A queda

A queda Albert Camus




Resenhas - A Queda


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bellecarnevalli 09/01/2023

Achei bem denso. É uma leitura que exige atenção, então não é como se você pegasse o livro pra relaxar, é pra começar a pensar mesmo kkkkkkkk
Entretanto, isso só me fez apreciar ainda mais a leitura e certamente, esse livro está no meu top 5.
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Martony.Demes 24/05/2022

Bom, antes de tudo, os livros de Camus (autor da referida obra), são bem filosóficos orientados ao existencialismo. Daí podemos inferir que a narrativa transcende uma mera história.

O livro, curto, apresenta o diálogo de um advogado com um suposto interlocutor e daí ele conta sua história. Ele fala de sua carreira, de seu sucesso, de suas boas experiências com mulheres.

Ele confessa que ele pratica atos de benevolência para benefícios e retorno! Não obstante, ele passa por experiências bem complexas como um incidente no trânsito no qual ele foi agredido e não teve uma reação a isso! Outro fato bem marcante foi ele ter presenciado um suicídio. Dai ele também faz uma reflexão sobre sua própria ambiguidade, da bondade e falsidade, do lado bom e ruim. E por meio de suas histórias, vai-se mostrando que o homem vai vivendo o absurdo, como conviver com o que passou!

Claro, há muito mais intenso a ser discutido sobre o livro! Como eu disse, o livro é filosófico!
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Fernanda Quinderé 09/04/2021

Quem é o juiz? Quem é o acusado?
Mais uma obra genial de Camus, sem dúvida.
A queda é difícil de definir. Para mim, trata-se de um monólogo, mais parecido com uma conversa, no qual estamos sempre em contato com a filosofia.
O narrador, que se autointitula juiz-penitente, conta, em um bar em Amsterdã, fatos de sua vida e um evento em que presenciou a queda de uma pessoa no rio Sena e não fez nada para ajudá-la. Ele lida então com a culpa, refletindo sobre a condição humana, sobre como as pessoas estão sempre dispostas a julgar e como ele não havia percebido antes, por não prestar atenção em ninguém.
Camus traz diversos trechos irônicos e reflexivos sobre a sociedade e sobre nós mesmos.
Curto, mas intenso!
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Sacripanta 03/04/2010

A queda (Alberto Camus)
O ótimo livro do escritor argelino Alberto Camus conta, em primeira pessoa, a história de um homem felicíssimo mas que descobre a grande dose de ilusão em que essa sua felicidade se apoia, de forma que o que outrora tomara por virtude não passa de vícios dissimulados.

O livro é o retrato de um homem feliz mas que pouco a pouco se sente desconfortável com o mundo e consigo mesmo, passando a "castigar-se" metendo-se em prostíbulos, entregando-se à bebida e desfazendo a imagem de bom moço que esforçara-se por merecer.

Assim, essa queda é mera concretização de uma vilania de caráter que ele sempre cultivou mas que cismava não ver. Essa súbita consciência faz com que ele se amesquinhe e se satisfaça com viver um quinhão pequeno da vida, perdido em um boteco de Amsterdam, contando sua vida a estrangeiros que vão e vêm e dando a impressão que arrasta-se pelo fundo do poço, ainda que com as costas eretas e a cara limpa e barbeada. É como andar pela lama e ter orgulho em só sujar os sapatos.

Apesar de escrito em forma de diálogo, o livro é um monólogo, pois o receptor jamais se manifesta nem intervém. Dá a impressão de que o livro todo pode ser o devaneio de um ex-advogado parisiense, egoísta e autocentrado até o fim, tentado recontar/reescrever sua história, concedendo-lhe uma linearidade e tentando justificar sua atual miséria.


É um livro denso, curto e cuja leitura eu recomendo. Interessante notar que a tradução das edições atuais é a mesma da edição do Círculo do Livro. Não li o original, mas a tradução parece conter alguns erros, o mais evidente dos quais é traduzir "petite-amie" por "amiguinha", quando na verdade equivale a "namorada".
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Marina 08/04/2010minha estante
Ai, ngm merece tradução ruim! =/ Muita gente me fala desse escritor, uma hora leio algo dele...




