Bartleby, o escriturário

Bartleby, o escriturário Herman Melville




Resenhas - Bartleby, o escriturário


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Marcus vinicius Rosa 10/12/2017

Acho melhor não
Nesse mundo hodierno onde o trabalho é palavra de ordem, é salutar utilizar, com mais frequência,
a expressão: Acho melhor não.
LEANDRO 10/12/2017minha estante
Já inseri no meu cotidiano kkkkk




Rodrigo1001 12/09/2023

Acho melhor não colocar um título
Excêntrico ao extremo, termino a leitura em completa incredulidade, com a cabeça em ebulição!

Bartleby, o personagem principal, é um enigma: não o desvendamos nem após a leitura de todo o livro, já que o conhecemos apenas pelo olhar do narrador.

E é um alívio não tê-lo desvendado. Do contrário, talvez tivesse me tranformado em um bloco de pedra... ou em uma estátua de sal!

A própria edição do livro pela editora Ubu é surreal: deve-se descosturar a capa e cortar as folhas. Ao abrir o livro, quase liguei para o meu livreiro, crente de que a minha edição tinha algum problema, já que tudo o que eu via eram páginas e mais páginas com a imagem de um muro.

Me tomou algum tempo até atinar e utilizar o marcador de páginas de acetato que vem com o livro - propositadamente mais afiado do que um marcador de páginas comum - para, literalmente, cortar as páginas e então revelar o conteúdo.

Ou seja, o leitor de "Bartleby, o Escrivão" terá de cortar 20 vezes a lateral das páginas para ter acesso ao texto completo!

Sim, é como se o livro resistisse a ser lido, personificando a opacidade do personagem Bartleby e sua negação a ser entendido pelo narrador, pelo leitor.

Fiquei atônito... fiquei maravilhado.

Não há personagem na literatura mundial tão absurdo quanto Bartleby; creio ser seguro afirmá-lo.

Enfim, totalmente incrédulo, paro por aqui. Acho melhor não continuar.

Leva 5 estrelas pela genialidade e esquisitisse.
edu basílio 12/09/2023minha estante
curiosidade em ebulição aqui ! ^^




Renatinha 04/12/2021

Volte depois, por favor
Uma estudante de psicologia me emprestou para lê-lo depois de uma trabalho. Não dava nada por ele. Nem de longe. Não pensei que fosse rachar minha cabeça e querer me fazer explodir.

Sem spoiler aqui. Apenas pergunto em qual das próximas categorias você está:
1) Ama
2) Odeia
3) Nunca ouviu falar

Te convido a ler este livro. Depois volte aqui e me responda em qual das duas primeiras opções você está. Eu mesma ainda não decidi.
plxsrh 29/12/2021minha estante
1




Hel 30/01/2021

o trabalho danifica
ebook 100% concluído
"poxa vida! entendi nada."
alguns momentos depois...
"AAAAAAAAAAAAAAHHH"
Everton Vidal 31/01/2021minha estante
Melhor resenha! Rs




