Bangüê

Bangüê José Lins do Rego




Resenhas - Bangüê


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Renato375 22/09/2022

José Lins é essencial, atual e atemporal!
Banguê é o terceiro livro da coletânea batizada como ?Ciclo da Cana-de-Açúcar?, do majestoso José Lins do Rego.
Nessa obra o protagonista, Carlos de Melo, volta para o engenho onde foi criado, após concluir o curso de direito. E nesse momento se vê confuso sobre qual rumo sua vida irá tomar, diante de sua inaptidão para o trabalho no campo e sua falta de motivação para exercer a profissão de sua formação. O personagem sofre com o drama de idealizar grandes feitos e não conseguir conquistar nenhum deles. E todos esses conflitos são traduzidos de uma forma poética e apaixonante, com a narrativa em primeira pessoa.
José Lins é muito lucido ao narrar toda miséria que o povo do ?eito? é submetido sob a influência dos grandes latifundiários. Descreve a forma degradante que são mantidos sob o domínio do senhor de engenho, em condições análogas a escravidão, servindo de mão de obra barata para enriquecer o senhor da terra. Além disso, é crítico ao modo como as mulheres são tratadas e de como a sociedade se mantem indiferente as violências impostas, por um sistema machista e hipócrita.
Carlos Nunes 22/09/2022minha estante
Lins do Rêgo é demais! Ainda não li nenhuma das obras do ciclo da cana.




Gláucia 20/03/2011

Chega a usina.
Esse volume fecha a trilogia que descreve a saga do engenho de cana de açúcar Santa Rosa, e é o mais melancólico dos três, talvez por narrar justamente a decadência do engenho após a chegada da usina. O menino Carlinhos agora é um adulto, formado em Direito. É através de sua vida que é narrada a queda do império dos antigos coronéis do açúcar. Livro muito bom para se aprender como se deu a formação social de uma parte de nosso país.
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joaopaulo.gurgeldemedeiros 01/03/2015

O advogado!
Carlos cresceu e começa a se apresentar o fim do engenho em detrimento do surgimento das usinas... Último e belíssimo livro da trilogia do 'ciclo da cana' do autor!
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Wlianna 12/10/2015

O fim.
Em Banguê um jovem advogado, herdeiro de um engenho em decadência, conta a sua história. O livro é divido por José Lins do Rego em três partes: O velho José Paulino, Maria Alice e Banguê.
Primeira parte: Ao concluir os estudos na faculdade de direito, Carlos volta doutor para o engenlho do avô José Paulino, o engenho está nos últinos dias, sua produção decaía, mas seu avô, mesmo estando nos últimos dias de vida, continuou a trabalhar no engenho. Enquanto isto, o jovem advogado se entediava com a vida no Santa Rosa, que na sua infância era grandioso, mas que passou a lhe causar vergonha e tristeza. Além de sentir-se inútil, sentia-se também oprimido pela velha Sinhazinha, sua tia.
Segunda parte: A notícia da viagem de Sinhazinha anima o jovem e as negras da cozinha, depois chega ao Santa Rosa, Maria Alice, esposa de um primo de Carlos que dá novos ares ao engenho, anima a casa e cuida do velho José Paulino. Carlos se apaixona por Maria Alice, mas no fim de alguns meses o primo vai buscar a esposa para levá-la consigo.
Terceira parte: Com a morte do avô, Carlos herda o Santa Rosa e se dispõe a elevar o engenho aos velhos dias de glória, mas nem tudo se dá como ele esperava.
O romance é fluido e muito bem contado, é rico em questões existencialistas, não conta a vida de um herói bem sucedido, mas tem como centro um rapaz desorientado, além de possuir uma linguagem muito simples e natural, o que traz o romance para perto do leitor.
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Celso 01/07/2017

Livro para refletir
Esse livro encerra a trilogia iniciada por "Menino de Engenho" e "Doidinho" mas pode ser lido independente dos outros.
Além de abordar a queda do patriarcado rural, aborda também a questão racial e social, livro para refletir e ver como o Brasil continua um país atrasado, explorador de mão de obra barata, incapaz de ver os menos favorecidos como semelhantes, promover a justiça social.
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Maitê 02/08/2017

o fim
Enfim encerrei a trilogia do ciclo cana-de-açúcar, com o personagem Carlos, que vimos crescer e não surpreendentemente se tornar um homem sem rumo, que não sabe lidar com responsabilidades e nem com a vida adulta. A obsessão e a paranoia são temas marcantes nesse livro, ao ponto que imaginei um fim igual ao seu começo de vida, com um crime brutal cometido por esses mesmos fatores. Em 4 anos o Dr. Carlos consegue destruir tudo o que seu avô construiu na vida, e sente isso na pele constantemente. Algo, que se tornou normal nos dias de hoje, herdeiros despreparados para seguir passos.
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Ida 13/07/2019

Declínio
O romance Banguê fecha a trilogia regionalista e memorialista de José Lins do Rego iniciada com “Menino de engenho (1932)”, “Doidinho (1933)” que gira em torno do personagem Carlos de Melo.

