O filho de mil homens

O filho de mil homens Valter Hugo Mãe




Resenhas - O Filho de Mil Homens


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Daniel1841 25/09/2020

Que leitura foi essa?!
VHM consegue em um texto não tão longo nos trazer tantas reflexões sobre nosss vida e os pensamentos que ainda permeiam a sociedade, que ler este livro deveria ser uma regra.
Demorei um pouco a entender a escrita do autor, mas foi gratificante, mesmo quando eu precisava de um tempo para digerir algum capítulo lido.
Espero novas leituras de VHM.
Fernanda Sleiman 25/09/2020minha estante
Esse livro me marcou muito. É lindo




Vitória 21/01/2021

Sensacional
O livro é extremamente poético e cheio de passagens incríveis que te fazem refletir muito sobre o destino, sobre o poder do querer, família, afetividade, conexão, sabedoria, amor, cuidado... Dispenso demais comentários, mas indico para todos, vale muito a pena a leitura!!! Vou deixar algumas das minhas partes preferidas aqui embaixo.
Vitória 21/01/2021minha estante
?Nunca limites o amor, filho, nunca por preconceito algum limites o amor. O miúdo perguntou: porque dizes isso, pai. O pescador respondeu: porque é o único modo de também tu, um dia, te sentires o dobro do que és.?

?O Crisóstomo explicava que o amor era uma atitude. Uma predisposição natural para se ser a favor de outrem. É isso o amor. Uma predisposição natural para se favorecer alguém. Ser, sem sequer se pensar, por outra pessoa.?

?Aos quarenta anos, o Crisóstomo deitou-se sobre a areia e inventou que estava ligado a todas as pequenas e grandes coisas do mundo, como se lhes pertencesse por igual e cada pedaço de matéria fosse uma extensão longínqua de si. Ia do centro do seu peito aos pinheiros ao fundo, ia do centro do seu peito à rocha despontando no meio do mar, ia do centro do seu peito até ao telhado de cada casa. Se pensasse em mexer um dedo, pensando maior como se fosse também muito maior, tinha a sensação de estremecer os ramos todos dos pinheiros. Se pensasse em bulir os pés, pensando maior como se fosse também muito maior, agitaria o rochedo no meio do mar. Se pensasse em abanar com a cabeça, pensando maior como se fosse também muito maior, poderia levantar os telhados às casas como chapéus num cumprimento qualquer. O Crisóstomo, fantasiando como sabia, sabia tudo.?

?O toque de alguém, dizia ele, é o verdadeiro lado de cá da pele. Quem não é tocado não se cobre nunca, anda como nu. De ossos à mostra. E amar uma pessoa é o destino do mundo.?

?O Crisóstomo disse ao Camilo: todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. Como se os nossos mil pais e mais as nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós.?




spoiler visualizar
Yasmin 15/01/2021minha estante
??????




Mariane Bach 10/01/2022

O livro mais bonito do mundo

Este é o livro mais bonito do mundo. Certamente alguém dirá: "E você já leu quantos livros para afirmar isso, minha caríssima? Por acasou visitou Cervantes, Shakespeare, Saramago e a China toda?". E eu, pacientemente, responderei, que não é preciso ler mais que um único livro para saber que é o livro mais bonito do mundo, pois não se trata de uma pesquisa ou análise, mas de um sentimento. Eu mesma, sendo devota de Calvino e García Márquez, já li alguns vários livros e a cada vez fui capaz de concluir de forma indubitável que se tratava do livro mais bonito do mundo.

Eu li "O filho de mil homens" e eu não queria que acabasse, queria que continuasse para sempre, mas não havia mais páginas para virar. E agora eu tenho que dizer para todas as pessoas do mundo que todas as pessoas do mundo precisam ler esse livro.

