Os Buddenbrook

Os Buddenbrook Thomas Mann




Resenhas - Os Buddenbrook


109 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Rosangela Max 13/04/2023

Maduro.
É meu primeiro contato com a obra do autor e adorei a história e a escrita.
Os personagens foram bem construídos e o enredo tem um tom de dramaturgia.
Muitas vezes senti pena do Thomas como sendo o responsável por manter o nome e a boa imagem da família, tendo como irmã a fútil Tony, como irmão o irresponsável Christian, como esposa a indiferente Gerda e como
filho o avoado Hanno.
É surpreendente que o autor tenha escrito está trama na tenra idade de 25 anos. Apresenta muita maturidade.
O posfácio é um show a parte é complementa maravilhosamente a leitura. A tradução também está excelente. Belo trabalho da Companhia das Letras.
Recomendo.
Gabriel Farias Martins 13/04/2023minha estante
Leia "A montanha mágica" é ótimo! Esse escritor é demais


Nana_tsur 13/04/2023minha estante
O meu ta pra chegar, espero conseguir ler esse ano


dreckelberg 09/01/2024minha estante
Esse livro do Mann foi também meu primeiro contato com com o autor, estou encarando a montanha mágica agora, e estou achando bem desafiador pra concluir. Mas esse achei fantástico




Victoria 25/05/2021

Crônica da burguesia do século XIX
Como estudante da língua alemã e admiradora da tradição intelectual da Alemanha, sempre ouvi falar bastante de Thomas Mann. Desde a fama de sua escrita permeada por filosofia e difícil acesso para muitos, até a tradição intelectual que acompanha não somente o seu nome, mas o de toda sua família. Logo, tinha expectativas altas quanto a gostar dele e devo dizer que não me decepcionei, Thomas Mann é tudo o que diziam e muito mais...

Os Buddenbrook é o primeiro romance de Thomas Mann, publicado quando ele tinha apenas 26 anos, e também o livro que consta na justificativa ao Nobel de literatura que lhe foi concedido em 1929. Amplamente baseado em sua própria família, chegou a causar processos movidos por parentes que se identificaram e se sentiram ofendidos, devido à ironia fina contida na caracterização dos personagens. Eu ousaria dizer que a família Buddenbrook representa não somente a burguesia alemã ou os Mann, mas a burguesia europeia como um todo. Pois o livro acaba sendo uma longa crônica de costumes da burguesia do século XIX, as descrições são minuciosas, a atenção é dada aos mínimos detalhes, ao ponto de ao fim, sentir que conhecia Thomas Buddenbrook, Tony, Christian e outros personagens de forma íntima, me apeguei a eles e irei sentir muita falta.
Em um primeiro momento, você pode pensar que este livro é uma mera crítica social, mas não se engane, porque não é. Com o decorrer da história os personagens vão se aprofundando e em vários momentos pude me pegar sentindo empatia por coisas que não concordo, gostando de personagens duvidosos e até mesmo sofrendo por eles. Em certo ponto do livro, o famoso lado filosófico do autor se exprime para nos mostrar que a "decadência de uma família" contida no subtítulo se aproxima, e ela é em tantos sentidos.... Isso é o que torna este livro engraçado e triste ao mesmo tempo, denso, mas também muito leve, e foi ai que ele me conquistou. Eu diria que este é o livro ideal pra conhecer a obra deste grande escritor, que com a sua riqueza intelectual nos presenteia com inúmeras referências à filosofia de Schoppenhauer e à música de Richard Wagner, ao longo de quase 700 páginas de uma obra prima.

PS. Uma curiosidade: a casa do avô de Thomas Mann em Lübeck, que serviu em grande parte como inspiração para a mansão dos Buddenbrook no livro, foi transformada em um museu dedicado à família Mann que se chama "Buddenbrookhaus" , em tradução, " casa dos Buddenbrook.
Andre.28 26/05/2021minha estante
Que resenha de qualidade Victoria! Parabéns ?


Victoria 26/05/2021minha estante
Obrigado, André!


Disotelo 26/05/2021minha estante
Ótima resenha :)


Eliane 26/05/2021minha estante
Olha, com essa resenha já me deu vontade de começar a leitura agora mesmo, no entanto, vou terminar Guerra e Paz antes de começar outro calhamaço. Maravilhosa resenha.


Maria 11/06/2021minha estante
Adorei a resenha. Faço coro as suas palavras: Thomas Mann é, de fato, tudo o que dizem. E mais. Estou há meses "possuída " pelo livro A montanha mágica. Sinto uma certa resistência em não abandonar o Hans Castorp mas, na verdade, creio que alguns personagens sempre permanecerão vivos dentro de nós.




