Resenhas - A Sucessora

cacautoledo 23/03/2023

Amei
História muito emocionante em que a protagonista se sente inferiorizada em relação a falecida esposa de seu marido. Muito lindo

Ana Luiza 08/03/2023

Um ?novelão? de qualidade
Imagine-se vivendo à sombra de outra pessoa ?

Não por escolha ou influência alheia, mas subjugado(a) por seus próprios pensamentos, em um ritmo elevado de comparação, autossugestão de inferioridade e medo da insuficiência.

Quando Marina se casa com um rico viúvo, é colocada (por si mesma, antes de qualquer fator) à sombra de Alice, a falecida ex esposa.

O romance intimista retrata antes de qualquer coisa, o drama vivido pela protagonista que, vendo-se inserida em meio ao qual não está habituada, busca se encaixar e se moldar à nova vida, em meio a comentários saudosistas e um imponente retrato de Alice.

A simples presença de um retrato é capaz de fazer com que a insegurança de Marina cresça, desmedida. Além, é claro, de causar-lhe grande obsessão.

É curioso observar os apontamentos do próprio narrador sobre a personagem, enquanto a descreve como imaginativa e insegura. Nessa mesma linha, a própria protagonista exibe seu conhecimento quanto à problemática de seu comportamento, mas é incapaz de contê-lo.

Cabe ao leitor, acompanhar o drama vivido, enquanto observa atentamente os detalhes da vida burguesa no Rio de Janeiro se desenrolar.

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Literalmente, um ?novelão? de qualidade.

A narrativa de Carolina Nabuco retrata de forma simples a vida de uma jovem desabrochar, em meio a dramas cotidianos e um espírito bastante comum às mulheres da época(observado na literatura).

Quanto ao enredo, cabe observar o fato de que alguns comentários são feitos de forma saudosista ao tempo da escravidão, e de forma racista. Não há justificativa para tal, contudo, por aqui levamos em consideração a época em que o romance foi escrito e seus parênteses.

Marina e seus meses de aflição são capazes de nos envolver, ainda que a observemos de fora, como uma jovem insegura e atormentada, sobretudo, por si mesma.
Ao final da narrativa, ficaremos com a bonança?

WillowFrid 15/02/2023

Um final... (?)
Olha, é um ótimo livro de início, consegue prender e te colocar no lugar da protagonista mas... O final? O que dizer? Parece que foi escrito na pressa, na intenção de dar um fim de uma vez por todas, escrito por alguém que não aguentava mais e disse "vou escrever qualquer coisa e felizes para sempre"
Depois de todo o sofrimento e angústia, um ponto final sem esclarecimentos
Foi isso que senti quando li, um abandono da história inteira logo no fim

Bia 05/02/2023

A história publicada por Carolina Nabuco nos anos 1930 ainda hoje é atual: um homem rico e vaidoso se casa com uma mulher bem mais nova, a quem pretende controlar por meio do dinheiro e do capital social. Sobre isso, e sobre a oposição entre o Brasil velho dos fazendeiros escravocratas e o novo Brasil dos industriais, o livro traz algumas reflexões interessantes.

Maisa 30/01/2023

Interessante
Vou admitir que gostei mais do que pensei que gostaria? tinha muita curiosidade de ler esse livro!

Compensou muito a leitura, a escrita é belíssima.

A edição que tenho também é muito bonita e confortável de ler?

Araujo20 26/01/2023

Romance urbano e psicológico
Carolina Nabuco era uma autora desconhecida para mim até agora e ouvi falar em sua obra por conta de uma polêmica de plágio que a envolve.
Uma autora tipicamente brasileira, que faz uma descrição incrível do Rio de Janeiro dos anos 30.
Neste livro temos duas personagens femininas muito fortes. Ambas burguesas, mas muito diferentes em suas personalidades, dão vida aos dizeres que aparecem tantas vezes na história como ?velho Brasil? e ?novo Brasil?. A relação entre Alice e Marina desenvolve momentos psicológicos eloquentes e algumas vezes monótonos. É interessante a construção da autora sobre uma jovem que tem várias futilidades achar seu novo ambiente fútil.
Em alguns momentos me peguei, realmente, querendo ouvir a voz de Alice e acho que gosto mais dela do que de Marina.??

Vini 28/12/2022

A sucessora
Que prazer imenso ter contato com essa obra. A autora abordou de forma esplêndida as provações de Marina, a protagonista, em meio à situações psicológicas impostas à realidade na qual estava inserida. Carolina Nabuco nos apresenta uma narrativa instigante e ao mesmo tempo apreensiva.
Sua história se tornou ainda palco de uma das maiores discussões de plágio contra obras brasileiras já conhecida.
Vamos enaltecer nossos autores nacionais. Leiam A Sucessora.

