Resenhas - A Morte de Ivan Ilitch

hhiinana 19/05/2024

Iniciar Tolstói por este livro foi muito bom.
o livro se trata da vida mais crua a partir das aparências até tua morte, sobre como tuas escolhas pode tornar tua morte ainda mais agonizante em teu espírito, sobre como as pessoas ao seu redor pode te fazer ver a ti mesmo e muitas vezes pode ser ainda mais desagradável.
você o devora assim como sente a doença de Ivan Ilithc devora-lo ao decorrer do livro.

Beatriz 19/05/2024

Uma obra para revisitar
Não sei por em palavras os sentimentos que tive ao ler esse livro, só sei que algo definitivamente mudou em minha vida.

Pensar na morte é inevitável durante a leitura, mas ao pensar na vida me vi em Ivan Ilitch e senti algo revolvendo-se dentro de mim, vi nesse momento a minha própria mediocridade.

Infelizmente sinto que não aproveitei o livro como deveria. A rotina apertada, estágio, trabalho e TCC, fizeram com que a leitura não andasse, não por não estar interessada, mas porque eu não tinha tempo para pegar o livro e me sentar para uma leitura tranquila, cada vez que o fazia algo me tirava da posição de leitora e me colava em outra posição. Bom, por esse motivo voltarei a lê-lo em outro momento e, algo me diz, que não o revisitarei apenas uma vez durante a minha vida.

twlipy 19/05/2024

Talvez eu não tenha vivido como se deve
Esse aqui foi um belo soco no estômago, me senti novamente como quando li "declínio de um homem", acho que o titulo traduz muito bem sobre o que a morte de Ivan Ilitch fala: é o declínio de uma vida toda, experienciando a morte de todas as formas, para além da física, também a de suas crenças.
é um constante e tímido anuncio da morte, iminente em todos os lugares e inevitável. mesmo quando longe da doença em si, a história narra uma cabeça doente, alienada ao mundo e seduzida pelas mais altas classes sociais.
livros realistas são sempre difíceis de ler pra mim, a realidade descrita tão encharcada de pessimismo sempre me incomodou. a forma com que ate as menores interações são dissecadas e todas as linhas de raciocínio são frias e cruéis é devastador. e com destaque nas ironias tão bem construídas pelo autor, que me fizeram sentir quase que obrigada a ler e relê-las muitas vezes.
é assustador se identificar com o protagonista, te faz pensar se você poderia ter um destino tão bruto quanto o dele, e acho que esse era o objetivo. mesmo desgostando, todos conseguimos entender suas motivações, ele acreditava estar seguindo o caminho correto para o seu único objetivo: viver agradavelmente, onde tudo corre bem e inalterado.
mas que triste objetivo, não? viver uma vida buscando somente o "bom o suficiente" para viver sem dor de cabeça. fugir dos problemas não significa não tê-los.
e ele percebeu isso tarde demais, quando o tédio e a dor o consumiam dia após dia, cada vez mais rápido.
achei o livro sensacional, principalmente as últimas páginas. é o desespero puramente escrito. chega a ser quase palpável. paralisante.

quando cara a cara com o fim, você crê que sua vida ainda fará sentido?

Icaro Sena 18/05/2024

Livro curto mas profundo. Tratar de um dilema psicológico que todos já pensaram ou ainda irão pensar. Nos faz ter pena e repensar toda nossa vida.

gvnx.ass 18/05/2024

O inaceitável sendo aceito
Acho que nunca li algo tão específico sobre a morte. Acredito que todo mundo que já passou por uma situação de quase morte ou ao menos parou pra pensar sobre isso deveria ler. Os detalhes e a perspectiva do protagonista descrevem tudo muito perfeitamente, como se o autor escreve pós-morte. Uma ótima leitura!

tripsy 18/05/2024

Sobre a demora
Acho que começar a ler clássico por esse talvez foi algo não tão bom assim, talvez noites brancas seria melhor. porém, o ritmo lento que tomei não tira a importância e significado do livro.

Renata 17/05/2024

Quais os parâmetros para saber que uma vida foi bem vivida? Emprego de juíz durante o czarismo, ordenado de 5 mil rublos, um casamento consistente ? porém falido ? e filhos que mesmo morando no mesmo bom apartamento, estão mais distantes que nunca? As noites de jogos e o bom desempenho profissional são suficientes para compensar o restante? A morte, sendo luz, o livrou da monotonia, e agora Ivan Ilitch notou, pela primeira vez, o lado bom de viver.

