A casa das belas adormecidas

A casa das belas adormecidas Yasunari Kawabata




Resenhas - A Casa das Belas Adormecidas


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Oscaraujo 21/04/2023

Estranhíssimo, e mesmo eu sabendo desse fato antes de ler, quando o fiz, entrei numa atmosfera totalmente diferente da que imaginei. Interessantíssimo ler as palavras que o autor junta para detalhar as percepções do personagem. Achei singular, sensível, esquisitíssimo, às vezes um pouco problemático, mas com certeza uma ótima experiência
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Martony.Demes 21/04/2023

Eu vi o livro com nota abaixo de quatro (sempre desconfio), mas resolvi dá uma chance e o comprei! Arrependi-me!

Livro bobo, com uma ideia nova, mas boba e os desdobramentos o tanto quanto enfadonho!

Não recomendo esse livro! As reflexões são rasas, o contexto é pífio e eu perdi meu tempo lendo-o!

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Juliana.Evaristo 20/04/2023

Foi meu primeiro livro de literatura japonesa e com ele aprendi que cada livro deve ser lido de uma maneira. Engoli o livro esperando descobrir uma coisa, mas como não é o estilo que estou acostumada acabei n entendendo nada no começo, precisei ler do começo e assistir vídeos pra entender de fato o livro. A escrita foi bem estranha pra mim, também triste...
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manu 05/04/2023

Legalzinho
Tava com uma ressaca literária e passei quase um mês sem conseguir ler e demorei DEMAIS pra conseguir ler; não foi um dos meus preferidos mas o suspensezinho do final fez valer a pena.
Luisa 06/04/2023minha estante
fofa




Rond 03/04/2023

Ganhadores do Nobel de literatura frequentemente decepcionm
Admito que fiquei intrigado com a ideia central apresentada, que me pareceu estranha e agressiva, típica de uma sociedade tradicional que objetifica a mulher para satisfazer o desejo masculino. No entanto, decidi ler e enxergar além do véu cultural que envolve a história, e me deparei com uma narrativa arrastada e tediosa, que pouco acrescentou à minha vida.

Embora compreenda a importância de contextualizar a obra em seu universo cultural, não posso ignorar os abusos presentes na história e a falta de profundidade da trama. O livro parece mais um devaneio entre o sonho e a vida real, sem qualquer propósito ou significado profundo
Rafael 23/02/2024minha estante
Você quis enxergar de olhos fechados e não viu nada.

Seu comentário me chamou a atenção e visitei o seu perfil. Ao notar que você leu Memórias de Minhas Putas Tristes e avaliou bem a obra, enquanto critica A Casa das Belas Adormecidas, concluo que o que te faltou foi repertório cultural e abertura para o novo.
Ambos são o mesmo livro, ambientados em locais diferentes. O próprio Gabo deixou claro de onde tirou toda a história.

Talvez seja bom para ti revisitar o livro no futuro.




Lisa 21/03/2023

Os longos e inescapáveis braços do machismo
Conheci e me encantei pelo Kawabata através de "Mil Tsurus", logo busquei um próximo, e "A casa das belas adormecidas" foi um título me conquistou. Tem um quê de mistério e de nostalgia ao lembrar fantasias e o onírico. De fato, este é um livro que nos remete aos contos de fadas, mas não as versões da disney. Esta é uma história que foi perturbadora de ler para mim, e admito com muito custo, salvo a escrita, não gostei de nada.

Tal como o titulo indica, o foco aqui é pintar o retrato da velhice, o que ela representa e traz consigo, como a solidão, a perda dos prazeres, a desesperança, bem como a alegria e sorte de poder vislumbrar juventude novamente a partir de um local, uma casa "secreta". Quase como em "Diário de um velho louco" do Jun'Ichiro Tanizaki, acompanhamos o relato de um homem em seus 60 anos e suas reflexões sobre o envelhecimento. Contudo, diferente do Tanizaki, Kawabata falhou e muito em me fazer sentir empatia ou qualquer conexão amena com seu protagonista, uma vez que essa premissa se perde no seu plano de fundo, as mulheres drogadas, dopadas e adormecidas a mercê de homens por toda noite.

