Filhos de Anansi

Filhos de Anansi Neil Gaiman
Neil Gaiman
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Resenhas - Os Filhos de Anansi


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Paula 23/01/2016

Divertidíssimo!
Anansi é um personagem da mitologia africana, do tempo em que todas as histórias eram contadas por meio da música. Na obra de Neil Gaiman, Sr. Nancy tem dois filhos: (Fat) Charlie e Spider. A vida de Fat Charlie, a princípio é bastante normal. Ele tem um emprego, uma noiva, uma sogra e algumas vizinhas idosas. Quem torna a vida de Charlie peculiar é seu pai, um tipo constrangedor que adora fazer piadas, criar apelidos e colocar Charlie em situações embaraçosas.
Em um certo momento, os pais de Fat Charlie falecem e ele entra em contato com suas vizinhas. Então, Charlie descobre que seu pai é, na realidade, um deus-aranha e que quem herdou seu "lado divino" foi o seu irmão Spider. Eles não mantinham contato e, a partir do momento em que se encontram, a vida de Charlie vira um inferno.
O livro é muito divertido. Os conflitos entre Charlie e Spider são engraçadíssimos e as reuniões com as vizinhas na tentativa de resolver a situação, melhores ainda. Gostei muito de como Neil Gaiman abordou a música nesse livro. Há várias citações que sempre aparecem em momentos cruciais.
O livro foi publicado no Brasil, pela primeira vez, em 2005; mas a nova edição de 2015 apresenta uma cena excluída. Essa cena não integrou a narrativa, mas Neil Gaiman quis publicá-la à parte porque tanto ele como sua editora haviam gostado do texto. Essa edição também traz um pequeno sobre o processo de escrita do autor.
Ótima leitura!



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Luigi 07/01/2016

A dona Aranha subiu pela parede...
Anansi, uma lenda que eu admirava quando criança em um livro de um autor que admiro. Achei incrível como retratou o deus-aranha tão divertidamente, fiquei muito com Pedro Malasartes na cabeça.
A história tem um fluxo tranquilo e nada confuso, segue numa linha tão divertida e a narrativa do Neil é tão suave quanto o balançar de uma rede na casa de vovó. Me senti tão cativado que não queria que o livro acabasse.
Fat Charlie e Spider, irmãos "descolados", tem uma química divertida e por muito tempo você acha que não vai dar certo pela diferença deles, h-eh, e também pelas travessuras do Spider, que parecia muito com o pai.
Recomendo a leitura. Afinal de contas, você se lembra de quem é? E se por acaso lembra... O que faz com essa informação?
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Paulo 24/11/2015

Quem é você, ou o que você acha que é.
Quem é você, ou o que você acha que é, e o que você faz quando descobre o que é realmente. Neil Gaiman de uma maneira que é sua marca registrada, mostra a as mudanças na vida do filho de um antigo Deus africano. E na de seu irmão. E na vida de todos que os cercam.
Os Filhos de Anansi pode ria ser sobre eu ou você, sobre nossas decisões e escolhas.
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André Prado 15/10/2015

OS FILHOS DE ANANSI (NEIL GAIMAN)
Anansi é uma antiga lenda africana, um Deus tão antigo que data-se do início do início de quando no mundo não haviam-se histórias pra contar. Mundo triste esse não?! Tais histórias não existiam pois até ali elas pertenciam a Nyame, o Deus do Céu e um dia Anansi quis contá-las ao povo da sua aldeia, mas o jeito era comprar as histórias.

Nyame de primeira riu e estabeleceu um preço, de que Anansi trouxesse Osebo, o leopardo de dentes horríveis, Mmbobo, os marimbondos que picam com fogo, e Moatia, a fada que nenhum homem jamais viu. Ele pensava que com esse preço faria Anansi desistir da ideia, mas o pequeno velho respondeu: - Pagarei seu preço com prazer, ainda lhe trago Ianysiá, minha velha mãe, sexta filha de minha avó.

Então Anansi, um velho esperto, pregou peças e fez armadilhas capturando os três deuses e lhe entregando sua própria mãe como prometido, e tecendo uma teia para levar seus tesouros até o pé de Nyame, tomando pra si o baú com todas as histórias e espalhando-as para os quatro cantos do mundo.

