A mão e a luva

A mão e a luva Machado de Assis
Machado de Assis




Resenhas - A mão e a luva


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Bruno.Dellatorre 18/04/2020

Posso ser sincero?
Só vou ler Dom Casmurro e O Alienista dele por causa da escola. Não fosse por isso, eu não leria nunca mais nada que fosse dele.
Wallace.Coelho 18/04/2020minha estante
?? Aposto que vc vai mudar seu conceito.


Bruno.Dellatorre 18/04/2020minha estante
Desejo de todo o coração que isso aconteça kkkkk porque esse A mão e a luva... pelo amor de Deus! Todos estão me tranquilizando, dizendo que Dom Casmurro é melhor... estou confiante.


Stéphanie 10/05/2020minha estante
?Lê de novo que tu leu errado? kkkkkkk... Eu particularmente amo a escrita de Machado??, é maravilhosa. A minha obra preferida é Memórias Póstumas de Brás Cubas ???? A mão e a luva traz a inconfundível escrita dele, mas confesso que achei a história meio sem graça...rs


Bruno.Dellatorre 10/05/2020minha estante
Também achei a história meio sem graça kkkk




Bia 15/06/2020

Que leitura surpreendente!
Meu primeiro livro de Machado de Assis, e devo dizer que foi um romance delicioso e bem incomum de se ler.
Alice2372 15/06/2020minha estante
Amo autores clássicos, ainda mais sendo nacionais. Machado foi um dos responsáveis pelo meu amor à literatura.


Bia 15/06/2020minha estante
Com certeza eu irei ler mais livros dele, acho q a mão e a luva foi um bom começo. To entrando aos poucos nesse mundo dos clássicos, mas já to amando.


Alice2372 15/06/2020minha estante
Continue, Bia! ? de apaixonar!


Bia 15/06/2020minha estante
??




Rayza.Figueiredo 24/03/2022

o romance ideal
segundo romance de Machado de Assis, e ja podemos perceber sua sagacidade e perspicácia;
aqui (e como deveria ser na vida), o relacionamento não depende apenas de amor, tampouco apenas interesses relevantes;
o segredo de um bom casamento deveria estar no amor próprio de cada um; ter sentimentos, sim; mas ter também ambições próprias.
Bruna Gomes 24/03/2022minha estante
Penso igual! Deu vontade de ler ?


Rayza.Figueiredo 24/03/2022minha estante
leeeiia! é curtinho ?


Kássio Meniglim 25/03/2022minha estante
Eu achei interessante porque todos eles pareciam gostar dela, cada um de sua maneira. Mas, por fim, ela faz a sua escolha com os critérios que acha ser relevante para ela naquele momento. E assim acontece na vida.
Eu também concordo com o seu pensamento. E é uma excelente forma de seguir em frente, principalmente quando ocorre (ou não) algo que não está em nosso controle.
Ademais, Machado é bom demais!


