A Queda de Sieghard

A Queda de Sieghard L.P.Faustini
L.P.Faustini




Resenhas - Maretenebrae - A Queda de Sieghard


23 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Jemilly 31/08/2020

que a Ordem os guie
 "Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam."

Antes de tudo, preciso começar essa resenha falando de algo que eu pouco pontuo quando falo dos livros, mas aqui me surpreendeu positivamente e merece destaque: a sua narração. Apesar de estar em terceira pessoa, acabou me envolvendo de uma forma muito intensa, como um próprio personagem em que eu poderia me apegar. Sabem aqueles livros que enchem sua mente com imagens vívidas dos acontecimentos? Maratenebrae com certeza é um desses, principalmente por causa da sua narração.

O começo do livro, não nego, é um pouco mais denso, por ser bastante descritivo, algo normal na literatura medieval em geral pela necessidade da ambientação, por isso acabou demorando mais para me prender na leitura. E também por trazer algo bem diferente, que é o protagonismo de sete personagens distintos entre si. Então pode demorar um pouco para pegar a essência de cada um, e decidir se vai acabar gostando ou não deles (confesso, que a personalidade de um ou de outro são bem difíceis, o que faz ser normal acabar pegando raiva com algumas atitudes).

 "É da natureza, seja animal ou humana, devorar-se. No entanto, os primeiros o fazem por alimentos e territórios; os últimos, para expiar a culpa de alguns, ou para realizar os caprichos de outros."

E a demora para se afeiçoar se deve também por  Maratenebrae começar por onde muitos livros medievais considerariam o seu clímax: a Guerra. Eu imaginei que acabaria por deixar a leitura bem sem graça. Como torcer se não apresentaram ninguém? Nenhum personagem? Quais seriam os "mocinhos"? (Sabemos que ser bom em livros medievais é bem controverso, já que matar não é necessariamente um defeito).

Mas esse foi um diferencial muito bem pensado para o livro, o protagonismo inicial é para o próprio Reino de Sieghard, que está sob ataque de forças misteriosas e poderosas que vem além do Mar. Os personagens acabam se conhecendo em meio a essa batalha que está sendo perdida e acabam formando um grupo bem diversificado para baterem em retirada.

 "Não os julgue por suas convicções, mas sim por suas ações."

Como na maioria dos livros medievais, não poderia faltar as longas viagens e perigos pelo caminho. Aqui, à medida que a viagem avança, não apenas eles vão se conhecendo entre si, mas cada um nos é apresentado.

O misterioso Victor, que tem uma essência meio assustadora para os companheiros, além de não ser possível saber direito do que ele é capaz e o quanto ele pode ser perigoso. (Ou seja ele é um dos meus personagens favoritos! rs Apesar do início de poucas palavras).

Rodrick, outro personagem que gostei bastante, principalmente por ser o arqueiro do livro (eu tenho um certo fascínio por personagens literários que são arqueiros, rs), mesmo com um destaque não tão grande, ele é um ótimo personagem e está sempre pronto para ajudar.

O pastor de ovelhas, Petrus, é daquele tipo de personagem simples, de alma gentil e medroso. É alguém que a princípio não aparenta ser um grande ganho para o grupo, mas desde o começo passa algo bem especial.

O guerreiro gigante e bruto, Braun, é daqueles que você começa não gostando, mas tem algo nele que não te faz o odiar, além de aparentar ter raiva de tudo e ser bem impulsivo nas suas ações, que chega a ter um toque mais de humor. Tem o dom dos xingamentos, rs.

Chikára é a única mulher do grupo e é a que mais tem conhecimento sobre as artes ocultas, tem sabedoria sobre muitas coisas, e se sente superior por isso. (Sim, tenho alguns problemas com ela, nada grave).

O lorde Heimerich é o nobre do grupo, ele tem um bom destaque, apesar do nariz empinado não é de todo ruim. Na verdade ele representa bem esse sentimento de dever e superioridade da nobreza para com os outros.

