Tempo de Matar

Tempo de Matar John Grisham




Resenhas - Tempo de Matar


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Gilbamar 21/10/2010

O HORROR CONTRA A INOCÊNCIA
TEMPO DE MATAR
Autor: John Grisham
Editora Rocco

Prepare o espírito e agarre firme as emoções porque um vendaval irá chacoalhar seus sentimentos como nunca, e saiba que será impossível não ficar dividido entre a cruz e a espada quando iniciar a leitura do romance "Tempo de Matar". Porque como um verdadeiro turbilhão, à guisa mesmo de tsunami, um universo violento, muitas vezes torpe, mas também deveras sutil em seus meandros trágicos se descortinará arrastando pelo recôndito do seu coração uma mistura de muita fúria e ódio, fervor e ansiedade. Tudo em proporções desmedidas, de modo que em sua alma vão transbordar tão-logo o fluxo da adrenalina saltando do apurado relato do escritor penetre sua corrente sanguínea e o leve à loucura da mais profunda reflexão a respeito de pena de morte, de perdão e de vingança.

A história já começa intensa e brutal, com a descrição de terrível estupro cometido por dois homens bêbados e violentos contra uma indefesa menina de cor. A clareza narrativa é cruel e dolorosa. Os mais emotivos chorarão, é fácil pressupor. E é justamente esse o odiento instante em que o leitor gostaria imenso de adentrar furioso o enredo para tentar de todas as maneiras socorrer a indigitada vítima inocente da sanha maligna dos biltres. Isso não sendo possível, resta apenas acompanhar, o coração prestes a sair pela boca, o desenrolar do drama vivido por ela. Como ocorre nesses casos abomináveis, a pobre criança escapa por um triz da morte, tendo porém, infelizmente, como era de se esperar, sucumbido à avidez animal dos monstros.

A família da menina se desespera ao saber do acontecimento. O pai, atormentado pelo pesadelo por que passou sua filha, que depois de encontrada vai para o hospital para se restabelecer, permite nascer no íntimo o desejo de fazer justiça com as próprias mãos. Nesse ínterim, a polícia prende os estupradores estarrecendo a população da pequena cidade onde tudo ocorreu, pois ambos eram velhos conhecidos da vizinhança. O ódio ardente finca raízes no âmago do pai em desespero. No dia do julgamento, armado e disposto, burlando a segurança do local, ele finalmente dá vazão à fúria e assassina com vários tiros os elementos que desgraçaram a vida de sua filha.

Daí, então, se inicia inesperado ângulo na trama escrita por John Grisham que deixa o leitor novamente indeciso na encruzilhada surgida com a vingança de um pai ferido em sua dignidade ante o crime cometido contra a amada filha. É de ética a vítima ou seu parente fazer justiça porque não resiste ao sentimento da vingança? Nesse caso específico, a Justiça perdoa ou condena?

Vale a pena aventurar-se pelos caminhos e descaminhos de Tempo de Matar, apesar dos horrores melancólicos inerentes à narrativa de casos da espécie, mormente porque é obra bem escrita por quem sabe contar e muito bem uma história interessante.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Lili 21/10/2010minha estante
Olá Gilbamar, muito bem escrita a sua resenha. Eu li este livro há muito tempo, e lembro-me que fiquei estarrecida diante da história contada. E fiquei por muito tempo refletindo sobr a polêmica mostrada no livro. E o que me pergunto é: O que faríamos se realmente estivessemos no lugar do pai?
É de se pensar, não?
Abraços


Mila 21/10/2010minha estante
Muito bom mesmo a sua resenha ^^
Fikei ate com vontade de leer o livro=D
Parabéns!


Cissa 21/10/2010minha estante
Olá Gilbamar!
Resenha muito bem escrita. Parabéns! Eu não li esse livro, apenas vi o filme e achei ótimo. Como sempre o livro é muito melhor que o filme, e agora ledso sua resenha, com toda certeza vou ler. Estou mais que curiosa agora.
Abraços.


Tamires344 27/10/2010minha estante
Oiiê Gilbamar!
Simplesmente Perfeita!
Adorei sua resenha
Vc escreve muito bem!

