e ao que se passa com os personagens ao redor da presidenta.
É uma leitura divertida, mas em alguns momentos fiquei incomodada com alguns estereótipos de feminilidade que são reforçados e apresentados como feminismo. A autora em alguns momentos é bem didática com as questões de desigualdade de gênero, mas peca em estabelecer um jeito de ser feminino, reforçando um padrão. Talvez a intenção fosse dar uma outra cara para mulheres feministas, mas em muitos momentos para mim pareceu apenas forçado.