Formiga é o ferreiro que tem sérios problemas com seu vício em comer demais, mas ele dá certo humor e leveza para o livro, apesar de vários acontecimentos, a simplicidade dele entre o grupo só não é maior que a de Petrus. Em termos de desenvolvimento ele é um dos que mais se destaca pelo crescimento do personagem.

O mais interessante é que cada um deles representa um dos sete pecados capitais, e achei uma jogada genial dos autores, nas personalidades de alguns é bem mais perceptível o que representa, mas outros não notei com tanta facilidade.

E o que no início ficou com a confusão de não conhecer bem os personagens no decorrer do livro fica cada vez mais impossível não ver a importância de cada um de um jeito diferente.

 "A lógica é ótima para se argumentar, mas péssima para se viver nela, dizem os sábios." 

Eu gostei muito da leitura, principalmente do meio para o final, onde conseguimos ver o lado mais fantástico desse universo, com seres desconhecidos, como os  lagartos alados, e uma magia bem mais acentuada que no início. Começamos a descobrir os mistérios dessa terra e o motivo da invasão.

 "Acha mesmo que tudo isso é coincidência? Normalidade? Fenômenos comuns? Tome cuidado com o que diz, pois em breve poderá estar lutando com forças cuja origem desconhece. E sucumbirá acreditando, até seu último suspiro de vida, que tem alguma chance." 

A construção desse universo, aliás, é mais um ponto bem positivo. As questões culturais são muito bem descritas e incrivelmente expressivas. O que é ainda mais perceptível por cada um dos personagens principais ser de pontos diferentes do reino. São costumes e mitologias que se complementam muito bem, e ganham importância conforme o enredo vai se desenvolvendo.

Novos acontecimentos me deixaram angustiada por saber que teria coisas demais para acontecer e poucas páginas restantes, e, por isso, é claro que o final me deixou bastante ansiosa para o que vem no segundo livro, O Flagelo de Dernessus.

 "Você não deixaria de atacar o homem que fere seu pai, ainda que ele fosse seu irmão, deixaria?"

Não posso esquecer de falar sobre a edição do livro. As artes de cada começo dos capítulos e os mapas do reino são um atrativo a parte. E no final do livro tem as partituras das músicas que foram cantadas no decorrer da história! O que só aumenta o meu encantamento pela obra. Achei de um cuidado incrível.

 "No dia em que não houver mais dor, nem pranto, nem perda de sangue, já estaremos mortos e não gozaremos das benesses dessa vida. Lamente-se o quanto puder, cavaleiro. É isso que o mantém vivo!"

Então indico muito essa leitura, principalmente para quem já está acostumado com o gênero. Essa foi uma leitura muito feliz para mim, por ser uma literatura fantástica nacional de tão boa qualidade, e por ver que nossos autores não estão perdendo em nada para a literatura estrangeira do mesmo gênero. Então leiam mais autores brasileiros, seja qual for o estilo literário. Boa leitura e que a Ordem os guie.

 "Quereis viver para sempre? Então cumprir uma última ordem: Se eu avançar, segui-me! Se eu cair, vingai-me! Se eu recuar, matai-me! Pela Ordem e pela glória de Sieghard!"
comentários(0)comente



efinco 25/04/2020

por @efinco
Eu comecei a leitura a beira mar, e com a brisa que soprava senti
a mudança dos ventos vinda de Maretenebrae. Com uma narrativa cinematográfica, em um cenário em um único plano eu me senti lendo uma história em realidade virtual, quase dava pra sentir o sol em Sieghard e contar as auroras com os 07 bravos.
.
E de certo modo o que dificulta a leitura é o realismo do livro, a esperança e o pesar te pesam de igual modo na leitura, se a caminhada está indo bem, assim também a leitura avança fácil, porém se ela não é feliz aos aventureiros, assim tão pouco ao leitor. Mas anime-se eles caminham em busca seja do rei, seja de repostas e nos leitores também prosseguem a busca.
.
Todo livro começa em um marco, a história nesse começa com o inicio do fim. Além das falas, medidas de unidade e mitologia serem perfeitas ao gênero literário, a resenha da Milly no clube do farol foi fundamental pra primeira vez nesse universo de fantasia medieval. Sugiro muito como texto de apoio.
.
O ritmo de leitura cresce junto com a história e quando chegamos na taberna da família do formiga, já é impossível largar o livro, mesmo sabendo que o fim da história está a alguns livros de distância. (graças a Destino, já tenho o 2 em mãos)
.
Mas a grande surpresa fica por conta, dos questionamentos tanto religiosos quanto políticos que numa leitura menos acurada, poderia passar desapercebido, numa leitura menos atenta. A genialidade contudo fica por conta de onde os diálogos se passam, pois qual melhor local para se falar em política que em uma taberna? ou sobre as divindades que em meio a natureza.
.
O nobre, o agiota e o clérigo foram para mim um ponto marcante nessa leitura. E comecei a me perguntar sobre os personagens do inicio, de tão envolvida quase me esqueci deles, enfim surpresas estão a minha espera e existe muito por acontecer.
.
Meu livro está cheio de marcações, e um sentimento de orgulho de pessoalmente conhecer o autor dessas palavras.