Charles Nancy ou "Fat Charlie", como queiram chamar (mesmo que ele não queira ser chamado assim), é o filho de Anansi que dá título ao livro. Bom, como você pôde ver pela história dos parágrafos anteriores, meio que dá pra entender que Anansi não é um dos deuses mais confiáveis e solícitos que existem, na verdade pelo contrário, é bem fanfarrão e zueiro, daqueles que não perdem a piada e nem a oportunidade de tirar sarro. Portanto, boa parte da personalidade introvertida e chata de Fat Charlie (e ele mesmo acredita nisso) é provocada exatamente pelo número de vezes que seu pai lhe fez passar vergonha em todos os lugares possíveis. Então quando ele viu-se na oportunidade de partir para Londres para tocar sua vida, nem pensou duas vezes.

Lá Fat Charlie, mesmo sendo totalmente desprovido de charme, conheceu uma garota chamada Rosie e estão prestes a se casar (e sua sogra odeia isso), O jogo começa a virar quando na lista de convidados para o casamento, Rosie acaba convencendo Charlie, à contragosto, a convidar o seu velho pai para o casamento, mas na ligação ele recebe de uma velha amiga da família a notícia que seu pai faleceu e nutrindo um misto de respeito e sentimentalismo Charlie pega um voo e retorna ao lugar onde ele tanto odeia.

Chegando lá sua antiga vizinha conta o que Fat Charlie nunca sequer suspeitou, que o Sr. Nancy era na verdade um Deus da mitologia africana detentor de todas as histórias. Claro que Fat Charlie reluta a acreditar e como se a situação não pudesse ficar mais desagradável, ouve da sua vizinha que seu irmão Spider ficou com todos os poderes, desagradável como se você soubesse que seu pai não tivesse deixado um centavo de herança pra você e detalhe, sem saber até ali que você tinha um irmão! Como "solução" proposta para a confusão, a velhinha diz a Charlie que ao ver uma aranha, qualquer aranha, era só preciso falar que ele queria encontrar Spider, e ele viria.

E Spider atendendo ao chamado de Charlie vêm e ele é tudo aquilo que Charlie não é e no fundo queria ser, descolado, bem -articulado, extrovertido, charmoso, enfim, um cara bom em tudo. De início Charlie e Spider se dão muito bem, mas Spider veio pra ficar, e como se fosse aquele familiar chato que diz que vai embora da sua casa e nunca vai, arruma um lugarzinho na até então vida pacata de Charlie e ajuda a transformar a sua vida numa bagunça ainda maior.

O resto da rica história fica por sua conta. ;)

Neil Gaiman é um escritor de mão cheia que tem como característica mais presente a mescla de casos do cotidiano, passagens históricas e arquétipos mitológicos. E em "Os Filhos de Anansi", como em "Deuses Americanos", ele se aproveita mais uma vez desse nicho de deuses esquecidos pela humanidade, que pela perda de fé, seguem vivendo entre nós.

Neil também é mestre em entregar em suas histórias personagens carismáticos, intrinsecamente ligados ao nosso cotidiano, como Charlie que é o típico perdedor da cidade grande, aquele cara que aceita com desinteresse tudo o que dizem, nunca se arrisca, e constantemente reclama do passado justificando a falta de atitude sobre o futuro. Ou seu irmão Spider que é o típico canastrão charmoso, estiloso e esperto que topa-tudo e sempre está disposto a viver intensamente (é impossível não imaginar esse cara de jaqueta preta, cabelo pra trás e calça jeans rasgada). Rosie, a mulher que no fundo não sabe muito bem o que quer e que no fundo quer contrariar sua mãe. e Graham Coats, o típico chefão corrupto que quer se dar bem diante de todos.

"Os Filhos de Anansi" nada mais é do que uma obra que narra a história de um homem comum que se supera frente ao maravilhoso e obscuro mundo dos deuses, o livro é relativamente curto e muito gostoso de se ler, e apesar de sua simplicidade de roteiro, guarda várias referências, principalmente musicais, que nos contam um pouquinho do gosto que Neil quis compartilhar. A característica noveleira que Neil Gaiman entrega, expõe um escritor muito mais solto em comparação aos seus outros livros, disposto a explorar sua excelente veia cômica e aproximar os personagens ainda mais do leitor, sem desgrudar da fantasia que se mescla a realidade londrina capaz de nos prender a atenção como sempre.

