Lavinia Teodoro 02/04/2020
Como vivi sem ler essa obra maravilhosa
Finalmente eu consegui ler esse livro.
Na minha estante a meses, tive quase 6 meses depois a oportunidade de ler esse tesouro. Li pela Isabela Lubrano, do canal Ler antes de morrer. Lido em um período difícil. Trabalhar e ler não é fácil, a gente que lute!
Vamos lá. O Érico Veríssimo, autor dessa obra incrível, é um escritor brasileiro, pai do Luis Fernando Veríssimo, lembra? O carinha das cronicas para ler na escola, mentiras que os homens contam e outros livros bons que eu já pude apreciar.
Talento de filho, é talento de pai né. O Érico, INVENTOU a cidade de Antares. Mas se eu não tivesse lido isso por ai, eu juraria que na fronteira com o Brasil, Argentina e Uruguai, tinha uma Antares com um passado muito doido.
Então, o livro é divido em duas extremas partes. Na primeira, Érico vai introduzir a gente na cidade de Antares. Vai falar da cidade, de cada coisa dela, MUITO DA SUA VIDA POLÍTICA, a proposito o que mais tem nesse livro é politica. Érico além de nos apresentar Antares, apresenta as duas grandes família da cidade, Campolargos e Vacarianos, tudo desde a sua origem. Antes da cidade ter ao menos um nome. Gente, o Érico consegue colocar uma cidade fictícia em tudo quanto é treta politica e histórica. Ele insere Antares em tudo quanto é contexto histórico Nacional.
Enfim, o Érico usa umas 200 páginas muito bem escritas para contextualizar a gente leitor.
Entre o primeiro e segundo capítulo tem um trecho retirado de um jornal da cidade CHATÍSSIMO, de umas 80 paginas. Só dando continuidade as historias e arvores genealógicas de Antares, até chegar a 1963, ano do incidente.
Bom, quando eu pulei essas 80 páginas e cheguei na segunda parte, o livro conseguiu ficar melhor. A parte intitulada INCIDENTE, já começa falando da greve geral, que parou tudo na cidade. Comércio, fábrica e cemitério. E aqui eu achei o Érico supercilioso demais. A greve é decretada no dia 11 de dezembro de 1963. No dia 11 mesmo, 7 mortos, morrem e os coveiros se rejeitam a enterrar e impetem a sepultura dos sete mortos. No dia 13, uma sexta feira, os mortos se levantam devido a um fato ocorrido anteriormente (dica: nunca enterre um defunto com Joias caras). Os cadáveres apodrecendo, descem a cidade, visitam suas famílias, brigam e discutem. E após realizarem visitas indesejadas, sentam no coreto e resolvem além de apodrecer a cidade com seus fedores, jogar no ventilador todos os podres da cidade. Quem traiu quem, quem roubou, quem matou, quem é desonesto. Enfim, uma fofocaiada em plena praça com os mortos. MORTOS MEEEESMO.
E a unica exigência deles, é serem sepultados. Para isso, grevistas e patroes precisam entrar em acordo. Enquanto isso, os defuntos literalmente apodrecem na praça, aos olhos de todos.
quem vai ceder primeiro? Grevistas vão desistir, capitalistas vão ceder aos pedidos? E os mortos que seguem falando de todo mundo na praça? É UMA COMÉDIA MISTURADA COM TRETA E TRETA.
AQUI COMEÇA O SPOILER
No final, depois de rastos e urubus. A policia chega tacando pedra nos mortos vivos, eles voltam DERROTADOS e HUMILHADOS para seus caixões, são muito bem trancados lá e a cidade tenta esquecer e esconder tudo. Chega a imprensa e eles fingem que tudo foi para dar ibope para Antares. Muita gente pira.O escritor que escreveu sobre tudo (quem sabe perdeu o livro na mão do Érico) nunca pode publicar nada. Já que não podia ter uma operação lava jato, o governo escondeu tudo, inclusive a cidade de Antares. Por isso a gente nunca ficou sando da história, foi tudo ABAFADO.
que absurdo! COMO QUE EU DEIXEI ESSE LIVRO TANTO TEMPO DE LADO.
vamos sim ler mais desse autor MUITO ENGENHOSO!