site: https://www.instagram.com/p/Bdiyl01FUMY/
comentários(0)comente



SIMBRAS 16/12/2019

Enredo cativante
Em meio a um ataque, um grupo de sete pessoas, foram escolhidas, queira o destino ou não, para encontrarem a solução que assola a terra.....
Para mim, este livro seria mais um conto, de uma terra assombrada por um mau e blá, bla, blá. No entanto, eis que o livro me cativou, com seus personagens em suas características únicas, que fazem o leitor se lembrar nitidamente. A narrativa é espontânea e bem fluida. O enredo pode ser meio confuso no início, mais depois, você se sente parte. Enfim, não gosto de dar muitos detalhes para não gerar spoiler. Estou indo para o segundo volume.
comentários(0)comente



Diego.Chronos 26/03/2019

Uma Grande aventura.
A história da jornada de grupo é ótima. Parecendo uma campanha de rpg mais de missões importantes e menores que revelará algo grande do que uma grande batalha. Mostrando cada personagem e suas singularidades, fraquezas, visões de mundo e tendo de interagir mesmo com as diferenças e embates por algo maior ao longo da jornada. Todos os personagens são bem trabalhados no discorrer da história, do misterioso Victor ao simpático comilão Formiga, do nobre Heimerick ao selvagem Braun, da sábia e arrogante a maga Chikara ao camponês Petrus e o personagem mais amistoso o arqueiro Roderick.
comentários(0)comente



Talita 04/03/2019

Em meio as várias leturas que não havia planejado acabei demorando mais do que pretendia demorar para ler esse livro maravilhoso.
Mas foi bom tomar meu tempo com ele. O primeiro livro de Maretenebrae é aquele livro tão rico em detalhes que mesmo que eu tenha acabado de ler tudo o que posso pensar é que antes de ir para o segundo eu deveria ler novamente porque sinto que tem muito mais dentro que não pude absorver com apenas uma leitura.
Maretenebrae 2 definitivamente está em meus pensamentos ♡. E estou curiosa com o rumo da história e dos personagens.
P.s.: *cofcof*
de alguns personagens mais do que outros
comentários(0)comente



Carlos.Felipe 27/03/2018

Maretenebrae
Maretenbare, um mundo extremamente consolidado pelas mãos e pelas criatividade do autor Luiz P. Faustini.

Nesse primeiro volume pude acompanhar personagens marcantes e singulares que, por si só são tão reais quanto muitos outros. Reinos magnificamente estruturados politicamente, o que de certa forma mantem uma grande resistência em histórias passadas sobre invasões marítimas em escalas grandiosas.

Recomendo esse livro para os amantes de aventuras e grandes batalhas. Bem escrito e apresentado de forma unica pelo autor, que se dedica em presentear seus leitores com pequenos contos e também com partituras musicais que estão presentes na história.

Robin Hobb que se cuide! Pois, temos um mestre nas táticas de guerras marítimas e um excelente contador de história.
comentários(0)comente



July 25/02/2018

Maretenebrae: A Queda de Sieghard
Sieghard caiu. E com ela vários soldados. Não só pelas batalhas, o inimigo além de muito astuto e forte, traz consigo uma doença que incapacita o povo. O oficial responsável pela se vê sem saída e parte de volta para a cidade com intuito de proteger o Rei.

