A Morte da Luz

A Morte da Luz George R. R. Martin




Resenhas - A Morte da Luz


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Mari 25/03/2020

O livro possue um ritmo extremamente lento, com uma mitologia complexa que não é realmente explicada. Além de personagens pouco cativantes
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bernadete.dalla 12/03/2020

Desse autor havia lido só a série, não terminada, Crônicas do gelo e fogo que achei maravilhosa.
Este livro não gostei, achei confuso e inconclusivo.
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Nicioli 08/03/2020

Esperava mais
Comecei a leitura com muita expectativa, pois já li Got e amei. Mas no fim das contas não chegou nem perto do que eu esperava. Levei uns três meses para concluir a leitura, só terminei por ser persistente. Muita descrição de ambientes e pouca ação, com um final muito fraco.
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Jack 26/09/2019

A Morte da Luz
A Morte da Luz, começa um pouco devagar, sem empolgar muito o leitor. Mas é compreensível, haja vista, a construção de um "mundo novo", tendo que tentar situar o leitor neste "mundo" ... então demora um pouco para se criar a conexão com este "mundo" e seus personagens. Mas após essa transição, para aqueles que não desistirem terão uma leitura muito interessante e instigante, romance, ação, conflitos e tudo o que você procura em uma boa leitura, e o final não é nada óbvio. Recomendo.
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Gustavo 01/04/2019

É um livro esquecível
O Universo criado por RR Martin para essa história é bem interessante. Percebe-se o apreço pelas minúcias em cada raça e reino descrito por ele. Porém, os personagens principais são monótonos e tudo se torna muito previsível. Além de uma romantização dos relacionamentos que de tão exagerados se torna inverossímil o que foge completamente da personalidade do autor em seus livros futuros.
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TazdeFreitas 19/03/2018

Chato
Quando você vê ao do autor de Wild Cards você espera algo absurdamente bom então foi bem decepcionante ler esse livro. Em momento nenhum ele me prendeu e é realmente bem parado. Decepção completa.
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Rafael.Ferreira 02/03/2018

Resenha pelo Blog Ficções Humanas
"Envie esta lembrança, e eu virei. Não importa onde eu esteja, ou quando, o que tiver se passado entre nós. Eu virei, e não farei perguntas
Sou fã do Martin e de sua construção de mundos. Um terço da história é usada para essa tarefa. Em uma narrativa em terceira pessoa, vamos acompanhar a jornada de Dirk t` Larien que, ao receber uma jóia de Gwen Delvano, a mulher que mais amou na vida, embarca ao seu encontro. O combinado era, se um dos dois enviasse a jóia sussurrante, o outro deveria ir para ajudar em prol de tudo que viveram. Dirk um dia a enviou, e nunca obteve respostas. Quando a pedra de Gwen chegou, percebemos que nosso personagem iria enfrentar suas crises pessoais. Sonhos, esperanças e principalmente, quem é.

Dirk viaja para Worlon, um mundo abandonado onde poucos ainda vivem. Um mundo que Martin esmiúça, cria, enfeita e detalha principalmente nesse primeiro terço do livro. Cidades e locais. O enredo que ele mesmo criou propicia a abertura para que ele use e abuse de sua forma de transcrever palavras no papel para essa construção.

Em um primeiro momento senti que estaria lendo algo denso, poético e romântico. Até a página 100 mais ou menos, essa era minha sensação. Não achei o livro enrolado, mas não estava de fato fluindo como o resto que irei comentar. A narrativa nesse primeiro momento tem um pequeno pecado: acredito que poderia ter sido encurtado em alguns diálogos, que não fariam perder a qualidade do livro. Mas, essa minha opinião não deve fazer com que o leitor se veja em um castigo.