Aguinaldo 05/02/2011

bartleby, o escrituário
Esta belíssima edição da Cosac e Naify já assombrava minhas estantes há meses, sem que eu me dignasse a continuar a leitura do ponto em que parei assim que comprei o livro. Acontece que a edição envolvia duas capas literalmente costuradas e folhas que por sua vez deveriam ser separadas por um estilete de plástico que acompanha o livro. Eu havia lido o posfácio de Modesto Carone meses atrás e havia deixado o curto texto da novela de Melville para dias de mais concentração. Eis que este dia apareceu quando meu amigo Luiz-Olyntho mandou-me um e-mail dando conta do quão boa era a leitura do "Bartleby e companhia" de Enrique Vila Matas. Prometi ao Luiz que leria o livro e faria alguns comentários, mas como ler o Vila Matas antes do original Melville? Foi o que fiz nestes dias quentes de feriado. Que livro estupendo. É uma história curta cujo desfecho nós mantem em suspense até o final. O recorrente "Prefiro não fazê-lo" (ou "acho melhor não", na versão de Irene Hirsch) fica nos incomodando (da mesma forma que incomoda o narrador). Pois Bartleby aparece na vida deste narrador, incomodando-o (como de resto a todos a sua volta) e por fim morrendo sem queixas e recriminações, como acontece quase sempre com pessoas cuja vida já ultrapassou toda a sorte de aborrecimentos e que se deixam levar pelo marasmo e destino. O que torna esta curta novela em algo realmente forte é a capacidade de Melville de sintetizar um comportamento limite em rápidos parágrafos, sem nos deixar com alternativas e rotas de fuga mentais. Por que é mesmo que por vezes fugimos dos problemas simplesmente os ignorando, parece nos perguntar Melville. Belo livro, bela edição. Agora vou ter mesmo de enfrentar o Vila Matas e postar algo aqui sobre o natural contraste com esta obra original.
"Bartleby, o Escrivão", Heman Melville, tradução de Irene Hirsch, editora Cosac Naify, 1a. edição (2005) ISBN: 85-7503-446-4
Marta Skoober 20/02/2012minha estante
Realmente a edição da Cosac é primorosa e faz diferença. Um livro inesquecível!
PS. A minha edição não veio com o estilete. (rs)




Ana Paula Miola 16/07/2010

Oh Bartleby! Oh Humanidade!
Falar de Bartleby, é falar da mente humana, de solidão.
Trabalhando num escritório no centro comercial de uma grande cidade, como copista, Bartleby mostra-se um ótimo empregado, copiando sem parar durante três dias. Mas passa a não cumprir com suas obrigações, utilizando-se da famosa frase: "Prefiro não fazer", tornando-se um grande problema e um estorvo para os colegas e chefe.
Como se não bastasse isso, Bartleby fica as tardes inteiras contemplando a vista que tem de sua janela: o muro do prédio a frente. Como se aquela parede fosse tão fria e sem vida quanto ele, como se cada um daquele tijolos fosse um fardo de dor e angústia sobre suas costas. Olhando incansavelmente para uma parede, Bartleby via a si mesmo, alguém para quem a vida não tinha mais sentido.
O chefe muda o escritório de local, pois, além de morar lá, Bartleby fica pregado olhando o muro a frente, atrapalhando o trabalho dos outros e causando má impressão aos clientes. E permanece lá, após a mudança, negando qualquer tipo de ajuda, negando-se a viver. E vai preso.
Na prisão, por não ser considerado perigoso, pode andar livremente pelo pátio. Suas tardes se resumem a recusar comida e caminhar olhando o muro que cerca a prisão. E Bartleby se entrega. É encontrado pelo chefe, deitado, de olhos abertos para o muro.
Antes de trabalhar como copista, Bartleby teria trabalhado na sessão de cartas devolvidas de um correio, as chamadas "cartas mortas", que, segundo o narrador, "não seriam como homens mortos?".
A desilusão desse personagem pela vida é tamanha que chega um ponto em que viver não mais lhe interessa.
Essa história, apesar de ter sido escrita a muitos anos atrás, sempre vai ser atual. Pois trata de solidão, de dor, de frustrações humanas, opressão, uma sociedade nada igualitária e totalmente desumana.
Bartleby nos leva a refletir sobre nossa própria vida. Quantas vezes agimos por vontade própria? Quantas atitudes tomamos sem pensar no julgamento alheio? Ele age de acordo com sua vontade, não viver era o que Bartleby queria, não lutar por algo oco, vazio, não ser mais obrigado a andar em frente, marchar rumo à um futuro promissor que nunca chega.
Esse é o tipo de personagem que sai do livro para nos presentear com um soco no estômago. Acordemos!
"Viver Bartleby" numa sociedade rotineira, hierárquica e desigual não seria possível. Mas poderia ser uma solução. É preciso apenas que as pessoas vejam o que está além de seus olhos, e queriam ver!
Diego Avlis 04/09/2013minha estante
Sua resenha é genial.Fica evidente que o livro enfatiza a solidão e a subserviência que nos é imposta pela vida,retrada a falta de opção que temos diante de diversas coisas na vida.Realmente a maior angustia e ao mesmo tempo a maior injustiça o fato de não podermos escolher se queremos ou não existir,viver e lutar por coisas vazias.




