Thales Moreira 22/09/2013Simplesmente emocionante!Já inicio essa resenha confessando “esperava que esse livro fosse apenas mais um suspense”, que envolveria questões referentes apenas ao sequestro das crianças, seus desdobramentos e assim por diante, e também não esperava muito, este sendo o primeiro livro que Magee escreveu no gênero diferente dos outros que já tinha experiência.
Meu pensamento era que a sinopse exagerava um pouco, como acontece com alguns livros, mas, ao chegar na metade da história, percebi o quanto Doug Magee trabalha de maneira maravilhosa todas as linhas de pensamento do livro, a trama que tece ao decorrer da história, todas muito bem interligadas, que te fazem sempre querer ler o próximo capítulo (sim, isso aconteceu comigo e fiquei até quase 5h da manhã lendo), o livro realmente faz com que você queira saber o que acontece a seguir, tanto na questão do sequestro quanto em como os pais das crianças lidam com isso.
Quanto a parte gráfica, o livro ficou bem legal, tem um tamanho de fonte bom para ler sem cansar demais a visão, e o autor soube medir bem a extensão dos capítulos, pois em romances desse tipo, policial psicológico, se os capítulos forem muito extensos fica cansativo e difícil de ler. O título do livro faz referência a um “ensinamento” dado pela avó de uma personagem do livro, que diz que você nunca deve dizer/acenar adeus a pessoas que quer voltar a ver. Quanto a capa, mesmo sendo bem simples, achei interessante, transmite bem a ideia do livro utilizando poucos elementos.
É um livro tanto para quem gosta de um bom caso investigativo quanto para quem gosta de análises psicológicas de personagens, o que tem bastante na história, já que é um dos pontos do livro.
Uma coisa que me chamou a atenção, particularmente falando, foram as atitudes dos jornalistas com relação à privacidade das famílias envolvidas no caso, pois foi algo que estava estudando esse semestre no curso de jornalismo; em certos momentos de alguns casos desse tipo deve existir uma discussão muito forte entre o que é correto ser divulgado, aquilo que não vai ser prejudicial ou invasivo demais na vida das famílias, mas também quando conseguimos algum furo do caso, que mesmo invadindo um pouco a vida privada dos envolvidos, nós sentimos uma necessidade de divulgar, pois aquilo pode valer uma promoção, porém aí entra o lado ético do jornalismo, que muitas impede de publicar determinadas coisas. Achei que isso também foi bem abordado, provavelmente pelo fato do próprio Magee ser um fotojornalista, então já entende bem do que colocou na história.
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