O livro narra a aventura de 7 pessoas, um grupo que tenta sobreviver a intensa batalha já que o exército do seu reino perdeu e o inimiga avança cada vez mais ganhando território. Eles são uma Maga, um Guerreiro, um Cavaleiro, um Ferreiro, um Pastor de Ovelhas, um Arqueiro e um Misterioso homem. Juntos eles decidem partir para Askalor, onde está o Rei. A partir desse momento, começa aventura dessa guilda tentando sobreviver ao caos e as diferenças entre si.
comentários(0)comente



Michelle.Fagundes 15/02/2018

Obra surpreendente!
Maratona Literária Capixaba – Leia e Confie!
LIVRO: Maretenebrae: A Queda de Sieghard.
Autores: L.P. Faustini & R. M. Pavani.
Editora:Página 42 Editora.
Páginas: 351.

“Quantos verões você terá que viver para aprender que sem a escuridão a luz não tem significado, e por mais longa que tenha sido a noite ela nunca dura para sempre?”

No meu primeiro encontro do Amigo Livro ES conheci um dos autores da obra e fiquei fascinada com a sinopse de Maretenebrae: A Queda de Sieghard. Sou amante do mar e de estórias que contenham altas doses de aventura, ação, heroísmo, bravura, fantasia, desafios e valores; logo, me interessei por essa que foi minha primeira leitura da Maratona Literária Capixaba. Li com calma para aproveitar cada cena bem detalhada e dotada de preciosos ensinamentos.
A costa de Sieghard é invadida por dezenas de monstruosos navios, antes nunca vistos e, logo, os soldados da Ordem que protegem o país percebem que o interesse dos invasores não é de saquear recursos, mas de destruir a Ordem. Trata-se de uma invasão das forças do Caos, lideradas pelo general Linus Firdaus. Em poucas auroras muitos guerreiros são mortos e uma misteriosa peste assola os moradores do reino, cegando e debilitando quem a adquire. Os defensores da Ordem contra-atacam os seguidores do Caos, sem saber que esse era o objetivo dos inimigos. O exército da Ordem se vê obrigado a recuar para proteger o Rei Marcus II que representa a garantia de continuidade dos valores da Ordem, no entanto, somente o exército não seria capaz de defender Sieghard.
Entra em cena um grupo composto por sete componentes do reino, de um simples pastor até um nobre cavaleiro. O interessante é que cada um representa um dos sete pecados capitais e no decorrer da estória é possível perceber claramente qual pecado é personificado por Roderick, Petrus, Chikára, Heimerich, Braun, Formiga e Victor Didacus; personagens tão singulares que enfrentam divergências durante a jornada à procura de respostas e soluções.
Muitas figuras surgem no árduo caminho e por todo o reino é possível notar os impactos que a invasão do Caos causou. Bravura, coragem, sacrifício e honra permeiam a obra e o leitor consegue perceber que possui um pouco de cada componente do curioso grupo: um toque de divindade e inclinação para o pecado. Entretanto, boas ações são capazes de nos dignificar e, ao final, o importante é a insistente busca pelo equilíbrio.
Para quem gosta de autores como George Martin, J. R. R. Tolkien e C. S. Lewis, Maretenebrae: A Queda de Sieghard é um prato cheio. Dragões me chamusquem se eu não estiver sendo sincera!
O final da obra deixa o leitor ávido por mais respostas e com saudades dos personagens que se tornam familiares. Nem preciso dizer que necessito ler a continuação o mais rápido possível, não é mesmo?



site: https://www.instagram.com/p/BfOht7AhfYR/?taken-by=livrosqueeuli
comentários(0)comente



14/02/2018

Surpreendente
Adorei conhecer Bogdana que fica no reino de Sieghard. Vamos lá... Vou explicar tudo com calma! Maretenebrae é um livro maravilhoso de fantasia e aventura... E Sieghard, é um continente meio (muito) medieval. Imagine um lugar cheio locais pare serem exploradores, e ainda com suas próprias particularidades. Um lugar único, ímpar!
Um grupo de heróis que sai em busca da libertação do reino invadido.

