O Último Lobisomem

O Último Lobisomem Glen Duncan




Resenhas - O Último Lobisomem


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Marcela 29/12/2012

A história é bem legal, mas acho que em muitos momentos o autor se perde em devaneios totalmente desnecessários, o que torna o livro um chato em diversos momentos.
O início é um tédio, depois melhora muito, mas infelizmente odiei o final.
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Literatura 18/09/2012

Enfrente os seus monstros
Eu adoro livros de fantasia, mas estava cansada dos enredos previsíveis, histórias quadradas recheadas com romances água-com-açúcar e finais felizes. Ultimamente, peguei alguns livros que me lembravam um pouco novelas da globo, com pitadas de vampiros, fadas e todo tipo de criatura fantástica.

O Último Lobisomem (334 páginas, editora Record) me surpreendeu positivamente. Um livro fantástico, mas fugindo da receita clichê, com personagens e situações mais fortes, maduras. E menos água-com-açúcar, definitivamente.

Glen Duncan elaborou muito bem o relato do de Jake Marlowe, o último lobisomem vivo do mundo, pelo menos que se tem notícia. O livro é narrado em primeira pessoa, um diário do protagonista. Ele nos conta sua vida, os problemas em que vive metido, perseguido por uma organização secreta que visa eliminar criaturas como ele, entremeado por um relato mais intimista, seus medos, dúvidas aflições.

Jake é um lobisomem de mais de 200 anos. O que faríamos se vivêssemos tanto? A nossa noção de tempo seria igual? A ansiedade, a busca, o medo? Afinal, tantos dos nossos problemas são embasados na efemeridade da vida, da brevidade da existência.

O lobisomem, neste livro, não sofre estes efeitos. Não adoece, nem envelhece fisicamente. É resistente a ferimentos, ao fumo, ao tempo. Mas carrega uma maldição. Toda luz cheia, transforma-se num monstro. Um híbrido lupino, uma criatura sedenta de sangue e carne. Humana. Toda transformação carrega o peso da fome sobrenatural, a necessidade de caçar e comer uma pessoa.

Assim, ao mesmo tempo em que vive os benefícios da longevidade, é forçado a carregar a culpa da maldição. A lembrança perene de assassinatos. A presença constante de seu monstro interno que, mensalmente, emerge e toma controle sobre seus atos.

Confira a resenha completa no Literatura:
http://bit.ly/QlkZJD
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Tribo do Livro 09/07/2012

O lobisomem fez várias aparições na literatura já no século XIV, mas não foi senão no século XIX que a aparição de três romances de lobisomens injetaram a criatura na consciência pública. Hughes the Wer-Wolf, de Sutherland Menzies foi, como Varney the Vampyre, publicado como um seriado semanal durante a década de 1850. Em 1857, foram publicados The Wolf-Leader e Wagner the wehrwolf, de George W. M. Reynold (outro seriado semanal). Este último é geralmente visto como a fonte da moderna literatura sobre lobisomens. Diversos contos e romances foram publicados nos oitenta anos seguintes, mas atraíram pouca atenção até a publicação de The Werewolf of Paris, de Guy Endore, em 1934.1

O inglês Glen Duncan nos apresenta em O último lobisomem, um ser atormentado pelo pior de seus crimes, que aplaca sua fome matando e devorando suas vítimas, mas nunca as transformando num igual. Duncan resgata a essência animal, violenta e furiosa deste ser mítico. Este livro é uma mistura com doses equilibradas de terror, romance e aventura.

Jake Marlowe já viveu mais de duzentos anos, e agora segundo as expectativas dele, é o fim. Monitorado por uma agência especial, a WOCOP, aguarda sua última lua cheia para ser caçado e morto. Porém um amigo de décadas, Harley, que ele salvou quando este ainda era jovem o impede. Harley ao longo dos anos, sempre delatou os passos da agência para manter Jake a salvo. Mas, Jake não quer mais viver e ao longo da história descobre que há um grupo muito especial que quer mantê-lo vivo, pois as propriedades do sangue de Jake podem ser a solução para uma busca de séculos.

O último lobisomem retoma a essência mais pura deste ser. Jake não escolheu ser um lobisomem, foi o que diríamos, um terrível acidente de percurso, que custo de uma certa forma sua vida e da pessoa que ele amava. Duncan cria uma personagem forte, de grande personalidade, porém extremamente sarcástico que não se abateu diante de uma situação inevitável. Devorar ou morrer, não havia solução. A decisão pela morte acontece, não por ele ser um assassino confesso para ele mesmo, e sim porquê não suportar mais viver sem um propósito. Sendo o último, o que mais resta?

