Nausicaä do Vale do Vento - Volume 1

Nausicaä do Vale do Vento - Volume 1 Hayao Miyazaki




Resenhas - Nausicaä do Vale do Vento - vol. 1


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bardo 22/01/2024

É natural que um mangá assinado pelo co-fundador do Estúdio Ghibli, Hayao Miyazaki suscite no mínimo curiosidade. Portanto, a primeira coisa a ser dita é que qualquer um que já tenha assistido algo do estúdio vai identificar uma vibe semelhante aqui.
Impressionam o traçado e riqueza de detalhes de Miyazaki, porém exatamente essa imensa riqueza pode atrapalhar um pouco a leitura. Como acontece com alguns mangás em oposição a quadrinhos ocidentais, temos uma quantidade de informação visual gigantesca, sendo por vezes difícil entender o traçado e a ação. Outro ponto que causa alguma confusão é que os traços dos personagens são um tanto genéricos, o leitor desatento pode confundir alguns personagens se não prestar atenção.
Tais pontos porém empalidecem diante da ambiciosa narrativa desenvolvida, Miyazaki rapidamente desperta o interesse do leitor, mostrando o cenário, mas esclarecendo o leitor a conta gotas. A despeito de desde o início entendermos que Nausicaä é diferente só próximo ao fim do volume começamos a entender o porquê.
O ponto alto para além das intrigas de guerra é a estranha relação da natureza desse mundo devastado e a ação dos misteriosos Ohmus. É uma ideia interessante e não exatamente despropositada, com profundos ecos na nossa relação suicida com relação a Natureza.
Aliás a obra não é nem um pouco sútil ao se apresentar como um futuro possível. Ainda é cedo para conjecturar os rumos da narrativa, mas não deixa de se fazer notar a nota irônica de que enquanto os homens guerreiam, forças muito maiores tem intenções que nem sequer consideram humanos como importantes.
Ozzy 26/01/2024minha estante
Ganhei esse mangá de aniversário mês passado, logo pego ele para ler também


bardo 26/01/2024minha estante
Acredito que vá curtir, já no primeiro volume é bem interessante.




Antonio Luiz 15/03/2010

Para adultos e crianças sem medo de crescer
Quem viu "A Viagem de Chihiro" e "O Castelo Animado" só conheceu os sucessos mais recentes da carreira que decolou em 1984 com Nausicaä do Vale do Vento, a primeira animação longa com Hayao Miyazaki como diretor e roteirista. O mangá do mesmo nome, criado para preparar seu lançamento, durou treze anos (de 1982 a 1994) e mostrou-se sua obra mais complexa.

Nausicaä – como Chihiro ou a Sofia do Castelo – é uma heroína tão forte e decidida quanto pura e amorosa. Vive em um mundo fantástico, salva seu amor do perigo e enfrenta monstros, vilãs e vilões que acabam por se mostrar ambivalentes e compreensíveis, ao longo de uma trama pacifista e feminista, avessa ao maniqueísmo e rica em alegorias e alusões sociais, ecológicas e filosóficas. Mas o dejá vu acaba aí: essa princesa guerreira e suas aventuras futuristas e pós-nucleares são únicas e surpreendentes.

Não é preciso banalizar e infantilizar para lucrar sem risco com o público familiar, como tantos acreditam. Em vez de cultivar o lado Homer Simpson do leitor ou da platéia, Miyazaki faz um sucesso estrondoso no Japão e, cada vez mais, também no Ocidente ao convidar crianças e adultos a mergulhar no desconhecido, pensar e amadurecer

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Dexter 31/07/2010

Resumindo tudo em apenas um nome, é escrito por Hayao Miyazaki, precisa realmente se dizer mais alguam coisa? Por favor, procure saber quem é o cara.

Gostaria que ele tivesse feito o mesmo por Princesa Mononoke, mas Nausicaä sempre será a menina dos olhos de Hayao.