Luiz Souza 13/08/2023

Família bem engraçada
O livro é o primeiro romance de Thomas Mann escrito em 1901 ele vai contar a saga da família Brundebook em todo seu auge até chegar a decadência nós negócios.

A história se inicia numa grande festa de comemoração da compra do casarão regado a muitas comidas e bebidas altamente refinadas.

Johan tem quatro filhos são eles Thomas um jovem que segue mantendo até o fim o desejo de continuar os negócios do pai e fazer prosperar.

Depois temos Antonie mais conhecida por Tony uma jovem altiva em certas ocasiões e amorosas em outras ela se casa duas vezes mas nenhum casamento foi adiante os maridos eram trabalhosos.

Logo após temos Christian um jovem que nunca ligou pra trabalhar só pensa em festas e ir ao circo no fim se casa com Alice mas acaba terminando num sanatório.

Depois tem Klara que é quase um fantasma na história se ela tiver cinco falas é muito.

O livro é composto por temas como música , filosofia e várias descrição dos personagens e dos lugares gostei bastante do livro.

Ótima leitura.
comentários(0)comente



ricardo marçal 23/09/2020

Para além da estória - que, sabe-se logo de partida, trata do processo de decadência de uma família ao longo de quatro gerações -, me impressionou a certeza formal do autor: a escrita é fluente, os capítulos passam voando, mas ele consegue descrever o que quer com precisão e riqueza psicológica. A gente não sente falta de nada, o enredo é envolvente e o texto tem momentos de muita beleza. Além de fazer referências - explícitas ou não - a uma verdadeira constelação de artistas e filósofos, como Richard Wagner e Schopenhauer, o texto antevê de forma comovente os choques e perplexidades que a Europa sofreria na primeira metade do século XX, focalizando delicadas manifestações emocionais que os anteciparam. Incrível pensar que o autor consegue tudo isso no romance de estreia, aos 25 anos.
comentários(0)comente



Eva 13/08/2022

Os Buddenbrook acompanha a história de quatro gerações da família e a narrativa inicia com o patriarca Johann I dando uma festa pomposa na mansão recém comprada e inaugurada com a presença muitos personagens proeminentes da sociedade.
Não é mencionado o nome da cidade, mas como se sabe que se trata de um romance autobiográfico, então o leitor com essa informação já sabe que se trata da cidade natal do autor, Lübeck, na Alemanha.

No início e em todo o decorrer do livro o autor dá ênfase as descrições dos personagens dos ambientes em que se passam as cenas. Não achei enfadonho essa característica no romance, somente no primeiro capítulo que pode ser confuso por causa da maior quantidade de pessoas em cena, mas passado esse momento a narrativa segue sem maiores dificuldades.

O enredo não tem grandes acontecimentos, pois acompanha a vida dos membros da família sem grandes reviravoltas. Daí se tira a grandiosidade do autor que consegue manter o leitor querendo acompanhar uma história de uma família de comerciantes sem muita ação, suspense e grandes surpresas. Sim, você vai quer saber como chegará a decadência que já é anunciada no subtítulo do livro.
A decadência acontece gradativamente depois da morte de Johann I e é apresentada sutilmente na narrativa.

Quanto aos personagens o destaque se dá na terceira geração que vai acompanhar Thomas, Christian, Antonie e Karla, filhos de Johann II, o conde Buddenbrook.
A forma que Thomas Mann retrata os personagens com suas particularidades, características e trejeitos repetindo em cada cena que eles aparecem é o que mais gostei. Isso também levou familiares a processarem o autor por pôr suas características em seus personagens e tratando isso com certa ironia.

Quem conhece Thomas Mann melhor, por ter lido os outros livros dele, diz que nesse ele está diferente dos demais pela narrativa, por não ter cunho filosófico.
Mesmo sem ainda saber qual a diferença, indico a leitura, pois foi agradável acompanhar essa família pelos olhos do Thomas Mann.
Elba Regina 02/01/2023minha estante
Estou bem no início do livro e achando bem confuso saber quem é quem. Vim ver se mais alguém se sentiu assim e achei sua resenha. Fiquei aliviada, confesso. E como você falou em gerações já procurei no Google e achei uma árvore genealógica dos Buddenbrook. Me ajudou demais!




Jacy.Antunes 29/01/2023

Álbum de família
 

Todos os Buddenbrook, uma rica família de comerciantes de grãos registravam os acontecimentos vitais( nascimento ,casamento e morte) no livro da família.

