Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo

Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo Carl Gustav Jung




Resenhas - Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo


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Vitor Dilly 19/09/2020

Imagens originárias
Encerrei a leitura de Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo, de Carl G. Jung, que defende a existência de um conjunto de imagens originárias impresso em nossa mente, e que são herdadas biologicamente geração após geração. Assim, segundo o autor, já temos uma imagem inconsciente prévia da mulher, do homem, da mãe, do velho, da criança, dos animais e até dos malandros!!! (ah, tá explicado por que conseguimos sobreviver no Brasil!!!) :D Leitura bem interessante. Jung flerta com religião e misticismo para explicar sua teoria, e de certa maneira "ocidentaliza" algumas das noções já comuns no oriente (foi ele que popularizou o I Ching por aqui). Assim, atmã vira individuação em seus estudos. O autor defende que precisamos equilibrar os aspectos conscientes e inconscientes para atingir a plenitude, e uma das maneiras é o desenho. No final do livro, há uma coleção destes, as mandalas, seguido de uma análise psicanalítica. Valeu a pena conferir!!! ????
Carolina 19/09/2020minha estante
Arquétipo do malandro - glu glu yeah yeah
Só no Brasil mesmo kkk


Angelica Cussolim 18/04/2024minha estante
Amei




PAULA 13/02/2018

Os arquétipos e o inconsciente coletivo
O livro é incrível! Jung nos leva a uma viagem pelas nossas origens o nosso DNA, como estrutura mental. Confesso que estou meia anestesiada, após o término da leitura. É como se agora tudo fizesse sentido.
César 05/06/2018minha estante
Hmmmm...seu comentário me deixou com mais vontade de ler Jung. #grato


Angelica Cussolim 18/04/2024minha estante
Legal




Hildeberto 22/12/2021

Irregular
"Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo", de Carl Gustav Jung, reúne doze trabalhos, de tamanhos diferentes, que tratam do inconsciente coletivo e dos arquétipos.

O grande mérito da obra é identificar a existência de um substrato psicológico inato, compartilhado por todos os seres humanos. Nesse tema, o autor consegue desenvolver coerentemente o conceito de "arquétipos", figuras mentais típicas identificáveis nos mais diferentes indivíduos e culturas. Por fim, também é bastante significativa sua abordagem dos fenômenos religiosos como constructos derivados do inconsciente coletivo, manifestados em diferentes formas por contingências históricas.

Por outro lado, o livro é bastante irregular. As ideais não são sistematizadas em um todo coerente sequer dentro de um mesmo capítulo/artigo; o autor faz várias remissões desnecessárias a textos alquímicos, cabalísticos, ocultistas, etc.; Jung baseia seu estudo em autores marginais ou em obras menos significativas de autores consagrados; por fim, as interpretações simbólicas do autor são questionáveis, não estando nem de acordo com os sentidos tradicionalmente atribuídos pelos especialistas nos assuntos, nem fundamentadas em argumentos bem estruturados.

Uma leitura para instruir sobre conceitos importantes e relevantes, mas que deve ser feita com bastante senso crítico.
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Rodrigo 31/03/2023

Os arquétipos e o inconsciente coletivo
Esse livro definitivamente não é para iniciantes. Leitura difícil pra quem não é da area, mas tras um conhecimento da mente tão belo. O coletivo, as patologias, as imagens feita por pacientes são fantástico. Tudo isso tras informção de como a mente age para se proteger.
Recomendo a leitura.
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Carla.Parreira 21/10/2023