Em "O filho de mil homens" Valter Hugo Mãe narra a história de personagens cujas vidas se entrelaçam pela solidão e pelo amor, na invenção de uma nova família, pouco convencional. A história inicia com Crisóstomo, um homem que chega aos 40 anos e se vê triste por não ter um filho. Sua vida começa a mudar quando ele adota Camilo, orfão de uma anã. A partir daí conhecemos as dores, os conflitos e os desejos de muitos personagens: Isaura, Matilde, Antonino, Rosinha, Gemúndio e outros.

Na simplicidade do cotidiano desses personagens mora a beleza da escrita de Mãe, em que cada frase é construida como se carregasse em si a poesia e o encanto para um vida inteira.

O leitor e a leitora de literatura sabem que ler livros não se trata somente de conhecer uma história, pois, se assim fosse, os resumos nos bastariam. Ler é uma experiência que passa pelo cuidado com a linguagem, em que não importa apenas o que é dito, mas como é dito. Ler é um ato de suprema humanidade, já que apenas nós podemos fazê-lo. O ser humano mora na palavra. Então, penso que uma casa bonita (daquelas com janelas grandes, cores vibrantes, varanda aconchegante e teto sólido) se constrói com poesia.

site: https://demorar-se.blogspot.com/
Vitor.Montanet 10/01/2022minha estante
Uau! Depois desse relato, vou adicionar ele na minha lista de leituras!




Matheus Gonçalves 22/06/2020

Sensível
Tocante, sensível e emocionante: pessoas tidas como anormais e desajustadas, condenadas a um futuro desagradável, se vêem unidas com um único propósito, a felicidade.
Leitura e . 22/06/2020minha estante
Oii... Boa tardee...Tudo bem?... Desculpa por interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar a me seguir no Instagram para acompanhar minhas leituras... te espero lá...?
Obrigado.
@leituraeponto




Marcelo.Alencar 23/08/2021

Real e mágico
O Filho de Mil Homens é um romance peculiar! Envolvente e fantástico. Valter Hugo Mãe escreve sobre pessoas, cada uma com seus problemas de vida. Trata do vazio, da carência por afeto e do cotidiano, e que as dores se resolvem naquilo que o outro pode oferecer.

Um romance de um força narrativa impressionante, impregnado de sentimentos comparável à Gabriel G Márquez, de forte apelo social e mágico como em Saramago. Encontrei as dores da vida e os seus remédios, em personagens que se relacionam mostrando que, se somos incompletos, é nos outros que encontramos o que nos falta.

Segue um trecho ????

? Para entreter curiosidades o velho Alfredo oferecia livros ao menino e convencia-o de que ler seria fundamental para a saúde.
Ensinar que era uma pena a falta de leitura não se converter numa doença, algo como um mal que pusesse os preguiçosos a morrer. Imaginava que um não leitor ia ao médico, o médico observava e dizia: você tem colesterol a matá-lo, se continuar assim não se salva. O médico perguntava: tem abusado dos fritos, dos ovos, vc tem lido o suficiente? O paciente respondia: não doutor, há quase um ano que eu não leio um livro, não gosto muito, dá muita preguiça.
Então o médico acrescentava: ah, pois fique então sabendo, ou você lê um bom romance ou então vemo-nos em seu funeral dentro de poucas semanas. O caixão fecha-se como o livro. Camilo ria-se. Perguntava o que era o colesterol e o velho Alfredo dizia-lhe ser uma coisa de adulto que o esperaria se não lesse livros e ficasse burro. Por causa disso, quando lia, o pequeno Camilo sentia-se a tomar conta do corpo como a limpar-se das coisas abstratas que o poderiam abater muito concretamente.?
Michele 18/09/2021minha estante
Por várias vezes eu me lembrei dos romances de García Marquez.. leitura muito prazerosa!




