O Diário de Bernardina

O Diário de Bernardina Celso Castro




Resenhas - O Diário de Bernardina


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Thiago662 03/10/2021

O golpe republicano
Um pouco sobre o primeiro golpe militar da República brasileira, a partir da visão da filha de Benjamin Constant - um dos principais golpistas de 1889. As notas de Bernardina retratam o lugar da mulher no final do século XIX, como submissa aos homens da família e restrita ao âmbito familiar. Mesmo assim mostra algumas peculiaridades, como o fato de ser alfabetizada num país onde a maioria não o era. O pai era um dos principais professores do Rio de Janeiro.

Em relação Benjamin Constant é interessante notar a figura de um homem já no fim da vida, constantemente adoentado, que faltava regularmente aos seus compromissos oficiais e tramava contra a monarquia.

Das passagens uma que mais me chamou a atenção foi a falta de coragem do novo ministro republicano, pelo olhar da filha: "O imperador embarcou hoje para Itália com toda a sua família; disse que reconhecia em papai e no general Deodoro verdadeiros amigos ; ele partiu voluntariamente porque os militares fizeram-lhe ver que sua estada aqui podia provocar uma guerra civil mesmo, por ser ele muito estimado pelo povo; consta que ele manifestou desejo de falar com papai, porém papai não foi porque ficaria muito comovido e não tinha coragem" (17 de novembro).

Não podia dar certo...
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Teca 30/12/2013

Muito boa a iniciativa de publicação das Notas deixadas por Bernardina. A organização da obra, que adicionou belas fotos e notas explicativas, além do projeto gráfico caprichado, tornaram o texto ainda mais atrativo. A lamentar somente o texto de introdução a título de contextualização. A despeito da especialidade no tema, os autores pouco avançaram além de um texto clichê, incluindo a redundante autocitação.
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pcanarim 26/07/2009

O texto que é apresentado na forma de diário está longe de ter uma conotação romanceada da história o que torna a leitura pouco interessante, pelo menos, para mim.

A dificuldade está no modelo diário. Gosto muito de ler livros históricos, principalmente os narrados por jornalistas como Ruy Castro e Fernando Morais. Talvez por isso, não tenha me adaptado a esse estilo.

Porém, a apresentação de hábitos do dia-a-dia da época foi algo que muito me atraiu na leitura. Perceber como as mulheres são tratadas, como era o pensamento da época, como o dia de 24horas era ocupado e a calma em tê-lo preenchido. Outro item é ler um português com pequenas diferenças coloquiais do atual.

E como ter um diário em pleno século XIX era algo inovador! Tecnologia de primeira, tinta e papel que possibilitou informações como aquelas chegasse até nós!

Para quem gosta de pesquisar e ler sobre costumes sem dúvida é uma ótima pedida.
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