Nath @biscoito.esperto 20/09/2023"Diz a ciência de hoje que o gênio está muito próximo da loucura. Creia-me, as pessoas saudáveis e normais são vulgares: o rebanho".Anton Tchekhov foi um famoso médico e escritor russo. Seu maior legado literário provavelmente nem foi uma de suas obras, mas o topo literário proposto por ele que foi usado ad infinitum em histórias de mistério: a arma de Tchekhov.
O topo dita que, se um personagem ou objeto é introduzido numa obra, ele terá alguma relevância para a história. Ou seja, se uma pistola aparece no primeiro capítulo de um livro, ela será disparada em algum momento da trama.
"O Monge Negro" é uma das novelas mais famosas de Tchekhov, e nem é uma história de mistério. É uma narrativa com elementos sobrenaturais que critica o limite entre ser um gênio e ser louco.
Andrei Kovrin é um professor de psicologia que está sofrendo de burnout (ainda que este termo não existisse quando a história foi escrita). Em busca de descanso mental, ele decide visitar seu ex-professor e famoso horticultor Iegor Pessotski.
Mesmo num ambiente propício para o descanso, Andrei se afunda cada vez mais em seus estudos, testando sua lucidez enquanto busca a grandeza. Criticando a persistente ideia de que todo gênio precisa ser louco, Tchekhov nos presenteou com um conto maluco e, paradoxalmente, genial!