Stella 30/08/2016

O Filho de Mil Homens
O livro inteiro é uma poesia! Me encantei com a fluidez da leitura, com o jeito único do Valter Hugo Mãe. O autor critica o falso moralismo tão presente em nossos dias, ao mesmo tempo que mostra a formação de uma família bem diferente. Aprendi que nunca devemos limitar o amor, pois só ele é capaz de nos tornar o dobro do que somos!!
Marcel Koury 29/07/2017minha estante
Valter Hugo Mãe é um bálsamo -- um dos maiores expoentes da neo-literatura lusófona.

Parabéns pela resenha!

(E sobre o amor, sua única medida é se dar/doar desmedidamente.)




luizmneto_ 18/04/2022

Um livro a ser sentido
Que obra incrível! Mais do que narrar a história, Valter Hugo Mãe consegue transmitir as sensações - que é, em disparado, o melhor que esse livro tem a oferecer - dos personagens, suas lutas, anseios, alegrias e dores.
A história gira em torno de pessoas machucadas pela vida, que em algum momento da sua trajetória se sentiram solitárias, ou desprezadas pelo ambiente e a comunidade em que vivem. E o autor, sob todas perspectivas dos personagens, vai construindo, e restaurando, relações a fim de que esse grupo se identifique como uma verdadeira família.
Amor, esse parágrafo é pra você. Obrigado por ter me indicado esse livro, de verdade, é uma das melhores coisas que eu já li!
thaw 18/04/2022minha estante
Te amo, tô orgulhosa! ??




nicolasramos 28/09/2022

O que "O Filho de Mil Homens" tem de dinâmico e precioso em sua primeira metade, tem também de fútil e arrastado em sua segunda. Verdade seja dita, Valter Hugo não consegue sustentar o encaminhamento final dessa obra, esvaziando-a a tal ponto em que o percurso esfarela e cansa até mesmo as mentes mais persistentes.

Não obstante, tais conclusões precisam ser pautadas sem pressa e em partes, afinal, também há muita integridade presente aqui. Nos primeiros capítulos, o escritor propõe histórias distintas as quais vão se entrelaçando com o desenrolar das páginas. Não há dúvidas de que Mãe sabe como arquitetar personagens, sua habilidade é provada diversas vezes durante as páginas.

As reflexões sociológicas reinam sobre a narrativa e são muito bem-vindas. O leitor é convidado a abraçar os anseios de Crosóstomo e Isaura, Camilo e Antonino, Matilde e Rosinha; nomes com particularidades intrínsecas e verdadeiras, tornando difícil a não identificação com seus sentimentos. Uma vez imerso, o leitor passa a torcer pelo tão esperado final feliz. E ele acontece, acompanhado de fluídos altamente poéticos e doses extravagantes de caprichos na estrutura do texto.

Entretanto, o grande problema de "O Filho de Mil Homens" começa a aparecer um pouco antes de tudo isso, quando todas as personagens parecem já ter atingido o auge do seu desenvolvimento guiado por uma proposta inicial atrelada a trama. Sem um desfecho incisivo na história, os arcos parecem encerrados, entretanto, mais coisas continuam a acontecer, num cenário que mira no cotidiano pacato e acerta no total esvaziamento da tela.

Dessa maneira, o declínio do livro torna presunçosas até mesmo as meditações com pontos de contemplação a respeito da existência de conceitos criados pelo próprio ser-humano, algo que era um motivo de grande apreço num determinado momento anterior. Em suma, Valter Hugo Mãe parece se perder num turbilhão de ideias distintas de como finalizar a obra e decide por incluir todas elas.

Isso pode funcionar para alguns, mas não para mim. O que também não invoca o insucesso sobre "O Filho de Mil Homens", sua densa bagagem consegue proporcionar inúmeras virtudes e o absurdo é enjaulado por Mãe numa deliciosa aventura que rompe com os conceitos de tempo e espaço para focar unicamente nas pessoas e seus desejos. O início aqui pode ser melhor executado do que o final, mas o geral expõe um autor com uma visão de mundo extraordinária.
Luciana 13/10/2022minha estante
Tive a mesma impressão. Foi difícil demais terminar o livro.




