Diva

Diva José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - Diva


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z..... 04/05/2017

O romance é história compartilhada por Augusto à Paulo, amigos e respectivos narradores de "Diva" e "Lucíola". É o elo entre as obras, mas cavucando um pouco, percebemos que tem em comum mulheres que despertam paixão e frequentam ambientes celebrados pela burguesia carioca no século XIX. Se os narradores se conheciam, não teria ocorrido o mesmo com as protagonistas? O romance nada fala, mas isso foi tema de novela da Record em 2005, "Essas Mulheres", que trazia para a trama também uma terceira personagem de Alencar, Aurélia Camargo, do "Senhora". Só lembranças... Assisti na época, por conta da proposta inusitada, e "Senhora" será meu próximo encontro com o autor.

Especificamente à "Diva", podemos dizer que antes da Emília de Lobato, teve a Emília de Alencar. Mila para os íntimos que, dentro de certa percepção, era diferenciada como protagonista, realçando descaso com convenções sociais, naquela de se sujeitar à galanteios de praxe como mocinhas apaixonadas bobas facim, facim... Mila dá um gelo constante em Augusto e essa história tem fundamentos em seu passado, quando foi tratada por ele de temível doença. Especulam timidez de sua parte, mas gosto de pensar que seu comportamento espirituoso estaria relacionado à orgulho próprio, que valoriza seu sentimento amoroso, não querendo que seja visto como obrigação ou sujeição por gratidão. Acho que se Augusto percebesse a coisa assim, não a amaria na disposição que mostrava.

Mila era uma mulher que revelaria seu sentimento em força genuína, e não por qualquer fato que mascarasse, sugerindo outras percepções. O romance é basicamente esse percalço de jogo amoroso entre eles, sem ser dramalhão arrastado em melancolia ou comédia amorosa. É autenticidade na paixão, quando se preconizavam arroubos e devaneios na literatura.

Gosto do romance, mas também achei decepcionante o final, na forma como as coisas se caracterizaram para o casal. Desejei o enlace, mas não entre a Amélia e o conquistador rufião... As coisas enfim se dobraram à escola em projeção...

Emília definitiva era para o Lobato mesmo... e espirituosidade marcante no desenrolar amoroso, para ser melhor trabalhada pelo Machado (que o digam Capitu, Iaiá Garcia e Lalau).

Vamos ao "Senhora". Prazer senhorita Aurélia Camargo... O Zezé vai bem?

Li na edição da Martin Claret (2005) e como último registro deixo o desagrado com a capa. Parece imagem medieval, despertando percepção arcaica, contrariando a proposta moderna em Diva. Não combina.
Renata Molina 04/05/2017minha estante
Meu terceiro preferido dele. O primeiro é A pata dá Gazela e o segundo Sonhos d'ouro.


z..... 05/05/2017minha estante
Eita! Achava que ja tinha lido todos os romances de Alencar, mas O Sonhos d'puro ainda não li. Se dizes, deve ser legal e vou conferir tambem. Neu preferido é o Diva e ainda nâo cheguei a uma conclusao em por que o escolhi ja que nao curti o final enao é tao elaborado quanto outros. Gosto dele mesmo assim e talvez seja pela memoria cativante que associei a uma novela.


Samara 06/05/2017minha estante
Está fazendo também maratona de Alencar?


z..... 06/05/2017minha estante
Sim, mas será quase tudo releitura
So registro as obras que li a partir do momento que comecei a usar o skoob




Marcelo217 13/05/2021

Senhora (versão adolescente)
Com um plot do O patinho feio e uma versão mais nova da Aurélia, José de Alencar traz mais uma trama de um homem sofrendo na mão de uma endinheirada louca. Dessa vez o homem se apaixona por uma adolescente e esta faz ele comer o pão que o diabo amassou com desprezos até se cansar e confessar seus sentimentos.

Ainda na pegada do Romantismo, nesse livro a trama é mais simples e muito mais descritiva. O lirismo aqui é maior e, às vezes, dá uma fadiga. Achei que o casal lidou com o sentimento de forma muito mais madura do que os personagens de Senhora, mas a loucura é na mesma medida.
Natalia 08/09/2022minha estante
Ainda não acabei , mas concordo com sua análise , estou lutando para chegar ao fim do livro .