Ao longo da narrativa, em primeira pessoa, observamos Jake discorrer sobre a hipocrisia da sociedade atual. Pensando sobre a opção de Duncan ao uso da primeira pessoa, – já que os autores ingleses em geral não fazem esta opção –, é possível imaginar que o autor quer uma participação efetiva do leitor nos dilemas da personagem. Jake que acumulou muito dinheiro ao longo de sua existência, o utiliza para ajudar sociedades filantrópicas e as famílias de suas vítimas. Fato curioso e irônico. Glen Duncan não perde tempo em transformar seu personagem em um crítico feroz da sociedade britânica e da hipocrisia mundial.

Narrativa bem construída, tanto crítica bem como textualmente, pois Duncan usa de todas as características da literatura sombria, com um toque especial das melhores histórias de aventura e do romance. Utiliza-se dos parâmetros da literatura para justificar o mundo e a pessoas. O final da narrativa é um daqueles bem inusitado, não seria interessante comentá-lo aqui, pois acabaria com toda a surpresa que possibilita chegar até ele; de forma que não nos sintamos de uma certa forma traídos por Glen Duncan. Por isso a recomendação é : leiam!

(...) algo mais estava acontecendo. ( Não importa o que esteja acontecendo, como observou a finada Susan Sontag, sempre há algo mais acontecendo. O trabalho da literatura é honrar isso. Não é de surpreender que as pessoas leiam (...) (O número dessas outras coisas é infinito, o inferno com o qual a literatura se depara todos os dias (...)pg.186

Sangrento, excitante, erótico, complexo e estimulante. O último lobisomen, não é para os fracos. Você se apaixonará por Jake Marlowe.

Fiquem ligados, pois um outro livro de Glen Duncan I, Lucifer(2002), ainda não publicado no Brasil teve os direitos comprados para o cinema e estão sendo cogitados para o papel principal: Ewan Mcgregor, Jason Brescia, Jude Law, Vin Diesel e Daniel Craig.

Obrigado a Editora Record por este envio inusitado.

1-http://www.mortesubita.org/monstruario/bestiario/lobisomem/textos-lobisomem/lobisomens-na-literatura
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Voorhees 06/06/2012

O Lobisomem é um dos arquétipos universais da literatura de horror, assim como o Vampiro, o Monstro, O Fantasma e a Casa Mal-Assombrada. Mito existente em diversas culturas ao redor do mundo, o Lobisomem ganhou fama nos anos 1940 nos filmes de horror da Universal, e vez e outra aparece para assustar em páginas de livros e produções para o cinema. O Último Lobisomem, de Glen Duncan, é o mais novo representante desse filão, e o resultando é surpreendentemente conciso.

O Último Lobisomem acompanha a trajetória de Jake Marlowe, um lobisomem que se descobre o único da espécie e que, cansado de manter-se vivo por mais de cem anos, aceita de bom grado a possibilidade de ser exterminado pela WOCOP, uma sociedade secreta destinada a combater forças sobrenaturais. Mas um novo fato surge na vida de Jake, fazendo com que ele reveja essa posição.

Verborrágico ao extremo, Jake é a grande vedete de O Último Lobisomem, pelo menos em sua primeira parte. Anti-herói em essência, Jake narra sua história com aquele tom de tédio de quem já viu de tudo e já fez de tudo. A narração, no entanto, não fica chata ou monótona nessa primeira parte do livro, e isso é o que surpreende. Vasculhando suas memórias, Jake pula períodos de tempo, vai e volta no mesmo assunto, tece opiniões, confere, enfim, movimento à narrativa.

Pena que esse estilo se torne cansativo no terço final do livro. É um exercício interessante, mas perde um pouco sua graça quando já não é novidade. Cabe então a Glen Duncan se aprofundar na trama da caçada à Jake, que envolve vampiros assexuados, caçadores vingativos, ricaças ninfomaníacas e por aí vai.

Passeando pela classe, o pornô e o gore, O Último Lobisomem é uma trama de terror autêntica, mas Duncan bebe em fontes tão diversas que é difícil rotular o livro facilmente. Os fãs de terror com certeza vão se deliciar com os ataques (graficamente descritos) de Jake. Mas o livro ainda tem muito de aventura, drama e romance (ou o mais próximo disso que um lobisomem pode chegar). Fosse cinquenta páginas mais enxuto, seria um banquete.
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Jaqueline 05/06/2012

Lançamento do mês de maio da editora Record, O Último Lobisomem nos conta a história de Jacob Marlowe, o último lobisomem ainda vivo a vagar na terra. Parte de uma raça que foi fortemente caçada através dos anos, ele aguarda pela próxima lua cheia e pela sua última transformação, uma vez que os homens da World Organization for the Control of Occult Phenomena, a WOCOP, estão atrás dele e o cerco parece cada vez mais fechado. O que ele não contava era com os interesses de outra espécie sobrenatural em sua sobrevivência, assim como uma revelação descoberta por seu melhor amigo humano que pode mudar tudo de modo radical.

