Beatriz Gosmin 17/01/2012Resenha por Beatriz Gosmin (www.livroseatitudes.blogspot.com)..................................................
- Tem vários motivos para você não ficar com ela.
- Enquanto existir um motivo para ficar com ela, prefiro apostar nesse motivo.
Até agora não sei dizer se gostei ou não do livro. Fico no meio termo mesmo.
O personagem principal que narra o livro não possui um nome, mas isso não interfere em nada. Desde pequeno ele tem um quê com o número 21: seu aniversário é dia 21 e dos seus 3 melhores amigos de infância também, a Manuela, a Cláudia e o Paulinho.
No livro ele narra a história dos seus relacionamentos, de como amadureceu e viu seus amigos do quarteto 21 o deixarem para irem morar no exterior, e (o melhor de tudo) de como conheceu Juliana quando tinha 20 anos e ela apenas 15. Desde a festa onde a conhecera, ele havia se apaixonado. Só que ficar com ela seria um sacrifício: ela morava em Mogi enquanto ele morava em São Paulo. Sem falar que a diferença de idade entre os dois poderia ser um problema na hora de pedi-la em namoro para seus pais.
Mas ele estava muito apaixonado. Sabia que a amava e ela ainda fazia aniversário no dia 21. Passou por cima de tudo e conseguiu namorá-la, até comprou um carro para poder ir com mais facilidade para Mogi nos fins de semana.
Sabia também que jamais tinha sentido aquilo por nenhuma das suas ex, e tentava a todo custo levar aquele namoro pra frente. Driblava os telefonemas apaixonados das suas ex, resistia à pressão dos amigos para sair com outras garotas em festas, era realmente um namorado fiel.
- Como você vai fazer comigo quando quiser terminar? – perguntou.
- Vou te pedir em casamento, aí quando você aceitar, vai terminar nosso namoro e começar o noivado – disse romântico, e Juliana apoiou a cabeça em meu peito.
Tudo estava às mil maravilhas, até que começou a época dos vestibulares. Em dois anos, nunca tivera uma briga com ela. Ela não sentia ciúmes e era super compreensiva. Ele, por ser imbecil, eu diria, meio que começou achar um motivo para brigar. Não totalmente intencional, mas mesmo assim sem ter motivos. E como estavam em momentos de estudos pesados, ele usou esse motivo dizendo que ela não dava atenção para ele, que não gostava dele mais. Terminaram. Sim, por um dos motivos mais bobos do mundo.
É claro que ele ficou super mal. Depois de falar muitas coisas e se arrepender, era tarde. Ela já não atendia suas ligações e ele estava sofrendo muito. Perceber a burrada que tinha feito não mudaria em nada, e ficar ouvindo “Eu sabia que vocês não iriam dar certo” de todas as pessoas ao seu redor também não.
O pior de tudo foi saber que ela iria se mudar para Curitiba, o que acabava quase 100% com as chances de reconciliação. Ele, que sempre conseguiu tudo o que quis, sempre teve forçar para lutar pelo que queria, estava perdido. Mas havia mudado. Tinha aprendido a lição a um preço muito caro: perder Juliana.
Depois de ficar 5 quilos mais magro, ir super mal no vestibular, ele recebe uma proposta de emprego muito boa, onde seria chefe em sua área e ganharia um salário muito bom. Mas, a empresa se localizava em Curitiba, e ele teria de se mudar para lá.
Mesmo com todas as pessoas dizendo que ele só estava fazendo aqui pela Juliana, ele negava e falava que era somente pelo emprego, que não iria ir atrás dela. Já não queria nada com ela.
Mas será mesmo que no fundo no fundo, ele já não tinha esperanças ou vontade de procurá-la novamente?
Bom, como disse no começo não sei se gostei ou não do livro. Gostei pelo fato da história ser bem teen, o que faz a gente se identificar com o personagem e as coisas que ele vive.
Mas não gostei porque achei a história maçante, como se batesse muitas vezes na mesma tecla. Um assunto se iniciava e por mais insignificante que fosse era estendido por umas 100 páginas. Enjoava.
Também achei o personagem muito chato no começo, principalmente quando ele conheceu a Juliana: na festa ele tinha levado sua ficante Beatriz (minha chará!), mas depois que viu Juliana passou a ignorá-la. Fazia piadinhas com Juliana, cócegas no Joelho dela, ensinou ela jogar truco e até buscou coisa para ela comer. Isso na frente da Beatriz e fingindo que ela era invisível. É claro que senti vontade de voar no pescoço dele. Coitada da menina!
Ele me fez mudar de opinião várias vezes no decorrer da história, no começo eu não queria que ele ficasse com a Juliana nunquinha (peguei raiva por causa do que ele fez com a Beatriz), mas depois que ele começou a namorá-la, fiquei torcendo para eles ficarem juntos para sempre. E, depois que se separaram, eu novamente torci para que ele não voltasse com ela jamais. (sou má? RS).
Não gostei do final, mas acho que foi o melhor que poderia ter acontecido.
Beijos, Bia.