Nausicaä do Vale do Vento - Volume 1

Nausicaä do Vale do Vento - Volume 1 Hayao Miyazaki




Resenhas - Nausicaä do Vale do Vento - vol. 1


53 encontrados | exibindo 46 a 53
1 | 2 | 3 | 4


Biblioteca Álvaro Guerra 24/08/2018

Nausicaä e sua filosofia
Nausicaä é uma princesa que não atende as expectativas padrões do que é ser uma princesa. Sua força e capacidade de compreender o que estão a sua volta é de grande importância para o desenvolvimento do enredo. Com muita ação e conflitos onde sempre deixa com um gostinho de quero mais se da á partir de um mundo pós-apocalipitico que está entrando em outra guerra. O que mais chama atenção é a capacidade da princesa se comunicar com a natureza, com os sentimentos, e com o silêncio. A filosofia desse graphic novel é tão potente que te leva a refletir sobre sua própria existência enquanto ser humano, além das próprias ilustrações lindas que te fazem imergir em um mundo totalmente diferente do nosso.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/85-7616-187-7
comentários(0)comente



Cilmara Lopes 14/08/2016

Nausicaä - Um mangá distópico
Nausicaä era uma princesa de Feácia na Odisséia. A tradução japonesa de Bernard Evslin encantou Hayao Miyazaki.
A princesa Nausicaä destaca-se pela sua força, caráter e seu grande apreço pela natureza.
Estamos numa distopia, nossa gigantesca sociedade industrial após cerca de mil anos de contaminação do ar, da água e destruição da fauna e flora, chegamos ao limite da decadência do nosso ecossistema.
Um grande evento surge "A guerra dos sete dias de fogo", todas as grandes metrópoles são devastadas pelas substâncias tóxicas que elas mesmas produziram, tudo é arruinado, inclusive sua incrível alta tecnologia.
Agora a humanidade vive em uma grande devastação, e a natureza continua desempenhando seu papel, mas de forma bem peculiar...
A terra é dívida em reinos e Nausicaä pertence ao Reino do "Vale do Vento", em busca da sobrevivência essas nações vivem em guerra.
Para quem assistiu "Aventuras de Chiriro" esse mangá é um presente
comentários(0)comente



Breno 19/01/2014

Leve, suave, profundo e belo
O quadrinho, ainda que até hoje poucos saibam, há muito já deixou de ser entretenimento barato pra crianças. Trata de coisas sérias, é belo como é bela qualquer arte. Nisto destacam-se as graphic novels, as bandes dessinès e o mangá.

O mangá, quadrinho japonês, deve não apenas não ser lido como um quadrinho americano. Deve ser contemplado, refletido, visto com paciência, quadro a quadro. Esta regra, claro, vale para o bom mangá, e não aquele puramente comercial que lota as bancas e aniversários da molecada e festivais de cultura japonesa.

Nausicaä do Vale do Vento é um bom mangá.

Lançado parcialmente pela Conrad no Brasil (os volumes restantes podem ser encontrados facilmente na internet, mas em inglês), aquela que é chamada a obra-prima de Hayao Miyazaki recebeu tratamento o mesmo tratamento VIP de suas edições estrangeiras: papel grosso em tom sépia, tamanho grande, uma boa impressão, belas capas coloridas e a reprodução de seus anexos. Nada de tamanho de gibi em papel jornal, como fez a Panini com Lobo Solitário.

A obra merece. Nausicaä, princesa de um país pequeno num futuro apocalíptico tecnológico e medieval -- tema típico da ficção japonesa -- tem um talento especial para lidar com os monstros que povoam a Terra após guerras que destruíram a civilização e contaminaram o meio ambiente, tornando o ar, o solo e a água impróprios para os humanos mas não para insetos gigantes e fungos tóxicos.

Em meio a uma guerra entre as nações humanas sobreviventes, o talento único de Nausicaä parece ser a chave para uma resposta há muito tempo procurada: como tornar o mundo saudável novamente para todos, terminando com a fome e com a poluição.