Atenção que foi presa instantaneamente pela bela arte da Intrínseca na capa do livro (você vai saber quando o pegar) e que tendo Neil Gaiman como escritor, me obrigou a adquiri-lo logo de cara. "Os Filhos de Anansi" é imperdível para fãs, mas para quem quer começar a ler Neil Gaiman não tanto. Pessoalmente recomendo outras obras que mostram mais o que o escritor realmente é. Porém como disse no parágrafo anterior, "Os Filhos de Anansi" é um livro tão gostoso de se ler que acredito que se você curtir uma boa história vai curtir tanto o livro como eu! =)

site: http://descafeinadoblog.blogspot.com
Eric Rocha - Ersiro 27/10/2015minha estante
Ótima resenha e muito bem construída! Depois dela, fiquei com uma vontade maior ainda de ler algo de Neil, mas como você mesmo disse, para quem quer começar a ler, Os filhos de Anansi não é tão indicado... Queria saber qual você me recomendaria ^^




Núbia Esther 02/10/2015

“As pessoas reagem às histórias. Elas as contam, as histórias se espalham e, conforme são contadas, mudam os contadores. E quem nunca tinha pensado em nada além de fugir dos leões e se aproximar com cautela dos rios para não virar comida de crocodilo agora começa a sonhar em morar em um local diferente. O mundo pode ser o mesmo, mas o cenário mudou. Entende? As pessoas ainda têm a mesma história, em que nascem, fazem coisas e morrem, mas agora a história tem um significado diferente do que tinha antes. ” (Página 237)

Se não me falha a memória este já deve ser o quinto livro do Gaiman que leio (ainda preciso começar a ler suas graphic novels) e não importa seu público alvo, quer seja um romance com aura de contos de fadas, uma aventura infanto-juvenil, ou um romance envolvendo anjos e demônios. Gaiman sempre acerta o tom e é expert em tornar seus leitores cativos. Com Os Filhos de Anansi não foi diferente, a começar pela dedicatória destinada a nós leitores e se embrenhando por uma história de muitas pernas, personagens e eventos aparentemente incongruentes. Gaiman se mostrou um bom tecedor de teias e um exímio contador de histórias.

Se você como eu pegou (ou pretende pegar) Os Filhos de Anansi para ler sem ter muitas informações sobre a obra, pode ficar encucado com o texto de orelha do Fábio Moon na edição da Intrínseca. Nele nós descobrimos que aqui, Gaiman irá retornar ao universo fantástico já explorado em Deuses Americanos e aí é impossível não bater a dúvida. Será que não é imprescindível ler Deuses Americanos antes? Será que se partir direto para a leitura deste livro, posso não compreender a história narrada em Os Filhos de Anansi? Sem ter Deuses Americanos na estante, a solução foi arriscar. E no fim, ainda que seja um universo revisitado, não ter travado conhecimento com ele anteriormente em nada prejudica esta leitura. A única sensação que ficou, foi o desejo de conhecer mais a fundo o resto desse universo criado por Gaiman. Mal posso esperar para ter Deuses Americanos nas mãos. Mas, voltando aos filhos de Anansi…

Charlie Nancy está satisfeito com sua vida estacionária e seu emprego entediante em Londres. E talvez, isto se deva em grande parte, ao fato de haver mais de mil quilômetros de oceano entre ele e seu pai. Aquele que desde que ele se entende por gente tem o poder de lhe constranger das mais diversas (e requintadas) formas. Só que agora, Charlie está para se casar, e Rosie, a noiva, quer que ele convide o pai para o casamento. Mas, quando Charlie está para dar o grande passo, ele recebe a notícia da morte do pai e viaja para a Flórida para a última despedida. Essa viagem, além de reaver sua “querida” alcunha Fat Charlie, também resgata velhas conhecidas de seu pai e dois segredos de família: seu pai foi um deus (Anansi) e Fat Charlie tem um irmão que herdou toda a divindade do pai não deixando nada para ele. Ah, e o irmão, pode ser convidado para uma visita por meio de uma aranha. Elas sempre dão o recado!

