Terra Insólita 2

Terra Insólita 2 Clifford Donald Simak




Resenhas - Terra Insólita


2 encontrados | exibindo 1 a 2


JCarlos 06/11/2019

O Pensador, o Farejador e o Transformador
Escrito em 1967, Terra Insólita (The Werewolf Principle) apresenta um mundo futuro, evoluído tecnologicamente, onde veículos levitam por vias marítima e terrestre e onde as residências possuem inteligência artificial.

?Talvez ainda viesse o dia, em qualquer tempo futuro, em que um homem nunca deixaria a sua casa e viveria sempre dentro dela, sem se aventurar fora de portas, sem necessidade ou desejo de aventura.? - pag 55, livro 1

No século XXIII Andrew Blake, encontrado numa cápsula espacial, retorna à Terra.
Desorientado, descobre que compartilha corpo e mente com outras entidades alienígenas.
Seu corpo possui três reservatórios de pensamento: o Pensador, que se mostra como uma forma piramidal, proveniente de um planeta pantanoso onde um sol jovem despeja torrentes de luz e energia; o Farejador, um ser semelhante a um lobo; e o Transformador, o homem, o próprio Blake, invólucro que contém as entidades, capaz de se transformar nessa forma feral e atender àquela consciência cibernética.
Descobre-se que Blake, tempos atrás, foi o resultado de um projeto de bioengenharia, que culminou na criação de um ser sintético, com o propósito de iniciar o contato com vida em outros planetas. Imune a doenças, possui a capacidade de se transformar em outra forma de vida e assumir o intelecto e emoções alheias. Esse processo de construção foi designado como Princípio do Lobisomem, que dá nome à obra, no original.
Simak tem um texto ágil, forte e direto. E uma agradável pegada filosófica.
Dele já tive o prazer de ler Cidade e Estação de Trânsito. É um gigante da FC.
O livro, em si, trata com propriedade do arquétipo do alienígena frente à estranheza do nosso mundo e aspectos culturais.

?Se aquele planeta não fosse tão quente e a sua atmosfera tão pesada e opressiva, podia mostrar-se muito interessante. Ainda que fosse muito confuso.? - pag 130, livro 1

Escrito na década de 60, as idéia apresentadas até hoje causam maravilhamento.
Conceitos interessantes são trabalhados, tais como: banco de consciência, casas que dialogam, contextualização de mitos, como o gnomo (no caso, exploradores pertencentes às estrelas de Coonskin), exploração espacial, bioengenharia, criação de seres em laboratório, além da busca por uma inteligência universal.

?Que, fossem para onde fossem, a humanidade estaria com eles. Porque eles eram as extensões da Humanidade, a mão e o espírito de todos os homens, penetrando nos mistérios da eternidade.? - pag 153, livro 2

Uma obra que recomendo e, se tiver a oportunidade e encontrar por aí, não titubeie, inicie a leitura.
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JCarlos 06/11/2019

O Pensador, o Farejador e o Transformador
Escrito em 1967, Terra Insólita (The Werewolf Principle) apresenta um mundo futuro, evoluído tecnologicamente, onde veículos levitam por vias marítima e terrestre e onde as residências possuem inteligência artificial.

?Talvez ainda viesse o dia, em qualquer tempo futuro, em que um homem nunca deixaria a sua casa e viveria sempre dentro dela, sem se aventurar fora de portas, sem necessidade ou desejo de aventura.? - pag 55, livro 1

No século XXIII Andrew Blake, encontrado numa cápsula espacial, retorna à Terra.
Desorientado, descobre que compartilha corpo e mente com outras entidades alienígenas.
Seu corpo possui três reservatórios de pensamento: o Pensador, que se mostra como uma forma piramidal, proveniente de um planeta pantanoso onde um sol jovem despeja torrentes de luz e energia; o Farejador, um ser semelhante a um lobo; e o Transformador, o homem, o próprio Blake, invólucro que contém as entidades, capaz de se transformar nessa forma feral e atender àquela consciência cibernética.
Descobre-se que Blake, tempos atrás, foi o resultado de um projeto de bioengenharia, que culminou na criação de um ser sintético, com o propósito de iniciar o contato com vida em outros planetas. Imune a doenças, possui a capacidade de se transformar em outra forma de vida e assumir o intelecto e emoções alheias. Esse processo de construção foi designado como Princípio do Lobisomem, que dá nome à obra, no original.
Simak tem um texto ágil, forte e direto. E uma agradável pegada filosófica.
Dele já tive o prazer de ler Cidade e Estação de Trânsito. É um gigante da FC.
O livro, em si, trata com propriedade do arquétipo do alienígena frente à estranheza do nosso mundo e aspectos culturais.

?Se aquele planeta não fosse tão quente e a sua atmosfera tão pesada e opressiva, podia mostrar-se muito interessante. Ainda que fosse muito confuso.? - pag 130, livro 1

Escrito na década de 60, as idéia apresentadas até hoje causam maravilhamento.
Conceitos interessantes são trabalhados, tais como: banco de consciência, casas que dialogam, contextualização de mitos, como o gnomo (no caso, exploradores pertencentes às estrelas de Coonskin), exploração espacial, bioengenharia, criação de seres em laboratório, além da busca por uma inteligência universal.

?Que, fossem para onde fossem, a humanidade estaria com eles. Porque eles eram as extensões da Humanidade, a mão e o espírito de todos os homens, penetrando nos mistérios da eternidade.? - pag 153, livro 2

Uma obra que recomendo e, se tiver a oportunidade e encontrar por aí, não titubeie, inicie a leitura.
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