No primeiro livro apresentado como o menino Carlinhos, em seus tempos áureos no engenho do seu avô Zé Paulino. Seguindo para o internato aos 14 anos apelidado de “Doidinho” e após 10 anos retornando ao engenho Santa Rosa formado bacharel Carlos de Melo herdeiro de Senhor de engenho.

Dividido em três partes: O velho José Paulino, Maria Alice e Banguê. Na primeira parte nos deparamos com a narrativa de um recém-chegado sem muitas expectativas e ânimo para o trabalho no engenho. Encontra seu avô com idade já avançada, doente e sem forças para continuar a comandar e dá as ordens com o mesmo fôlego de outrora. O engenho já não realizava mais as grandes produções. Quem daria continuidade ao seu legado? Desde o seu retorno, Carlos demonstrava apatia e cada dia mais estava imerso em seu quarto, numa rede, com seus livros e jornais.

“Encontrei-o sozinho na mesa. E me olhou com uma penetração estranha, como nunca lhe tinha visto até hoje. E pela primeira vez na minha vida vi os olhos do meu avô umedecidos. Não disse nada e levantou-se” (Pág. 50).

Na segunda parte acompanhamos seu envolvimento amoroso com Maria Alice, mulher casada, com um parente seu. A jovem seguindo recomendações médicas é levada pelo esposo, primo do Carlos, há passar uns tempos no engenho para pegar “ar fresco”, para tratar de um nervoso. Durante sua estadia que acontece o romance proibido, são tardes e noites repleta de muitas alegrias, que por um certo período sente-se energizado. Quando Maria Alice retorna com o marido deixa para trás um Carlos ainda mais desajustado, vivendo numa constante introspecção e desvairado.

O declínio do Santa Rosa surge na terceira e última parte, neste momento, observamos um Carlos inapto para resolver e cuidar do trabalho diário. As conquistas de mais de 80 anos do seu avô foram se degradando nas mãos do neto. Não tinha habilidades para o trato com a terra, com as pessoas, para resolver as demandas e divergências do dia a dia dos trabalhos do engenho. A rede ainda era sua grande companhia nos seus momentos de devaneios.

Seu Zé Marreira, homem criado no engenho, lavrador, braçal exerce um ponto importante nesse declínio. O jovem estudado e formado não foi capaz de dá continuidade ao legado deixado como herança. O desfecho mostra a decadência de um modo de produção em detrimento do surgimento de outra. E um Carlos de Melo sem rumo.
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Joao.Ricardo 23/04/2020

Elite agrária brasileira decadente
Esse romance tem como objeto central discernir sobre a decadência do binômio engenho e a casa-grande. O engenho é a primeira estrutura de produção introduzida no Brasil colonial, a casa-grande é a residência do proprietário, que reúne as funções de fortaleza, hospedaria e escritório. Ambos compõem as grandes unidades produtivas, os latifúndios, dedicadas ao plantio de um só gênero de exportação, o açúcar e a sua produção em larga escala. O complexo centraliza a vida local, os limites do poder de mando e as influência hierárquicas, de maneira real e simbólica.
Seus proprietários formavam uma espécie de aristocracia da riqueza e do poder, totalmente diferente de qualquer remissão aos moldes europeus que compõem uma nobreza hereditária. Carlos Melo, o narrador e personagem central, está inserido nesse sistema que perpassa a sociedade brasileira durante séculos. Em Banguê, ele narra a decadência desse complexo em que confere o tom de coisa para sempre perdida mas nostalgicamente lembras, conforme explica um estudioso da obra Luís Bueno. Há a a valorização de elementos como nostalgia do passado, a idealização da vida patriarcal, a naturalização das lógicas exploratórias, escravidão ilegal velada, objetificação das mulheres, artificial igualdade na diferença entre brancos e negros, que são reflexos do sistema latifundiário de produção de monocultura.
Sob o crivo de C. Melo, em Benguê, a escravidão é vista como algo natural, nostálgico, afetivo, de boas recordações - “e que coisa gostosa era esta escravidão”, “Sempre era agradável, no Santa Rosa, ver-se a senzala cheia de negras conversando em voz alta”; era algo harmônico entre senhores e escravos - “como as mulheres brancas do engenho com a cabeça no colo das negras a catar piolhos”, também se revela como continuidade e naturalização da lógica cativa se manifesta - “No Santa Rosa as negras foram ficando a trabalhar pelo que comiam e vestiam, como antes de 88. Comiam bem. Os filhos se criavam na fartura e era tudo para elas”. O livro revela uma realidade sobre o sistema de espoliação que o mantém o narrador e é um sistema que se perpetua até hoje.
#joselinsdorego #editorajoseolympio
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@apilhadathay 31/03/2021