Publicado em 1901 quando Thomas Mann tinha 25 anos, o livro é baseado na  sua vida .

Reli o livro em janeiro e foi um prazer, apesar das 700 páginas e muitos personagens secundários. Considero esse o melhor livro do autor, superando Dr. Fausto e A Montanha Mágica.

Acompanhamos a vida dos três irmãos Buddenbrook desde a infância até a velhice quando a falência da empresa acontece.

 Hanno, o ultimo descendente  encerra o livro da família e a placa do nome da empresa é retirada.

 

 
comentários(0)comente



Cristiane 19/08/2023

Os Buddenbrook: decadência de uma família
Publicado em 1901 quando Thomas Mann estava com apenas 25 anos, este livro narra a trajetória de uma família abastada inspirada na família e na cidade do autor.
O leitor acompanhará quatro gerações desta família.
O livro começa com uma festa de inauguração da mansão da família. A terceira geração tentará manter a tradição e os negócios familiares.
Thomas o filho mais velho dedicará sua vida a empresa, inclusive deixará a mulher que ama para se casar com outra mais rica.
Christian o bonvivan que sofre de muitas enfermidades porém nenhuma delas o impede de beber, jogar e se divertir.
Antonie(Tonie )que deseja a todo custo deixar seu pai e sua família orgulhosa dela. Sente uma veneração pela sua história, pelas conquistas de seus antepassados. Passa por dois casamentos infelizes.
Klara a mais nova que morre muito cedo.
Algumas cenas são de uma sensibilidade singular: a venda do casarão paterno e a tristeza de Tonie quando isto acontece. A eleição de Thomas como senador. A felicidade de Hano (filho de Thomas) quando está na praia. A festa de Natal organizada pela matriarca...
Qual o sentido da vida quando você coloca como objetivo final o sucesso dos negócios?
Este livro é mais tranquilo de ler do que A Montanha Mágica. Thomas Mann está se tornando um dos meus autores preferidos.
comentários(0)comente



Irina.Alfonso 27/03/2024

Os Buddenbrook
Thomas Mann tem uma escrita muito incrível! Ele consegue antecipar desastres com uma sutileza que nós não percebemos mas conseguimos sentir em forma de desconforto (vide cena do dentista).
Nesse livro, ele narra sobre a ascensão e, principalmente, o declínio de uma família extremamente rica. Desde o patriarca até o último herdeiro. Achei uma leitura gostosa.
comentários(0)comente



Elaine Messias 24/09/2023

Histórias de família
Diz-se que toda a família de Thomas Mann rompeu com ele após a publicação deste livro, por acreditar que propositadamente ele estava expondo seus problemas familiares.
comentários(0)comente



Max 07/04/2023

"Decadence avec elegance..."
Sua elegância, sutil, ao descrever o ser humano, suas vaidades, falibilidades, desgraças, o faz sem gritar, nem murmurar, usando apenas o bastante, o suficiente, muito embora ache necessário quase oitocentas páginas para descrevê-lo. Seu estilo, peculiar, traz um pouco daquela altivez germânica, aquela fleuma de quem, sem modéstia, acredita na natureza de sua superioridade.
O diabo, estando nos detalhes, vai corrompendo e corroendo o roteiro de felicidade, de orgulho dos Buddembrook. Na vida, estando a uma certa altura, a própria gravidade parece se encarregar, de forma natural, em mover para baixo tudo aquilo que por força contrária ergueu, é a decadência!
Não é sua obra prima, como o é " A montanha mágica", mas ainda sim é um Thomas Mann...
Recomendo!
Regis 07/04/2023minha estante
Ótima resenha, Max.?
Pretendo ler Thomas Mann, só não sei por qual começar... talvez comece por A Montanha Mágica. ?


Max 07/04/2023minha estante
Obrigado, Regis!?
"A montanha mágica", com sua erudição, despertaram em mim sentimentos antagônicos, às vezes amava, noutras odiava. Ao terminar suas mais de mil páginas é que me dei conta do tanto que me havia modificado como leitor...


Regis 07/04/2023minha estante
Interessante e motivadora a descrição que fez de sua experiência com o livro. Adorei! ?


Edneia.Albuquerque 09/04/2023minha estante
Que resenha elegante Max ??


Max 09/04/2023minha estante
Obrigado, Edneia!?


@_leandropaixao 11/04/2023minha estante
Ótima resenha max! Tenho muita vontade de ler Thomas Mann, mas ao mesmo tempo um "medinho", assim com a Regis, também não sei por qual livro começar...