Abraços:Sua Fã


Guilherme Roque 13/02/2011minha estante
Ótima resenha!
Realmente, "Tempo de Matar" é um dos melhores livros que já li.
Um dos aspectos que me interessou bastante foram as menções à Klu Klux Klan. As reuniões, os atos de manifestação... Aprendi bastante sobre o assunto.
Excelente leitura!
Sem contar o final do livro, o tal exercício proposto aos membros do júri.


Edna 03/11/2012minha estante
Me convenceu com sua resenha forte ..... vou ler com certeza.




Amanda3913 11/01/2022

Um ótimo livro! Recomendo, em especial, aos colegas juristas
Tempo de Matar foi o primeiro livro de John Grisham que li. Logo no início da leitura, a forma como o autor escreve me cativou. Trata-se de uma leitura agradável e fluida.

O livro aborda a todo tempo a questão do racismo e como ele está arraigado em nossa sociedade. O texto nos faz refletir e questionar como pessoas podem ter opiniões diversas em relação a outras pessoas, sendo o único critério diferencial a cor de pele.

Acho Jake Brigance um personagem fantástico! O autor em nenhum momento tenta retratá-lo como perfeito, pelo contrário, o livro demonstra todas as nuances que uma pessoa comum tem, o que gera uma simpatia pelo advogado.

Em relação a Carl Lee, penso que o personagem poderia ter sido mais explorado.

Tendo isso dito, acredito que uma outra questão necessária de abordagem é o conteúdo jurídico da leitura. Em outras resenhas, notei pessoas não satisfeita com a quantidade de detalhes e, até, com um certo ?juridiquês?. Particularmente, discordo. Minha opinião pode ser pelo fato de ser advogada, de fato, porém, em nenhum momento percebi detalhes exagerados. Pelo contrário, a trama jurídica foi muito bem construída e as informações trazidas são importantes justamente para ambientar pessoas que talvez não sejam da área (ou até pessoas que são, considerando a diferença entre o direito brasileiro e o norte-americano).

Agora, justifico o porquê de ter dado 4 estrelas. Como já dito, gostei bastante da leitura, não é algo ?arrastado?, sempre há alguma informação nova. Porém, o livro só fica impossível de parar de ler lá pelos 70-75%. Ou seja, mais da metade do livro é ?morna?.

Apesar disso, é uma leitura prazerosa e que eu, certamente, recomendaria para amigos. Pretendo ler novos livros do autor.
luísa 11/01/2022minha estante
arrasou!! já quero ler


Mari 11/01/2022minha estante
Que bom que gostou da indicação. ???




Janice 19/11/2023

Um livro...
Que não é novidade para quem já viu o filme dos anos 90, mas que, ainda assim, consegue prender o leitor.
Muitas vezes a leitura pode parecer um pouco monótona, mas ela flui rápido com os capítulos curtos.
Para criar um pouco de polêmica aqui, o final do filme é melhor que o do livro hehhee
Daniela Botelho 13/12/2023minha estante
Hhahhahahah Cara, seu comentário final foi EXATAMENTE oq eu pensei qnd terminei de ler o livro (pq vi o filme antes e fiquei esperando o final que não estava vindo como eu lembrava)...




Bruno 30/03/2013

Boa promessa de história para um livro que poderia ser "mais"
Um livro que dividiu a minha opinião. Tempo de matar promete uma boa história, cercada de perseguições, tribunais, reviravoltas e uma história de tirar o folego e me empolguei bastante em antes de começar sua leitura. O livro conta a historia de Carl Lee Hailey, um negro que mata os dois homens brancos que abusaram de sua filha de 10 anos, seguindo de forma intensa os fatos antes e durante o seu julgamento, abordando a questão do racismo e das pressões sofridas pelos envolvidos pelo caso, como por exemplo o envolvimento da Ku Klux Klan e suas ameaças.

Bem começando pelo lado bom, Tempo de Matar tem personagens muito bem construidos por Grisham, personagens que ao longo da trama irão despertar compaixão, ódio e humor no leitor. Um grande ponto que eu considero na história. Outro ponto, o que eu acho o melhor da história, é a questão do racismo. Grisham usa a história para abordar de forma brilhante este assunto, de uma forma bastante "real" e que faz o leitor refletir sobre o que desperta o racismo, como os negros lidam com isso e de uma forma geral como este preconceito é lidado por minorias racistas como por exemplo a Ku Klux Klan. Uma crítica inteligente, bem feita e reflexiva. Ponto para Grisham.