Intemais
Dex.
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Victor 16/03/2012

Nausicaä
Nausicaä foi uma princesa da mitologia grega que não foi muito falada nos livros, mas foi ela que salvou Odisseu da morte quando o encontrou sangrando em uma ilha.
Neste mánga ela é retratada como uma jovem guerreira que ficou no lugar de seu pai depois de sua morte, e ela ainda tem o poder de falar com os animais e com os temidos ohmus.
Este livro também fala muito sobre ecologia e filosofia,e de como o homem prejudica a natureza.
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Léo 06/07/2012

A civilização nascida no ocidente da Eurásia espalhou-se pelo mundo transformando-se numa enorme sociedade industrial. Após diversos séculos de degradação desenfreada do planeta, houve a Guerra dos Sete Dias de Fogo, que culminou na queda de todas as grandes metrópoles em decorrência da poluição.
As consequências foram drásticas: praticamente toda a avançada tecnologia humana foi perdida e quase todo o meio ambiente tornou-se estéril. No lugar da vegetação surgiu uma enigmática floresta chamada Mar Podre, que libera substâncias letais aos humanos e abriga insetos gigantes.
A humanidade passou a se aglutinar em pequenos reinos, e muito deles formaram alianças para tentar vencer as agruras do novo mundo ou para simplesmente poderem viver em paz. Em um desses reinos, o Vale do Vento, vive a valorosa princesa Nausicaä, que possui uma misteriosa ligação sensorial com os ohmus, os colossais insetos inteligentes que comandam o Mar Podre.

Opinião:

Durante árduos 13 anos, Hayao Miyazaki – autor dos animês A Viagem de Chihiro e O Castelo Animado, ambos lançados no Brasil – se empenhou em realizar este magnífico épico de ficção científica, que foi lançado originalmente em sete volumes, mesmo formato adotado pela editora Conrad.
Além de muita ação, o álbum traz diversos momentos de conteúdo filosófico e de conscientização ecológica. Aliás, o cataclismo e a preocupação ambiental são os motes centrais de toda a saga, que foram explorados superficialmente neste primeiro volume.
Todos os pormenores do pós-guerra são mostrados gradualmente, inserindo o leitor pouco a pouco ao universo criado por Miyazaki. Certamente esse recurso é utilizado em decorrência da riqueza de detalhas contida na história, que poderia deixar o espectador confuso caso não fosse exposta lentamente.
Os desenhos são simplesmente magníficos. A caracterização da fauna, da flora, da arquitetura, dos trajes e dos veículos é incrivelmente rica. Cada página possui diversos quadrinhos, causando a impressão de que o detalhamento e a abundância de informações foram priorizados pelo autor, sem que em nenhum momento se tenha a sensação de prolixidade.
A iniciativa da editora Conrad de publicar Nausicaä do Vale do Vento no Brasil é no mínimo louvável, já que o título é um clássico no Japão e tem tudo para se tornar um dos melhores lançamentos de quadrinhos dos últimos tempos por aqui. Válido para qualquer tipo de leitor, principalmente os apreciadores de histórias complexas que levam à reflexão.

(publicado em: http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp?acao=reviews&cod_review=693&lista=autor)
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Breno 19/01/2014

Leve, suave, profundo e belo
O quadrinho, ainda que até hoje poucos saibam, há muito já deixou de ser entretenimento barato pra crianças. Trata de coisas sérias, é belo como é bela qualquer arte. Nisto destacam-se as graphic novels, as bandes dessinès e o mangá.

O mangá, quadrinho japonês, deve não apenas não ser lido como um quadrinho americano. Deve ser contemplado, refletido, visto com paciência, quadro a quadro. Esta regra, claro, vale para o bom mangá, e não aquele puramente comercial que lota as bancas e aniversários da molecada e festivais de cultura japonesa.

Nausicaä do Vale do Vento é um bom mangá.

Lançado parcialmente pela Conrad no Brasil (os volumes restantes podem ser encontrados facilmente na internet, mas em inglês), aquela que é chamada a obra-prima de Hayao Miyazaki recebeu tratamento o mesmo tratamento VIP de suas edições estrangeiras: papel grosso em tom sépia, tamanho grande, uma boa impressão, belas capas coloridas e a reprodução de seus anexos. Nada de tamanho de gibi em papel jornal, como fez a Panini com Lobo Solitário.

A obra merece. Nausicaä, princesa de um país pequeno num futuro apocalíptico tecnológico e medieval -- tema típico da ficção japonesa -- tem um talento especial para lidar com os monstros que povoam a Terra após guerras que destruíram a civilização e contaminaram o meio ambiente, tornando o ar, o solo e a água impróprios para os humanos mas não para insetos gigantes e fungos tóxicos.