Os guerreiros alem de libertar o seu povo, precisam aprender a superar as diferenças entre eles, pois essa é a única maneira de superar o caminho difícil que eles precisam superar, e assim atingir o objetivo principal da missão: a libertação do reino.

Com um enredo surpreendente, o autor apresenta um universo grandioso e incrível. Enredo bem feito, com personagens bem construídos e com personalidades bem definidas e diferentes entre eles. Foi muito bom acompanhar tudo que aconteceu na história..

O livro é muito bom, com um final que me deixou maluca para ler o segundo livro O Flagelo de Dernessus.

comentários(0)comente



Jaqueline Felix 13/02/2018

Muito empolgante e envolvente!!!!!
Trata-se de uma fantasia medieval que aborda a jornada de sete pessoas de origens e costumes distintos, que se unem para sobreviver a uma guerra implacável que assola o Reino onde vivem. Nessa jornada eles aprendem a conviver com suas diferenças, sobrevivem a muitos perigos e se deparam com muitas dúvidas sobre o inimigo e a misteriosa doença que ele trouxe, bem como sobre profecias apocalípticas e a existência de um Oráculo - que pode lhes fornecer respostas.
O ritmo da narrativa é ágil, com muitas aventuras, seres míticos e paisagens bem detalhadas e díspares, entre as regiões que compõem o Reino.
A história, num análise mais ampla, traz críticas à religião, à sociedade e à política que se adequam bem ao nosso país e dias atuais. É possível, também, encontrar muitas reflexões de cunho filósofico bem interessantes.
Eu amei o livro e recomendo pra quem gosta de uma boa fantasia. Principalmente porque não tem romance (que nem se encaixaria nesse contexto, mas parece que alguns autores acham que isso é parte obrigatória nas histórias e fazem casais e cenas forçadas).
Esse é o primeiro livro de uma série que pretende ser de quatro ao todo. Dois já foram lançados e podem ser adquiridos com os autores (recomendo que o façam logo, porque todos precisam conhecer o Reino de Sieghard e nossos corajosos peregrinos).
comentários(0)comente



Acervo do Leitor 15/10/2016

Fantasia nacional de EXTREMA qualidade!
“Quereis viver para sempre? Então cumpri uma última ordem: Se eu avançar, segui-me” Se e cair, vingai-me” Se eu recuar, matai-me! Pela Ordem e pela glória de Sieghard!”

A Queda de Sieghard é o primeiro romance da série Maretenebrae escrito por L. P. Faustini e R. M. Pavani e lançado em 2011 pela editora Estronho, a saga será composta por 4 livros e os últimos 3 volumes serão escritos a princípio somente pelo Luis Faustini.

Antes de iniciar a RESENHA propriamente dita, tenho novamente que fazer um apelo aos nossos leitores, apoiem a Fantasia Nacional, temos autores extraordinários por aqui, com criatividade abastada e com muita vontade de fazer as coisas darem certo. É natural para nós (infelizmente), valorizarmos muito mais o produto estrangeiro do que o nosso, mas isso não deve impedi-lo de ao menos conhecer as pérolas presentes em nosso País. Deem uma chance e posso garantir que não haverá arrependimento.

“Quantos verões você precisa viver para aprender que sem a escuridão a luz não tem significado, e por mais longa que tenha sido a noite ela não dura para sempre? ”

A Queda da Sieghard trata-se de uma Fantasia medieval, com grande parte dos melhores elementos do gênero, um mundo vasto e com boa diversidade, conflitos à espreita em cada canto, personagens bem construídos, criaturas fantásticas, ambientação cultural crível e bem elaborada e uma exploração abrangente na mitologia da série. Tudo isso faz com que o livro “encorpe” e dê uma outra visão sobre a construção do enredo. Os autores souberam muito bem moldar cada uma destas características a seu bel-prazer.