Agora o lado ruim: ao mesmo tempo que Grisham coloca estes fatores na história consegue deixa-la meio morno em pelo menos metade da obra. Motivo? O excesso de termos e situações jurídicas. Pode até parecer estranho, tratando-se de um autor que é advogado, sendo ainda que a história é sobre um advogado (como todas as histórias de Grisham), as vezes essas situações no meu ponto de vista extrapolam. São a essencia do livro sim, mas deveriam ser mais "temperadas" como um toque de ação e mistério, que é o que o resumo de orelha de livro oferece. Alias, esse é o segundo ponto negativo: a falta de fatos que nos deixem grudados ao livro. Raramente há cenas que prometem deixar o leitor sem folego, as perseguições ao advogado e aos envolvidos no caso acontecem, sim, mas em esporádicas páginas ao longo do livro. A Ku Klux Klan, famosa pelo preconceito e atos, diga-se de passagens, nojentos, no livro deixa uma imagem de adolescentes baderneiros bebados sem nenhum objetivo claro (não que não tenham, mas ao final fiquei com esta imagem).

Para ser justo, dei 3 estrelas. A escrita de Grisham é direta, sem rodeios e com trocadilhos inteligentes. Por ser seu primeiro livro escrito, mostrou o seu talento. A mensagem que Tempo de Matar deixa para o leitor é muito válida, interessante e reflexiva. Pena o livro ter faltado com um pouquinho mais de ação, seria uma obra-prima, mas ao final o considero válido.
Kelly 06/06/2013minha estante
Não li o livro , na verdade não sabia que tinha um livro , eu assisti ao filme e com certeza é um dos meus filmes favoritos. agora que sei do livro vou procurar e ler com certeza




Lolo 22/01/2021

Emocionante!
Esse livro me trouxe diversas sensações, ruins e boas: nojo, ódio, desprezo, desespero, esperança, alegria e até alguns sorrisos bobos. Ler esse livro é a certeza de que você não terá 1 minuto de paz na leitura kkkk, mas tudo vale a pena pelo final que me fez chorar.
Genial.
Lolo 22/01/2021minha estante
Aviso de gatilho: estupro de menor e racismo.




San... 27/01/2010

Excelente livro. A história, por si só, já é muito boa, mas, o que faz o livro ser excelente é a abordagem do racismo no Mississipi sob a ótica do autor. Vi alguns filmes e li alguns livros que abordaram o assunto, e, embora muitos tenham sido ótimos, como "Mississipi em Chamas" (filme) ou os livros de Toni Morrison, entre outros, nenhum deles trouxe a gama de emoções que esta obra causou-me. Recomendo.
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Wanderlei 21/03/2009

Tema polêmico com leitura fácil.O que fazer após o estupro de sua filha de 10 anos, por dois marginais? A resposta está nesta obra magnífica onde o Autor consegue transcrever a história do processo com uma grandeza de detalhes impressionante, onde, a maior dificuldade é parar de ler.É um livro que gera opiniões contraditórias.Por um lado,os defensores da máxima "justiça pelas próprias mãos", por outro os defensores do sistema judicial.
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sunny 01/04/2009

Obra prima de John Grisham que coloca nesse livro todo o odio que um pai sente ao ver sua filha ser estuprada por dois psicopatas, assassinando os dois marginais com suas proprias mãos. Livro que virou filme com as participações sensacionais de Matthew McConaughey como o advogado do pai e Samuel L Jackson como o pai. Vale a pena conferir.
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Ana Lidia 11/10/2009


Quem tem coragem de condenar um pai que mata os estupradores de sua filha de 8 anos de idade?

Essa é a questão deste livro.
A estória se passa no racista sul americano...

O homem em questão é negro... julgado por brancos...

No decorrer do livro me irritei com a irracionalidade de membros do júri, que não queriam saber do que ele passou e sim que ele era um negro e os estupradores brancos...pode?

A cidade vira uma guerra e ainda tem membros da Ku Klux Klan tocando terror...

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Pam 22/02/2012

O livro Tempo de Matar, do autor John Grisham, é uma mistura arrebatadora de ação, suspense e todas as características que eu bom livro de romance policial deve ter. Apesar de ser o primeiro livro escrito pelo autor e apesar do número grande de páginas, a narrativa não é nenhum um pouco cansativa e o que me fez gostar do mesmo foi a forma como ele julga alguns assuntos importantes da nossa sociedade, como o racismo.