Jane.FAlix 25/12/2022

Uma boa leitura nacional
Clássico nacional que conta a história de amor entre Roberto e Marina, um casal que se apaixona a primeira vista.
O problema é que Roberto é viúvo e aparentemente sua primeira esposa era uma perfeita dama da sociedade carioca e que Marina jamais conseguiria superá-la.
Alice, a primeira esposa assombra a vida de Marina quase a ponto de enlouquece-la. Mas nada que uma viagem a Europa com muito luxo não resolva. Rsrsrsrs

gabriel.a.brumatto 26/11/2022

O peso de ser a sucessora.
Bem, vamos falar um pouco sobre este livro maravilhoso, que é A Sucessora, de Carolina Nabuco.
Já começo dizendo que achei o enredo muito interessante. O livro conta a história de Marina, uma moça que veio do interior para a cidade do Rio de Janeiro, para casar-se com seu noivo, Roberto. Roberto é dono de um palacete belíssimo na Rua Paissandu, onde se instala a high society carioca. Marina será sua segunda esposa. Sua primeira esposa, Alice, havia morrido precocemente, à pouco tempo, deixando várias memórias boas e objetos dela própria na casa, que foi projetada do modo como ela queria. Quando Marina chega, a irmã de Roberto, Germana, se encarrega da arrumação da casa para a vinda da nova esposa. Mas, logo de início, Germana não gosta muito de Marina, por achá-la simples demais. Então, propositadamente, ela começa a relembrar os tempos de Alice naquela casa, deixando Marina desconfortável com toda aquela situação.
E o que mais causa espanto, é que quando ela chega na casa, ela dá de cara com um quadro gigantesco de Alice pendurado na parede, como se tivesse sido esquecido de ser retirado, ou, não retirado propositadamente. Roberto fica muito sem jeito quando percebe que aquele quadro ainda está ali, e manda tirá-lo imediatamente. Mas, o quadro é colocado em um quarto, que se tornaria o quarto de Marina, que toda vez que entra no cômodo, logo vê o quadro à sua frente. Então, ela vai ficando incomodada com o quadro, com os parentes de Roberto, com a energia da casa, que sempre remete aos tempos em que Alice ainda vivia naquela casa. E aí...você terá que ler para descobrir o que ocorre.
Enfim, é um livro maravilhoso, com um ótimo enredo, personagens interessantes, uma escrita muito bonita, cheia de detalhes e poesia. Recomendo à todos a leitura.

Isabella.Bulia 17/11/2022

Confesso que me interessei pelo livro inicialmente só pelo confronto com o livro Rebeca, de Daphne du Maurier. Este livro, Rebeca, é apontado como plágio da obra brasileira A Sucessora por ter os mesmos elementos literários. Realmente a essência é a mesma, isto é, retrata a segunda esposa que sofre uma "perseguição" da primeira, já falecida. Mas eu não gostei do desenvolvimento, que parece sempre parado na mesma tecla. O que me chamou a atenção foi, é claro, a ambientação para a cultura brasileira, mas também a contextualização sobre o fim da escravidão no país. A autora, assim como seu pai, era abolicionista.

Bia 28/10/2022

A polêmica Sucessora
Marina, uma moça do interior Santa Rosa, se apaixona pelo viúvo Roberto. Ao se casarem, Marina se muda para casa de seu marido na cidade do Rio de Janeiro, mas este casamento traz uma bagagem que talvez Marina não seja capaz de suportar: Alice, a esposa falecida de seu novo esposo.

A Sucessora é um livro que muitos sabem que traz consigo uma polêmica de plágio de terceiros (filme Rebecca) e por isso a curiosidade de ler esta obra. A história é envolvente e você entra na cabeça de Marina e minha experiência foi ate sentir certos desconfortos na leitura, mas também senti que travei na metade do livro por sentir que a história as vezes caminhava para outros detalhes que não acrescentavam na história.

É um bom livro, as vezes pelo linguajar utilizado à época pode cansar a leitura, mas a história de Marina e seus medos e obsessões fazem você ficar até o final.

Rosana 12/10/2022

Suave
Uma
Leitura poética que fala de amor superação saudade ? com muito romantismo e de uma linguagem riquíssima.
Esperava uma reviravolta mais esfuziante mais ? ok.
Valeu a leitura super indico

Marcel 12/09/2022

Livro ruim
A narrativa é extremamente lenta e previsível. Repete varias vezes as mesmas histórias dentro da história para prolongar o texto, típico de texto criado para novelas.

mere 05/09/2022

Queria muito ler esse livro e talvez por conta da expectativa eu o tenha achado bem razoável. Pois Marina apesar de ser do interior,não era uma tapada. E a dificuldade de se expressar a um marido que era apaixonado por ela e tbm tinha uma mente aberta deixou o livro a desejar.
É só o que achei.

thai 28/08/2022

Meu nacionalismo me obrigou a ler esse livro
Preciso começar esse resenha ao dizer que Carolina Nabuco foi um achado reconfortante.
Tudo começou, porém, de um jeito levemente mais sombrio.
Após uma sessão de filmes estrelados pela Lily james - perfeita como Donna em sua forma juvenil em Mamma Mia 2, aliás - deparei-me com seu longa de 2020, ?Rebecca?. A obra era envolvente e a trama super interessante, então claramente fiquei vidrada em tudo que tivesse fosse relacionado a Rebecca. O problema disso tudo, no entanto, foi a descoberta que Rebecca, o livro que inspirou o filme, poderia ser um plágio de um livro brasileiro não tão conhecido: A sucessora.
Dito isso, nada mais justo do que ler A sucessora, privilegiando uma escritora brasileira!
Sobre o livro em si, encontrei-me surpresa com a escrita fluida e atual da Carolina. Por não estar acostumada a livros da década de 30, não possuía uma ideia muito boa do que esperar.
A trama é boa, os diálogos bem feitos e os pensamentos da personagem principal, Marina, condizentes.
Uma boa obra que merece mais reconhecimento.