O mote “matarfodercomer” dá a tônica da história: ao contrário dos romances sobrenaturais publicados nos últimos tempos, com mocinhos e mocinhas atados em um sentimentalismo barato do naipe “eu não posso viver sem você, amor da minha existência”, este é um livro sexual, mas não sensual, fantástico sem ser fantasioso. Guiados por uma impulsividade marcante e uma libido incontrolável, os lobisomens da história de Glen Duncan obtêm verdadeiro prazer em matar e devorar suas vítimas. A linguagem crua e sem rodeios me encantou imediatamente, pois vinha sentindo falta dessa veracidade narrativa incontrolável nos últimos romances em primeira pessoa que li.

Jake é um ótimo narrador, contemplando o leitor com reflexões altamente pertinentes e amargas sobre a vida e seus desdobramentos. Ao contrário do que vi em muitos livros ultimamente, principalmente aqueles voltados para o público YA (young adult, ou “jovem adulto”, em inglês), este é um personagem que já contabiliza mais de duzentos anos de idade e que realmente demonstra o desgaste e o cansaço que uma longa existência proporciona. Cínico, culto, desiludido e cheio dos seus próprios demônios, ele carrega uma amargura totalmente envolvente e racional em sua alma, que é constantemente corroída pelos erros e crimes do seu lado animalesco no passado. O que mais você poderia esperar de uma pessoa que se transforma em um mito sangrento todos os meses, mata pessoas para sobreviver e é o último de sua espécie?

Esse é o grande ponto positivo do livro, que funciona como um diário de Jacob, transformado em lobisomem enquanto acampava com um amigo em uma floresta. As divagações do narrador/personagem por vezes tornam o ritmo do livro um pouco lento, mas isso não chegou soou como um fator negativo para mim. O Último Lobisomem é um romance adulto, de linguagem rebuscada e considerações que podem não ser muito compreensíveis para o público geral, mas que atraem um leitor fundamentalmente mais maduro e experimentado, digamos assim. Os personagens secundários têm suas histórias reveladas com o passar das páginas, surgindo como verdadeiros enigmas para o leitor e conquistando nossa atenção de acordo com suas ações.

O final do livro não me agradou, contudo. Em sua terceira parte final, a história ganha uma tremenda reviravolta que muda um dos aspectos fundamentais da trama, e as repercussões disso me pareceram bastante ingênuas em comparação ao que já havia sido apresentado. A chegada de uma nova personagem chacoalha o mundo de Jake, mas o resultado não me cativou. Tudo pareceu acontecer no último minuto, fazendo o livro terminar de uma maneira muito abrupta, diferentemente do que já havia se consagrado como o padrão da história. De qualquer modo, este livro se provou estupendo e surpreendente, provando que o sobrenatural pode (e deve) ter outras aplicações para além da fantasia rasa e das alegorias de pessoas em busca de humanidade.

>>Resenha publicada no site www.up-brasil.com
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Adriana 30/05/2012

Confesso, fui trollada por minhas altas expectativas mais uma vez!!!

Parece que eu não aprendo a lição! Ir com muita sede ao pote, principalmente no caso de um livro que foi recém lançado e cujas opiniões eu ainda não pude conferir direito, nunca dá certo…

Este foi exatamente o caso de O último Lobisomem, livro que eu desejei logo após saber que envolvia o último ser da espécie (logicamente) e que continha cenas ardentes e uma aventura sobrenatural bem pesada. Sim, fui atraída pela premissa de algo parecido com Príncipe Sombrio ou mesmo A Irmandade da Adaga Negra e o livro não tem NADA A VER COM ISSO!

A escrita de Glen Duncan (tive uma dúvida mortal se era homem ou mulher, até que o Tio Google me salvou mais uma vez) é muito peculiar, bastante diferente de tudo que já li. A narrativa é rebuscada, por vezes poética, porém bastante lenta, o que pode desagradar a muita gente (foi um pouco o meu caso)…

A história gira em torno de Jake Marlowe, um lobisomem há muito tempo, e que descobriu recentemente que é o último de sua espécie. Ele sempre se sentiu sozinho, fêmeas de sua espécie já não existem há muito tempo, e é extremamente depressivo. Isso fica claro nos inúmeros parágrafos em que ele pensa na morte, na não existência de Deus e em várias outras questões que o autor faz questão de ressaltar. O perfil psicológico do personagem é bem claro desde o início, solitário, triste, depressivo, com altas tendências suicidas.

Isso muda quando ele descobre que pode haver uma fêmea, alguém de sua espécie com quem ele poderia compartilhar a existência na linha do FoderMatarComer, filosofia pela qual ele sobreviveu quase dois séculos.

O livro é bastante “cru”, uma narrativa pesada, curta e grossa, sem meias palavras e sem embelezamento na arte de matar, estraçalhar e comer os pedaços, que faz os lobisomens serem quem são. Por isso mesmo, não recomendo nem um pouco para menores de 18 anos (sério, não leiam)!!!

O livro ficou no patamar “muito bom” porque, apesar da decepção, quando aceitei que a história não era aquilo que eu imaginava e queria, pude ver o quanto ela era interessante e bem escrita. A originalidade e ousadia do autor ganharam grandes pontos comigo e com toda certeza o final me deixou ansiosíssima pela sequência (sim, é uma trilogia).

E atenção, um aviso aos navegantes! Cuidado com as resenhas por aí pois muitas tem spoilers que comprometem a trama (eu li uma e já sabia mais ou menos o que me aguardava)… Nem preciso dizer nada sobre blogueiro que resenha com spoiler sem avisar né?! ZzZzZz, que preguiça de vocês!!! Se toquem!

Resenha em http://mundodaleitura.net/?p=3829
Mari | Triplo Books 31/05/2013minha estante
Foi um morde e assopra essa resenha, mas vou bom ler antes de começar o livro por que daí não criarei muitas expectativas e talvez haja alguma surpresa.


Jossi 16/05/2017minha estante
Existe um tipo de resenha, a crítica. Essa é a feita por críticos literários, por aquele pessoal que estuda Literatura e quer falar de maneira técnica sobre o estilo, a forma, a arte que envolve todo o processo criativo da obra. Esses, lógico, vão escrever tudo, com spoiler e etc.
Embora eu tenha a tendência de fazer sempre resenhas críticas, me seguro para não fazer revelações sobre o conteúdo quando se tratam de livros relativamente novos. Já os clássicos... sem mimimi. :)




Fabiola69 26/05/2012

O Último Lobisomem
O livro é mais como um diário , por isso tem parte que são meio confusa, pra mim pelo menos foi.
O blá, blá, blá de Jack e seus devaneios, se misturam com a narrativa e da uma certa confusão, que com os passar das páginas entendi e se tornou interessante.
Gostei muito da hitória na verdade eu espera outra coisa, mas não me decepicionou de jeito nenhum.
O lobisomen aqui não é apresentado todo bonito, sex, mágico ( não que ele não seja pois seu lema é "fodermatarcomer" ).
Está mas pra uma maldição e com ela é doloroso, solitário, vazio.
Só lendo mesmo pra ententer.
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Matheus Braga 08/05/2012

O Último Lobisomem - Glen Duncan

Hey pessoal, tudo bem?

Com um estilo narrativo diferente do que temos no mercado atual, Glen Duncan conseguiu expor o real lado primitivo de um lobisomem. Nada de amigos bonzinhos que dormem com as namoradas dos vampiros/fadas/vaga-lumes, mas sim, um animal sedento por sangue, sexo, cigarros e uma boa dose de Whisky puro malte.


Jacob, ou Jake para aqueles que conseguiram sobreviver e são seus amigos, é o último de sua espécie. A WOOCOP (World Organization for the Control os Occult Phenomena - Organização Mundial Para Controle de Fenômenos Ocultos) tem como objetivo caçar e matar tudo aquilo que não é humano e que, segundo eles, apresenta perigo para a sociedade. Após anos de luta, finalmente sobrou apenas um lobisomem e é ai que Jake e Grainer, principal caçador da WOOCOP, começam uma dança mortal.

"Uma mão com uma luva preta de motorista tomou o telefone dela. Vi o esforço no rosto dela desmoronar. Você pensa: eu deveria ter passado dias simplesmente abraçado a ela, beijando-a, olhando para ela. A janela elétrica fechou-se. Um último vislumbre de Talulla esforçando-se para enxergar através do vidro. Os delicados olhos escuros."

Pág. 305

Duncan inovou em seu livro. Ao contrario de muito autores que exploram o lado gentil e romântico dos lobisomens, transformando-os em cachorrinhos e não lobos, ele fez com que Jake demonstrasse um amor mais animal e selvagem, sim temos o lado romântico, mas sabemos que a besta está sempre à espreita, esperando a minima brecha em sua mente para poder sair.

Os personagens, principalmente Harley, são muto bem construídos. O desenvolver de cada um deles é apresentado de maneira diferente do usual. Glen não pega um personagem novo e mostra seu desenvolvimento gradativo, muito pelo contrário, ele pega o personagem pronto e aos poucos vai mostrando seu passado e suas provações até chegarmos nessas pessoas que hoje possuem mais bagagem (emocional) que um aeroporto.

A narrativa peca apenas por dois motivos. O primeiro deles é o excesso de devaneios por parte de Jake que, por mais que tenha 201 anos e já esteja cansado da vida, deixa a leitura um pouco mais lenta que o normal. O segundo é o linguajar utilizado, fazendo com que essa obra seja destinada para um publico mais adulto.

Recomendo esse livro para quem está com vontade de adentrar em uma aventura diabolicamente prazerosa com um lobisomem irônico e MUITO sarcástico. Mas esteja preparado já que os personagens são muito mais do que aparentam ser e a fera está aguardando a chegada da próxima lua cheia. ^_^


Abraços,
Matheus Braga
http://www.vidadeleitor.com
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Naty 08/05/2012

www.meninadabahia.com.br


Jesus Cristo, Jake, escute.
Há uma fêmea.
Lobisomem.
Pág. 184


Jake é o último lobisomem vivo, atualmente. Sua raça foi arduamente caçada por anos e finalmente eles estavam a um passo de dizimá-los, a raça seria extinta. Apenas uma lenda. Jake estava cansado de viver fugindo. Cansado de não ter ninguém como ele. Ele queria morrer. Morrer logo. Na próxima lua cheia, ele voltaria para sua terra de origem, na Irlanda, e esperaria pelos caçadores.

Mas então algumas coisas acontecem. Seu melhor amigo é assassinado e a cabeça lhe é enviada com um bilhete preso à boca: Não foi rápido. Não foi indolor. Os caçadores queriam que ele fosse atrás de vingança. Queriam matá-lo por mérito e não porque ele simplesmente quisesse morrer.

E algo mais inacreditável ainda acontece. Esse amigo descobriu que afinal ele não era o único lobisomem vivo. Havia outro. Uma fêmea. E Jake sabia que precisava protegê-la. A espécie tinha uma esperança. A vida solitária e reclusa dele estava para mudar, talvez até o amor ousasse se aproximar.

O Último Lobisomem, de Glen Duncan (Record, 336 páginas, R$ 39,90), é sombrio e sagaz. Com uma narrativa detalhada, somos apresentados a uma raça que tem prazer em matar, mas uma consciência que vive alertando que matar é apenas para sobreviver. Há várias tiradas sarcásticas, além de é claro, uma inclinação para a sensualidade e sexualidade. Os lobisomens são viris e necessitam de sexo, como precisamos de ar para respirar. O lema é foder-matar-comer, nessa ordem. É como se o autor nos fizesse encarar a realidade, ninguém é totalmente mau, assim como ninguém é sempre bonzinho.

- Existe algo melhor do que matar quem você ama – disse. Desenredei-me de seu abraço, forcei-a delicadamente sobre as costas, segurei seus pulsos acima da cabeça, deitei sobre ela, senti as coxas aquecidas pela cama abrindo-se suavemente. Os olhos dela e os brincos e lábios e dentes cintilavam no escuro.
- Algo melhor?
Penetrei-a quando ela levantou a cintura
- Matar com quem você ama – disse.
Pág. 228


O que me incomodou um pouco foi a forma da narrativa. Contada sobre o ponto de vista de Jake e às vezes sobre o do lobisomem-fêmea, mas o autor não indica quem está narrando. No início foi confuso, à medida que a leitura avança você se acostuma e rapidamente sabe quem está narrando.

O final é sublime, digna de um bom conto de apocalipse, onde a esperança é a força que os movimenta. Prepara-se para uma história de ritmo intenso, poderosa e erótica.

Ganhei um kit super legal desse livro, com direito a dedinhos e camisinha para usar na lua cheia. Também foi criado um hotsite, que está muito bacana, o endereço é http://www.oultimolobisomem.com.br/.

Carol 26/07/2013minha estante
Nossa, o começo da resenha já vem com spoiler? Que legal.




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