Rayza.Figueiredo 25/03/2022minha estante
Machado sempre genial




Isabellacnc 05/01/2010

Entre fim e finalidade

Inicialmente influenciado pelo romantismo, que rondava ainda sobre a época, ao final do século XIX, Machado de Assis fez em A mão e a luva algo que posteriormente não adotaria. Posto que a obra foi concebida ao começo de sua carreira, tinha uma estética (com razão) não muito definida. No entanto, mesmo precocemente, Machado já demonstrava uma posição sobre algumas de suas características que se firmam mais ao longo de sua carreira, como o notável uso da linguagem sarcástica.
A obra machadiana gira em torno de Guiomar, uma jovem órfã bastante ambiciosa e humilde que decide, de forma determinada, o alcance de seus objetivos materiais, sua ambição pela posição social e fortuna. Durante a trama, ela é disputada por três jovens rapazes com estereótipos tradicionais. Estevão, que faz a linha romântica, é sensível e apaixonado. Entretanto, Machado o apresenta de uma forma ridícula, o que traz em sua aparição na obra, um teor simplista e diminuto. Luis Alves, grande amigo de Estevão, e que, inicialmente, não apresenta interesse por Guiomar, passa a vê-la com outros olhos quando entende o gênio ambicioso da moça. Essa percepção faz com que o jovem compreenda seus motivos, e isso o encanta, pois, é também, um ambicioso puro. Jorge é o tipo pastelão, tem interesse pela moça, mas é de certa forma indiferente. Se a tiver, ótimo, se não, não muda muita coisa. Sua personalidade é vazia e simples, não tem grandes planos de vida e dá, durante a trama, uma sensação de inércia.
Guiomar, que fazia de tudo para agradar sua madrinha, uma rica baronesa, não imaginava que esta preferia, dentre os três, Jorge, que era da família. No entanto, por nunca ter se mostrado ausente ou feito algo errôneo, a velha baronesa confiava e botava créditos no sobrinho, pois era uma boa pessoa. A ambiciosa afilhada não queria se casar nem com Estevão, que aos seus olhos, parecia algo patético, nem com Jorge, em quem não via nada de mais (não era bom nem ruim). Nenhum dos dois despertava a curiosidade de Guiomar, exceto Luis Alves. Para ela, o jovem rapaz parecia misterioso, mas ao mesmo tempo astuto, sabia o que falar e como falar, admirava-o pela sua esperteza.
Entre o desejo do coração e a ambição, Guiomar encontrou em Luis Alves as duas coisas. Um homem que desejava poder social e político, e alguém que a amava pelos mesmos motivos que a fazia amá-lo. A união entre eles parecia a perfeição e, durante toda a obra, já se via esse final. Porém, o intuito de Machado não era criar algo inesperado, mas sim, demonstrar as características de se fazê-lo assim, previsível. A mão e a luva não é o tipo de narrativa em que se observa como os fatos se desencadeiam, mas com que propósito. E o que ele mostra é que entre Guiomar e Luis Alves havia a verdadeira sintonia, o encaixe perfeito que uma mão consegue ao colocar uma luva. Os dois tinham ideais parecidos e iriam lutar por eles, assim como retrata o último diálogo do livro.
O livro veio em formato de folhetim, tipicamente utilizado no século XIX, quando a imprensa brasileira se instalava com força no país. O gênero era muito usual e servia de auxilio às vendas dos periódicos. As obras eram escritas em sequência, e feitas, geralmente, para gerar a expectativa do leitor pelo próximo capítulo. O folhetim atingiu seu auge na segunda metade do século, juntamente quando essa trama surgiu. Não se pode dizer que, por ter sido feita nesse formato, houve diminuição da qualidade machadiana. Mesmo que muitas obras tenham perdido a complexidade que se "exige" em um romance, a obra machadiana não se afetou, sendo vista em A mão e a luva personagens intensos e descrições fortes.
Graças a Francisco de Paula Brito, notório jornalista da época, Joaquim Maria Machado de Assis pôde se estabelecer e criar um universo literário mundialmente conhecido. Paula de Brito foi um grande defensor do Folhetim, da informação e, enfim, do saber.
CamyTom 22/10/2011minha estante
A resenha tá tão impessoal. Parece até que foi tirado de um livro didático.


Marina516 21/11/2013minha estante
Uau! Uma descrição simples e completa da obra.


Lili 17/10/2020minha estante
Ouvi o livro narrado por Viktor D. Salis. Simplesmente perfeito!!! Vale a pena procurar por livros narrados por esse professor universitário!!!


robertallaura 11/12/2021minha estante
Está obra é magnífica, e a forma como você descreveu desperta ainda mais a vontade de reler. Incrível!!




Michela Wakami 28/07/2022

De leitura fácil e rápida, um romance gostoso de ser ler.
Aonde o casal se encaixam um ao outro, como uma luva a mão.
Maravilhoso.
Aline Oliveira 28/07/2022minha estante
Dá vontade de ler tudo do Machado, ?


Michela Wakami 28/07/2022minha estante
Verdade, Aline. Amo.??


Carolina.Gomes 29/07/2022minha estante
Amo??


Michela Wakami 29/07/2022minha estante
Carolina ????????




Andréa 14/03/2010

Mulheres as vezes são mais que só coração
Depois de conhecer Helena, a mais pura representação da alma romântica, eis que me aparece Guiomar, jovem fria e ambiciosa, onde o sentimento parece não tocar o coração, mesmo que este esteja humilhado a seus pés.Essa foi minha primeira impressão da personagem, mas no desenrolar da estória pude perceber a clara diferença entre os três pretendentes que disputavam seu amor e não foi com admiração que pude entender o porque de sua escolha. Um sonhador que acreditava que seu amor era suficiente para ser amado; um rico herdeiro que gastava a vida com futilidades e um jovem que acredita em sim mesmo e buscava com seus próprios esforços alcançar o sucesso e o reconhecimento. Todos a vêem como a mulher ambiciosa que pretendia pelo casamento alcançar riqueza e status. Mas discordo um pouco dessa análise pois não apenas o escolhido lhe traria luxo, uma vida confortável e segura, a verdade é que Guiomar procurava mais que isso, ela precisava admirar o homem a quem se entregar, e apenas um dos pretendentes poderia despertar tal sentimento, pois também tinha o mesmo pensamento. Mas não creio que nesse caso a ambição seja um crime, uma vez que o que foi almejado e conseguido, tenha sido sem prejuízo de outros. Particularmente, para amar uma pessoa, antes de tudo preciso admirá-la, não basta que esta me ame, Guiomar era assim, a "razão antes do coração", mas ainda que esteja em segundo plano, o coração também tem seu peso na decisão, o difícil é conseguir atender os dois na vida real.



Nanda 26/11/2012minha estante
Muito boa a sua resenha!


nando 26/11/2012minha estante
Um octógono: ambição X romântico .Vitória da ambição."os mais fortes vencem os menos fortes"...


Aline 05/02/2014minha estante
Amo as persoangens femininas de Machado. Ele sempre cria mulheres incriveis.




Carlos Nunes 16/03/2022

Mais um Machado pra conta.
Acho que ainda não tinha lido nada do Machado romântico, acho que tinha um certo preconceito como o gênero, por conta de outros clássicos que li de outros autores dessa escola. Mas, se o Machado não foge do tema dos casamentos arranjados, dos namoros castos, dos devaneios românticos, do sofrimento por amor, ainda assim conseguimos ver nesse livro muito do Machado irônico e perspicaz de suas obras mais conhecidas. Se temos uma donzela casadoira, ela não tem nada de ingênua e sofredora, mas é bem espertinha e sabe muito bem o que quer, não hesitando em ser direta e até mesmo grosseira em suas respostas, mas também dissimulada e manipuladora para conseguir o que deseja. E se também temos um jovem batalhador, que sofre por um amor não correspondido e pensa em suicídio, temos como contraponto dois outros, um que encara a vida de forma bem realista, que sabe muito bem aonde quer chegar e o que precisa fazer para alcançar seus objetivos e um outro, mauricinho, rico, fútil e que dança conforme a música, desde que isso mantenha seu status de riquinho playboy bem visto na sociedade. Junte-se a isso uma governanta inglesa mexeriqueira e uma tia viúva que perdeu uma filha e por isso dedica sua vida à afilhada e temos uma obra que, se ainda traz uma traminha boba, já deixa transparecer muito da genialidade do nosso maior escritor. Leitura rápida, muito prazerosa e bastante recompensadora.
Rayza.Figueiredo 16/03/2022minha estante
ja leu Ressurreição?


Carlos Nunes 16/03/2022minha estante
Ainda não.


Letícia 19/03/2022minha estante
Adoro esse livro! já li duas vezes, e não sou acostumada a fazer releituras.




.Ju 23/06/2022

bem legal
me identifiquei bastante com a personalidade da Guiomar e até que gostei dos outros personagens também... a história é relativamente simples e a narrativa é bem fluída. Foi bom conhecer essa obra!
Clara3322 23/06/2022minha estante
O Machado de Assis sendo oficialmente bancado por vc


.Ju 24/06/2022minha estante
KAKAKAKAKAKKAKAKAKA eu cm ctz faria dele um bilionário




Clara 09/07/2022

a mão e a luva
como sempre, machado de assis não peca na escrita e em se mostrar a frente de seu tempo. ele consegue criar personagens interessantes, com motivações e caráter críveis em poucas páginas. gostei muito de ler sobre todos os personagens (talvez Jorge nem tanto.
fala-se muito sobre o amor, sobre amor próprio, o que eu não esperava na literatura tão antiga, com uma mulher forte que sabe o que quer.

por fim, foi muito interessante ler algo da época romântica do machado, com certeza irei ler mais disto.
Tatynobre.Almeida 09/07/2022minha estante
Amo as protagonistas de Machado de Assis


Clara 09/07/2022minha estante
até agora nenhuma decepcionada, um motivo a mais para amar esse autor!




Natália Carolina 15/07/2022

Clássicos são clássicos...
Segundo romance de Machado de Assis, lido no projeto de leitura dos romances em ordem cronológica.

Machado sabe prender a atenção dos leitores de uma maneira incrível. Eu amo!!!

A história gira em torno de uma mulher que vive na alta sociedade e de sua escolha pelo futuro marido. as críticas à sociedade são tão sutis e ao mesmo tempo tão potentes.... Incrível!!!
Carolina.Gomes 16/07/2022minha estante
Maravilhoso!!


Natália Carolina 18/07/2022minha estante
Demais Carol!




Carolina.Gomes 11/05/2021

Guiomar: ambiciosa e pragmática
Em seu segundo romance, Machado conta a história de Guiomar: uma protagonista com P maiúsculo. Uma mulher que, longe de se contentar com um destino previamente escolhido, tomou as rédeas da própria vida e escolheu o que quis.
Narrativa perfeita, personagens muito bem construídos, além de todos os elementos que fazem desse um romance tipicamente machadiano.

Amei!
Katia Rodrigues 11/05/2021minha estante
Resumiu perfeitamente ? Concordo plenamente com tudo. A Guiomar é uma personagem maravilhosa, sou fã.


Carolina.Gomes 11/05/2021minha estante
Maravilhosa!! ??????




Aline Teodosio @leituras.da.aline 19/06/2018

"A felicidade é isso mesmo; raro lhe sobra memória para as dores alheias."

É com essa frase que Machado arrebata toda essa obra. Apesar de ter sido escrita ainda em sua fase romântica, ela já nos dá pistas do realismo irônico tão característico do autor.

O enredo principal gira em torno de Guiomar, uma bela jovem apadrinhada por uma rica baronesa, que torna-se o centro das atenções de três distintos rapazes: Estêvão, Jorge e Luís Alves. A narrativa, portanto, discorre sobre a tão esperada escolha da cobiçada moça.

Mas engana-se quem aqui pensa encontrar uma romântica e pomposa história de amor à moda antiga. Bem que poderia ser, mas Machado não seria Machado se não nos desse um choque de realidade. Diferente das personagens idealizadas dos romances românticos, aqui elas são demasiadas humanas. O autor as retrata como gente que ama, mas que também tem o pé no chão. Que tem dignidade, mas que também tem ambição. Que respeita o outro, mas que sempre pensa mais em si (dane-se a dor do outro, o egoísmo rege a humanidade). Ele pincela o ser humano como humano: com seus valores e seus defeitos.

Esperava eu (com meu romantismo incubado e bem bem bem escondido) um viés, talvez, de conto de fadas, onde o amor é o auge supremo da vida. Mas Guiomar não nasceu para um simples papel de mocinha que se deixa levar por paixonites. Ela é bem mais esperta que isso.
Luize 19/06/2018minha estante
E é justamente por essa pitada de realismo que eu adoro essa obra (romântica a la Machado).

Normalmente não curto muito as obras do romantismo, mas gostei muito do final desse livro.


Aline Teodosio @leituras.da.aline 19/06/2018minha estante
Até na fase romântica ele solta as dele. Kkkkkkk não é a toa que é o grande nome da nossa literatura. Gosto demais, mas dessa vez eu tava romantiquinha. Kkkk




Sté 10/12/2021

Como se aquela luva tivesse sido feita para aquela mão
Livro maravilhoso e muito gostoso de ler. Eu já sabia do fim, mas nem por isso me vi impedida de ler (e olha que não gosto nem um pouco de spoilers).
Guiomar e seu pretendente (que foi aceito) são de fato a mão e a luva, duas almas que sonham igual e tem intenções iguais. São fortes e decididos, ambiciosos e seguros de si, em ações, em palavras e em todo o resto.
"[...] A vontade e a ambição, quando verdadeiramente dominam, podem lutar com outros sentimentos, mas hão de sempre vencer, porque elas são as armas do forte, e a vitória é dos fortes [...]", p. 102.

Esse trecho abaixo eu destaco por sentir a mulher da época, o modo como era tratada, mesmo que de boa família, não era nada além de moeda de troca. Mas no fim, a "mãe" de Guiomar tinha um coração tão bom, que aquela foi poupada de uma vida infeliz.
"[...] Nenhuma consulta, nenhuma autorização prévia; parecia-lhe que a tratavam como ente absolutamente passivo, sem vontade nem eleição própria, destinado a satisfazer caprichos alheios [...]", p. 101.
Katia Rodrigues 10/12/2021minha estante
Amo!!! Meu preferido do Machado ??


Sté 10/12/2021minha estante
Dos poucos que li dele, esse é de longe o meu favorito agora ?




Isabela 26/10/2015

Romance o.k.
Bom, não sou muito entendedora de literatura... Minha opinião é que, depois de ler clássicos do Machado de Assis como Dom Casmurro, esse ficou no chinelo. É um romance bem previsível, vem escrito, poucos personagens, sendo alguns completamente dispensáveis... Tem muita sofrência emocional também, o que me causou um certo enjoo pq parecia que eu sempre lia e relia o mesmo capítulo. A personagem principal é muito boa, fora ela, os demais são muito pouco desenvolvidos.
Patrick.Tournier 09/09/2017minha estante
Você precisa estudar a crinologia das obras do machado. Este é o segundo livro dele, muito antes das obras primas.


Patrick.Tournier 09/09/2017minha estante
Cronologia.




José Martino Escritor 17/10/2010

Sobre "A Mão e a Luva"
O romance A Mão e a Luva, da mesma maneira que Ressurreição, não apresenta grande movimento ou peripécias; antes, o autor procura analisar as personalidades de dois ambiciosos, Guiomar e Luís Alves. A moça, órfã desde os treze anos, mora com sua madrinha, tratada no romance apenas por baronesa, numa chácara vizinha à casa de Luís Alves. Além deste jovem advogado, Guiomar é cobiçada também por outros dois rapazes, Jorge, sobrinho da baronesa e Estevão, amigo de Luís Alves. Mas nenhum dos dois é capaz de tocar o coração da jovem. Ambiciosa, ela deseja o amor, mas o amor de alguém que pudesse elevá-la de sua posição de moça pobre, que mora de favor com a madrinha:

“Ela queria um homem que, ao pé de um coração juvenil e capaz de amar, sentisse dentro em si a força bastante para subi-la aonde a vissem todos os olhos.”

O sonho da baronesa é que a afilhada se case com seu sobrinho, Jorge. Tanto este, quanto Luís Alves, pedem a moça em casamento e a baronesa lhe afirma que ela deve escolher entre os dois. Para não se mostrar ingrata à madrinha, Guiomar diz que prefere se casar com Jorge, contrariando seu coração. A baronesa, porém, percebe que o desejo da menina é outro e lhe conta que se sentirá feliz qualquer que seja a escolha dela. Assim, o romance termina com o casamento de Luís Alves com Guiomar, o ajuste perfeito daquelas duas ambições:

“Guiomar, que estava de pé defronte dele, com as mãos presas nas suas, deixou-se cair lentamente sobre os joelhos do marido, e as duas ambições trocaram o ósculo fraternal. Ajustavam-se ambas, como se aquela luva tivesse sido feita para aquela mão.”

Durante a vida do escritor, A Mão e a Luva contou apenas uma reedição, no ano de 1907. Curiosamente, o romance teve pouquíssima repercussão na imprensa, saindo apenas uma ou outra nota em A Semana Ilustrada e em O Mequetrefe. Como o livro fazia parte de uma coleção intitulada “Biblioteca do Globo”, parece que a concorrência não quis divulgar o romance em suas páginas.
A única crítica a respeito de A Mão e a Luva, que pode receber este nome, não saiu no Brasil, mas em Nova York, na revista Novo Mundo, editada por José Carlos Rodrigues. Assinado por Araucarius, que encobria o nome do cônego Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro, professor do Colégio de D. Pedro II, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e que em 1871 havia presenteado Machado de Assis com trinta e nove grossos volumes da Revista daquela instituição, este artigo não era muito simpático ao romance de Joaquim Maria:

“Mostrou-se ainda uma vez o ilustre romancista esmerado cultor da forma, mantendo os foros dum dos nossos primeiros estilistas; a substância, porém, não condiz com esse primor externo; visto como não parecem estar nas notas do seu diapasão temas de longo fôlego. Fracos são os caracteres; a urdidura, despida de interesse comovente; a ação, fria; e o desfecho, intuitivo desde o primeiro ato.”
sonia 19/05/2013minha estante
muio interessante as informações históricas - a crítica de NY.




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