Planetas, culturas e povos também são criados. Histórias e mitos. Pontas soltas para se fecharem e citações preenchendo a história. Dos povos, conhecemos principalmente os kavalarianos. Selvagens e futurísticos. Seus tratamentos, nomes, trejeitos. Uma cultura enraizada, forte beirando a influência de uma religião ou ideologia. De presença marcante, com toda certeza, serão responsáveis por toda a dramatização e ação até a última página do livro.
“Sentiu o ar para ter certeza; não havia poeira, nem calor, nem luz do sol. Assentiu sabiamente. Parecia que tinha descoberto alguma grande verdade.”
A ecologista Gwen não é mais a mesma, atualmente é uma betheyn de Jaan Vikary. Uma espécie de esposa-escrava na cultura kavalariana. Esses três personagens formam o triângulo amoroso e nesse momento esperei um romance quase que clichê. Ledo engano, por algum momento esqueci que estava lendo um enredo de George Martin, e digo isso pela criatividade com que ele trabalhou esse triângulo.

A cultura kavalariana que citei é com certeza base para críticas da nossa vida, da nossa sociedade. Isso é fato quando lemos sobre como as mulheres são tratadas, como foi construída a ideia de demônios mitológicos que devem ser caçados que se vestem como humanos, precisam ser mortos de forma cruel, expostos como troféus. Esse fanatismo é muito bem discutido. Jaan não é um desses homens, viajante de vários mundos, historiador que enfrenta a si mesmo e ao seu povo para discutir esses valores, ou seja, teremos diversos pensamentos críticos ao ler determinados trechos que envolvem essas abordagens.

Não me senti perdido em nenhum momento do livro, e não tive que usar o glossário que tem ao final com tradução e explicação de todos os termos, pois a escrita do Martin e a tradução do livro atenderam muito bem esse quesito. Ela ajudou nessa imersão, onde o livro acelera. Verbos, termos e frases forem bem construídos, logo realmente, as páginas viraram sem parar. Os dois terços, meio e fim, acredito que serão lidos de forma veloz. Martin mostra suas características, que conheci em Sonho Febril e Crônicas de Gelo e Fogo por aqui. A narrativa usa dos elementos criados e explicados, o mundo já foi desenhado e portanto as palavras didáticas se transformam em ações. O ritmo fica alucinante. Um ponto negativo, para mim foi a sinopse do livro. Acredito que poderia ser melhor dentro de toda a história que nos é apresentada.
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"Não deve nada a eles, então quem se importa? Todos os seus malditos laços kavalarianos, no final das contas, são dívidas e obrigações. Tradições, a antiga sabedoria dos grupos, como o código de honra e a caça aos quase-homens."
O escritor nos faz sentir medo, temor, raiva. Amor e zelo. Sim, zelo por alguns personagens coadjuvantes que ganham força total. Traições são concebidas por interesses próprios. TODOS os personagens tem um lado bom e ruim, cruel e heróico. Egoísta e “salvador da pátria”. Nesse jogo de interesses, o amor será testado, provado. Mortes acontecerão de diversas formas, e você irá xingar o autor em todas elas, ou praticamente todas, pois a conversão entre bem e mal, importância e relevância de um personagem é impressionante e veloz. Em 180 páginas o autor consegue nos ludibriar, desejar que o bem vença sem que nem nós consigamos saber mais quem é o bem e quem deve vencer.

Tanto personagens principais quanto secundários são bem criados, com características próprias, tanto fisiológicas quanto psicológicas. Há uma língua-padrão a qual todos falam, por isso se entendem, mas com sotaques e formas de falar diferentes. A fala de um kavalariano será rapidamente identificada após algumas páginas. Pensei em descrever mais deles, porém percebi que se o fizer, estarei comprometendo o leitor. Pois, um dos pontos chaves desse livro é “O quanto de cada personagem existem em você?”.

