Grande sertão: veredas

Grande sertão: veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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Adriana791 06/04/2024

?Viver - não é? - é muito perigoso.?
Até os 20% do livro eu estava pensando em abandonar a leitura. Então, comecei a me envolver com a história e não consegui mais largar até finalizar.

É uma leitura difícil, complexa.

Guimarães Rosa criou muitas palavras que, incrivelmente, fazem muito sentido na narrativa.

A história é contada em primeira pessoa por Riobaldo que foi jagunço no sertão de Veredas (partes de MG, BA e GO).

É um livro filosófico que reflete sobre o pacto com o maligno e suas consequências.

Mas, também, conta sobre o amor de Riobaldo por Diadorim (Reinado) e os conflitos que ele passa por ter esses sentimentos que ultrapassam a amizade.

Uma obra prima que merece ser lida por todos, mas esteja preparado pois é um livro para leitores experientes e que fez até Clarice Lispector e Fernando Sabino acharem a leitura difícil. E é maravilhoso! Não pensei que gostaria tanto!
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Dalila.Almeida 18/03/2024

Não se sinta intimidado
Que experiência!!! Faça de tudo pra não pegar spoilers e vá iniciar essa leitura AGORA! Senti que tinha zerado a vida! Fiquei extremamente feliz por ter um amigo que já tinha lido pra comentar e principalmente porque ele não me contou nada. Aaaaaaaaaaaaaaaaa. Só leia. Apaixonada. Perplexa! Nunca um livro me pegou tão de surpresa!
E não se esqueça: "O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. O que Deus quer é ver a gente aprendendo a ser capaz de ficar alegre a mais, no meio da alegria, e inda mais alegre ainda no meio da tristeza!" e "viver é muito perigoso".
A edição da companhia das letras tem muitos textos de apoio, mas não li todos. A Isabela Lubrano tem um projeto de leitura coletiva no canal dela no YouTube (Ler antes de morrer), as metas propostas me ajudaram a continuar e as lives de discussão me ajudaram a compreender e ver além, mesmo não acompanhando ao vivo.
Márcia! 19/03/2024minha estante
Estou lendo,mas já tinha pegado spoiler! :(
A Isabella Lubrano também foi de extrema importância pra mim.




Larissa4014 12/03/2024

O que tem de complexo tem de genial
simplesmente absurdo e só não vai ser 5 estrelas por não ser o meu formato de livro convencional e isso me tira um pouco da história
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Laura Oliveira 10/03/2024

Viver é muito perigoso
Essa frase marcou o livro em diversos pontos e somente no final consegui entender de fato o sentido dela no contexto do livro, embora parecesse muito óbvio.
Sem dúvidas é um dos melhores livros que li na vida. Ainda não tenho palavras para descrever a imensidão desse livro.
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Bianca.Molezini 03/03/2024

Ler grande sertão: veredas é no mínimo uma experiência multicultural e reflexiva tanto pela história quanto pela forma do texto. INCRÍVEL
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Kubo.ayu 03/03/2024

Precisei começar a ler esse livro umas 3 vezes. Eu sempre começava e desistia, grande sertões veredas não é uma leitura fácil, nem fluida. Mas fico muito feliz de ter insistindo. A história é arrastada, e chegando no final eu entendi que aquele arrasto, aquela coisa de esticar a história, narrando cada detalhe de uma paisagem, gastando páginas para descrever um passarinho, tudo aquilo tinha sentido.
Porque chegando no final você já sabe o que vai acontecer, você sabe o final que é triste e inevitável, mas você quer evitar, o autor também quer evitar. E juntos o leitor e o autor vão evitando aquele final, fazendo questão de narrar tudo nos mínimos detalhes, lembrando de histórias antigas, de cantigas, tudo para evitar chegar naquele fim trágico, que chega, invariavelmente, chega.
Grande sertão veredas é uma vida. Vai acontecendo, a gente vai se apegando em coisa pequena pra não ter que encarar a verdade de que toda história se acaba, incluindo a nossa. Viver é isso, um constante esforço em se esquecer que o inevitável fim está chegando.
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Luana.Iannone 01/03/2024

Quando eu morrer, cansado de guerra
Quando eu morrer, que me enterrem na beira do chapadão. contente com minha terra, cansado de tanta guerra, crescido de coração.
que prazer imenso ler esse livro que é, pra muita gente e agora também pra mim, o maior livro já escrito por um brasileiro. passei dois meses na companhia de riobaldo, me apaixonando pela história dele e de diadorim e pensando no que era a vida de um jagunço. jagunço riobaldo que era diferente dos outros, que refletia muito sobre o certo e o errado, sobre o demo, deus, rezas? viver é muito perigoso.
dois dos meus trechos preferidos: ?acho que, às vezes, é até com ajuda do ódio que se tem a uma pessoa que o amor tido a outra aumenta mais forte. coração cresce de todo lado. (?) coração mistura amores. tudo cabe.?
?o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando afinam ou desafinam.?
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Paulo1844 29/02/2024

Em "Grande Sertão: Veredas", mergulhamos na jornada de Riobaldo, um jagunço que, em sua velhice, rememora suas proezas e aflições pelos vastos territórios do sertão de Minas Gerais e da Bahia. Em sua narrativa entrelaçada de lembranças, viajamos junto com Riobaldo por seus momentos de infância, juventude, conquistas e sofrimentos, enquanto ele se descobre e nos apresenta seu mundo, suas paixões e seus embates.