?E justamente então Ivan Ilitch caiu no fundo, viu a luz e percebeu que a sua vida não fora o que devia ser.?

rafaellasilva 17/05/2024

No final, a doença em si nunca foi o principal ponto. Fiquei em dúvida se a causa da morte foi realmente a doença ou o desespero, algo que os médicos não conseguiram concluir no diagnóstico, ou que simplesmente não foi especificado no livro. Na minha interpretação, a morte dele representou algo maior que a dor física: todos os seus questionamentos e tudo o que ele considerava correto tornaram-se dúvidas. Ele realmente foi feliz? É evidente que tudo o que ele pensava ser felicidade acabou se revelando apenas momentos rotineiros. Este foi um dos poucos livros que me despertaram a vontade de escrever uma resenha. Seria isso uma certeza de estar fazendo a coisa correta em algum momento, ou o medo de estar perto da morte e perceber que nunca houve felicidade? A opinião pública teria consumido meus pensamentos, impedindo-me de seguir meu próprio caminho? Talvez o medo que todos sentem da morte não seja realmente da morte em si, mas dos arrependimentos, de tudo o que poderia ter sido feito de maneira diferente e não foi.

Lucasrevoredoleal 17/05/2024

Um lembrete sobre a vida e morte.
Existem livros que marcam e outros que precisam ser revisitados para captarmos mais algo que despercebemos. Pra mim essa obra se encaixa nesses dois.

Não por ser difícil de ser compreendida, mas ?A Morte de Ivan Ilitch? toca sobre um tema crucial de nossas vidas : o fato de que vamos morrer. E disso vem a pergunta: estamos realmente vivendo da forma certa ou estamos em um teatro (uma farsa e imersos em futilidades) que nos oculta da vida propriamente dita (a verdadeira)?

De um modo ou outro, só irá perceber e entender do que estou falando quem tiver a oportunidade de ler essa história.
Irei revisitá-la em breve.

marfv15 17/05/2024

Reflexões pertinentes
Em pensamentos frequentes sobre a morte e buscando títulos pra ler, encontrei essa obra de tolstói! é uma história muito impactante e traz questionamentos muito importantes também relacionados às nossas construções sociais sobre materialidade. com certeza é uma leitura que irei repetir futuramente.

livia:) 16/05/2024

não consegui parar de ler
Eu quando o Ivan Ilitch morre em a Morte de Ivan Ilitch ??????????????????????????

Joaquim 16/05/2024

Apesar de ser um livro curto, a morte de Ivan Ilitch trás reflexões profundas sobre a morte, mas também sobre a vida.
O que é o certo?
Como eu sei que a maneira na qual estou vivendo é a correta?
Se não estou acertando, como reverter a situação?
Existe realmente vida após a morte?
Esses e outros questionamentos fazem o livro ser especial, como o toque de um empurrão para usufruir o dom da vida com excelência e não com a falsidade que rodeou Ilitch até o seu falecimento.

Marih 16/05/2024

Gostei mto, traz várias reflexões sobre o sentido da vida e sobre como a morte e a enfermidade é repentina.

zezinhaaa 16/05/2024

"sempre a dor, sempre a angústia, é sempre o mesmo."
Quando a vida não é mais vida.

"Não pode ser. A vida não pode ser assim sem sentido, asquerosa. E se ela foi realmente tão asquerosa e sem sentido, neste caso, para quê morrer, e ainda morrer sofrendo? Alguma coisa não está certa."

"A morte acabou - não existe mais."

evee3 16/05/2024

Ivan Ilitch bem-vindo ao gigante
Esperei algo um pouco maior, talvez na sua época tenha sido bem mais significativo. Mas é bom.

Me fez lembrar que quando eu era criança tive muitas crises, lembro do desespero toda vez que me dava conta que minha mãe um dia ia morrer, que eu também ia e como era difícil desviar desse pensamento.
(Dormi até os 13 anos na cama da minha mãe por isso)

Tava pra escrever mais um comentário mas confesso que tô com preguiça?