Natalia 08/09/2022minha estante
Acho que Senhora era mais interessante.




Thamiris.Treigher 29/06/2021

Literatura Brasileira ??
Adoro José de Alencar! "Diva" conta a história de amor (seria mesmo amor? acho que não) conturbada de Emília e Augusto.

Diva é o segundo romance da fase urbana de José de Alencar e é narrado em primeira pessoa por Augusto, médico que cuidou de Emília quando ela esteve doente. Dois anos depois, ele se reencontram.

Emília já é, então, uma bela moça de dezoito anos, cheia de pudores mas ao mesmo tempo muito misteriosa, ardilosa, orgulhosa e encantadora. Rodeada de pretendentes, Augusto fica perdidamente apaixonado por ela e passa a tentar conquistá-la de uma forma insistente que me gerou até uma certa angústia

Eu realmente não torci para que o casal desse certo, pois essa tentativa incessante de Augusto gerou sentimentos e acontecimentos incômodos diversos e uma uma briga sem fim entre os dois (sempre intercalada com pazes pouco convincentes).

Além disso, as bruscas mudanças de comportamento de Emília, que em certos momentos humilha Augusto, e em outros o trata bem, são aparentemente sem motivos, e não geram empatia pelo casal. Pelo menos foi assim que me senti lendo todos os acontecimentos relatados por Augusto. Fiquei imaginando como seria a mesma história narrada por Emília!

Mas... para saber que eles ficam juntos ou não, leia também! ?
Carolina.Gomes 30/06/2021minha estante
Relacionamentos conturbados, abusivos rendem bons livros?


Thamiris.Treigher 30/06/2021minha estante
Verdade!! É bem incômoda a "relação" (?) desses dois.




rebeccavs 26/02/2020

Romance fraco e personagens entediantes
Apesar da baixa classificação, decidi ler “Diva”, do mestre Zé de Alencar, por se tratar de uma personagem feminina similar à Aurélia Camargo, protagonista de “Senhora” (outro romance do mestre).

Entretanto, ser admiradora de um escritor é entender e analisar suas obras individualmente. Infelizmente, não gostei tanto de Diva quanto de “Ubirajara” ou “A viuvinha”, pois a narração da obra é maçante e a estória não apresenta um contexto, ao meu ver, bom e interessante.

O começo foi encantador, mas os capítulos seguintes deixaram a desejar pelo romance fraco entre a protagonista e seu amado.

Considero demais o mestre Zé de Alencar um excelente autor, não apenas pela linguagem simples, mas pelas características riquíssimas em história, cultura e política presentes em cada obra; todavia, o romance não funcionou comigo.
Jarcourt 22/08/2020minha estante
Moça, eu desisti do livro justamente por causa do romance. Senti até que a sua resenha foi feita por mim kkk.

Eu esperava que ela fosse mais também. Quando os primeiros capítulos que o mocinho falava sobre ela, eu havia me encantado super. A expectativa ficou lá no alto. Mas aí, o romance nem me desceu. Então larguei.

Decepção


rebeccavs 23/08/2020minha estante
Poxa, é uma pena que você tenha sentido o mesmo que eu (o lado bom é que não estou sozinha, hahah). Só o li todo porque é um romance bem curtinho, caso contrário já teria entrado para a lista dos abandonados. Mas é assim mesmo: alguns livros achamos bons, outros nem tanto. Infelizmente, "Diva" está mais para o segundo caso hduadghausdga :') .




Fabio Shiva 08/06/2019

Viva José de Alencar!
Motivado pelo encantamento que foi a releitura de “Senhora”, resolvi ler “Diva”, um dos poucos romances de José de Alencar que eu ainda não havia lido. Trata-se de uma obra menor que “Senhora”, tanto em extensão quanto em arte. Contudo aqui também é possível beber o néctar poético de frases como:

“Tinha sua tez a cor das pétalas de magnólia, quando vão desfalecendo ao beijo do sol.”