Nausicaä, escrito no começo da década de 80, é claramente uma ou duas ou mais décadas visionário, porque fala de ecologia sem ser ecochato e é feminista sem ser opressivo ou masculinizante. A princesa, em especial, tem a caracterização típica de Myiazaki: jovem, forte, decidida, focada, feminina. Não é masculinizada mas tampouco precisa de um homem para lhe fazer as coisas ou para lhe dizer o que fazer.

Por que, então, lhes disse que Nausicaä é um bom mangá? Decididamente o roteiro de Miyazaki não é sério o bastante como o da típica Graphic Novel americana ou das bandes dessinès francesas; tampouco é pop como os super-heróis de qualquer nacionalidade, nem cult como os fumetti italianos.

Acho que é pela leveza.

A dedicação que Miyazaki demonstra a cada painel de cada página de Nausicaä é admirável. Não salta aos olhos como o mundo fantástico de Moebius e nem tem o esmero anatômico dos velhos americanos, tampouco o forte contraste do chiaroscuro destes mesmos mestres. Na verdade sequer tem o mesmo impacto que outros famosos japoneses, cult ou pop, de Lobo Solitário a Naruto ou Dragon Ball.

Mas é detalhista, fino, suave, dinâmico, claro. O nível de detalhes de cada quadro é excepcional, e mesmo assim se nota que o desenho é quase um esboço de tão simples, como se feito de uma só vez. O traço de Miyazaki, talvez como os ventos do país de Nausicaäa, é leve, levinho, suave.

Nausicaä, por isso, demanda a contemplação típica do mangá, do bom mangá, de que falei bem ali atrás. Exige que o leitor se detenha mais que uma fração de segundo a cada painel, em especial os mudos, com paisagens, absorvendo cada detalhe. Isso inconscientemente leva a uma imersão mais profunda na obra, aliás, no mundo proposto pelo autor, quase como aquele estado de êxtase profundo das artes marciais japonesas.

O texto de Miyazaki vai pelo mesmo caminho, bastante leve mas nem por isso raso. A história da Terra pós-apocalíptica de Miyazaki tem reinos, reis, princesas, países, mapas, exércitos, política, pessoas, traições e mortes. E ainda assim trata isto tudo como se fosse um conto, acessível a todos.

Realmente genial.

Minha experiência com Nausicaä, é claro, é pessoal. Talvez outra pessoa não tenha a obra em tão alta conta como eu. De todo modo, tenha em mente que se trata, sob qualquer ângulo, de uma pequena preciosidade num mundo em que o entretenimento e a cultura de massa de repente precisaram ser pesadas e impactantes para serem consideradas sérias, e coisas que são mais leves e suaves são necessariamente rasas e tolas. Nausicaä, com mais de trinta anos nas costas, mostra que não precisa ser assim.
comentários(0)comente



Léo 06/07/2012

A civilização nascida no ocidente da Eurásia espalhou-se pelo mundo transformando-se numa enorme sociedade industrial. Após diversos séculos de degradação desenfreada do planeta, houve a Guerra dos Sete Dias de Fogo, que culminou na queda de todas as grandes metrópoles em decorrência da poluição.
As consequências foram drásticas: praticamente toda a avançada tecnologia humana foi perdida e quase todo o meio ambiente tornou-se estéril. No lugar da vegetação surgiu uma enigmática floresta chamada Mar Podre, que libera substâncias letais aos humanos e abriga insetos gigantes.
A humanidade passou a se aglutinar em pequenos reinos, e muito deles formaram alianças para tentar vencer as agruras do novo mundo ou para simplesmente poderem viver em paz. Em um desses reinos, o Vale do Vento, vive a valorosa princesa Nausicaä, que possui uma misteriosa ligação sensorial com os ohmus, os colossais insetos inteligentes que comandam o Mar Podre.