Ludmila 28/01/2024

No início achei que o personagem era louco mas, com a leitura completa, entendi que as mudanças que ele fez na própria vida e como ele fala de si mesmo são reflexos de um autoconhecimento enorme. Será que estou certa?
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Andréia 25/01/2023

Não conhecia autor. Gostei. O enredo não é o principal nessa história, demorou um pouco para entender do que se tratava. necessário ler com calma e algumas partes , 2 vezes. Narrador conta história a alguém que não é nomeado. Essa história vai demonstrando sobre personalidade, das crenças, visões de vida, do mundo. Discorre muito sobre julgamentos. Vai dos seus momentos de auge e vai decrescendo, diminuindo o ritmo da vida.
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Marcal4 18/01/2023

Único
Achei fascinante conhecer a mente desse personagem.
Da pra fazer um estudo de sua personalidade.
Ele é muito egocêntrico e assume isso com prazer.
Me surpreendeu, gostei muito do livro.
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Sylvia 10/04/2020

A queda
O livro narra, pela visão egocêntrica do personagem, através de um monólogo, a transição entre a sua plena satisfação pessoal e sua queda.
Vale muito a reflexão.
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@PinkLemonade 10/03/2021

Melhor que a peste
Este é o terceiro livro que leio de Camus.
Achei melhor que "A peste" e pior que " O estrangeiro".
A trama segue o fluxo de pensamentos verbalizados de um ex advogado.

O personagem é interessante e parece encapsular bem a geração que viveu a segunda metade do século XX: cínica e despidos de esperança.

Quem gosta de personagens assim vai adorar o livro .

Eu que prefiro tramas mais esperançosas achei somente "bom" (embora seja inegável que o cara escreve bem).

No geral, vale a leitura para se inteirar das obras do autor.
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carolina 28/02/2024

O peso de ser livre
Ler Camus é entender o desconforto como parte da condição humana. Esse livro me trouxe a sensação de que é mais fácil ser justo consigo mesmo, ou seja, acolher as emoções, as vivências, as vitórias e fracassos, do que lutar conta elas. Sou tudo e não sou nada. Sou eu e não sou ninguém (isso ao mesmo tempo)
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Marcia.Faria 30/01/2021

Um monólogo impressionante
O personagem principal inicia uma conversa com um conterrâneo em um bar. Na verdade é praticamente um monólogo, sendo que as falas do interlocutor ficam subentendidas. Durante alguns dias, ele vai contando sobre sua vida, sempre deixando claro que atualmente ele se tornou um juiz penitente, mas nunca chegando à explicação do que isso seria. Vai desenrolando sua história, fazendo observações de cunho filosófico, às vezes de forma sutil, à vezes nem tanto. A fala do personagem é tão confusa e ao mesmo tempo fluida, que realmente temos a sensação de estar conversando com uma daquelas pessoas desconhecidas que encontramos por aí e gostam de falar desenfreadamente, vão emendando um assunto no outro, sem que consigamos interromper. O final é surpreendente, quando finalmente é revelado o significado de sua função de juiz penitente.
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Felipe 26/12/2022

Fazendo parte do mesmo ciclo de O Exílio E O Reino, é quase como um conto de lá que tomou maiores proporções. Ainda se conversa sobre um niilismo ativo, a tomada de atitude, e a opinião em relação ao esvaziamento necessário de valores e costumes para uma mudança radical. O juiz-penitente existe mais como uma desculpa para julgar que uma aceitação e concordância da penitência.
Sempre bom ver como Camus criava personagens que, enfrentando a mesma situação, tomam escolhas diferentes. Nos questiona sobre qual seria a nossa atitude.
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Vellasco 29/05/2020

Nessa obra, Camus nós faz acompanhar um monólogo de um advogado bem sucedido e com a estima bem elevada, nos contar sua história até o momento de sua "queda", e as reflexões que isso lhe trouxe e as consequências que acarretaram no seu modo de vida.
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bulhasvip 07/06/2023

Já que sangrava um pouco, estava perdido: iam devorar-me.
O que tem de mais sensacional é como o texto é conciso e manipulador, o virar de uma página pode ser como uma poça parada em seu reflexo metamorfoseando em um rio de lama.

Ao longo desses 5 dias em Amsterdã, desde o início parece que tem alguém "tirando sarro" do outro, seja o protagonista de si mesmo ou de você, ou até o autor fazendo uso de sua prosa ácida no leitor. O importante é que ele te insere muito bem nos temas que quase escravizam a mente do juiz-penitente. Não importa se você simpatiza ou sente repulsa pelas divagações de Jean-Paul, quando ele confidencia o que é seu julgamento, ele se torna o Juíz.

Mas o que é esse julgamento? (Apesar de sentir que ele é quase indefinível) É o objeto camusiano que rasteja pra dentro do ser do protagonista, libertando-o do torpor de uma vida até então despercebidamente feliz (que inclusive é comparada *à queda* do homem do Éden). O fato dele não ter percebido até certo evento marcante cria essa rebelião de si mesmo, que forja sua nova forma de vida: a desconfiança.
A partir dela como princípio, sua obsessão no julgamento mútuo entre as pessoas torna-se o motor da vida de Clamence; em cima dessa perspectiva de que sempre tem alguém atrás dele fazendo-o de objeto de piada, ou pra ser mais direto, tirando sarro dele.
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