O autor parece ter ficado bastante ressentido com a crítica de que sua Emília, protagonista de “Diva”, é uma mulher impossível, que jamais poderia existir em carne e osso. Esse incômodo com a crítica acaba levando José de Alencar a adotar um curioso e criativo estratagema em “Senhora”, quando em uma conversa de salão algum figurante tece essa crítica ao seu romance anterior, “Diva”. E quem é que sai em defesa do autor? Justamente a heroína de “Senhora”:

“– Já leram Diva?
Respondeu um silêncio cheio de surpresa. Ninguém tinha notícia do livro, nem supunham que valesse a pena de gastar o tempo com essas coisas.
– É um tipo fantástico, impossível! sentenciou o crítico.
Acrescentou ele ainda algumas coisas acerca do romance, cujo estilo censurou de incorreto, cheio de galicismos, e crivado de erros de gramática. O desenlace especialmente provocou acres censuras.
A crítica, por maior que seja a sua malignidade, produz sempre um efeito útil que é de aguçar a curiosidade. O mais rigoroso censor mau grado seu presta homenagem ao autor, e o recomenda.
Pela manhã Aurélia mandou comprar o romance, e o leu em uma Sexta, ao balanço da cadeira de palha, no vão de uma janela ensombrada pelas jaqueiras cujas flores exalavam perfumes de magnólias. A noite apareceu o crítico.
– Já li a Diva, disse depois de corresponder ao cumprimento.
– Então? Não é uma mulher impossível?
– Não conheço nenhuma assim. Mas também só podia conhecê-la Augusto Sá, o homem que ela amava, e o único ente a quem abriu sua alma.
– Em todo o caso é um caráter inverossímil.
– E o que há de mais inverossímil que a própria verdade? retorquiu Aurélia repetindo uma frase célebre. Sei de uma moça... Se alguém escrevesse a sua história, diriam como o senhor: "É impossível! Esta mulher nunca existiu". Entretanto eu a conheci.
Mal pensava Aurélia que o autor de Diva teria mais tarde a honra de receber indiretamente suas confidências, e escrever também o romance de sua vida, a que ela fazia alusão.”

É no mínimo curioso, aos olhos contemporâneos, que tenha doído tanto em José de Alencar a crítica de que seus personagens careciam de realismo, quando o que tornou sua obra celebrada e estudada até hoje seja justamente o romantismo exacerbado de suas páginas!

Eu mesmo acho difícil que tenha existido algum dia uma mulher como Emília. Seu pudor excessivo, que não tolera sequer que algum cavalheiro toque suas mãos se não estiver usando luvas, a tornaria um caso clássico de histeria, doença muito em voga nessa época. Contudo o outro lado de Emília, seu lado audaz, insensível às convenções sociais e caprichoso até a crueldade, sugere uma personalidade totalmente diversa e incompatível.

Essa contradição não impede a diversão do leitor, muito pelo contrário: junto com o apaixonado Augusto, o leitor vai se esforçando por compreender que mulher é essa, tão terrível e fascinante, e aí está a graça maior do romance. A graça e o suspense: aos meus olhos, pelo menos, essa história de amor tem um toque meio sombrio e sinistro, como se tivesse sido psicografada pelo espírito de Edgar Allan Poe, desencarnado há poucos anos pela época em que “Diva” foi escrito. Longe de vislumbrar um “...e foram felizes para sempre”, imaginei o pobre do Augusto sendo soterrado vivo em alguma fria catacumba, submetido às infinitas torturas de amor que tanto agradavam Emília. Sinistro!

Só posso encerrar com esses lindos versos de Manuel Bandeira:

“Sou assim, por vício inato.
Ainda hoje gosto de Diva,
Nem não posso renegar
Peri, tão pouco índio, é fato,
Mas tão brasileiro… Viva,
Viva José de Alencar!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2019/06/diva-jose-de-alencar.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
Renata 08/06/2019minha estante
Ótima resenha


Fabio Shiva 09/06/2019minha estante
Gratidão pelo comentário e por essa energia boa, Renata!




tallitafeitosa 19/04/2023

Que terror meu deus
Sem condições, q relação tóxica, q mulher doida, q cara doido, essa carta dela no final me deixou desesperada KKKKKKKKKKKKKKKKKK
dudaozx_ 03/05/2023minha estante
tenho a mesma opinião




spoiler visualizar
Jilciane0 18/05/2024minha estante
Alguém poderia me ajudar, com uma mensagem do livro diva de José de Alencar, por favor.