Os arquétipos e o inconsciente coletivo
?
Eis um apanhado geral do que mais me atraiu na leitura: O inconsciente é considerado geralmente como uma espécie de intimidade pessoal encapsulada, mais ou menos o que a Bíblia chama de "coração", considerando-o como a fonte de todos os maus pensamentos. Nas câmaras do coração moram os terríveis espíritos sanguinários, a ira súbita e a fraqueza dos sentidos. Este é o modo como o inconsciente é visto pelo lado consciente. A consciência, porém, parece ser essencialmente uma questão de cérebro, o qual vê tudo, separa e qualifica isoladamente. A consciência define inclusive o inconsciente, encarado sempre como o próprio inconsciente. Por isso pensa-se por isso, de um modo geral, que quem desce ao inconsciente chega a uma atmosfera sufocante de subjetividade egocêntrica, ficando neste beco sem saída à mercê do ataque de todos os animais ferozes abrigados na caverna do submundo anímico. Na consciência, somos nossos próprios senhores; aparentemente somos nossos próprios "fatores". Mas se ultrapassarmos o pórtico da sombra, aterrorizados perceberemos que nós somos ?objetos de fatores?. Saber isso é decididamente desagradável, pois nada decepciona mais do que a descoberta de nossa insuficiência. É até mesmo um motivo de pânico primitivo, porque significa questionar a supremacia da consciência em que acreditamos e a qual protegemos medrosamente, pois na realidade ela é o segredo do sucesso humano. Mas, uma vez que a ignorância não é motivo de segurança, sendo pelo contrário uma agravante da insegurança, é melhor, apesar do medo, saber o que nos ameaça. A formulação correta da questão já é meio caminho andado na solução de qualquer problema. Em todo caso é certo que o maior perigo reside na imprevisibilidade da reação psíquica. É inútil decorar uma lista de arquétipos. Estes são complexos de vivência que sobrevêm aos indivíduos como destino e seus efeitos são sentidos em nossa vida mais pessoal. As interpretações só são necessárias aos que não entendem. Só o incompreensível tem que ser significado. O homem despertou num mundo que não compreendeu; por isso quer interpretá-lo. A libertação dos opostos pressupõe uma equivalência funcional dos mesmos, o que é contraditório para o sentimento cristão. O perigo principal é sucumbir à influência fascinante dos arquétipos, o que pode acontecer mais facilmente quando as imagens arquetípicas não são conscientizadas. Caso exista uma predisposição psicótica pode acontecer das figuras arquetípicas - as quais possuem certa autonomia - escaparem do controle da consciência, alcançando uma total independência, ou seja, gerando fenômenos de possessão. As coisas que vem à tona brutalmente nas doenças mentais permanecem ainda veladas na neurose, mas não deixam de influenciar a consciência. Quando, no entanto, a análise peneira no pano de fundo dos fenômenos da consciência, ela descobre as mesmas figuras arquetípicas que avivam os delírios psicóticos. Finalmente, numerosos documentos histórico-literários comprovam que tais arquétipos existem praticamente por toda parte, tratando-se, portanto, de fantasias normais e não de produtos monstruosos de insanidade. O elemento patológico não reside na existência destas ideias, mas na dissociação da consciência que não consegue mais controlar o inconsciente. Em todos os casos de dissociação é, portanto, necessário integrar o inconsciente na consciência, ou seja, o "processo de individuação". Este processo corresponde ao decorrer natural de uma vida em que o indivíduo se torna o que sempre foi. ? porque o homem tem consciência, um desenvolvimento ou processo desta espécie não decorre sem dificuldades; muitas vezes será perturbado pela sua múltipla personalidade, pois a consciência sempre tende a se desviar ou fugir repetidamente da base arquetípica instintual, pondo-se em oposição a ela. Enquanto o inconsciente pessoal consiste em sua maior parte de complexos, o conteúdo do inconsciente coletivo é constituído essencialmente de arquétipos. O conceito de arquétipo, que constitui um correlato indispensável da ideia do inconsciente coletivo, indica a existência de determinadas formas na psique, que estão presentes em todo tempo e em todo lugar. A pesquisa mitológica denomina-as "motivos" ou "temas". Há tantos arquétipos quantas situações típicas na vida. Intermináveis repetições imprimiram essas experiências na constituição psíquica, não sob a forma de imagens preenchidas de um conteúdo, mas precipuamente apenas formas sem conteúdo, representando a mera possibilidade de um determinado tipo de percepção e ação. Quando algo ocorre na vida que corresponde a um arquétipo, este é ativado e surge uma compulsão