No sufoco

No sufoco Chuck Palahniuk




Resenhas - No Sufoco


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Deise 17/11/2009

"Deve haver algo melhor na televisão. Ou então, já que você tem tanto tempo livre, talvez possa se matricular num curso noturno. Torna-se médico. Fazer algo por si mesmo. Ir jantar fora. Tingir o cabelo.
Você não está ficando mais jovem."

"As pessoas trabalham há anos para tornar o mundo um lugar seguro e organizado.
Ninguém percebe que o mundo ficaria entediante com todas as terras delimitadas, todas as velocidades máximas estabelecidas, tudo classificado, taxado e regulado, todas as pessoas testadas, registradas, endereçadas e inventariadas.
Ninguém deixa muito espaço para aventuras com exceção daquelas que podem ser compradas. Numa montanha russa. Num cinema. E mesmo assim esse é o tipo de coisa que provoca emoções falsas. Nós sabemos que os dinossauros não vão comer as crianças...
E como não há possibilidade de desastre ou risco reais, também não há chance de alguma salvação real.
De euforia real. De entusiasmo real. De alegria. De descoberta. De invenção.
As mesmas leis que nos dão segurança nos condenam ao tédio.
Sem acesso ao verdadeiro caos, jamais teremos paz verdadeira.
Se tudo não puder piorar, não melhorará.
O irreal é mais poderoso que o real.
Pois nada é tão perfeito quanto você imagina que é.
Pois é apenas o intangível que perdura, ou seja, idéias, conceitos, crenças e fantasias. Rocha se esfarela. Madeira apodrece. Gente... bom, gente morre.
Mas coisas frágeis como pensamentos, sonhos e lendas podem permanecer para sempre."

***

Diante de todos os medos e problemas que enfrentamos diariamente, o maior deles é o medo da morte. Vivemos em constante fuga, sem um entendimento do que ela realmente é ou com conhecimento errôneo ditado pela igreja.
Nosso cotidiano é sempre o mesmo. Sempre aproveitando a primeira oportunidade de emprego para comprar todos aqueles objetos fúteis desejados por todos. Foi assim que fomos treinados, para seguir a mesma linha imposta pela sociedade, sem alterações, sem novidades. E, com isso, as pessoas acabam não passando de meras marionetes.
É sobre esse aspecto que o Chuck fala, sobre um mundo diante de nós que poderia ser muito melhor aproveitado se nossas prioridades fossem outras, se déssemos uma maior importância à simplicidade que nos cerca todos os dias.

Mais uma obra-prima, pesada e cheia de críticas desse ilustre autor. :)
Germano.Wolison 03/01/2021minha estante
Achei tão bom quanto Clube da Luta.?




Abduzindolivros 21/06/2022

Não é meu livro favorito do Palahniuk, mas me pegou com as calças arriadas e carcou com força.

Até uns ? do livro, tudo parecia um Trainspotting de viciados em sexo, e a inspiração na obra de Irvine Welsh para mim era clara. Cheguei a pensar que tudo terminaria naquela confusão junkie, mas Palahniuk fechou todas as maluquices que botou ali dentro. Na finaleira, ele revela a verdade escondida pela mãe de Victor; outras reviravoltas me deixaram WTF e tenho certeza que cês ficarão assim também quando forem ler.

Tudo se encaixou. Eu amo como tudo de doido nessa história é simétrico, e se liga com outra coisa. Uma coisa puxa outra que puxa outra que puxa outra, e como o Palahniuk não conta nada, só mostra uns sinais sutis, quando a reviravolta acontece a gente vai lembrando do que leu e tudo se encaixa.

Recomendo fortemente.
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jota 21/04/2012

No engasgo
No Sufoco me pareceu, antes de mais nada, uma comédia de humor negro. Amplamente recheada de sexo e escatologia: aqui todos os buracos do corpo humano e suas secreções desempenham papel importante e não apenas o protagonista, Victor Mancini.