umtetoparaana 08/01/2022

Eu prefiro não faze-lo.
Li esse conto em apenas uma hora para a maratona literária de verão de 2022. O primeiro desafio dessa maratona consistia em ler um livro que foi publicado há mais de 20 anos. Optei por esse conto do Herman Melville porque já tinha visto algumas comparações entre ele e o Metamorfose do Kafka. Pensei até que pudesse achar chato pois geralmente odeio ler coisas que descrevem o cotidiano de um escritório, mas, sinceramente não achei chato em nenhum momento. A escrita do Herman é capaz de deixar um trabalho exaustivo extremamente interessante, ela é TOTALMENTE envolvente. É incrível como ele dá poder ao leitor de imaginar porque o escrivão é do jeito que é, porque este escrivão resiste passivamente o tempo todo. Assim como o protagonista, ficamos nervosos perante a passividade do Bartleby. É incrível também como em pouquíssimas páginas o Melville consegue elucidar tão bem (indiretamente) sobre como o psicológico de uma pessoa só pode ser ajudado se ela mesma quiser. A minha frase favorita do livro definitivamente foi ''[...] era vítima de um mal nato e incurável. Eu podia dar esmolas a seu corpo; mas não era o corpo que sofria e sim a alma, só que esta eu não podia alcançar.''
Maria11360 01/02/2022minha estante
Exatamente. Essa frase que você colocou no final eu também marquei durante a minha leitura. Qualquer coisa que se faça exteriormente será insuficiente quando o problema é de ordem íntima da pessoa.




Ivan Picchi 11/03/2010

Resenha?
Aderindo ao movimento daqui, "prefiro não fazer


Conto tão curto que não custa nada ler...

So digo que tirou meu preconceito e colocou crédito na coragem q eu preciso pra ler o peso da minha estante, Moby Dick.

Comovente, sério, me impressionei com o conto.

Sinceramente
aquamarinamelo 01/04/2013minha estante
I would prefer not to




Livia 24/05/2020

Esse é um livro curtinho e simples do autor de Moby Dick que li para entender um capítulo do livro Sociedade do Cansaço. O autor narra a história de um escrevente chamado Bartleby que é, no mínimo, inusitado. Ele me remete ao personagem Meursault de O Estrangeiro de Camus, pois envolve questões filosóficas sem muitas respostas. Há diversos escritores que o analisam e, assim, recomendo essa busca após a leitura.
Adriano 27/05/2020minha estante
Vim aqui devido a isso kkk. Li o "sociedade do cansaço" e eis me aqui.




Manuela222 18/06/2024

Não foi o livro pra mim
Não sei se foi falta de sensibilidade ou desconhecimento do contexto histórico da época em que o livro se passa, mas não foi um livro ?uau?.
Achei uma leitura leve e engraçada, mas passou batido.
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Luciana Lís 27/02/2015

O advogado e narrador dessa história anuncia uma vaga de copista para seu escritório, para a qual se apresenta Bartleby, que é rapidamente contratado. Certa manhã, o rapaz que é bastante reservado e eficaz, é convocado por seu chefe para auxiliar na leitura de alguns processos, e responde, sem constrangimento ou mais argumentos: “preferiria não”. Essa é a primeira das recusas de Bartleby, que persiste na mesma resposta ao seu chefe quando esse tenta saber sobre suas razões ou sua vida.
Certa manhã de domingo, o advogado resolve ir ao seu escritório, quando é surpreendido por Bartleby, que prefere não abrir a porta. O advogado, então, descobre que ele vive por lá, se alimentando apenas de biscoitos de gengibre. A vida solitária do rapaz comove profundamente o advogado, que compara a vida do pobre à solidão dos dias em Wall Street.
Com o tempo, Bartleby recusa-se a trabalhar e passa os dias no escritório olhando melancolicamente o muro do prédio vizinho. O narrador nunca vira as recusas de Bartleby como afronta ou provocação, e, por diversas vezes é contagiado pela nostalgia do rapaz, levando-o a ponderações íntimas sobre a vontade e livre-arbítrio; noutras vezes, sentira raiva e ojeriza àquele comportamento, mas sempre fora prudente e caridoso, dispondo-se a ajudá-lo financeiramente, desde que ele saísse do escritório. Mas Bartleby preferia não. A partir dessa recusa, a situação do escrevente começa assumir contornos irreversíveis.
O advogado vê o taciturno Bartleby cair nas armações de uma sociedade burocrática e pouco bondosa, sem que jamais conseguisse compreender e ajudar aquele jovem de natureza solitária. “Bartleby, o escrivão” possui um dos epílogos mais famosos da literatura americana, pois evoca sustentáveis reflexões sobre aquele gênio tão devotado à contemplação. Essa novela foi publicada em 1853, dois anos depois do livro mais famoso de Melville, Moby Dick.
Por: @lucianalis

