Amar, Verbo Intransitivo

Amar, Verbo Intransitivo Mário de Andrade




Resenhas - Amar, Verbo Intransitivo


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Karliani.Godoi 14/02/2024

Profundas reflexões
O livro nos trará um outro olhar sobre o conceito do amor. Aos olhos da governanta alemã, Fräulein. "Que, através da percepção aguda e válida, nos trás a mensagem viva acerca do mundo marcado pelo poder masculino".
Um livro muito profundo e de leitura muito fina !
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Dirlene Piagio 02/02/2024

Um marco do Modernismo literário brasileiro...
A história é boa, mas é muito previsível. O livro está ambientado em um tempo muito remoto: assim, é possível conhecer os costumes brasileiros da década de 20 e poucos anos - o que é incrível notar como pouca coisa mudou ?. Parece que o autor quis trazer uma crítica aos hábitos da sociedade burguesa da época. As personagens são bem construídas: senti um carinho enorme por Carlos e Elza e desprezo por Sousa Costa e Laura - típicos burgueses. A pequena Aldinha é irritantemente elétrica. Algo que chamou minha atenção: a frieza de Elza... Para mim, não ficou claro que ela fazia o serviço só por necessidades financeiras, parecia mesmo que ela se considerava detentora de um saber sobrenatural que precisava ser passado para os jovens ignorantes brasileiros. Será mesmo que alguém pode ensinar o amor se não amar primeiro? Mas, ela foi pega em sua própria armadilha. Não sou de Letras, mas gostei de tomar conhecimento da revolução que foi este livro. A editora traz uma série de textos com a trajetória de criação e edição, o que é muito interessante. O livro foi um marco do Modernismo da Literatura Brasileira - já deveria ter lido no Ensino médio, mas, naqueles tempos, só queria saber de quadrinhos, ficção e terror.
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@eu_rafaprado 01/02/2024

Amei!
Amar, Verbo Intransitivo: Idílio
Mario de Andrade - 5??
200 páginas, tempo médio de leitura 5 horas.

Este foi meu primeiro contato com a literatura de Mario de Andrade. ?Amar, Verbo Intransitivo? foi publicado em 1920 e causou escândalo.

O amor é algo que se pode ensinar?

Em São Paulo, Higienópolis, a família dos Souza Costa recebe uma governanta alemã chamada Fräulein. O dono da casa contratou a moça para ensinar seu filho Carlos a amar. Fräulein vive dividida entre razão e emoção. O lado racional tenta justificar o ensinamento do amor, mas é o lado emocional que faz com que a jovem cumpra a tarefa.

Adorei a escrita de Mario, que utiliza a linguagem coloquial para nos aproximar da história. No final, parece que estamos sentados na mesa de um bar, tomando uma cerveja e ouvindo uma grande fofoca.

Gostei de toda a descrição de como o amor nasceu em Carlos, e também do depois, como ele reagiu emocionalmente às descobertas com Fräulein, que em certa altura da história se mostra tão envolvida quanto ele.

?É esquisito: o amor realizado se torna logo parecido com
amizade...?

Uma crítica muito bem construída sobre a cultura dos novos-ricos brasileiros e uma verdadeira análise da sociedade paulistana na década de 20.

Adorei como no começo do livro, Mario faz um comentário sobre a quantidade de pessoas que conheciam Fräulein, e como o leitor agora se soma a esse número. Pois é, Mario, já se passaram mais de 100 anos desde a sua escrita, e agora eu também faço parte daqueles que conhecem essa pessoa intrigante.

Vale destacar a parte erótica, sutil, mas muito presente. Adorei ter descoberto essa preciosidade da nossa literatura.

#mariodeandrade #amarverbointransitivo
J. Silva 10/03/2024minha estante
??????




Giovanna1664 01/02/2024

Mãe do amor.
"Não da pureza tradicional, do conceito relativo ao pecado cristão está claro. É puro porque tem essa pureza da fatalidade. Tinha que suceder e não tem malvadeza consciente, impureza consciente nenhuma que o dite. É sincero, é fatal, é puro. Inda mais fácil de provar é a pureza idílica deste livro." ? Mário de Andrade

É a segunda vez que leio este livro, e sempre é um deleite ler algo tão brasileiro e original. Dizer que essa obra não é inovadora é uma mentira, a forma como é narrada, a linguagem cheia de "brasileirismos", o moralismo da família tradicional, o narrador onisciente que quebra a quarta parede, tudo nele grita moderno e icônico. Além de ter uma pitada de humor surreal que te faz dar boas risadas.

Nele temos como personagem principal Elza, nossa Fraulein, que é uma professora do amor, ou seja, uma mulher que ensina sobre amor, sexualidade, posse e consentimento a jovens rapazes ricos a pedido de seus pais. Esse ensinamento no entanto, é como um teatro onde essa moça se vê criando situações para ensinar Carlos, nosso personagem principal, as suas principais lições morais.