Victor é verdadeiramente um sexólatra, ou seja, alguém viciado em sexo em suas várias formas. Não há nada que o impeça de transar; qualquer lugar se tranforma numa alcova digna de um Marquês de Sade: de um confessionário de igreja até a apertada cabine de um avião, passando por um estábulo e várias outras dependências curiosas.

Além de desempenhar um personagem num parque de história viva americana do século XVIII, Victor também ganha a vida - melhor seria dizer o dinheiro dos outros - fingindo engasgar-se com a comida em bons restaurantes. Com esses golpes ele arranja dinheiro para sustentar a mãe Ida Mancini, uma doida varrida que está internada num sanatório e lhe custa US$ 3.000 por mês.

Quando faz as visitas à mãe Victor encontra os demais doidos de pedra internados ali e temos situações que beiram mesmo a loucura de tão engraçadas que são. Numa dessas visitas ele conta:

“Duas velhas sorridentes passam por nós. Uma delas aponta e diz à outra:
- Este é o rapaz simpático de quem eu falei. Foi ele que estrangulou meu gato de estimação.
- Não diga. Ele quase matou minha irmã de pancada certa vez.”

É claro que Mancini não aprecia violência desse tipo, embora uma de suas conquistadas um dia queira encenar com ele um estupro, uma das passagens mais engraçadas do livro, pois é pura ficção, claro. Ele topa tudo, pois sendo viciado em sexo, está sempre aberto a novas experiências. Victor frequenta as reuniões dos Sexólatras Anônimos não exatamente para se curar, mas para encontrar ali novas parceiras sexuais...

Também são curiosos os ensinamentos que Ida, sua mãe, vai lhe passando ao longo da história (nos flashbacks) enquanto ele é apenas um garotinho inocente. Numa dessas vezes ela o leva ao zoológico para que ele observe os animais se acasalarem. Bem, com uma mãe dessas, o que se podia esperar de Victor quando ele crescesse; boa coisa?

Se você leu Sobrevivente (outro livro de Chuck Palahniuk que trata de personagens e situações inusuais), e gostou, talvez vá gostar ainda mais deste No Sufoco, bem mais exagerado do que aquele. Não li Clube da Luta, seu livro mais conhecido. Está em minha fila de leituras para este ano ainda.

Lido entre 18 e 21.04.2012.
Carlos Patricio 20/08/2013minha estante
ótima, resenha, jota. Fez me interessar




mel 26/08/2023

Ruim ou apenas sínteses dos EUA? osdois ?
A primeira página do livro vai tentar te aconselhar a não ler ele, e vai avisar que tu vai odiar se você continuar, que vai querer largar...
siga o conselho.
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CallmeRoberta 02/03/2024

Assustada e confusa, me definem em relação a leitura desse livro.
De todos os livros que já li, até os abandonados no meio da leitura, esse com certeza foi a pior leitura da minha vida até o momento. O Victor Mancini é uma pessoa confusa, traumatizada, viciada e incompreensível. A leitura é totalmente massante, os personagens secundários são chatos e superficiais.
O livro toca em alguns assuntos que podem ser claramente gatilhos para algumas pessoas e tratam como uma brincadeira, como algo normal e sem "papas na língua". A história toda é confusa, é um vai e vem entre presente e passado confuso, você nunca sabe em qual data está se passando a cena, não é tão explicado e formulado como por exemplo, Outlander.
Sem dúvidas alguma, eu JAMAIS leria esse livro novamente e não indico a ninguém, ninguém mesmo.
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Vinicius.Garcez 25/08/2021

Diferente
Até mesmo para quem já gosta do Chuck Palahniuk este livro é estranho. Em uma história de loucura e caos.
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Fernanda.Queiroz 24/01/2021