— Anansi, a aranha, é uma figura popular da mitologia do oeste africano. Uma criatura astuta, trapaceira e que frequentemente se dá bem sobre outros deuses e humanos, espalhando infortúnios (enquanto recolhe graças) por onde passa. Sua figura é particularmente bem conhecida nos Estados Unidos. —

Fat Charlie não imaginava que um convite feito em um momento de bebedeira, poderia tirar sua vida dos eixos. Spider aparece em sua porta e a partir de então, nada é mais o mesmo. Rosie se apaixona por Fat Charlie (que na verdade é Spider), Fat Charlie se encanta por outra garota, e uma atitude de Spider coloca Fat Charlie na mira de seu inescrupuloso empregador e da polícia. Agora, tudo o que ele quer é se livrar do irmão, mas é claro que nada sairá como o planejado e mais uma dose de loucura é adicionada.

Misturando mitologia, crime do colarinho branco, assassinato, acordos impensados, vingança e fantasmas, Gaiman criou um romance de ares psicodélicos, ritmo frenético (mesmo com tantas viagens intercontinentais) e com personagens que se não o cativam à primeira vista, acabam te conquistando mesmo sem você se dar conta. É fácil ser arregimentado para as desventuras de Fat Charlie. Afinal, o que ele sempre quis foi a normalidade, mas sua família nunca foi normal e depois da morte do pai e um encontro com uma aranha, a loucura se tornou ainda maior. Não é difícil entender seu anseio e torcer para que Spider pare de provocar rebuliços e parta novamente. Por outro lado, mesmo com toda sua obtusidade, não há como negar que Spider contribui para que algumas passagens da história sejam extremamente hilárias e ele até mesmo consegue nossa admiração em alguns momentos. Provando que um pouco de loucura na normalidade tão desejada por Fat Charlie talvez não seja uma péssima ideia.

O livro, publicado originalmente em 2005, já contava com uma edição brasileira publicada pela Conrad em 2006. Agora, chega com uma nova edição e tradução publicada pela Intrínseca. Nesta nova edição, os adendos originalmente incluídos na nova edição britânica foram mantidos: o acréscimo de uma cena cortada (estrelando Spider) e duas perguntas respondidas por Gaiman sobre sua experiência enquanto inglês em escrever sobre os Estados Unidos e sua “fábrica de ideias”. E como fã do autor, quanto mais Gaiman melhor!

[Blablabla Aleatório]

site: http://blablablaaleatorio.com/2015/09/17/os-filhos-de-anansi-neil-gaiman/
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Gêmeas Sperandi 19/09/2015

Sou super fã de Neil Gaiman. Ele me conquistou desde Stardust - o mistério a estrela, e vem conquistando com O oceano no fim do caminho e Faça boa arte.

Publicado pela editora Intrínseca, Os Filhos de Anansi é um livro um tanto quanto... peculiar. À princípio, você pensa estar lendo um livro comum, onde um filho narra sua infância e conta momentos em que seu pai o envergonhou. Eu estava até achando um livro "normal" para os padrões Neil Gaiman, até ler mais um tanto de páginas e descobrir que o pai e Charlie Nancy é nada mais que um deus chamado Anansi, responsável por todas as canções e histórias do mundo.

Em vários momentos do livro fiquei com uma estranheza, era para ser uma história sobre o enterro do pai de um homem, e de repente criaturas mágicas invadem Londres e tudo vira uma loucura só. Charlie Nancy, ou Fat Charlie (apelido que o personagem odeia, mas que todas as pessoas ao seu redor amam chamá-lo), sente muita raiva do pai, porque em toda sua vida passou vergonha por causa dele, como quando ele foi o único na escolha a aparecer fantasiado de presidente dos Estados Unidos.

A história se desenrola de maneira mais louca ainda, com ataque de pássaros, visitas a outras dimensões, fantasmas tentando resolver mistérios e por aí vai. Confesso que não foi meu livro preferido do Neil, mas como Os filhos de Anansi também carrega um lado policial, ganhou muitos pontos comigo. Adoro livros fantásticos, mas nessa história em particular acredito que ficou muito forçado, parece que as duas coisas não combinaram, sabem?