Temos então conflitos morais expostos de forma humorística e escancarada no livro, onde como personagens principais temos uma mulher da vida com 35 anos e um adolescente de 16 anos apaixonado pela governanta. Enquanto de fundo temos uma família rica brasileira vivendo em São Paulo em meio a uma grande massa miscigenada de povos imigrantes.

Mário então se aproveita desse cenário e personagens para criar uma história brasileira com pitadas de uma visão alemã e centrada em uma mulher estrangeira, imoral nos preceitos cristãos e cheia de sentimento de superioridade. E como é maravilhoso conhecer Fraulein e a forma como ela se protege e sobrevive no mundo.

Fraulein molda os homens bons da forma como a sociedade pede, em seu silêncio ela sonha com o seu futuro e com o seu amor, onde ela finalmente terá um amor transitivo direto.
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jsilveira 08/01/2024

Clássico
O único ponto de que não gostei no livro foram as digressões do autor durante a narrativa.

A obra é um clássico maravilhoso!
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Eliane406 01/01/2024

As preliminares
?Amar é verbo do sentir, quando se ama verte-se os sentidos em admirar, tocar, esperar, desejar o Outro, as cores do cotidiano ganham sentidos incondicionais, a ação de amar é capaz de nós tornar melhores e cada amor nos deixa mais forte.
Na Língua Portuguesa Amar é verbo transitivo direto (VTD) não admite preposição, quem ama, ama alguém ou algo. Mas aqui o saudoso Mário de Andrade o modernista, quis transgredir à sua época, a obra causou certo desconforto no seu tempo, trazendo a tona certos comportamentos que as pessoas mantinham conservadas em segredo (conservadores), a própria linguagem do texto incluiu dialetos, gírias da época, padrões culturais do coloquialismo. Para o autor que atribuiu ao verbo uma intransitividade, alegando ao amor uma condição egoísta.
A narrativa é feita diretamente como leitor em 3° pessoa, ele conta uma história e em suas pausas conversa com quem lê. O autor escreveu brasileiro e acrescentou: crítica, teoria, psicologia e até romance."[...]Meu destino não é ficar. Meu destino é lembrar que existem mais coisas que as vistas e as ouvidas por todos."[...]

?"Não existe mais uma única pessoa inteira neste mundo e nada mais somos que discórdia e complicação."pág.80
Gabrielle667 28/01/2024minha estante
Amei a resenha ????




cs_g_ilson 28/12/2023

Se Andrade quis chocar, certamente conseguiu
Eu sempre me perguntei sobre o porquê desse título. Para piorar a situação, parei para ver a transitividade do verbo ?amar?. Minha cabeça ficou ainda mais inquieta, uma vez que ?amar? é considerado verbo transitivo, ou seja, pede complemento. Então, por que Mário de Andrade faz questão de dizer que amar tem sentido completo?

Fräulein tem 35 anos e é contratada por Sousa Costa para ser governanta da casa deste. Deveria, ainda, ensinar alemão para as filhas e para o filho - Carlos, 15 anos - do novo patrão. Ocorre que a função de Elza (ou Fräulein) vai além disso: ela também tem o papel de iniciar Carlos na vida sexual. Sim, 35 anos e 15 anos.

Isso, por si só, talvez tenha justificado o alvoroço que Mário de Andrade causou à sociedade à época. Jogou luz sobre um assunto que faziam de conta que não existia?

Não obstante, ele engrossa o caldo. Ele não seguiu formalidades gramaticais, ele não seguiu ritmicidades, ele chamou de idílio um romance que está bem distante da vida campestre/pastoril, ele fez críticas sociais, ele usou o coloquial e expressões em outras línguas, ele fez neologismo; ele olhou para o parnasianismo e para o realismo e riu.

Em outras palavras: pegar ?Amar, verbo intransitivo? para ler sem ter ideia do contexto em que Mário de Andrade se encontrava envolvido tem risco de sequer chegar ao fim, porque a leitura é um tanto difícil, mas, do meio para o fim, ao menos para mim, passa a ser instigante.

Transitivo ou intransitivo, eu fiquei com dó de Fräulen e de Carlos.

Inclusive, Carlos me fez lembrar de Luiz Gonzaga: ?mandacaru quando fulora na seca/é o sinal que a chuva chega no sertão/toda menina que enjoa da boneca/é sinal que o amor já chegou no coração?.

Ah?o narrador também é personagem.