A intenção do autor não é mostrar essas moças, elas não têm nome, nem histórias, sabemos apenas o que o personagem infere delas, visão essa extremamente enviesada. Mas foi impossivel para mim não tornar essa meninas as protagonistas dessa história. Ainda que o objetivo seja acompanhar as elucubrações de um senhor a partir das memórias evocadas nesse lugar, foi inevitável não me horrorizar com o machismo estrutural em sua mais perfeita pureza e naturalidade "inocente" através dessas páginas.

Veja bem, são mulheres extremamente jovens de cerca de 19 anos, talvez até menos, que são dopadas em um nível que seja impossivel acordá-las e acredite, o Senhor tentou e como. Há um acordo superficial de que não sejam estupradas nem abusadas pelos clientes, como se isso bastasse, como se não houvesse outras maneiras de se violentar alguém. Como se o corpo vulnerável, disposto ali, disponível para ser manipulado, invadido da maneira que melhor convir a esse outro não fosse violência. Se a vítima não lembra, o ato deixa de existir, deixa de ser menos relevante ou problemático? Por que alguém não tem consciência, então o outro ganha passe livre para ser imoral? É o anel de Giges platoniano?

O protagonista discorre em cada capítulo sobre a possibilidade de estuprar essas moças, de lhes retirar a virgindade, chega a questionar que diferença faria. Fantasia sobre ser agressivo com elas, estrangula-las, mordê-las, ver se acordam. E o fazê-lo simplesmente por que pode, ou ainda, como ele diz, se vingar pelos colegas que não podem fazê-lo e que vai escalando até o final.

"A casa das belas adormecidas" retrata como o corpo feminino é visto pela sociedade, onde mesmo na velhice, com esses homens já senis, impotentes ou quase, a mulher continua um corpo descartável, para ser usado para satisfazer, para servir homens sem questionamentos. E o fato do autor ter pensado essa história sem sequer se abalar com essa problemática demonstra a naturalidade disso. Particularmente penso que a Arte não tem obrigação alguma em ser descente ou moral, nem ensinar algo, então não digo se é um livro bom ou ruim, mas não a impede de que certas histórias me desagradem. Essa sem dúvidas foi uma delas.
Eduardo1438 29/08/2023minha estante
Vi seu comentário na Amazon. E sinceramente, é a melhor descrição sobre o conteúdo do livro, capturando bem o que os devaneios e a estética do autor tentam disfarçar.


Lisa 29/08/2023minha estante
Oh, obrigado. Esse livro me pesa até hoje, foi uma grande decepção. Kawabata é um escritor talentosissimo, infelizmente, assim como muitos, demasiadamente machista.




spoiler visualizar
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gean. 10/03/2023

Razoável
Esse livro apesar de curto me deu uma canseira, tal qual as meninas adormecidas. Acho que ainda to pegando o jeito da leitura oriental, que pode ser uma linha reta e sem muitos acontecimentos, só o simples e o singelo.

Gostei do detalhismo das cenas, dos pensamentos dele externados... dá pra se ter noção de como o protagonista se sentia no auge da sua terceira idade e as suas visitas a casa.

Por fim, se estiver com sono é melhor dormir pois não recomendo essa leitura (a menos que queira acelerar esse processo
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Tiário 18/02/2023

Finamente!!!
Foi difícil de seguir por conta da temática bem questionável do livro. Não me agrada o protagonista e seus pensamentos bastante desagradáveis. Apesar de tudo, ele é muito bem descrito e consegue fazer ótimos descrições de tudo que aparece e acontece.
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Joana 03/02/2023

O livro é meio estranho mas tem uma escrita sensorial muito boa, que acaba fazendo com que a gente se sinta imerso nele, o escrito falar sobre a solidão na velhice e a necessidade de ser ouvindo ou até mesmo capaz, pelo menos foi isso que eu compreendi.
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Dani 25/01/2023