MUITO BOM!
"Vinte e quatro anos, homem, senhor do meu destino, formado em direito, sem saber fazer nada" (p. 18)

Mais um clássico! BANGUÊ está dividido em 3 partes: "O velho José Paulino", "Maria Alice" e "Banguê". Nele, Zé Lins nos faz sonhar de novo com as paisagens da vida no engenho, agora mostrando um Carlos de 24 anos, já formado em Direito e de volta às terras do seu avô, que está morrendo. O jovem deve descobrir se tem talento para assumir os negócios e se tornar o novo senhor, quando o velho José Paulino tiver partido.

Emociona, o fato de Carlos sentir o quanto do engenho parecia caminhar para a morte, junto com seu avô. O menino que é filho de tragédias, já velho conhecido da orfandade, vê-se às vésperas de perder mais um importante familiar. São 9 engenhos que seu avô está deixando; os urubus já começam a cercar o ambiente, em busca da herança e ele se vê ali, visto com maus olhos, o único neto homem morando na casa do avô moribundo e, para muitos, só esperando a hora. Mas Carlos não deseja isso. Não quer perder o avô. Chorei muito com o final desta parte😪

"Quando abri os olhos, estava apaixonado por Maria Alice" (73)

Tudo ali é muito pacato e diferente da vida de universitário regada a prazeres que ele deixara em Recife. Essa parte do livro choca, mas a gente meio que se acostuma a ler como o mundo olha(va) para nós, mulheres. Não defendo Carlos e até confesso que o julguei um pouco, por ter insistido e alimentado um caso com uma hóspede do engenho, que era super casada, Maria Alice, sabendo que aquilo não acabaria bem para ele. Mas a presença dela foi essencial para Carlos abrir os olhos para a realidade social ao seu redor.

Com tudo que se desenrolou, Carlos agora desenvolvera complexos e mania de perseguição, envolveu-se um pouco com a política local, mesmo evitando, e se viu às voltas com as tramoias de Marreira para que a usina engolisse o engenho, vendo a morte de amigos queridos e o fim de uma Era. Um livro excelente, profundo, fecha a trilogia do Ciclo da Cana. Mas meu favorito ainda é DOIDINHO!

site: www.instagram.com/apilhadathay
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Renata 25/02/2022

Banguê

Banguê é a terceira obra do ciclo cana-de-açúcar, de José Lins do Rego, que encerra a trilogia da vida de Carlos, iniciada em Menino de Engenho, seguida por Doidinho.

A voz da criança e do adolescente é substituída pela voz de um adulto jovem, que após dez anos fora do engenho, por seguir os estudos na capital pernambucana, retorna ao Santa Rosa bacharel em direito.

Não demora para Carlos se deparar com as significativas mudanças, devido à fragilidade do avô, à ausência da tia e do tio e à pressão que os trabalhadores exerciam de forma velada.

A obra é dividida em três partes: José Paulino, Maria Alice e Banguê, que relatam, respectivamente: o declínio da vida do avô, em função da idade avançada e da saúde debilitada; o relacionamento com Maria Alice, visita recém-chegada à casa-grande; e a situação do próprio engenho, dos canaviais e a força com que as usinas oprimiam os antigos engenhos açucareiros.

Tanto a transformação regional e social é narrada quanto a transformação do protagonista, que viveu momentos de apatia, momentos de empolgação e planos e momentos de depressão e angústia.

Além da linguagem e do aspecto regionalista, que são os pontos fortes do José Lins, a maneira genial como ele faz o leitor entrar na mente do personagem é a maior riqueza do autor, na minha opinião. Pode-se viver de forma autêntica e real todas as angústias e os medos de Carlos, de modo que se penetra em seus pensamentos e também se transporta para a cena.

O livro traz as questões existencialistas de Carlos bem como ilustra a brasilidade de um país rico em contrastes, revelando o despreparo dos jovens para seguir os passos da família, a ausência de vocação dos herdeiros em oposição à capacidade dos que não são donos da terra, o interesse dos grandes proprietários das usinas, a vida sofrida do trabalhador rural nordestino e os antigos costumes de casa-grande e senzala.

Uma obra-prima imperdível!!!!

Recomendo!