Gab4eclipse 09/09/2022

Não sei oq dizer
Comecei a ler esse livro para uma lição na escola achei a leitura difícil porém com o tempo foi se tornando boa, mais odiei do que amei os personagens, sobre a historia não achei emocionante e nem muito boa, com o tempo se tornou agradável porém não me cativou e o final descreveria como decepcionante.
Doardoo 30/09/2022minha estante
Aaah também to lendo ele por causa da escola kkkk




Clio0 05/11/2023

Um dos primeiros livros de José de Alencar e precursor de Senhora.

Ambas as obras são pesadamente influenciadas por A Megera Domada de William Shakespear, a diferença em Diva é que o casal ainda é pouco mais que adolescente.

Emilia é uma menina inteligente e mimada e isso se traduz em um tipo de revolta quanto a sua posiçaõ de mulher na sociedade. Ela se ressente da ideia de casamento e mais ainda dos homens que a cortejam. Augusto, o jovem médico apaixonado, é igualmente desprezado e, ao invés de se afastar como alguém maduro e ciente, passa o resto do romance tentando se vingar do desdém que lhe é votado.

São basicamente duas crianças puxando o cabelo uma da outra e ficando aturdidas quando doi. O fato que tudo acaba em amor e casamento é típico do Romantismo, mas confesso que fiquei pensando em antigas músicas sertanejas em que quanto mais matratado se é, mais apaixonado se fica.
preta velha 05/11/2023minha estante
li este livro na adolescência e não tinha mts lembranças do seu enredo. foi mt bom ler a tua resenha (como sempre, aliás).




Steh18 17/11/2018

Diva
Este é o meu 3 ou 4 livro do Alencar até o momento (não tenho certeza), mas nenhum lido até o momento superou "Senhora". No entanto, assim como os lidos anteriormente, Diva, traz esse encantamento que só o Alencar sabe fazer. Você se encanta com os personagens, vibra com eles e enlouquece com as idas e vindas da história. Emilie é durona e cheia de caprichos, mas há lá no fundo (bem no fundo mesmo kkk) aquela esperança do amor que toda moça na flor dos dezessete anos tem em seu coração. Amaral, ou Augusto para os íntimos rs é o bom e velho príncipe encantado, que deixa alguns defeitos a mostra ao longo da narrativa, mas que não deixa de ser um rapaz encantador. (Embora o cafajeste do Fernando ainda seja o meu mocinho favorito haha). Sou apaixonada por José de Alencar e deixo aqui mais uma indicação. Diva é um romance curtinho e delicioso de ler! ??
Renata 15/02/2019minha estante
O personagem principal chama Augusto. Eu também sou apaixonada por José de Alencar. Estou fazendo a coleção das obras dele.




Vânia 01/04/2009

Mulheres
José de Alencar era mestre em escrever histórias sobre mulheres. Este é apenas mais um.
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Ju 04/12/2009minha estante
Sem dúvida alguma é um exceelente comentário sobre um dos maiores imortais.




cfsardinha 13/07/2011

José de Alencar, como bom autor da época romântica, trás em Diva o que se elenca como um romance urbano.
No livro a personagem principal é Emília, moça bonita e rica, filha de um capitalista do Rio de Janeiro. E Augusto um homem comum, porém o médico que cuidou da saúde de Emília quando está ficou muito mal.
moral da história, os dois se apaixonam, mas ela fica dividida e confusa devida a diferença de classe social. Um drama de "fica / não fica" que era um padrão da época. Mas, desta vez, com um final feliz.
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ThainA327 09/06/2024

Não acredito que acabei! Queria esquecer ele inteiro pra poder ler de novo e ter as mesmas surpresas.

Achei lindíssima a escrita e o modo como as personagens são tratadas. Tudo muito bem detalhado, tirando o fato de que a idade da Emília oscilava entre 17 e 18 anos kkkkkk. E, falando na Emília, que personagem complexa, tão decidida, expressiva, e, ao mesmo tempo, enigmática!

Romance maravilhoso pra quem ama 'haters to lovers'.
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Tatynha - @cantinho_datati 11/06/2013

Diva é um romance muito interessante e MUITO frustante.Pois conta sobre o amor entre Augusto do Amaral e a dona Emília.Mas antes de Augusto conseguir fazer com que Emília entenda que o amor dele é sincero e verdadeiro,ele sofre muitas humilhações,e chega até se iludir achando que ela nunca o amou e que nunca amará,quando,numa fração de segundos ela descobre que também o ama.Apesar disso eu gostei muito do livro.
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