Porém a leitura é muito agradável, tem um ritmo que flui e te envolve. O final me agradou bastante, assim como os personagens secundários, que chegaram a me cativar mais que o principal.

site: http://www.gemeasescritoras.com/2015/09/resenha-os-filhos-de-anansi.html
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PorEssasPáginas 24/08/2015

Resenha dupla: Os Filhos de Anansi - Por Essas Páginas
Olá pequenas aranhas! Aqui é o Felipe e hoje vamos falar de Os Filhos de Anansi do queridinho Neil Gaiman. Esta é a primeira vez que leio algo do autor, apesar de já ter ouvido falar do mesmo (e quem não ouviu?), mas confesso que não me surpreendi nem vi tudo o que o povo fala do mesmo. Anansi entretém, é bom, mas se você espera algo épico ou vem com esse pré-conceito de que o autor é a última bolacha do pacote… este livro vai te decepcionar. Agora se você deixar esses pré-conceitos de lado, vai descobrir que Anansi é muito divertido.

Eu (Karen! Oi, eu também li esse livro!) já tinha lido outras obras do Gaiman. Obras MUITO boas, como Coraline e alguns contos, inclusive de Doctor Who (isso sem contar alguns episódios épicos que ele escreveu). Ou seja, gosto muito do autor e estava esperando um livro incrível, e vocês sabem aquela história de, quanto maiores as expectativas…

…maior é o tombo. E sim, eu me decepcionei.

Lembra aquele parente bizarro que você tem na sua família? Aquele tio tagarela, cantor de karaokê de quinta que se veste muito mal? Esse é o pai de Charlie Nancy o protagonista de Filhos de Anansi, carinhosamente apelidado pelo pai de “Fat Charlie”. Após a morte desse figuraço, Fat Charlie descobre que seu pai era um deus e que tem um irmão também deus. Em um momento de embriaguez Fat Charlie conversa com uma aranha e pede para que seu irmão – Spider – o visite, o que desencandeia uma série de péssimas decisões para nosso protagonista.

Conforme avançamos na história descobrimos que nada é como parece em Filhos de Anansi, o irmão de Charlie não é tão poderoso e esperto quanto aparenta, as vizinhas (e possíveis amantes) de seu pai podem ou não serem bruxas, o chefe de Charlie além de ser um porre, é um ladrão. E todos esses personagens te prendem no livro muito bem, cada um com sua própria história e também se entrelaçando com Charlie formando uma teia – há! – muito bacana. Bem, foi o que eu achei, e você, Karen?

Foi mal, Felipe, mas não achei que os personagens foram tudo isso. Já vi personagens muito, mas muito mais envolventes criados por Gaiman. Em Filhos de Anansi, os personagens são rasos, exagerados, monótonos. Resumindo, é um bando de gente muito chata, e não consegui me apegar a absolutamente nenhum. Secretamente torcia para que todos se dessem muito mal só para acabar com o meu tédio. Na verdade, me senti como o Spider durante quase todo o livro: extremamente entediada.

As peripécias aprontadas pelo Sr. Nancy são sensacionais e memoráveis, dá pra sentir tanta vergonha quanto Charlie ao lê-las. Impossível não ser cativado por Spider, clássico garanhão e pilantra de última categoria enquanto ele devassa a vida de Charlie de ponta a ponta deixando o irmão maluco de raiva – a ponto de cometer uma grande bobagem.

Por que, em santa (ou deusa) consciência, o Spider quis roubar a vida de alguém tão sem graça como o Fat Charlie? A vida de deus deve ser muito chata para o Spider resolver tomar a vida do irmão mais sem sal do universo: o cara odeia o trabalho, a noiva dele dá sono e a sogra é uma peste. Tudo isso não me convenceu em Spider, que tinha tudo para ser bem divertido, mas acabou se mostrando uma enorme fraude.

Quando Charlie pede ajuda às vizinhas de seu pai para mandar o irmão embora da onde veio, e o subsequente acordo com um deus pássaro, chegamos no plot central do livro. Charlie precisa descobrir como reverter a burrada que fez, e entender a linhagem e os poderes de Anansi – seu pai. É muito bacana ver como o personagem cresce e ao jeito dele se torna um deus muito mais completo e poderoso que seu irmão. Isso foi bacana; Fat Charlie realmente cresce no livro, mas a questão é que ele demora muito, muito tempo, para isso, e por mais da metade da história é apenas arrastado pelos acontecimentos e jogado para lá e para cá feito uma bolinha de pingue-pongue. Até finalmente amadurecer, eu já tinha desistido de gostar dele. Só queria que tudo acabasse.