Italo Amorim 14/04/2022

Um abraço poético e as suas redundâncias
A poesia é um gênero literário que poderia facilmente ser resumido como a composição de versos estruturados harmonicamente. No entanto, podemos concordar que seria um conceito muito pobre para algo tão completo e complexo. Para além do óbvio de uma definição, a poesia é tudo aquilo que move e comove.

Nessa mesma linha paradoxal de simplicidade e complexidade eu enxergo o abraço. Não o abraço indiferente ou malicioso, mas sim o abraço afetivo. O gestual que sintetiza milhões de sentimentos em algo genuinamente simples: ir de encontro a um corpo estranho como demonstração de carinho. É como um "eu te amo" ou como um "é bom estar com você", sem a banalização que a frase dita poderia causar. Abraçar, tal qual a poesia, é expressar genuinamente a harmonia - e é por isso que considero a ideia de um "abraço poético" ser, no mínimo, redundante.

Dito tudo isso, acho que finalmente posso falar sobre "O filho de mil homens". Pois bem, prometo não me prolongar muito quanto a isso. Ou melhor, prometo definir o livro em uma frase composta por duas míseras letras: abraço poético. Sim, eu sei o que você pode ter pensado, porém tentarei explicar.

Quando li "A vida invisível de Eurídice Gusmão", obra da Martha Batalha, intitulei a resenha da mesma com uma contradição, chamando-a de "sombra iluminada". Naquele livro, senti-me tão leve lendo a história de alguém que ficcionalmente viveu em décadas passadas que era paradoxal demais acreditar que nada daquilo era palpável. Nada era real ou minimamente vívido. E essa contradição era como uma sombra iluminada no meio da literatura que eu me acostumei; o que a tornava incrivelmente única.

Em "O filho de mil homens", primeira obra que leio do Valter Hugo Mãe, o sentimento é um pouco diferente. Parece que estou lendo a história de um parente que, depois de muito tempo distante, decidiu me visitar para dar um abraço. Abraço rápido e lento ao mesmo tempo, unindo companheirismo e afeto em milésimos de segundos. Não era como uma obra de ficção, era como uma história que qualquer um estaria disposto a passar para frente como lição de vida.

Ainda assim, Valter Hugo conserva um lado minuciosamente poético que apenas um livro com essa característica de enredo poderia oferecer. A trama principal é importantíssima, é claro; mas não é solitária dentro do universo criado. Na mesma intensidade que isso é dificílimo de ser executado, é extremamente leve de ser absorvido. O livro trata sobre temas sensíveis com a sensibilidade e importância que esses exigem. Sem hierarquia dentro do roteiro ou falsa-simetria por trás de personagens. É simples por ser simples. Poético por ser poético. Afetivo por ser como um abraço. Um abraço poético, apesar de toda redundância que a frase causa.
Anderson 15/04/2022minha estante
????




Sofia.Castello 13/10/2022

Tão sensível no desenrolar dos afetos, quanto poético em sua humanização e escolha de palavras, é um soco no estômago da dita família tradicional brasileira.
Lari.Razera 13/10/2022minha estante
Socorro que eu tô empacada nele KKKKKKKK




Talita 02/07/2023

Bom, mas não fantástico
Acho que meu primeiro erro aqui foi vir com a expectativa elevada demais. Cada pessoa que me recomendava o autor dizia que era fantástico, que a escrita era muito bonita, que eu ia amar. De fato, a história é lindíssima, a escrita também, muito poética e cheia de significado. Mas a história não me prendeu. E, nesses tempos corridos, esse tem sido um diferencial importante nas minhas leituras: histórias que me prendem e que me fazem ficar curiosa pela próxima página.