que se impõe a modo de uma reação instintiva contra toda a razão e vontade, ou produz um conflito de dimensões eventualmente patológicas, isto é, uma neurose. Um dos maiores arquétipos é o materno. Ele é a base do complexo materno. Os efeitos do complexo materno diferem segundo ocorrerem no filho ou na filha. Efeitos típicos no filho são o homossexualismo, o donjuanismo e eventualmente também a impotência. No homossexualismo o componente heterossexual fica preso à figura da mãe de modo inconsciente; no donjuanismo, a mãe é procurada inconscientemente "em cada mulher". No caso da filha o complexo materno é mais puro e sem complicações. Trata-se nele, por um lado, de uma intensificação dos instintos femininos provindos da mãe, e, por outro, de um enfraquecimento e até mesmo de uma extinção dos mesmos. O complexo materno na filha, ou estimula efetivamente o instinto feminino, ou o inibe na mesma proporção; no filho, porém, o instinto masculino é lesado por uma sexualização anormal. Um complexo só é realmente superado quando a vida o esgota até o fim. A fenomenologia do arquétipo da criança é composta pelo abandono, a invencibilidade e o hermafroditismo. O estágio inicial do infantilismo pessoal mostra a imagem de uma criança "abandonada", ou seja, "incompreendida" e tratada injustamente, a qual tem pretensões exageradas. O arquétipo do herói manifesta-se em uma inflação correspondente: a pretensão exagerada torna-se convicção de que se é algo especial; ou a impossibilidade de satisfazer a pretensão é prova da própria inferioridade, o que favorece o papel do herói sofredor (numa inflação negativa). Apesar de serem contraditórias ambas as formas são idênticas: à megalomania consciente corresponde a uma inferioridade compensatória inconsciente; a inferioridade consciente, por sua vez, corresponde a uma megalomania inconsciente (nunca encontramos a megalomania sem a inferioridade e vice-versa). Conteúdos neuróticos podem ser integrados sem prejudicar essencialmente o eu, o que não acontece com as ideias psicóticas. Elas permanecem inacessíveis e a consciência do eu é sufocada por elas. Estas têm até mesmo uma tendência de sorver o eu em seu "sistema". Tais casos provam que em certas circunstâncias o inconsciente é capaz de assumir o papel do eu. As consequências dessa inversão acarretam insanidade e confusão, pois o inconsciente não é uma segunda personalidade com um funcionamento organizado e centralizado, mas provavelmente uma soma descentralizada de processos psíquicos. Quando se dá um estado emocional intenso, dizemos ou fazemos coisas que ultrapassam a medida usual. Não é preciso muito: amor e ódio, alegria e tristeza, bastam muitas vezes para acarretar uma troca entre o eu e o inconsciente. Até mesmo ideias muito estranhas podem apoderar-se em tais circunstâncias de pessoas normalmente sadias. Grupos, comunidades e até mesmo povos inteiros podem ser tomados por epidemias psíquicas. A autonomia do inconsciente começa onde se originam as emoções. Estas são reações instintivas e involuntárias que perturbam a ordem racional da consciência com suas irrupções elementares. Os afetos não são "feitos" através da vontade, mas acontecem. No afeto aparece às vezes um traço de caráter estranho até mesmo à pessoa que o experimenta, ou conteúdos ocultos irrompem involuntariamente. Quanto mais violento for um afeto, tanto mais ele se aproxima do patológico, isto é, daquele estado em que a consciência do eu é posta de lado por conteúdos autônomos, antes inconscientes. Enquanto o inconsciente se encontra em um estado de dormência, parece que essa região oculta nada contém. Enquanto pensamos em períodos de anos, o nosso inconsciente pensa e vive em períodos de milênios. Normalmente a colaboração do inconsciente com o consciente ocorre sem atritos e perturbações, de modo que a existência do inconsciente nem é percebida. Se o indivíduo ou o grupo social se desvia demasiado do fundamento instintivo, vivenciará todo o impacto das forças inconscientes. A colaboração do inconsciente é sábia e orientada para a meta, e mesmo quando se comporta em oposição à consciência, sua expressão é sempre compensatória de um modo inteligente, como se estivesse tentando recuperar o equilíbrio perdido. A identificação com o inconsciente significa certa fragilidade da consciência e nisso reside o perigo. A identificação não é "feita" por nós, não "nos identificamos", mas sofremos inconscientemente o tornar-nos idênticos a um arquétipo, isto é, somos por ele possuídos. Em casos graves é mais importante fortificar previamente o eu do que compreender e assimilar os produtos do inconsciente.
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