site: Para mais resenhas: instagram.com/coletivoleituras
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Gabriel Leite 16/10/2014

Desde já adotando o comportamento de Bartleby para todas as coisas que eu preferiria não fazer.
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araujo 17/06/2011

Bartleby, de Melville.
Bom livro. Não chega a ser uma obra prima, mas pode-se admirar o estilo de Melville. É um livro curto, 37 páginas que se lê rapidamente, mesmo saboreando a escrita de Melville. Todos, vez ou outra, ou até mesmo frequentemente, temos vontade de responder "Acho melhor não" quando instados à uma tarefa que nos desagrada. Bartleby leva isso à última consequência. Achei a última página, onde uma suposta explicação aparece (mas que não explica nada), desnecessária. Cada leitor pode criar seu próprio Bartleby. Cada um vai procurar em seu próprio dia a dia uma razão para querer dizer: "Acho melhor não" ou, como no original, "I would prefer not to".
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Rick-a-book 18/09/2010

I would prefer not to: negando a própria vida.

Herman Melville, famoso pelo imenso, muito comentado e nunca lido Moby Dick (sim, nunca lido, ou você vai querer me dizer que já passou por todas as mais de quinhentas páginas do livro que conta a história do homem em busca de uma baleia?), foi o autor de Bartleby, the Scrivener (Bartleby, o escriturário) em 1856.

Esta novela teria sido uma resposta de Melville, um desabafo, ao fato de sua obra prima – a baleia – não ter vendido como ele havia esperado. Com metade do tamanho que tem hoje, Moby Dick teria sido um sucesso de vendas, mas não foi o caso. Há males que vem pra bem: Melville se chateou e compôs a história de um jovem homem, trabalhando no escritório de um próspero advogado na Wall Street. Reflexo da auto-imagem do autor ou não, este conta a história de um Bartleby que começa suas funções de copista com toda a energia necessária, se não mais. Pouco tempo depois – muito pouco tempo depois, na verdade – de ter sido empregado, começa a se negar a executar as funções de leitura para a comparação das cópias e originais. Sua frase de escape, “I would prefer not to” (Eu preferiria não fazer) logo se torna um bordão. Homem de poucas palavras, Bartleby se digna a soltar seus “I would prefer not” sem qualquer temor, mesmo correndo o iminente risco de perder o emprego. A situação se torna um enigma a ser desvendado, criando no leitor uma ânsia incessante que se estende até as últimas páginas do relato. Na verdade, a impressão é tão pujante que permanece mesmo após o término da leitura.

Bartleby passa pelo inevitável de algumas cenas constrangedoras e outras situações provenientes da falta de ação. Inverossímil? Não, nem um pouco. Uma leitura mais cuidadosa “talvez” – esse maravilhoso “talvez”, que transforma emaranhados de palavras no papel em imortais obras literárias - aponte para causas psicológicas. Filósofo inato, pensador incurável, sonhador distante, melancólico perdido, ou só um rapaz de cabeça oca: qual desses casos seria o de Bartleby?

O livro conta ainda com o bom humor de Melville nas descrições dos outros personagens, os colegas de Bartleby no escritório: um homem que sofre de terríveis indigestões pela manhã, um beberrão que sempre está embriagado às tardes e um garoto de recados.

Altamente indicado.
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