Thiago 03/09/2010
A autora aparentemente foi a pioneira em mostrar que o Calendário da Paz não é o Calendário Maia no Brasil, mas o fez de maneira muito superficial. Trata-se de um livro mais voltado ao Calendário da Paz do que ao Calendário Maia.
A autora explica as diferenças entre os calendários de maneira que posso descrever como inocente, pois cita o calendário utilizado por Humbatz Men como o Calendário Maia, um guardião do calendário cuja figura é bastante contestada. Segundo John Major Jenkins, talvez o mais voraz crítico do Calendário da Paz, Humbatz Men havia perdido a tradição do Calendário Maia, tendo sido "salvo" pelo Calendário da Paz, que passou a adotar modificando alguns pontos, como, por exemplo a data do ano novo. Sendo assim, não seria um Calendário Maia, ou ao menos seria (e é) bastante contestado enquanto tal.
A autora, a meu ver, cometeu um erro ao expor as diferenças entre os calendários como sendo referente apenas à diferença na data do ano novo, quando a diferença se dá em todos os ciclos, incluindo o principal deles, o "Tzolkin". Em seu livro, a autora dá a entender que não há diferença entre o kin (dia) correspondente a uma mesma data dentro do Calendário da Paz e do Calendário Maia, quando na verdade há.
No fim das contas, acabou sendo um livro que ajudou a propagar o Calendário da Paz e não esclareceu tanto quanto a autora gostaria.
O amigo que postou a primeira resenha fala em 2012, mas o ciclo de 2012 aparentemente não consta do livro: ele está associado a outra ordem do ano, outra ordem dos kins, etc, sendo reconhecido como a "Contagem Verdadeira" do Calendário Maia.
Abraços