O folclore e o panteão criado por Gaiman são muitíssimo criativos, bem como os poderes dos descendentes de Anansi. Único ponto negativo do livro são algumas histórias de personagens que poderiam ter sido completamente descartadas ou resumidas, especificamente das personagens Rosie – a noiva de Charlie – e a Sra, Maeve uma cliente da empresa de Charlie. Entendo a importância e recorrência da noiva de Charlie, mas assim como o plot da Maeve, ela é bem chatinha.

Filhos de Anansi é um romance que poderia ser fácil, fácil um mero conto. Talvez assim fosse engraçadinho. Desse jeito, foi apenas um romance exagerado, com piadas forçadas e personagens pouco carismáticos. A prosa de Neil Gaiman, é claro, está lá, fluida e competente, tanto que, apesar de tanto pontos fracos no livro, a narrativa me conduziu até o final, e isso é um mérito; talvez, se fosse outro autor, eu simplesmente tivesse abandonado o livro. Mas isso não muda o fato de que a obra me decepcionou por completo. Pareceu, por todo o livro, que Gaiman estava apenas se divertindo às custas do leitor, jogando na história acontecimentos absurdos, com explicações pouco convincentes e aceitações rápidas demais pelos personagens; todas esses fatores combinados levaram a uma trama em que é difícil acreditar e levar a sério (e mesmo as coisas engraçadas precisam ser levadas a sério, no sentido de que o leitor precisa acreditar que aquilo é possível). Tudo tem um ar etéreo de fantasia bizarra e só. Fiquei sinceramente deprimida ao ler esse livro, porque sei que o autor é capaz de criar histórias muito mais fantásticas e envolventes.

Esta edição possui uma capa bonita, está bem revisada e diagramada porém carece de alguns detalhes entre capítulos, uma divisão interessante, quem sabe uma imagem ou uma fonte diferenciada.

Resumindo: Filhos de Anansi é criativíssimo, entretém, é uma leitura gostosa (li em um dia!). Vai te capturar com certeza. Ou não.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-dupla-os-filhos-de-anansi
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Literatura 15/08/2015

Eu sou apaixonada por Neil Gaiman. Inventei até um nominho: Neil Gaimete.

Sem decoro, sou Neil Gaimete de carteirinha.

Então, ler Os Filhos de Anansi, Editora Intrínseca, 330 páginas, não exigiu de mim nenhum esforço, ao contrário, foi uma tarefa agradabilíssima.

O livro conta a história de Charles Nancy, um homem que passa facilmente despercebido.

Tímido, possui um emprego comum, chato e burocrático, um noivado morno, dificultado pela sogra que o odeia, e uma péssima relação com o pai, fruto de uma infância repleta de decepções com o homem.

Sua vida simplesmente vira de ponta cabeça ao descobrir um irmão gêmeo que desconhecia, e que lhe faz perceber que seu pai era Anansi, a Aranha. Um trapaceiro deus africano que é conhecido por sua lábia, sua astúcia e suas mentiras.

A partir daí, a vida de Charles nunca volta a ser a mesma, e ele aprende a encontrar a mágica herdada do pai dentro de si.

Charles é um personagem apático, resmungão e de difícil conexão. O ponto alto da leitura é quando Spider (seu irmão) toma seu lugar por um dia e passa a tomar todas as atitudes que Charles deveria ter tomado durante a vida. Por mim, Charles podia nem voltar, troca por Spider que fica melhor.

A história conta também com um vilão terrível, (que eu não vou chamar pelo nome pra não estragar sua leitura) daqueles de ficar se contorcendo na poltrona, esperando que o desgraçado morra no próximo parágrafo.

Veja resenha completa no site:

site: http://goo.gl/bquMXf
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Leonardo T. 30/07/2015

Vale o investimento.
Resenenha originalmente publicada no site leioeu.com.br

Mesmo que muitos encarem como uma espécie de “continuação” de Deuses Americanos, Os filhos de Anansi é uma obra que pode ser apreciada independente de leitura prévia de qualquer livro já publicado por Neil Gaiman. Apesar de a narrativa sugerir uma espécie de “semelhança”, os plots dos dois livros são bem diferentes e não se relacionam em termos de narrativa sequencial.