Opinião:

Durante árduos 13 anos, Hayao Miyazaki – autor dos animês A Viagem de Chihiro e O Castelo Animado, ambos lançados no Brasil – se empenhou em realizar este magnífico épico de ficção científica, que foi lançado originalmente em sete volumes, mesmo formato adotado pela editora Conrad.
Além de muita ação, o álbum traz diversos momentos de conteúdo filosófico e de conscientização ecológica. Aliás, o cataclismo e a preocupação ambiental são os motes centrais de toda a saga, que foram explorados superficialmente neste primeiro volume.
Todos os pormenores do pós-guerra são mostrados gradualmente, inserindo o leitor pouco a pouco ao universo criado por Miyazaki. Certamente esse recurso é utilizado em decorrência da riqueza de detalhas contida na história, que poderia deixar o espectador confuso caso não fosse exposta lentamente.
Os desenhos são simplesmente magníficos. A caracterização da fauna, da flora, da arquitetura, dos trajes e dos veículos é incrivelmente rica. Cada página possui diversos quadrinhos, causando a impressão de que o detalhamento e a abundância de informações foram priorizados pelo autor, sem que em nenhum momento se tenha a sensação de prolixidade.
A iniciativa da editora Conrad de publicar Nausicaä do Vale do Vento no Brasil é no mínimo louvável, já que o título é um clássico no Japão e tem tudo para se tornar um dos melhores lançamentos de quadrinhos dos últimos tempos por aqui. Válido para qualquer tipo de leitor, principalmente os apreciadores de histórias complexas que levam à reflexão.

(publicado em: http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp?acao=reviews&cod_review=693&lista=autor)
comentários(0)comente



Victor 16/03/2012

Nausicaä
Nausicaä foi uma princesa da mitologia grega que não foi muito falada nos livros, mas foi ela que salvou Odisseu da morte quando o encontrou sangrando em uma ilha.
Neste mánga ela é retratada como uma jovem guerreira que ficou no lugar de seu pai depois de sua morte, e ela ainda tem o poder de falar com os animais e com os temidos ohmus.
Este livro também fala muito sobre ecologia e filosofia,e de como o homem prejudica a natureza.
comentários(0)comente



Dexter 31/07/2010

Resumindo tudo em apenas um nome, é escrito por Hayao Miyazaki, precisa realmente se dizer mais alguam coisa? Por favor, procure saber quem é o cara.

Gostaria que ele tivesse feito o mesmo por Princesa Mononoke, mas Nausicaä sempre será a menina dos olhos de Hayao.

Intemais
Dex.
comentários(0)comente



Antonio Luiz 15/03/2010

Para adultos e crianças sem medo de crescer
Quem viu "A Viagem de Chihiro" e "O Castelo Animado" só conheceu os sucessos mais recentes da carreira que decolou em 1984 com Nausicaä do Vale do Vento, a primeira animação longa com Hayao Miyazaki como diretor e roteirista. O mangá do mesmo nome, criado para preparar seu lançamento, durou treze anos (de 1982 a 1994) e mostrou-se sua obra mais complexa.

Nausicaä – como Chihiro ou a Sofia do Castelo – é uma heroína tão forte e decidida quanto pura e amorosa. Vive em um mundo fantástico, salva seu amor do perigo e enfrenta monstros, vilãs e vilões que acabam por se mostrar ambivalentes e compreensíveis, ao longo de uma trama pacifista e feminista, avessa ao maniqueísmo e rica em alegorias e alusões sociais, ecológicas e filosóficas. Mas o dejá vu acaba aí: essa princesa guerreira e suas aventuras futuristas e pós-nucleares são únicas e surpreendentes.

Não é preciso banalizar e infantilizar para lucrar sem risco com o público familiar, como tantos acreditam. Em vez de cultivar o lado Homer Simpson do leitor ou da platéia, Miyazaki faz um sucesso estrondoso no Japão e, cada vez mais, também no Ocidente ao convidar crianças e adultos a mergulhar no desconhecido, pensar e amadurecer

comentários(0)comente



53 encontrados | exibindo 46 a 53
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR