Totem e Tabu

Totem e Tabu Sigmund Freud




Resenhas - Totem e Tabu


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Stefani 05/04/2024

(sim, li obrigada pela faculdade
O livro propõe que a sociedade humana começou com a revolta dos filhos contra o pai primordial, seguida pelo estabelecimento de regras e tabus para regular essa relação.
Como estudante de psicologia, reconheço a importância de Freud em estabelecer a psicanálise como um campo distinto. No entanto, tenho algumas reservas em relação às teorias apresentadas em "Totem e Tabu".
Uma das principais críticas é a natureza especulativa e a falta de evidências empíricas para sustentar suas ideias. Freud se baseia fortemente em mitos, folclore e sua própria interpretação simbólica para formular suas teorias, o que pode ser visto como uma abordagem não científica por alguns.
Além disso, a visão de Freud sobre a evolução da sociedade e da moralidade através de complexos edipianos e conflitos familiares pode ser considerada redutiva e simplista. Acreditar que toda a estrutura social se origina de conflitos familiares primordiais pode desconsiderar outros fatores sociais, culturais e históricos que contribuem para a formação da sociedade.
Apesar das críticas, "Totem e Tabu" é um trabalho provocativo que desafiou as concepções convencionais sobre a natureza humana e a origem da sociedade. Mesmo discordando de algumas das suas teorias, é inegável o impacto de Freud no campo da psicologia e sua influência duradoura na compreensão da mente humana.
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Lu_Augusto 20/10/2022

Freud criou uma área de análise extremamente complexa, porém a sua escrita é muito acessível, considerando principalmente que ele escreveu em outro período histórico onde era comum e bem visto uma obra com palavras difíceis e termos rebuscados.
Um livro em que Freud não permanece somente na área da psicanálise, mas entra muito na questão antropológica, acho que por isso me chamou tanto a atenção. Totem e Tabu é um livro fundamental para aqueles que querem compreender padrões de comportamento dos indivíduos em pleno século XXI e como eles se originaram há muito tempo atrás e foram sendo ramificados na nossa cultura.
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Paulo Silas 17/05/2014

Obra na qual Freud vai além da dedicação estrita à psicanálise, abrangendo nesta o seu campo de estudo, discorrendo em conjunto sobre a área de humanidades, mais especificamente a etnopsicologia e antropologia.

Observando o fenômeno do totemismo e do tabu como sua consequência (ou não), Freud remonta às sociedades primitivas (denominando-as como povos selvagens) para buscar constatações sobre a origem de determinados preceitos e "regras não escritas" destes povos, das quais muitas perduram até hoje. Para tanto é que a maioria das referências contidas na obra são do campo da antropologia, vez que o autor busca nelas o estudo sobre as hipóteses de tais fenômenos.

Não havendo consenso que delimite e defina as razões ou motivos acerca da origem do totemismo, Freud discorre sobre cada qual, explanando sobre os aspectos e teorias nominalistas (necessidade de denominação específica de um povo), sociológicas (relação dos povos com determinado objeto, animal ou vegetal, e a sua personificação pelo totem) e psicológicas (a que busca a "exteriorização da alma", personificando-a no totem, pelos mais diversos motivos).

O caminho percorrido pela sociedade até a atual também é demonstrada da seguinte forma cronológica: animismo, totemismo, religioso e científico. Neste ponto, o estudo é bastante interessante quanto Freud sugestiona algumas hipóteses de transição entre tais "sistemas".

Os três primeiros ensaios do livro dão sustento para aquilo que discorre e propõe o autor no último capítulo. Qual a origem do totemismo? Qual a razão da escolha de determinado animal para figurar como totem de um povo? Quais são os critérios (se existem) que estabelecem o tabu? Há alguma relação possível de ser detectada entre as neuroses da sociedade atual e a forma com que se davam os povos selvagens?
Estes e outros tantos questionamentos (que são apresentados na obra como hipóteses, sugestões e deduções históricas) levam Freud a propor o complexo de Édipo, salientando que neste coincidem os inícios da religião, moralidade, sociedade e inclusive da arte. Assim, estabelece que o "pai tirano", ao ser assassinado pelos filhos, seria a causa base para o sentimento de culpa e da exogamia, se tratando inclusive de um dos pilares que culminou na religião.

Leitura muito interessante. Recomendo!
Lelê 26/06/2014minha estante
Estou lendo o livro. Amei sua resenha que está batendo certinho com o que vi até o momento.




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Antonio 19/12/2021

A sociedade explicada pela psicanálise
Essa obra sustenta uma tese impressionante: que a construção das sociedades ocorre de forma semelhante aos processos inconscientes da vida psíquica individual investigados pela psicanálise. Freud consegue estabelecer uma série de paralelos que impressionam, sempre com uma abordagem clara e uma escrita fluida. Uma obra fundamental.
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Lu Reis 19/09/2023

Uma explicação psicanalítica do que "seria a origem da civilização tal como a conhecemos a partir de um ato fundador. Um crime coletivo do qual a civilização é fruto e do qual derivam todas as suas características como neuroses, incesto e agressividade, mas também seus contrários, de modo que é exposta a história do próprio psiquismo e de seu acesso à cultura."
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Gabriel 28/01/2021

Um livro essencial ainda hoje. São impressionantes as ideias que, no fundo, contribuem para entendermos a origem do social, da moralidade e da religião. É possível lê-lo sem grandes conhecimentos prévios dos conceitos chaves da psicanálise.
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Adnildo 07/12/2014

Algumas palavras
Nesta obra, Freud analisa as origens da moralidade, da cultura e da religiosidade. É um trabalho ousado e remete aos primordios da civilização humana.
Comparando estudos de especialistas dedicados a comprensão de culturas primitivas, como os aborígines australianos e indiginas americanos, no que diz respeito ao culto ao sagrado e o temor pela punição de entidades "mágicas", e ao mesmo tempo fazendo um paralelo com neuroses do homem moderno, Freud constroi sua teoria em bases edipianas. O Complexo de Édipo, e a relação conflituosa e ambígua, de amor e ódio entre pai e filho, estaria no cerne da evolução de nossa cultura. O tabu seria o certo mecanismo de repressão interna que controlaria os mais funestos instintos e garantiria um controle social, e a herança de costumes. E o totem seria a raiz de nossa religiosidade, representando a adoração de animais, plantas e objetos, passando para a representação paternal de divindades, e pelo sentimento de adoração e culpa pela morte desses mesmos deuses.
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Norman 21/08/2022

Totem e tabu
Eu realmente gostei do livro, tudo é muito bem explicado e a linguagem, apesar de ser escrita na norma culta, não é difícil de entender.
Algumas partes ficaram meio confusas, porque o autor apresenta várias teorias e algumas até se contradizem.
Em geral foi um bom livro e foi interessante.
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Alex Batista 22/06/2020

O banquete
Seja para criticá-lo, seja para venerá-lo, o fato é que, desde que inauguro a psicanálise como estudo do inconsciente, no final do século XIX, Freud tem sido motivo de debates e de publicações. Com uma obra gigantesca, o autor atravessou a primeira metade do século XX discutindo a psiquê humana e trouxe uma contribuição inestimável para a pesquisa na área das humanidade e também da saúde psiquiátrica.

Em Totem e Tabu, Freud apresenta uma compilação de textos que tratam do totem no seio social, sendo este não apenas um objeto de estima, mas também um elemento que organiza a vida social e estabelece a ordem do parentesco; enquanto o tabu seria as proibições que limita as ações do sujeito, gerando culpa, punição e necessidade de reconciliação.

A partir de uma vasta análise bibliográfico, Freud discute os prefeitos e superstições sociais e discute possíveis teorias para o surgimento e a necessidade de manutenção da religião. Nesse processo, o autor vai mostrando como as sociedades organizadas em torno do totem se assemelham a nossa comunidade, com seus dogmas, rituais, tabus e proibições.

Por fim, Freud usa a metáfora da orda primeva pra justificar a proibição incestuosa e a produção da neurose, aludindo ao fato de que, no interior da vida familiar, o sujeito repete a cena edipiana de confrontar o pai e desejar a mãe.

Por fim, totem e tabu pode ser considerado um livro provocativo, controverso e essencial para compreender a teoria freudiana.
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sorace 28/09/2023

Interessante
Reflexões muito pontuais e que dentro da psicanálise ficam bem interessantes e profundas. Apesar de muita gente na psicologia não concordar com a psicanálise freudiana, eu acho muito interessante a dinâmica de conteúdo e como esse cara escreve. A escrita é acessível se formos comparar com muitos outros autores teóricos, achei bem legal.
Seria isso o início de uma Isabela psicanalítica??? veremos o resultado em alguns anos?
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Adriana Scarpin 16/04/2014

Totem e Tabu é um Freud que vale a pena, acima de tudo um trabalho antropológico, Freud cita logo na introdução que seu estímulo para escrever tal livro foram as obras de Jung e Wundt, perpassando todo o livro com citações da obra de James Frazer, The Golden Bough que nos dá as linhas gerais do nascimento da sociedade patriarcal primitiva, onde o pai primevo gerou uma herança de totens e tabus através de seus filhos revoltados com a onipotência desse pai.
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Flaubert.Echnaton 20/12/2021

Reflexivo
A obra leva o leitor a refletir sobre muitas ações e hábitos que os serem humanos realizam, inconscientemente, devido às conclusões e reflexões elencadas pelo autor. Recomendo.
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Rita.Juelg 31/01/2021

Bom pra quem gosta do tipo
Comecei a ler querendo me aventurar, mas chegou uma hora que eu não aguentava mais, não sou muito desse tipo de livro. Mas matei a curiosidade hahahah
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by.dassa 08/08/2023

Totem e tabu
O livro é bem denso e me exigiu mta concentração pra conseguir ler e absorver!! acho que se fosse algo que eu tivesse acostumada a ler não teria sido tão maçante!! eu gostei de vários capítulos que me fizeram pensar mto mas também tiveram alguns meio repetitivos e cansativos.
num geral acredito que pra quem realmente aprecia essa escrita e abordagem seja um livro melhor, mas para o meu 1° livro de freud vou dar 3 estrelas!
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