Renata Saraiva @falo.leio.escrevo
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Cristiane.Cardoso 27/02/2022

Doutor Carlos
Terceiro romance do "Ciclo da Cana-de-açúcar", continuação de Menino de Engenho e Doidinho. Estava ansiosa para ver a continuidade da vida de Carlinhos. Mas não foi bem como esperava. Concluiu seus estudos, agora era Bacharel em Direito, um doutor. Mas voltar para o engenho, apesar de estar ao lado do avô no final da sua vida, acredito que não tenha sido a melhor opção. Passava seus dias na rede, lendo jornal enquanto a vida seguia no engenho e o avô já com 86 anos, ia se definhando. Ele sem reação para cuidar da fazenda. Vivia uma vida pacata. O boêmio da época da faculdade, agora se sentindo ameaçado por uma carta recebida por uma amigo, que ameça vir visitá-lo e assim, conhecer a vida real que ele tinha no engenho e não as inverdades criadas por ele para vivermos bem naquela sociedade. Contava-lhes uma vida de luxo e na verdade viviam na maior simplicidade apesar da posição social e financeira do avô.
Quem chega no engenho não são seus amigos, é uma hóspede que aos poucos vai fazendo Carlinhos delirar de paixão. Trazendo vida, alegria e esperança não só para ele, mas para toda casa grande. Vivem um amor proibido.
Mas parece que a felicidade na vida de Carlinhos é coisa passageira. Não esquenta lugar. Ela parte e ele fica a sofre de amor. Sem a amada a vida não faz mais sentido para ele. Vive como doido, causando preocupação em todos. A família preocupada, o leva para passar um tempo no engenho de um parente. Uma mudança de ares faria bem? Fez sim. Era outro homem, pensava já em voltar para o engenho do avô e fazia planos para o futuro.
Distante há tempos do Santa Rosa, chega um portado com más notícias, o avô estava muito mal. Ele partiu na esperança de ainda vê-lo, mas não o encontrou mais vivo. A herança foi repartinda com brigas. Carlinhos herdara o Santa Rosa, mas mesmo economizando e trabalhando muito, não estava conseguindo dar conta. Estava decaindo. Estava difícil levantar o Santa Rosa. Cada esforço e esperança de Carlinhos, agora senhor de engenho, ia por água abaixo. Estava correndo o risco de perder as terras para a Usina, pois tinha uma dívida que não conseguia pagar. Perdia seus homens, Estava ficando só.
Que vida sofrida essa de Carlinhos. Não fora criado para o trabalho duro. Não soubera erguer o engenho que herdou do avô. Perdeu-o.
Poderia ter sido pior, Quem sabe agora poderá ter um destino melhor?

Gostei e indico o livro para quem leu Menino de Engenho e Doidinho. Mas esperava um final melhor para a vida de Carlinhos.
A leitura desse não foi tão envolvente quanto os outros dois livros.
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anaclaraleitegomes 06/07/2022

Declínio
A história conta o declínio do engenho Santa Rosa e também de seu proprietário e suas falhas morais
O engenho dá lugar a Usina.
Não gostei muito desse livro, acho que é porquê o Carlos se parece demais comigo, fala, fala e não diz ou faz nada.
*pequeno comentário.
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Wagner47 10/09/2022

Formado em direito, sem saber fazer nada
Doutor Carlos, antigo Carlinhos, agora é advogado e volta para o Santa Rosa. Com a iminente morte do avô, deverá assumir responsabilidades de coisas que não fazia questão.
Mas será que deveria mesmo?

O livro é composto por três partes e me abdico de resenhar sobre as duas primeiras de forma mais ampla, uma vez que são passagens com mais defeitos do que qualidades ao meu ver. A primeira (O Velho José Paulino) diz respeito do retorno de Carlos ao engenho e sua inação diante das coisas que vem acontecendo. A segunda parte (Maria Alice) é sobre uma paixão fervorosa e arrebatadora para o nosso protagonista e quanto isso o marca.

A maioria das qualidades desse livro encontra-se em Banguê, a terceira e última parte. Aqui temos Carlos assumindo responsabilidades e como não é nada fácil cuidar de um engenho que já vinha se deteriorando, agora sem as mãos de ferro de seu avô. Começa com praticamente só desgraças, mas Carlinhos consegue se reerguer algumas vezes, dando aquele pingo de esperança ao leitor.

Mas seriam todos esses esforços satisfatórios? Achei o final incrivelmente forte e impactante. Vai ficar marcado por muito tempo em mim.
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Diego 14/09/2022

Outro bom livro!
?Zé Lins? realmente sabia contar bem uma história!
Mais um mergulho na vida do nordeste açucareiro.
O livro expõe a situação de um homem hesitante e seus reflexos sobre os negócios.
Difícil parar de ler!
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