Max 11/04/2023minha estante
Obrigado, Leandro!
Escolha o caminho mais difícil, "A montanha mágica"!
Hahahaha ?




Aerial 01/12/2020

O livro me empolgou até a metade, depois simplesmente não conseguia mais me importar com nenhum personagem, as eventuais mortes não me importaram e eu só queria mesmo terminar de ler logo, a impressão que ficou pra mim é que faltou fôlego na segunda metade do livro, se tornando enfadonho, Até a Tony que era um personagem que eu adorava conseguiu ficar chata.
alice.bardasson 08/09/2021minha estante
percebi isso quando li A montanha mágica, até a metade achei muito bom, e depois só torcia pra acabar logo




Roberta 16/01/2021

"A vida, sabem, quebra muita coisa em nós e destrói muitas crenças..."

Pra quem deseja conhecer o autor Os Buddenbrook pode ser um ótimo título para começar. Sou suspeita pq gosto da escrita que acho muito elegante, da trama (aparentemente) simples e dos personagens tão bem representados. Conhecer a obra de Thomas Mann me tornou uma leitora melhor.
Na dúvida, experimente.
comentários(0)comente



Otávio - @vendavaldelivros 11/01/2023

“Unicamente a morte é capaz de inspirar aos demais a reverência diante dos nossos sofrimentos; por ela, os mais desprezíveis males fazem-se veneráveis.”

Sempre tive um olhar atento para como famílias são estruturadas e como criam suas próprias raízes. Por ter uma família fundamentada em tradições e costumes específicos, foi inevitável chegar ao final de Os Buddenbrook e encontrar sentido na história.

Primeiro livro do alemão Thomas Mann, Os Buddenbrook foi publicado em 1901 e, como o subtítulo já diz, narra a história de decadência dos Buddenbrook, tradicional família de comerciantes de uma região que, após a publicação fica claro ser a região de Lübeck, cidade de origem da família do próprio Mann.

É digno de nota ter sido o primeiro livro de Thomas Mann o que rendeu a ele o Nobel de Literatura. Porém, é importante ressaltar que Os Buddenbrook é uma obra com personagens absolutamente chatos, maçantes, pedantes e que despertam praticamente nenhum sentimento de empatia. São quase 700 páginas falando sobre personagens que são pouco ou nada destacáveis.

Beleza, mas o que faz esse livro ser tão bom? Ainda que acredite que a obra seja um pouco supervalorizada atualmente, é inegável que inversamente proporcional à chatice dos personagens está um estilo de escrita belo, delicioso e que prende por si. Thomas Mann tem o mérito de contar, em muitas páginas, uma saga familiar sem grandes reviravoltas, que já sabemos estar fadada ao fracasso e, mesmo assim, prende seu leitor pelo estilo.

No meu caso, levei a leitura até a página 500 sem muita empolgação, preso por esse mesmo estilo, mas o final dessa obra me foi representativa em muitos sentidos, principalmente sobre como histórias familiares podem nascer e morrer em poucas gerações, e também como a morte é inclemente, estando acima de qualquer ordem social possível. O texto parece ficar ainda melhor no final, com capítulos muito belos e que dão uma clara sensação de estarmos lendo uma literatura de grande qualidade. Sigo com muita vontade de conhecer outras obras de Thomas Mann e feliz por ter encontrado no final dessa saga algo que me fez refletir tanto sobre a minha história e a dos meus.
comentários(0)comente



T.N.T.Rock 22/02/2024

O rebento de Thomas Mann.
O primeiro rebento literário de Thomas Mann não poderia ser mais pessoal e irônico.
Os Buddenbrook é muito mais do que a decadência de uma família, como diz seu subtítulo, é o declínio de um modo de vida, um estudo sobre famílias nobres burguesas e seu fracasso, tudo isso regado com personagens tão vividos e diálogos tão primorosos que parecem reais.
Mann com pucos mais de 25 anos de vida, nos dá uma amostra do quão grandioso ele seria para a história da literatura mundial.
comentários(0)comente



Daniel Andrade 11/01/2022

Fantástico.
Que história gostosa. Não tem a genialidade de Doutor Fausto, óbvio, mas tem uma escrita muito mais rápida e fácil. Foi muito bom acompanhar por 700 páginas a vida dos Buddenbrook. Antonie, Thomas, Christian, Erika.. incríveis.
Achei o final levemente óbvio, mas mesmo assim não atrapalha em nada a qualidade da história.
comentários(0)comente



109 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR