Lu Reis 24/12/2020| Todo mundo sabe que um pequeno atraso pode mudar completamente a sua vida, e essa é justamente a premissa desse romance escrito em 1856. CINCO MINUTOS foi o tempo que o rapaz se atrasou; quando tomou o ônibus atrasado, conheceu uma estranha e se apaixonou. Uma história cheia de drama, com direito a loucuras de amor (como gastar fortunas na compra de um cavalo e cavalgar no coitado até sua morte), troca de singelas cartas românticas, desastres que os impedem de se encontrar, uma doença incurável etc.
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Toda história é narrada em primeira pessoa no formato de uma carta endereçada intimamente a uma prima, o que causa uma empatia instantânea a quem lê, principalmente quando o autor se dirige diretamente a quem está lendo essa carta.
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Este livro é um clássico do nosso Romantismo (período literário no qual o amor é muito valorizado e vale todos os sacrifícios), escrito no início da carreira de José de Alencar (um dos autores mais populares de nossa literatura), e vai mostrar um amor puro, casto, duradouro e curativo vivido por duas pessoas que podem se considerar almas gêmeas em que mesmo o destino interferindo e interpondo-se no caminho deles, tudo resolve-se ao final.
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A obra faz parte dos chamados romances urbanos, onde Alencar retrata os costumes da sociedade carioca à época do Segundo Reinado. Um livro bem curtinho, de leitura muito fluida e entendimento fácil, apesar de ser um clássico (as vezes tem-se a ideia de que ler os clássicos é muito difícil ? não é o caso aqui). Dizendo isso parece que a história é simples em si, mas não é. O livro conquista o leitor desse as primeiras páginas, com um enredo cheio de suspense, amor e aventura.
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Um livro pequeno, uma história curta, que você consegue ler em poucas horas, mas que traz um romance tão suave e comovente que te deixa o tempo inteiro da leitura torcendo pela felicidade do casal.