Alessandra @euamolivrosnovos 11/06/2020Em meados do século XIV, um mistério espantoso assombra um mosteiro franciscano na Itália. Adso e seu sapientíssimo mestre Guilherme precisam investigar uma morte que aparenta envolver muito mais do que um simples acaso.
Suspeita-se que muitos monges locais estejam cometendo heresias e desvirtuando os ensinamentos cristãos. Outro ponto é que o Abade, embora tenha solicitado ajuda, proíbe terminantemente o acesso à biblioteca, portadora de muitos segredos.
Um jogo de interesses perigoso polariza importantes nomes da Igreja e de fora do clero. Ambos têm encontro marcado na abadia para discutir seus pontos de vista em meio a tantas outras confusões.
Este era um livro que eu era louca para conhecer e não poderia ter tido uma experiência melhor. O autor escreve com maestria e é de fato um grande professor ao longo das páginas. O leitor é arrastado para inúmeras argumentações memoráveis, tanto relacionadas à teologia como à forma de governar e enxergar o mundo a seu redor.
Adso é um monge iniciante, ainda jovem, com muitas dúvidas e despreparado para o que encontra nos demais companheiros de hábito. Já Guilherme, figura importante, mesmo com tanta experiência como inquisidor ainda assim se surpreende com as barbaridades que se sucedem nos dias passados como hóspede do local.
Uma história repleta de passagens marcantes e belas que, com certeza, tem razão em ter conquistado seu posto de grande obra. Apesar da quantidade de páginas, não se deixe assustar, é uma leitura fluida e gostosa, em que se vence os capítulos com muita facilidade.
O único ponto negativo da edição que possuo é a quantidade de frases em latim sem tradução alguma que, embora não prejudiquem o entendimento da narrativa, com certeza mereciam notas de rodapé para complementar a experiência de leitura.
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