Para quem vai se submeter ao Enem, ?Amar, verbo intransitivo? te permite aprender, rever e entender muitos assuntos aplicáveis à prova de Linguagens e Códigos e à Redação.
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Leitorconvicto 22/12/2023

Um passeio modernista
Essa obra faz uma ligação interessante de estilo, as novidades modernistas, e a crítica social e de costumes, tão comum no início do século xx
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luaread 16/12/2023

???
"amar, verbo intransitivo idílio" não foi um livro impactante que me interessou muito e fez a leitura fluir infelizmente
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Carla.Parreira 15/11/2023

Amar, verbo intransitivo: idílio
Eis alguns trechos para referenciar o teor da leitura e os costumes de uma época praticamente já decaída: ?...O amor deve nascer de correspondências, de excelências interiores. Espirituais, pensava. Os dois se sentem bem juntos. A vida se aproxima. Repartem-na, pois quatro ombros podem mais que dois... O desejo vem depois... O homem tem de ser apegado ao lar. Dirige o sossego do lar. Manda. Porém sem domínio. Provê. É certo que a mulher o ajudará... Como é belo o destino do casal superior. Sossego e trabalho. Os quatro ombros trabalham sossegadamente, ela no lar, o marido fora do lar. Pela boca da noite ele chega da cidade escura. Vai botar os livros na escrivaninha. Depois vem lhe dar o beijo na testa. Beijo calmo. Beijo preceptivo. Todo de preto, com o alfinete de outro na gravata... São os personagens que escolhem os seus autores e não estes que constroem as suas heroínas... A felicidade é tão oposta à vida que, estando nela, a gente esquece que vive. Depois quando acaba, dure pouco, dure muito, fica apenas aquela impressão do segundo. Nem isso, impressão de hiato, de defeito de sintaxe logo corrigido, vertigem em que ninguém dá tento de si... A dificuldade sempre parece maior do que é... A gente nem respira e a vida já fica tão de ontem! É esquisito: o amor realizado se torna logo parecido com amizade... O limiar da consciência é bem mais difícil de achar que as cabeceiras do rio da Dúvida. Que o digam os psicólogos!... De primeiro surgiram teogonias fantasiosas, produto das multiplicações pelo Deus inicial. Depois fantasmas, lendas. Destas lendas provieram primeiro os animais, as plantas, as linfas, todos munidos dum poder de além, sacro, quase impossível. A imaginativa tinha aonde manobrar à larga, o deserto era imenso, o deserto das areias, das florestas e das águas. Quando tudo se povoou de milagres, as lendas pariram a casta dos homens ruins e a casta dos homens bons, coisas impossíveis ainda. Dessas divisões vieram as guerras. Guerra e paz. Tudo pretexto pra cantigas, esculturas, danças. Tinem colares, chacoalham cores vivas, deuses, lendas, artes... Minh?alma, como o oceano, tem tufões, correntezas, e muitas lindas pérolas jazem nas profundezas...?
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Mariana1250 21/08/2023

Amar, Verbo Intransitivo
2,5/5

Confesso que por se tratar de um livro passado pelo colégio, "Amar, Verbo Intransitivo" a princípio não me interessou muito (assim como a maioria da população brasileira, eu também não tive uma boa experiência com clássicos nacionais enfiados guela abaixo pelo colégio)

Mas no fim das contas, eu acabei gostando mais do que esperava, me interessei na discussão em cima do tema de "ensinar o amor", embora ache que o livro peque pela falta de momentos marcantes, (e de uma divisão mais clara nos parágrafos).

E seja um ponto positivo ou negativo, diria também que a Fraülain carregou o livro nas costas. Ela é a única personagem que vai além dos estereótipos e de fato parece um ser humano, o que é até que bem impressionante considerando que muitas das mulheres nos clássicos costumavam alternar entre as super-variadas opções de lindas e misteriosas, lindas e tristes ou lindas e lindas.

Ao menos pra mim "Amar, verbo intransitivo" não foi muito impactante e a leitura não fluiu muito, mas contou com uma ótima protagonista e uma crítica em torno de tabus da sociedade, que acredito terem sido de grande importância na época.




*(As estrelas são baseadas apenas no quanto eu gostei do livro. Elas não tem nada haver com aspectos técnicos, peso histórico, e características do gênero)*
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Jackson60 10/06/2023

Amor pode se ensinado?
Este é um dos primeiros romances de Mário de Andrade. Publicada pela primeira vez em 1927, a obra traz muito do movimento modernista.

O livro traz a história de uma professora de amor enquanto é contratada para trabalhar na casa dos Sousa Costa. Uma família paulistana abastada, formada por um pai (provedor), mãe (do lar), duas filhas e um filho (Carlos, machucador), residente no bairro de Higienópolis nos anos 20.

O enfoque narrativo se dá na professora de amor, oficialmente contratada como governante e professora de alemão (Fraülem - Elza) e o filho (Carlos).

De modo geral, é modo interessante para conhecer melhor o autor e o movimento modernista.
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