“Quando o lendário cavaleiro da fome se aproxima, o medo para enfrenta-lo e permanecer vivo diminui na mesma proporção. ”

Iniciamos na história sendo apresentados a dois distintos personagens, um velho homem que está preso já há algum tempo acusado de assassinato, sobre quem? Ainda não sabemos, mas terá total relevância para a saga, e um jovem aparentemente portador de alguma realeza que vai até a cela a pedido do assassino. Nisto o velho vai contando a história da Queda de Sieghard, a partir deste momento damos um salto temporal para o passado, para acompanharmos toda a trajetória, desde seu início.

Invasores do Grande Mar acometem a região litorânea de Sieghard, ceifando vidas, provocando caos e desordem, ao mesmo tempo uma grave doença misteriosa que pode ou não ter relação com os estrangeiros destila seu veneno por todo o continente. Tropas de todo o reino são chamados afim de combater seus invasores, dá-se a partir daí uma derrota estrondosa, que por consequência, põe Sieghard à beira da destruição. Neste cenário, 7 personagens completamente distintos um do outro, vítimas do infortúnio da Guerra, terão de se unir, superando suas divergências para sobreviverem.

“... Um é nobre, o outro um guerreiro voraz, outro costumava ser pastor de ovelhas no Velho Condado. Conheci até mesmo um sujeito que vive sem comer e sem dormir. Veja só! A vida sempre nos ensina algo, pai. Aprendi a valorizar a amizade, o respeito e a conviver com a diferença nessas poucas auroras, desde que sai da batalha. O que será de nós? Vamos viver. Eu tenho grandes amigos, assim como o senhor. Temos de nos apegar a essas pessoas. “

Braun, um guerreiro ao melhor estilo “viking” que com toda sua “brutalidade” rende momentos hilários, Sir Heimerich, um cavaleiro da nobreza que transborda orgulho e honradez, Victor Didacus, um misterioso homem com costumes “diferentes” e envolto em sua filosofia, Petrus, um simples camponês e sem nenhuma habilidade aparente, Roderick, um hábil e simpático arqueiro, sempre de prontidão para auxiliar os companheiros, Formiga um carismático ferreiro, com um humor latente e uma fome voraz e Chikara, uma sábia maga de terras longínquas formam a trupe de aventureiros incomuns. Durante todo o livro, não é rara as vezes em que nossos heróis se digladiam por suas diferenças. E aqui reside o grande trunfo desta primeira obra, os conflitos entre os personagens e suas consequências. Todos os personagens foram muito bem destacados, e todos terão seu momento durante o livro, cada qual com sua peculiaridade. Gostei de todos os eles, exceto Chikara, a maga de Keishu me pareceu uma figura traiçoeira e egoísta.

“Para além de todas as coisas, são homens sem inteligência. O que será de seu poder, curador, se não tiver em quem mandar? O que será de seu dinheiro, mercador, se não tiver com o que gastar? “

O Worldbuilding é notável, o mapa, arquitetado com bastante relevância, é muito bem utilizado durante o enredo, passamos por planícies, colinas, cavernas, passagens subterrâneas e cidades. Nossos aventureiros passarão por diversas turbulências, desde o enfrentamento com lobos selvagens, embates com os ferozes lagartos alados, fome e a insegurança de um futuro nebuloso. A religião também figura presente em Maretenebrae, proporciona algumas incisivas indiretas voltadas ao nosso mundo, além de atribuir aos nossos protagonistas cada um dos conhecidos sete pecados capitais.

Afirmo categoricamente que estamos diante de uma ótima obra de Fantasia, fãs do gênero irão se deliciar com uma aventura envolvente, bem-humorada em algumas passagens e com bastante conteúdo. Além do fato que o segundo livro “O Flagelo de Dernessus” já está no forno e deve ser lançado nas próximas semanas.

site: http://acervodoleitor.blogspot.com.br/2016/10/resenha-13-queda-de-sieghard.html
comentários(0)comente



Vagner46 29/10/2014

Desbravando A Queda de Sieghard
Quando invasores chegam a Sieghard cruzando o Grande Mar, tudo leva a crer que chegou o fim do mundo, ainda mais quando o exército local não consegue contê-los e sofre grandes perdas. Porém, um grupo muito peculiar, formado por sete pessoas totalmente diferentes entre si, parece estar destinado a grandes aventuras antes de tudo ruir. Essa é a premissa básica de Maretenebrae, livro de fantasia nacional escrito pelos autores L. P. Faustini & R. M. Pavani que eu finalmente tive a chance de desbravar e venho aqui contar para vocês como foi a minha experiência.