Que tipo de leitor é você?
Na primeira página o autor já avisa, esse livro não é pra qualquer um, ele quer te instigar a NÃO ler o livro, quer ser lido por quem rompe esta barreira. Você será capaz?
Se você conseguir será confrontado várias vezes por momentos de reflexão, você não vai entender a intenção do autor durante todo o livro e sempre ficará pensando, onde isso vai ler?
Se você não for capaz de romper a barreira e querer se obrigar a superar as primeiras 20 páginas porque, quem para de ler um livro tão rápido, não é? Vai por mim, aceita e parei de ler, não force. Você não vai entender.. Existem vários tipos de leitores e isso não quer dizer que você seja do tipo ruim, esse livro só não é pra você.
Gaste seu tempo com algo melhor.
Se o livro for pra você, aproveite e tente absorver tudo durante a leitura, tudo irá se juntar num momento de epifania ao final.
Entrou pra minha lista de favoritos e merece 5 estrelas.
Boa leitura.
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Pedro 09/06/2023

?Diferente? não é a palavra correta, mas?
? é a primeira que me vem à mente.

No Sufoco foi o meu primeiro livro que me inseriu na escrita peculiar(?) de Palahniuk. Embora agora eu tenha vontade de ler seu sucesso (Clube da Luta), já sei +- o que esperar (eu acho).

A escrita é frenética, a história não se preocupa em te manter informado da lógica temporal do ato. Victor (personagem protagonista) lida com sexo, delírios, dilemas e uma versão de vida. Embora seu sofrimento não gere identificação ou empatia, ele está lá.

Leia sem expectativas de ser seu livro de cabeceira e se surpreenda. Foi interessante acompanhar os processos mentais de Victor, mas evitaria uma nova leitura.

?Nós vivemos e morremos. Qualquer outra coisa não passa de delírio. [?] Não existe alma. Não existe Deus. Só existem decisões, doença e morte?.
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roses in winter 07/03/2023

No sufoco - 2023
Um desperdício de tempo e dinheiro, não comprem. foi uma leitura neutra pra mim, mas ainda sim não recomendo.
duas estrelas de cinco.
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Stefan 27/01/2024

Estranho e divertido
O livro tem uma velocidade quase cinematográfica, onde o autor narra a história de forma divertida e rápida, acontecem tantas doideiras... No geral é um livro divertido, meio maluco, com uma boa crítica a sociedade, aos vícios, e a natureza humana, que sempre decepciona.
Não é um livro ruim, mas se comparado ao Clube da Luta, No sufoco, sai perdendo.
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Stella.Castilhos 22/06/2023

?(?) não é a palavra certa, mas é a primeira que me ocorre?
Genialidade. Complexidade. Surpresa. Excitação. Plot twist. Lição. Loucura. Essas são palavras certas e que me ocorrem.

Primeiramente, gostaria de comentar sobre o autor do livro e sua escrita. Palahniuk escreveu um de meus livros preferidos (que deu origem a um dos meus filmes preferidos), o famoso ?Clube da Luta?. Quem já leu o livro ou viu o filme com certeza percebeu o quão criativo e crítico é o autor. O mesmo acontece em ?No Sufoco? (?Choke? é o nome original do livro e isso faz muito sentido).

Eu diria que a leitura desse livro não agradaria qualquer pessoa. Na verdade, acho que muitas pessoas leriam as primeiras páginas e achariam aquilo tudo uma grande baixaria. Mas acho que é nisso que o Palahniuk acerta: construindo o personagem central e a narrativa de suas histórias, consegue acertar uma flecha bem no centro do nosso cérebro e definitivamente nos faz refletir sobre diversos dilemas que são vividos pelo ser humano.
O livro é completamente cheio de lições que vão se complementando e questionamentos incrivelmente pertinentes e necessários - sobre o ser, o outro e a civilização como sociedade.

Sobre a história, fica até difícil redigir. Como foi possível colocar tanta coisa importante e interessante e completamente fora da caixinha em 272 páginas?

Enfim, o livro é narrado pelo personagem principal, Victor Mancini. Victor é um ?sexólatra?, como se denomina. O livro nos traz a vida atual do Victor, bem como suas memórias de quando era criança. Conhecemos Ida, sua mãe; Denny, seu melhor amigo, também sexólatra - e caçador de pedras; Dra. Marshall; as diversas mulheres com quem satisfez seu vício e alguns outros personagens secundários.