Mesmo com esse parenteses, preciso dizer que a história é, realmente, lindíssima. Trata de formas de amor diferentes, puras e distantes do idealismo que criamos para cada relação. Essa quebra de padrões faz com que percebamos que nunca é tarde pra amar, e que não é só o amor romântico, perfeito, idealizado, com nossa alma gêmea, que pode nos preencher. E, além de tudo, mostra como o amor pode ser suficiente para quebrar muitas barreiras.
Fernanda Protázio 29/07/2023minha estante
Me sinto completamente contemplada no teu comentário, essa questão do ritmo e dificuldade de me ver conectada na leitura me fez arrastar esse livro por mais de um mês. Mas, de fato, é uma história bonita e bem escrita




rfalessandra 21/02/2023

Foi minha primeira leitura do Valter Hugo Mãe, foi densa e um pouco mais difícil que as outras leituras que costumo fazer, mas foi uma das que eu mais gostei e me encantou.

Pois são várias histórias que se unem em uma só, mostrando uma visão muito bonita do que é família, de perdão e principalmente de sobreviver as dores que vem junto com a vida.
duda 22/02/2023minha estante
??




Maria Carolina 05/04/2017

Tapa na cara poético
Valter Hugo Mãe nos apresenta um tesouro, e nos mostra que esse tesouro é palpável a todos. Só depende de nossa disposição e aceitação.
Logo nas primeiras páginas me encantei com as frases de impacto que o autor nos apresenta. De forma simples e direta nos são dados vários tapas na cara.
Depois de apresentadas as personagens, suas histórias e como levavam a vida, fiquei imaginando como elas se interligariam. E não poderia ter sido de uma maneira tão linda e simples como foi.
Por mais que as tragédias particulares estejam presentes em toda a história, na maioria das vezes terminei o capítulo sorrindo. Muitos aprendizados podemos tirar dessa narrativa.
Imaginei várias vezes essa história como um filme que não queremos assistir, mas que se pararmos para prestar atenção, nos pegaremos rindo de cada evento, tanto pela forma trágica pela qual as situações são abordadas, quanto pela veracidade em cada ação das personagens.
Cenas típicas de vilarejos. Cenas típicas de nós mesmos.
O livro é poesia do começo ao fim. É nítido como o amor foi o fator principal de ligação de cada uma das personagens.
"O amor é a resposta. Não importa a pergunta."
Renata.Teixeira 06/04/2017minha estante
Maravilhosooooo!!!




Rafa 05/05/2017

A todos que queiram ser o dobro do que já se é
"É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar com o pranto a me correr
E assim chorando acalentar o filho que eu quero ter"

Terminei esse livro ontem e desde que li a primeira página, essa música do Vinicius não me sai da cabeça.

O "filho de mil homens" começa contando a história de um pescador chamado Crisóstomo que queria ser pai.
Solteiro, com quarenta anos e se sentindo extremamente solitário, Crisóstomo via-se como metade, carregado de ausências e silêncios.
Decide então sair em busca de um filho que acredita estar em algum lugar do mundo e ainda foi não encontrado, e acabe encontrando muito mais que isso.

Paralelamente somos apresentados aos outros personagens, que, por se tratarem de pessoas estigmatizadas e à margem da sociedade, também sentem-se solitários e indignos de serem felizes e amados.

Ao longo do livro as histórias se entrelaçam de uma maneira muito bonita, nos mostrando a transformação de cada pessoa pelo afeto e como cada um acaba "pertencendo" ao outro, que o acolhe pela livre e espontânea vontade de abraçar o próximo (outrora tão sofrido e subjugado como ele), quebrando estereótipos sobre o conceito de família e de como o amor deve ser demonstrado.

Foi meu primeiro livro do Valter Hugo Mãe e posso dizer que a experiência não poderia ter sido melhor. Um livro lindo, poético e que mostra como o amor puro pode romper barreiras e preconceitos.

Recomendo a todos aqueles que queiram se sentir o dobro do que se é.

"O Crisóstomo disse ao Camilo: todos nascemos filhos de mil pais e de mais de mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. Como se nossos mil pais e nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós." (pág.188)
Walkí­ria Silva 15/08/2018minha estante
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