Em meio a uma guerra entre as nações humanas sobreviventes, o talento único de Nausicaä parece ser a chave para uma resposta há muito tempo procurada: como tornar o mundo saudável novamente para todos, terminando com a fome e com a poluição.

Nausicaä, escrito no começo da década de 80, é claramente uma ou duas ou mais décadas visionário, porque fala de ecologia sem ser ecochato e é feminista sem ser opressivo ou masculinizante. A princesa, em especial, tem a caracterização típica de Myiazaki: jovem, forte, decidida, focada, feminina. Não é masculinizada mas tampouco precisa de um homem para lhe fazer as coisas ou para lhe dizer o que fazer.

Por que, então, lhes disse que Nausicaä é um bom mangá? Decididamente o roteiro de Miyazaki não é sério o bastante como o da típica Graphic Novel americana ou das bandes dessinès francesas; tampouco é pop como os super-heróis de qualquer nacionalidade, nem cult como os fumetti italianos.

Acho que é pela leveza.

A dedicação que Miyazaki demonstra a cada painel de cada página de Nausicaä é admirável. Não salta aos olhos como o mundo fantástico de Moebius e nem tem o esmero anatômico dos velhos americanos, tampouco o forte contraste do chiaroscuro destes mesmos mestres. Na verdade sequer tem o mesmo impacto que outros famosos japoneses, cult ou pop, de Lobo Solitário a Naruto ou Dragon Ball.

Mas é detalhista, fino, suave, dinâmico, claro. O nível de detalhes de cada quadro é excepcional, e mesmo assim se nota que o desenho é quase um esboço de tão simples, como se feito de uma só vez. O traço de Miyazaki, talvez como os ventos do país de Nausicaäa, é leve, levinho, suave.

Nausicaä, por isso, demanda a contemplação típica do mangá, do bom mangá, de que falei bem ali atrás. Exige que o leitor se detenha mais que uma fração de segundo a cada painel, em especial os mudos, com paisagens, absorvendo cada detalhe. Isso inconscientemente leva a uma imersão mais profunda na obra, aliás, no mundo proposto pelo autor, quase como aquele estado de êxtase profundo das artes marciais japonesas.

O texto de Miyazaki vai pelo mesmo caminho, bastante leve mas nem por isso raso. A história da Terra pós-apocalíptica de Miyazaki tem reinos, reis, princesas, países, mapas, exércitos, política, pessoas, traições e mortes. E ainda assim trata isto tudo como se fosse um conto, acessível a todos.

Realmente genial.

Minha experiência com Nausicaä, é claro, é pessoal. Talvez outra pessoa não tenha a obra em tão alta conta como eu. De todo modo, tenha em mente que se trata, sob qualquer ângulo, de uma pequena preciosidade num mundo em que o entretenimento e a cultura de massa de repente precisaram ser pesadas e impactantes para serem consideradas sérias, e coisas que são mais leves e suaves são necessariamente rasas e tolas. Nausicaä, com mais de trinta anos nas costas, mostra que não precisa ser assim.
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Cilmara Lopes 14/08/2016

Nausicaä - Um mangá distópico
Nausicaä era uma princesa de Feácia na Odisséia. A tradução japonesa de Bernard Evslin encantou Hayao Miyazaki.
A princesa Nausicaä destaca-se pela sua força, caráter e seu grande apreço pela natureza.
Estamos numa distopia, nossa gigantesca sociedade industrial após cerca de mil anos de contaminação do ar, da água e destruição da fauna e flora, chegamos ao limite da decadência do nosso ecossistema.
Um grande evento surge "A guerra dos sete dias de fogo", todas as grandes metrópoles são devastadas pelas substâncias tóxicas que elas mesmas produziram, tudo é arruinado, inclusive sua incrível alta tecnologia.
Agora a humanidade vive em uma grande devastação, e a natureza continua desempenhando seu papel, mas de forma bem peculiar...
A terra é dívida em reinos e Nausicaä pertence ao Reino do "Vale do Vento", em busca da sobrevivência essas nações vivem em guerra.
Para quem assistiu "Aventuras de Chiriro" esse mangá é um presente
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Biblioteca Álvaro Guerra 24/08/2018