O que me envolveu profundamente em "Grande Sertão" foi a linguagem singular. Guimarães Rosa soube dotar o livro de um sotaque peculiar, uma poesia que ecoa como expressão cultural. Por vezes, tive a sensação de estar mais ouvindo do que lendo. As belas definições de sertão, entrelaçadas ao longo da história, são marcas indeléveis desse estilo oral.
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Izabella.BaldoAno 29/02/2024

Depois de ler Grande Sertão, fiquei imaginando que é impossível passar ileso a ele. você pode até não gostar, mas não deve ser um livro fácil de esquecer. no meu caso, se tornou uma das melhores experiências de leitura da vida.

aqui conhecemos a história de Riobaldo que, já idoso, fala de suas aventuras - e desventuras - como jagunço, lutando e desbravando os rios (as veredas) ao longo dos sertões de Minas Gerais e da Bahia. ele vai e volta entre passados mais próximos e mais distantes, nos leva pra passear pela sua infância e pela sua juventude, nos apresenta seus momentos de alegria e de dor e, enquanto parece conhecer a si mesmo por meio de sua narrativa, nos permite conhecer a ele, ao seu contexto, seus amores, seus inimigos e tanto mais.

o que primeiro e mais me cativou em Grande Sertão foi a linguagem. Guimarães foi certeiro em dar pra o livro um sotaque muito específico, uma marca poética que é também marca de uma cultura. em muitos momentos, me pareceu que eu estava muito mais escutando do que lendo, tamanha a sensação de oralidade trazida pela narrativa de Riobaldo. as frases que reaparecem como jargões na história, como "viver é muito perigoso" e as dezenas e lindíssimas definições de sertão, são uma forte marca dessa oralidade. eu conseguia ver em Riobaldo um parente idoso contando suas histórias, sentado num banco de cimento na roça, num tempo dilatado de quem aprendeu com a terra a viver sem pressa.

e, claro, junto às guerras de jagunços e a toda a sensibilidade desenvolvida em torno de personagens que aparecem na história do nosso país como um símbolo de brutalidade, o mais bonito tema em Grande Sertão é o amor. aqui, a singeleza de um amor improvável que nasce na neblina ilumina tudo, desde Riobaldo até a gente. Guimarães desenvolveu nessa história um amor socialmente torto, cheio de delicadeza e cuidado, cheio de pudor e amarras mas ao mesmo tempo carregado de uma liberdade difícil de explicar e expressar. um dos amores mais bonitos - talvez o mais - que já vi na literatura.

amor, guerra, poesia e muito mais: ler Grande Sertão foi um descanso na loucura.
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booksdalaus 28/02/2024

Grande sertão: veredas
Uma das obras fundamentais da literatura brasileira, em nova edição.

Publicado originalmente em 1956, Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, revolucionou o cânone brasileiro e segue despertando o interesse de renovadas gerações de leitores. Ao atribuir ao sertão mineiro sua dimensão universal, a obra é um mergulho profundo na alma humana, capaz de retratar o amor, o sofrimento, a força, a violência e a alegria.
Esta nova edição conta com novo estabelecimento de texto, cronologia ilustrada, indicações de leituras e célebres textos publicados sobre o romance, incluindo um breve recorte da correspondência entre Clarice Lispector e Fernando Sabino e escritos de Roberto Schwarz, Walnice Nogueira Galvão, Benedito Nunes, Davi Arrigucci Jr. e Silviano Santiago. Dispostos cronologicamente, os ensaios procuram dar a ver, ao menos em parte, como se constituiu essa trama de leituras.
A capa do volume é reprodução da adaptação em bordado do avesso do Manto da apresentação, do artista Arthur Bispo do Rosário, com nomes dos personagens de Grande sertão: veredas. O projeto gráfico conta ainda com desenhos originais de Poty Lazzarotto, que ilustrou as primeiras edições do livro.
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Regina 24/02/2024

Maravilhoso
Sou amante da literatura brasileira e ainda não tinha lido Grande Sertão Veredas. Uma escrita fantástica que te leva a momentos regionais. Me prendeu bastante
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Lucas.Pereira 23/02/2024

Você já viu um porco com cara de diabo? pois é eu também
Se você começar a ler esse livro agora em questão de segundos ou irá desistir e começar a duvidar da sua capacidade analítica e literária, ou simplesmente resolver fazer uma faculdade de Letras, Literatura, História e Geografia só pra questão do acaso de isso ser de alguma forma abordado na leitura porque mais parece uma pesquisa histórica do início do sertão e o uso linguístico específico do lugar, onde a personagem principal se encontra, do que uma história e se por um acaso do destino você ler esse livro até o final ou você não entendeu bulhufas e isso não acrescentou em nada a sua vida, ou você é o próximo empresário brasileiro de sucesso e agora ganha milhões por mês.
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Gabriela 21/02/2024

Travessia
?Viver é muito perigoso?, repete o narrador-personagem diversas vezes, mas é muito precioso também. E é esse viver do jagunço Riobaldo que acompanhamos ao longo de uma história de amor e de guerra.

Não existem palavras para descrever a grandeza de Grande Sertão. Existem sentimentos muitos, uma comichão fina que a gente sente na boca do estômago quando vai lendo e penetrando na história. Frio da barriga, ansiedade, hesitação, ternura, empolgação. E choro, muito choro, chorei até.

Vejo Grande Sertão como duas histórias principais. 1. A vida dos jagunços que estão em busca de vingança contra o traidor Hermógenes, que matou o antigo líder do bando, Joca Ramiro. 2. A história de amor entre Riobaldo e Diadorim. Os núcleos centrais se entrelaçam a todo momento, tendo como ambiente os sertões mineiro, baiano e goiano, com o Rio São Francisco e suas veredas testemunhando tudo.

Além da história maravilhosa, a linguagem primorosa do autor é de tirar o chapéu. Ouvir falar de Guimarães Rosa e seus neologismos é uma coisa; entrar em contato direto é outra completamente diferente. No início, parece difícil, mas é só seguir que tudo se ajeita.

Leitura que fez morada em meu coração.
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