A maior parte da história acontece em Clanton, Mississipi e é neste lugar que Tonya, uma menina negra de 10 anos é raptada por dois homens brancos. Ela é violenta por ambos, empancada e largada agonizando de dor.

A identificação dos estupradores não tarda a ser revelada, se tratam de Cobb e Willard, ambos são presos e o julgamento contra eles começa. Apesar das várias provas e de um dos acusados ter admitido o crime, Carl Lee - pai de Tonya - não consegue viver pensando que há possibilidade de uma absolvição. Numa cidade como Clanton, crimes cometidos por homens brancos são julgados de uma forma e crimes cometidos por negros de outra. Agora, como saber se o júri seria justo no julgamento dos dois homens brancos?

No final de uma das audiências, quando Cobb e Willard são acompanhados por policias para a saída do tribunal, Carl Lee os surpreende com uma arma letal nas mãos e mata aqueles que causaram tanta dor em sua pequena filha. Logo percebe-se que há mais uma vítima e este é um dos policiais, que fora gravemente atingido em uma das pernas.

O livro gira em torno do julgamento de Carl Lee, um homem negro, pelo assassinato de dois homens brancos. O que seria um caso de homicídio simples, que resultaria em uma absolvição, caso fosse um homem branco que tirasse a vida de um negro, acaba por tornar-se um dos maiores julgamentos da história de Mississipi, isso por questões raciais encontradas ainda em Clanton.

É a partir dai que a história começa a se tornar realmente importante para o leitor; o leitor passa a fazer parte da vida de Carl Lee, passa a torcer pela absolvição e se questiona porque ainda há pessoas que julgam pela cor. Alias, me diga, quem faria diferente se estivesse no lugar de Carl Lee? Imaginassem como Tonya sofreu nas mãos destes homens. Como julgar um homem que salvou a vida de outras meninas que poderiam ter tido o mesmo destino que sua filha? Como uma sociedade pode julgar alguém que só as manteve em segurança?

"Semiconsciente e em desvario, viu alguém correndo em sua direção. Era seu pai, correndo desesperadamente para salvá-la. Em seus sonhos, ela o viu quando mais precisava dele. Gritou por ele, e ele desapareceu. Tinha sido levado."

Para a defesa está Jake Brigance, que foi um homem que muito admirei no livro. No começo ele se mostrou um advogado que só se preocupava com a publicidade, ganhar ou perder não tinha tanta importância. Mas conforme as páginas vão passando, o leitor pode notar a mudança em Jake. Apesar de saber das grandes chances de seu cliente estar destinado a câmara de gás, ele sempre trabalhou firme no julgamento. Pela promotoria - acusando Carl Lee - está Rufus Buckley, um homem arrogante, que pouca gente gosta, porém um advogado muito inteligente e mais esperto do que aparenta ser.

Ainda existe membros da Ku Klux Klan, que no auge do julgamento, passam a fazer passeatas na frente do tribunal com a maior naturalidade, contra Carl Lee e os negros que o defendem. Os membros da Klan, são homens brancos, cuja caracteristica principal é amedrontar e agir violentamente contra qualquer pessoa que possa atrapalhar seus planos. No livro, estes irão utilizar cruzes enormes em chamas para causar medo nas pessoas que estão ligadas no julgamento de Carl Lee, em especial o advogado de defesa Jake Brigance e os júris.

O livro é realmente uma excelente obra. É assustador imaginar que possa existir uma situação desta no mundo. Como alguém pode ser a favor do estupramento de uma menina, apenas por ela ser negra? Foi o primeiro livro lido do ano e um dos melhores da minha vida. Este livro nos faz pensar e nos faz querer mudar. Me senti inteiramente ligada a ele.

"Mandou que imaginassem que a menina tinha cabelos louros e olhos azuis, que os dois estupradores eram negros, que eles amarraram o pé esquerdo dela numa cerca e o direito em uma árvore. Que a curraram repetidamente e xingaram porque ela era branca. Mandou que imaginassem a garotinha ali deitada, chamando pelo pai (...) E depois disse que imaginassem que a garotinha pertencia a eles, era sua filha."

E você? Se você fosse um membro do júri, que tem o poder de mandar este homem de volta para a família ou manda-lo para a câmara de gás. Julgaria este homem, por pensar que um crime não justifica o outro? Como reagiria com membros da Klan ameaçando você e sua família? Absolveria Carl Lee, porque acreditaria que o mesmo não estava com sua sanidade perfeita?