Nausicaä e sua filosofia
Nausicaä é uma princesa que não atende as expectativas padrões do que é ser uma princesa. Sua força e capacidade de compreender o que estão a sua volta é de grande importância para o desenvolvimento do enredo. Com muita ação e conflitos onde sempre deixa com um gostinho de quero mais se da á partir de um mundo pós-apocalipitico que está entrando em outra guerra. O que mais chama atenção é a capacidade da princesa se comunicar com a natureza, com os sentimentos, e com o silêncio. A filosofia desse graphic novel é tão potente que te leva a refletir sobre sua própria existência enquanto ser humano, além das próprias ilustrações lindas que te fazem imergir em um mundo totalmente diferente do nosso.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/85-7616-187-7
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delicadas.leituras 29/11/2020

A heroína é a princesa
Inspirado pela princesa de "Odisseia" e pela heroína de "The Tales of the Past and Present", o autor criou a marcante personagem Nausicaa que nos levará no combate numa aeronave através da floresta de terra envenenada até o mar podre de um planeta destruído pelo homem na 'guerra dos sete dias de fogo' e devastado pela poluição. Qual é a do mar podre? Leia e saberá.
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Rafael.Nagao 07/09/2022

Ansioso pelo próximo volume
Nunca assiste esse filme, mas justamente pq sempre tive interesse em ler o mangá e que mangá meus amigos!
A história é intrigante e os desenhos são belíssimos.
A personagem principal é do tipo de protagonista que cativa o leitor nas primeiras páginas.
Se eu pudesse resumir esse primeiro volume seria uma mistura de AVATAR com STAR WARS e PEQUENO PRÍNCIPE. Enfim uma obra prima.
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Guiga 07/09/2022

Nausicaä é a princesa do Vale do Vento, o único lugar que não foi atingido pelo ar mortífero vindo do Mar Podre.
Ela possui um poder único no qual ela não sabe dominar, mas que claramente busca a cura e não destruição .
Nesse primeiro volume acompanhamos sua missão que envolve entregar uma pedra ao príncipe de Pejite. Esse item é misterioso e muito cobiçado por outros líderes políticos, causando conflitos.

Foi uma delícia revisitar o Vale do Vento e relembrar a força da natureza que é Nausicaä, acompanhada das ilustrações primorosas do Miyazaki. Ansiosa pelos próximos volumes ?
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Carol 07/09/2022

Clássico do entretenimento japonês
Nausicaä do Vale do Vento é uma história que eu desejava adquirir desde o anúncio de lançamento do título pela JBC.

Para quem já viu a animação do Studio Ghibli, o mangá é a origem e inspiração. O legal é que o criador do mangá também esteve envolvido no desenvolvimento da animação, trazendo mais proximidade à história.

A edição da JBC tem um tamanho maior que o costume para um mangá, tanto na altura como na largura, utiliza papel de qualidade no miolo, ainda acompanha um mapa colorido e poster (também colorido)! O primeiro volume está muito bonito.

A edição #1 vai nos apresentar a princesa Nausicaä, sua terra natal (Vale do Vento) e o mundo em que vivem - o qual foi destruído por causa da poluição causada pelos seres humanos. Um enredo praticamente atemporal.

Recomendo muito.
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Maria Júlia 11/09/2022

Já havia lido este volume, mas com a edição da Conrad. Sobre a edição, não há muita diferença, mas sobre capa etc acho que a Conrad se saiu melhor. Mas oq importa é o conteúdo, então... Tá lindo. Nausicaä é uma obra maravilhosa, a arte do Miyazaki é de encher os olhos. As hachuras são maravilhosas, o cenário, as linhas de ação, tudo!

Gosto muito da mensagem que essa história passa. Faz uma crítica à exploração desenfreada do nosso planeta, mas sem cair nessa de que o ser humano deve ser extinto, pelo contrário: traz uma mensagem de esperança e a possibilidade de construir um futuro melhor.

Vale muito a pena! E vejam o filme também, que é lindíssimo.
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Fernando 18/09/2022

Nausicaä
O mangá do premiado cineasta Hayao é uma extensão em quadrinhos de toda a beleza e poesia que há em seus filmes.

Dessa forma, torna-se necessário ler este mangá para abstrair ao máximo toda a essência desse criador único.

Nausicaä é a heroína da minha vida. Eu vejo nela toda a complexidade que existe no nosso mundo contemporâneo.

Esse primeiro volume apresenta de forma magistral esse mundo de insetos gigantes e tecnologia steampunk. É com a Mehve, planador de Nausicaä, sobrevoando o Mar Podre que nos apaixonamos por cada detalhe desse vasto mundo.
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