Sieghard é um continente tipicamente medieval, cheio de colinas e planícies arrastando-se pelo território e várias florestas e lugares desconhecidos pedindo para ser explorados, como é o caso das Terras de Além-Escarpas, um dos mistérios do livro. Todo local tem sua particularidade e importância na história e alguns deles são visitados durante A Queda de Sieghard, mostrando um pouco dos habitantes locais e suas particularidades, como vocês podem apreciar no mapa a seguir:

A leitura vai fluindo tranquilamente conforme o tempo passa, melhorando muito (!) a partir da metade do livro, quanto as dificuldades dos nossos protagonistas aumentam consideravelmente e eles se envolvem em grandes aventuras. O começo é típico de livros aclamados desse gênero, com descrições dos personagens aparecendo a todo instante e fatos passados sendo relembrados, tudo para que o leitor possa se situar e entender melhor a história.

Quanto aos personagens, temos uma gama infinita de opções: Roderick é um arqueiro muito habilidoso, Victor Didacus é um homem muito misterioso e que possui um dom incomum, Sir Heimerich é um guerreiro e cavaleiro da Ordem, responsável por proteger Sieghard, Chikara é uma maga da cidade de Keishu e pode usar o ambiente à sua volta para modificá-lo, Petrus é um simples pastor de ovelhas e que parece não ter habilidade nenhuma que possa ajudar o grupo, Formiga é um ferreiro da cidade de Alódia e grande apreciador de todo tipo de comida e por fim temos Braun, guerreiro selvagem de Kemen e nada simpático. Cada personagem representa um dos sete pecados capitais (Gula, avareza, luxúria, ira, inveja, preguiça e soberba), mas deixarei a cargo do leitor identificá-los, já antecipando que os seus pensamentos e atitudes indicam facilmente a qual pecado cada um dos protagonistas "pertence".

Gostei bastante de Braun e Petrus, dois personagens totalmente opostos e com características muito peculiares. Braun tem tanta raiva do mundo e das pessoas ao seu redor que chega a ser engraçado ler os seus diálogos sempre cheios de xingamentos, ofensas e nem um pouco de educação. Já Petrus é o típico ser humano inocente que foi simplesmente jogado no meio de uma guerra e nem sabe por que está ali e o que pode fazer para sair dessa situação, mas aos poucos vai percebendo que não está ali por acaso e pode ser útil em determinados momentos.

Se você está com um pé atrás em ler Maretenebrae e pensa que aqui não encontrará seres fantásticos e grandes obstáculos aos protagonistas, saiba que está muito enganado. Temos trolls monstruosos, lagartos alados, gigantes e, principalmente, os Thurayyas, seres mágicos com poderes avassaladores e que são dificilmente derrotados, fazendo com que os invasores de Sieghard sempre tenham essa vantagem em batalhas.

A intenção dos autores é fazer de Maretenebrae uma série com quatro livros e o segundo já está sendo escrito e deve ser lançado em breve, com nome ainda a ser definido. Caso vocês queiram ter uma oportunidade de discutir mais sobre o livro, o grupo Livros de Fantasia e Aventura estará fazendo uma leitura conjunta do mesmo no Facebook a partir de 07/11 e você está convidado.

Para finalizar, o que tenho a dizer é que Maretenebrae tem tudo que uma fantasia épica e medieval precisa: um mundo onde o fim está (ou não) muito próximo, personagens que possam salvá-lo, animais fantásticos e um pano histórico por trás disso. Tudo isso misturado e somado aos segredos ainda não revelados até o momento nos brindam com um ótimo livro de fantasia nacional, digno de ser desbravado. Que venha o segundo livro!

