As Lutas de Classes na França

As Lutas de Classes na França Karl Marx




Resenhas - As Lutas de Classes em França de 1848 a 1850


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Vitor 15/04/2024

Análise precisa
Marx, nesse primeiro livro do que seria batizado como a sua "Trilogia sobre a França", munindo-se de um amplo repertório teórico, realiza uma análise incisiva da sociedade francesa desde a queda de Luís Filipe (Monarquia de Julho) até o fim da Segunda República Francesa (Golpe de Luís Bonaparte).

Aqui, Marx esclarece sobre como a aristocracia francesa não deixa de existir diante da Revolução Francesa, muito pelo contrário, ela se fortalece, numa "República burguesa gerida pelos monarquistas enrustidos". Essa tese é nevrálgica para entendermos os movimentos da classe dominante no Ocidente.

Marx também trata sobre outros assuntos, como sobre os levantes populares que ocorreram desde junho de 1948 (Primavera dos povos) e que ocasionaram uma série de mudanças no cenário político da Europa. Diante disso, ele argumenta sobre o papel de protagonismo dos trabalhadores, que pela primeira vez lutaram contra a burguesia, de maneira independente e contra os antagonismos de classe. Marx também exalta as conquistas que o movimento teve, como o sufrágio universal, a queda de Luís Filipe, e a extinção de alguns impostos.

Ele esclarece que, apesar da derrota bélica, numa verdadeira carnificina de trabalhadores pelo exército organizado pelo Governo, o proletariado tem sua vitória não só ao conseguir implementar algumas de suas demandas, mas também, e principalmente, no surgimento da consciência de que os seus anseios são distintos daqueles que detém os meios de produção, e que, portanto, suas reivindicações jamais seriam as mesmas.

Enfim, Marx expõe uma grandiosidade de ideias nessa obra magnífica, que pode soar um pouco confusa pela quantidade de nomes citados que não são muito conhecidos por aqueles que não detém profundo conhecimento da História francesa (como eu). Mas, sem dúvida alguma, se trata de uma obra cuja leitura é fundamental para aqueles que se interessam por história, política, marxismo, etc.

No geral, é uma leitura fácil e esclarecedora. Imprescindível para o entendimento de nossa sociedade de classes e para um esclarecimento sobre como funciona o mundo em que vivemos. Afinal, mesmo que tenha sido publicada em 1850, essa obra descreve diretamente os antagonismos de classe e as mazelas que vivemos hoje enquanto membros da classe trabalhadora!
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@bibliotecagrimoria 26/09/2023

Marx explicando a revolução de 1848 na França.
O livro pode apresentar a mesma dificuldade do 18 de Brumário de Luís Bonaparte. São muitos nomes e referências sobre a história da França e acontecimentos daquele período em que foi escrito que podem dificultar pro leitor.
No entanto, em suas conclusões, Marx é bem sucinto e claro sobre o problema central que está analisando ao abordar como oa grupos que compunham os partidos políticos eram heterogêneos e estavam a serviço das classes que representavam.
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Thales 31/07/2023

As revoluções são a locomotiva da história
Muitas vezes, durante a leitura, me peguei conferindo se realmente era sobre a França e sobre 1848 a 1850.

Enfim, depois de ler Marx sempre fico com uma ressaca e dessa vez fui atropelado pela Locomotiva da história... Aguardando as revoluções.
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maquieli 12/07/2023

Um ótimo livro para se aprofundar nos estudos sobre Marx e suas perspectivas sobre determinados assuntos, recomendo muito!!!
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Samael 23/02/2023

A contradição entre forma e conteúdo da república burguesa
Ótima análise sobre a gênese e a maturação da luta de classes na França e seu significado universal para a sociedade moderna burguesa.

Marx vai demonstrar a contradição entre entre universalidade abstrata da política e da Constituição burguesa e o conteúdo social burguês desta última, e como essa contradição gera a possibilidade de negação da própria Constituição quando necessária para preservar a propriedade privada.

Também demonstra a importância da práxis revolucionária do movimento operário para desvelar as ilusões do domínio classista na sociedade burguesa, bem como os limites estruturais que impedem que os interesses do proletariado sejam atendidos no marco desta sociedade, tendo, como consequência a impossibilidade da emancipação humana. É perceptível, após a consolidação do regime burguesis, a incapacidade subjetiva e objetiva da burguesia de liderar as novas transformações da sociedade, de propor algo. A partir disso, nota-se a importância do operariado passar da revolução política para a social, liderando o processo de superação da ordem da burguesa, ou seja, de sua escravidão assalariada.
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Gabriel Cavalcante 15/07/2016

Muito repetitivo. A cada 10 palavras faladas 6 são "burgueses".
Ronaldo 24/02/2019minha estante
Nossa, mais um que "refutou" Marx. A sua resenha é tão consistente que tenho minhas dúvidas se de fato você leu mesmo o livro. Ah, fala sério, ler já seria demais pra você.


Gabriel 30/03/2021minha estante
refutou




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