Victor e Ida são, na minha percepção, os dois personagens que constroem a verdadeira narrativa do livro. São os dois - e é através dos dois - que alugam o tal triplex na nossa cabeça. São os dois que nos fazem ver o absurdo, o detestável e o deplorável (na visão da sociedade em geral) que o autor tanto quer que comecemos a refletir sobre.

Esse livro não é sobre sexo. Esse livro é sobre a complexidade do ser humano. É sobre quem somos e quem podemos ser. Sobre a hipocrisia e a loucura. Sobre o bom e o mau que carregamos em nós - contradição. Sobre quem aprendemos a pensar que somos e quem somos de verdade. Sobre o mundo que existe e o mundo que podemos criar para nós, se assim quisermos.

Eu não vou dar spoiler. Não posso. Você precisa ler esse livro, acredite em mim.

?A gente pode passar a vida deixando que o mundo diga quem a gente é. São ou insano. Santo ou sexólatra. Herói ou vítima. Pode deixar que a História diga se a gente é bom ou mau.
Deixar que o passado decida nosso futuro.
Ou a gente pode decidir pela gente.
E quem sabe seja nossa função inventar coisa melhor.?

CONSTRUIR UM MUNDO A PARTIR DE PEDRAS E CAOS.

?Neste lugar aqui, onde a gente está, nas ruínas, no escuro, o que a gente for construir pode ser qualquer coisa.?

Vide: Livro FODA. Genial.
Vide: Não vou superar.
Vide: Queria mais.
Vide: LEIA!
Bia 23/06/2023minha estante
Botei na minha lista prima kkkkk
Gostei da história, mas já vi nas resenhas q tem gnt q amou e gnt q odiou o livro! Mas como é curtinho, vou ler o ver


Stella.Castilhos 23/06/2023minha estante
Vale muito a pena!!!


Lia Earnshaw 23/06/2023minha estante
Eita, fiquei com vontade de ler!!!!


Vanessa.Castilhos 04/07/2023minha estante
Uau! Parabéns pela resenha! Tbm fiquei com vontade de ler!


Stella.Castilhos 04/07/2023minha estante
Fico feliz que tenha gostado, Vanessa! Leia sim!




Flavia Bevilacqua 25/12/2022

Choke
Com um humor ácido e mórbido o autor faz a história crescer de forma exponencial, ele retrata de modo explícito situações inimagináveis e absurdas. Este livro retrata o pior das pessoas. Recomendo esta leitura, mesmo ela sendo completamente desconfortável e incômoda.
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Aline 01/08/2011

O fabuloso mundo de Chuck Palahniuk
Victor Mancini tem a vida dividida em três: 1. O trabalho na Aldeia Colonial de Dunsboro, onde o tempo parou em 1734; 2. As visitas periódicas à mãe na clínica psiquiátrica; 3. A busca pela cura da própria compulsão. Os capítulos tratam desses assuntos separadamente, mas levam a um fim comum: a vida cada vez mais perturbada e nada convencional do personagem principal.
Ver também: caos.
Ver também: total anarquia.
Ver também: Chuck Palahniuk.

Foi uma pena eu ter assistido ao filme antes de ler o livro. Conhecer as grandes surpresas do final tirou toda a graça dos capítulos iniciais. É como assistir ao filme “O Sexto Sentido” sabendo que o Bruce Willis está morto desde o começo. (o quê? Você ainda não tinha assistido “o Sexto Sentido”? Poutz...).
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Nath 27/04/2022

Primeiro livro que eu li do Chuck. Achei chocante sim e me perdia na realidade e nos pensamentos do protagonista. Bizarro.
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Isaac Eullen 01/07/2021

DECEPCIONANTE
Após inúmeras vontades de desistir, decidi continuar devido ao tão falado Plost Twist, é realmente chocante, mas não sustenta toda a leitura inicial
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