Avaliação final: 4/5

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2014/10/resenha-maretenebrae-l-p-faustini-r-m.html
comentários(0)comente



Marcos Ogre 21/10/2014

Dragões me chamusquem!
Aqui está uma leitura que eu já estava querendo fazer há mais de anos. Maretenebrae sempre teve algo que me atraísse: fosse a belíssima capa com a qual me deparei há uns anos atrás, ou com a sinopse bem criativa que encontrei no Skoob, sabe-se lá por que eu tinha que ler essa obra nacional de fantasia medieval. A última gota pra eu transbordar de vontade foi a vinda desta nova e ma-ra-vi-lho-sa capa; que esplendor! Eu adoro ser acariciado por capas bonitas na minha estante, não suportei mais e tive de correr para ter com os autores e arranjar um exemplar para mim. Já vindo bem a calhar, o pessoal do grupo Livros de Fantasia e Aventura organizou uma leitura conjunta do livro, o que bastou para que eu agarrasse a história das terras do feroz Maretenebrae e a devorasse.

Devo admitir que me deparei com uma história bem diferente da que idealizei, mas, de maneira alguma, inferior. Pela capa imaginei algo bem mais ligado ao mar, não que não seja, o tal do Maretenebrae é uma figura muito importante na trama, de uma maneira bem mais interessante da que pensei, quase algo vivo de verdade, mas, o que achei, foi um livro bem mais focado em personagens, na humanidade. A Queda de Sieghard pega firme nesses quesitos, partindo da ideia genial de personificar sete protagonistas em sete pecados e sete virtudes, o que acaba permitindo uma identificação bem própria e interessante. Claro, tem um probleminha aqui e ali, acho que mais por aprofundar demasiadamente a identidade dos personagens em devidos momentos, mas nada prejudicial, nada que tenha realmente me incomodado. Carregando toda a história, Sir Heimerick, Braun, Chikára, Pétrus, Formiga, Roderick e Victor Dídacus mostram-se criaturas bem distintas e carismáticas, cada qual de sua maneira.

O enredo é daqueles que progridem com o decorrer da leitura. Os momentos de ação vão sendo mais frequentes e sérios, a aura fantástica é proposta de maneira convincente. A Queda de Sieghard é bem pé no chão - no limite do possível - e o jeito que tudo é encarado faz do livro bem aceptativo para fans do gênero. A mitologia criada pelos autores mostra muito estudo e esmero, extrema capacidade criativa, sempre apresentada com uma narração elogiável e - muitas vezes - filosófica. Aliás, filosofias são o que não faltam, já que a trama é repleta de tiradas intelectuais, propostas eruditas, o que me atrai muito.

O primeiro de prováveis quatro livros é bem sucedido no que aparenta querer chegar. Sem palavras para o final, para a elaboração das cenas, as descrições. São tantos pontos positivos que os negativos acabam sendo soterrados, ou, pelo menos, bem encobertos. Minha única reclamação mesmo é essa demasiada caracterização de certas personalidades.

Gostei do tom histórico que o livro tem, muito provavelmente devido à participação de Pavani (historiador) em sua construção. Outro aspecto agradável são os diversos versos e canções inseridos, belos como poesias. Por último, destaque para os detalhes religiosos que a obra evidencia sutilmente, ponto que bem me recordou As Crônicas de Nárnia (embora apresentado de modo muito menos inocente e mais adulto), série que amo de paixão.

Efins por enfins, apreciei a leitura. Brasileira e de qualidade, está bem coladinha a Garras de Grifo como favoritas minhas das nacionais, história bem promissora e que estou ansioso pela continuação. Apaixone-se por Roderick e que a Ordem o guie!

site: http://pensadoremserie.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Fran 23/07/2014

Épico curiosamente a ser um "best Seller"
Todo ser humano comete pecados.

Mas o que fazemos diante das consequências deles é o que faz a diferença. Somos acometidos por vários tipos de sentimentos a todo instante de nossas vidas. Um insulto dito no ápice da raiva pode ser aplacado com um sussurro de amor. É sobre essas variações de sentimentos que mais gostei neste livro. Os personagens são completos, marcantes e emocionantes.

Vocês nunca vão ler um capixaba tão bom quanto esse.
comentários(0)comente



23 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2