Sensualidade feminina
Uma coisa que chamou muito a atenção em A Casa das Belas Adormecidas foi as descrições sensuais e femininas dos corpos das jovens, particularidade da escrita do Kawabata. Não havia lido algo assim ainda, incrível como a literatura japonesa difere em muitos detalhes das literaturas do ocidente.
Eguchi um senhor de idade que já realizou na sua vida, o que se espera de um homem, e encontra na casa das belas adormecidas a fonte dos desejos carnais, embora não possua mais o prazer das relações ou o prazer de viver. E esses encontros simplesmente o fazem viajar pelo passado e relembrar sua história de vida, lhe trazendo o soliloquio da beleza e tristeza (outro livro famoso do Yasunari Kawabata), da vida e a morte, da juventude e da velhice, o contraste da vida dos velhos que foi vivida e os arrependimentos com as das jovens que vão viver a vida inteira pela frente e cometer erros.
É um livro sensacional, o livro do Kawabata que mais amei ler, como li emprestado, é um que eu realmente compraria. Recomendo bastante para quem quer conhecer o autor e sua escrita que sempre traz uma trindade de natureza, arte e ser humano.
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ana.romio 14/01/2023

Sentimentos conflitantes
Instigante, mas ao mesmo tempo causa desconforto escutar as descrições dos sentimentos de Eguchi. Senti dó e temor pelas garotas, mas também pelo Eguchi.
Escrita maravilhosa, foi meu primeiro contato com literatura japonesa e já quero ler mais coisas.
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filipetv 13/01/2023

Em 2016, entrevistei uma brasileira que morava em Iwata, no Japão. Ela trabalhava em um bar e sua função era a de conversar e beber com os clientes. Os caras iam para o estabelecimento e contratavam uma ou mais mulheres simplesmente para lhes fazerem companhia à mesa, numa espécie de aluguel de afeto.

Em "A Casa das Belas Adormecidas", publicado 56 anos antes, Yasunari Kawabata conta a história do velho Eguchi, que frequenta uma casa onde idosos como ele passam a noite ao lado de jovens mulheres dopadas, com a condição de não abusarem sexualmente delas.

A narrativa é dividida em cinco capítulos, um para cada visita de Eguchi à casa, em que ele reflete sobre a condição das meninas adormecidas, sobre a velhice - a própria e como um conceito geral -, além de relembrar fatos da sua vida, todos alusivos a relações que teve com diversas mulheres: a mãe, as filhas, uma amante etc.

No fim das contas, é um livro sobre solidão, mas também sobre a necessidade humana de ser querido, ouvido, considerado, um carecimento tamanho que chegamos ao ponto de pagar alguém para ter uma conversa em um bar ou para dormir ao lado de uma jovem sedada.
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Deborah 07/01/2023

Estranho, mas instigante
Eu esperava outra leitura desse livro, talvez tenha sido um erro a expectativa sobre. Se pudesse da um conselho de leitura diria para não mastiga-lo, ler de uma só vez.
Reflexivo, mas muito masculino. Peguei muitas vezes questionando o carácter do protagonista e questionando suas ações.

Pontos que gostei:
. O flerte com a morte, e o humor do protagonista.
Pontos que não curti tanto:
. Inconclusivo, e o excesso de exaltação a juventude feminina ( gosto pessoal).
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Gabriel Ferraz 30/12/2022

Um tanto quanto perturbador
A leitura desse livro é bastante incômoda. Conta a história de um idoso e suas aventuras em uma casa de mulheres adormecidas, espécie de prostíbulo o qual homens velhos, decrépitos e praticamente impotentes frequentam. A narrativa se desenvolve em torno das idas do velho Eguchi ao local, no qual passa por diversas sensações e lembranças de suas experiências pregressas com mulheres. Trata-se de um livro que induz uma reflexão sobre a decadência e a solidão na velhice (bem como sobre a objetificação da mulher) e que parece refletir um pouco da história do próprio autor do livro, que introjetou o tema feminino, da vida solitária e da angústia da morte em diversas de suas obras e que, deprimido, cometeu suicídio na altura de seus 72 anos de idade.
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