Paula Souza 06/12/2012
Um livro perturbador
De forma bem simples, este é um livro perturbador, mas no bom sentido: o que provoca mudanças. É um bom exemplo daquele tipo em que é muito difícil chegar à contracapa da mesma maneira com que se abriu a capa.
Sharon Jaynes toma-nos pela mão, e a cada página conduz-nos num passeio pelos labirintos dolorosos da alma. A boa notícia é que ela conhece a saída.
Com uma escrita leve, mas firme, a impressão é que de não estamos lendo as palavras, mas sim ouvindo-as da boca da própria Sharon numa conversa informal, acompanhada de chá com biscoitos numa tarde fresca de sol. Parece que todas as 285 páginas estão sendo ditas para nós, e apenas para nós.
Recomendável para os cansados, feridos e sobrecarregados que procuram alívio. Abra-o disposto a encarar as sujeiras debaixo do tapete, os monstros embaixo da cama que ainda perturbam o sono e a bagunça no guardarroupa que tem sido ignorada há tempos, e pronto para começar uma faxina libertadora nisso tudo. Aviso: prepare os lenços de papel.