"Ela precisa do pai agora, tanto quanto precisava naquele momento. Por favor, não o levem. Ela espera na primeira fila por seu pai. Deixem que ele volte para casa e para sua família."
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Ari 30/04/2024

Excepcional
O livro é muito bom, a narrativa se dá basicamente no tribunal e em volta de um julgamento bem importante. A história narra como o racismo era na época com bastante detalhe. É uma leitura enriquecedora.
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Paulo Silas 06/02/2012

Mais uma grande obra de John Grisham!

Já havia assistido ao filme baseado neste livro, pelo que iniciei a leitura já sabendo que se tratava de uma excelente história.

Um obra um pouco mais extensa para os padrões de Grisham, mas que vale cada página.

Detalhes minuciosos de todo o julgamento, enredo da história, são apresentados no decorrer da leitura em uma descrição detalhada típica de John Grisham.

Trata-se de o primeiro livro escrito por Jhon Grisham, que se faz necessário estar presente na estante de todos os fãs.

Recomendo a leitura!
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HARRY BOSCH 08/11/2011

Tempo de Ler
Esta é a primeira obra de Grisham,segundo ele no tempo da faculdade,assistiu a um julgamento terrivel no qual uma menina testemunhava contra o homem que a havia violentado brutalmente.
Num momento ela era toda coragem,no outro totalmente fragil.
Ele desejou ser o Pai da menina e matar o Estrupador e assim a ideia deste livro ganhou corpo.
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Gabi MM 08/02/2012

Excelente, recomendo!!!
Primeiro livro do John Grisham que eu li, e achei muito bom. Fiquei curiosa pra ler outras obras dele.

Tempo de Matar é um livro que choca e te faz pensar em como o mundo pode ser cruel... Como é possível que em um país como os EUA possa ter existido Associações ou Clubes como a Klan? Como pode um governo, um presidente permitir que exista esse tipo de coisa? Como pode uma pessoa só por ser negro não ter os mesmos direitos de uma pessoa branca? Por acaso brancos e negros não morrem e não apodrecem do mesmo jeito? Da mesma maneira pútrida? Claro que o livro foi escrito ha quase vinte anos, mas saber que situações como esta existiram (e podem ainda existir) faz você ficar com raiva do ser humano. Esse livro mostra o quanto um ser humano pode ser cruel, mesquinho...
A história já começa intensa e brutal, com a descrição de terrível estupro cometido por dois homens bêbados e violentos contra uma indefesa menina de cor. A clareza narrativa é cruel e dolorosa. Os mais emotivos chorarão, é fácil pressupor. E é justamente esse o odiento instante em que o leitor gostaria imenso de adentrar furioso o enredo para tentar de todas as maneiras socorrer a indigitada vítima inocente da sanha maligna dos biltres. Isso não sendo possível, resta apenas acompanhar, o coração prestes a sair pela boca, o desenrolar do drama vivido por ela. Como ocorre nesses casos abomináveis, a pobre criança escapa por um triz da morte, tendo, porém, infelizmente, como era de se esperar, sucumbido à avidez animal dos monstros.
A família da menina se desespera ao saber do acontecimento. O pai, atormentado pelo pesadelo por que passou sua filha, que depois de encontrada vai para o hospital para se restabelecer, permite nascer no íntimo o desejo de fazer justiça com as próprias mãos. Nesse ínterim, a polícia prende os estupradores estarrecendo a população da pequena cidade onde tudo ocorreu, pois ambos eram velhos conhecidos da vizinhança. O ódio ardente finca raízes no âmago do pai em desespero. No dia do julgamento, armado e disposto, burlando a segurança do local, ele finalmente dá vazão à fúria e assassina com vários tiros os elementos que desgraçaram a vida de sua filha.
Daí, então, se inicia inesperado ângulo na trama escrita por John Grisham que deixa o leitor novamente indeciso na encruzilhada surgida com a vingança de um pai ferido em sua dignidade ante o crime cometido contra a amada filha. É de ética a vítima ou seu parente fazer justiça porque não resiste ao sentimento da vingança? Nesse caso específico, a Justiça perdoa ou condena?
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Nanda 14/09/2012

Sobre o racismo
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