Entenda Os filhos de Anansi como uma espécie de releitura urbano/contemporânea de uma fábula de raízes africanas. Neil Gaiman costura personagens aparentemente corriqueiros com eventos, traços e arquétipos míticos. O irmão que chega a casa sem avisar, a velhinha que sussurra encontros com aranhas, deuses tão próximos que vestem atributos mundanos...

O livro já teve N edições aqui no Brasil e agora recebe uma edição especial muito bem tratada pela editora Intrínseca. Com uma belíssima capa toda texturizada, diagramação e projeto gráfico que não agridem os olhos de quem lê e contribuem para a fluidez da leitura, além de extras como um capítulo cortado da versãofinal.

Mesmo que você tenha alguma das edições lançadas anteriormente, a versão publicada pela Intrínseca vale o investimento. Revisitar uma boa história e descobrir novos elementos conta muito!


site: http://www.leioeu.com.br/2015/07/os-filhos-de-anansi.html
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Lili 20/07/2015

Fantástico!
O livro é realmente muito bom, a história é envolvente, não da para se esperar menos do grande escritor que é Neil Gaiman, com trilhas sonoras magníficas e que valem uma parada na leitura para pesquisar e ouvir a melodia. O Spider, que é um dos personagens principais, apesar de acarretar toda a confusão, é um personagem cativante e que se não fosse ele, talvez Fat Charlie (outro personagem principal) não tivesse se tornado o que se tornou no final do livro. Super recomendo a leitura. Vale muito a pena com certeza.
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Karol 23/06/2015

Os Filhos de Anansi, Neil Gaiman
Ótimo livro, divertidíssimo, você se apega rapidamente aos personagens. A trilha sonora que o embala então, magnífica. E esta é a minha recomendação, que a cada música citada você corra para a internet e escute, sinta a canção. A batida charmosinha de cada música te faz mergulhar cada vez mais na história de Anansi e ter mais proveito do livro. Além de ser um escritor fantástico, Neil Gaiman é fabuloso em montar playlists
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Jonathan 21/05/2015

Uma história digna...
Uma história digna doa arquétipos usados, com um dos finais mais bonitos que já li na minha curta estadia nesse mundo literário: Neil Gaiman me surpreende mais uma vez. Ler "Os filhos de Anansi" depois de "deuses americanos" é ver a versatilidade em prática. Confesso que Anansi marcou meu coração mais que deuses. E deu vontade de comprar um chapéu...
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jackfowl 13/05/2015

Divertido
Muitas partes não entendi a mitologia por trás, principalmente a parte das cavernas. Porém me diverti muito com a aventura.
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Lea 28/04/2015

Um livro totalmente diferente de tudo que já li. Uma mistura de realidade e fantasia. Muito doido! Gostaria de saber de onde o autor tirou tantas coisas estranhas para juntar nessa história! É o primeiro livro dele que leio, não conhecia sua forma de escrever.

No início, achei o livro meio chato. Não gostei muito do protagonista Charles. Mas, apesar disso, dei algumas boas risadas com ele. No decorrer da história fui simpatizando cada vez mais com Charles e com os outros personagens. Gostei bastante do final, me surpreendeu positivamente.

É uma leitura que requer muita atenção, pois acontecem muitas coisas e todas são absurdas e impossíveis! Às vezes eu parava e voltava para ler o parágrafo, para ter certeza de que era aquilo mesmo que eu tinha lido. Senti dificuldades para imaginar as cenas e personagens descritos de tão improváveis que eram.

Indico para quem procura um livro leve e divertido, cheio de coisas malucas. Para quem quer viajar por um mundo onde tudo pode acontecer e para quem não se importa muito com a lógica dos fatos (a história segue uma lógica própria do autor).

Resenha publicada no blog Meus Livros e Sonhos

site: www.meuslivrosesonhos.blogspot.com.br
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Matheus 08/03/2015

Os filhos de Anansi
Depois de ter lido Sandman, Neil Gaiman ainda consegue me surpreender com sua incrível capacidade de contar histórias.

site: http://antarktos.blogspot.com.br/2015/01/os-filhos-de-anansi.html
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