As nuances da ficção científica estão por toda parte. Armas, naves, locais, tecnologias de ponta se mesclam com antigos preceitos, arquiteturas monárquicas e criativas. O tempo do ponto A ao B de caminhada, corrida, viagem aérea e de patinete voador (eu só queria um patinete voador no natal) respeitaram muito bem a física, a história e foram inseridos.
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"Felicidade ontem e felicidade amanhã, mas nunca hoje"
O final deste livro eu resumo como poético, honrado e justo. Não consigo dar mais explicações de coincidências bem criadas. Direi que você irá se emocionar e que irá querer esfolar o Martin, mas o encerramento se dará da melhor forma possível. Se ele tivesse feito de outra maneira, acredito que não teria sido bom para os leitores. A mensagem que eu entendi, e passada pelo Martin nesse livro é sobre o quanto mergulhamos em nós mesmos. O quanto somos navegantes pelo mundo interior. O quanto pessoas próximas de nós tem a capacidade de modificar nossas vidas e a nós mesmos. Todos os personagens refletem isso. Escolhas, consequências, planos infundados e que inacreditavelmente dão certo. Esse livro fala sobre nós mesmos usando um apaixonado e tolo viajante nas estrelas.

Juntamente com Sonho Febril aconselho esse livro como porta de entrada para a escrita de George R. R. Martin.

site: http://www.ficcoeshumanas.com/fantasia--ficcao-cientifica/resenha-a-morte-da-luz-de-george-rr-martin
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Bia 11/02/2018

Arrastado e inacabado
Talvez eu deva começar a crítica avisando que esse é o primeiro trabalho do Martin que eu leio. Peguei esse livro justamente para conhecer a escrita dele em uma história completa em um único volume antes de pensar em mergulhar numa série. Depois da leitura, o objetivo foi parcialmente concluído.

Não posso dizer que A Morte da Luz é um livro mal escrito, as palavras são bem pensadas e existe um claro planejamento por trás da história, além de um grande cuidado com a construção do universo. Mesmo assim, não é um bom livro. Durante a leitura cheguei à conclusão que ele, apesar de bem escrito, era muito mal pensado.

O protagonista da história é Dick, um homem que aparentemente está perdido em sua vida até que recebe um chamado de Gwen, sua ex. Mesmo o relacionamento deles tendo acabado há sete anos, ele atravessa o espaço para encontrá-la em Worlon, planeta errante onde aconteceu um festival uma década antes e agora está basicamente abandonado e cada vez mais próximo de morrer.

Nesse plano de fundo, o livro busca ser um drama romântico e uma aventura de ficção científica, mas não alcança nenhum dos dois. Por mais que todo o cenário tenha sido planejado (com direito até há um glossário no fim do livro), ele nunca brilha ou fica totalmente claro. Na verdade, a primeira parte do livro pode ser resumida em um monte de nomes e conceitos que só os personagens entendem e pouco fazem diferença para o decorrer da história. A maior parte das explicações são superficiais, parece estar esperado do leitor já saber daquilo. É escrito de modo que parece estar sendo mencionado coisas do dia a dia na terra, como se dizer "Ávalon", "Baldur" e todos os nomes que permeiam o livro fosse o mesmo falar "Japão" ou "Estados Unidos". É uma mitologia enorme que tem tanto significado e importância para a história quanto uma folha de uma árvore. Parece trabalho jogado fora.

Na verdade, todo o universo de planetas citados acabou me parecendo mais um universo de países mesmo. Apesar de tudo que é feito para que pareça ter uma grande diversidade, todos se julgam humanos e são humanos. Isso faz com que as grandes diferenças entre os personagens sejam apenas choque cultural de costumes (já que todos também aparentam falar o mesmo idioma) e a diversidade não pareça muito maior do que na própria terra atual. Apenas plantas e animais fogem do terráqueo com espécies novas.

Na questão romântica do livro as coisas ficam ainda precárias. Dirk é o centro da história, tudo é focado nele, mas não há nada de especialmente interessante nele. Após ir para Warlon, basicamente tudo que ele faz é falar de seu suposto amor por Gwen, mas esse sentimento parece ficar mais falso a cada página. Dirk ama seu passado, a pessoa que ele era antes, e acredita que Gwen pode torná-lo aquele homem mais uma vez. Não existe o mínimo entrosamento entre os dois, nada da famosa química, e nenhum motivo que faça o leitor torcer para que tudo dê certo e eles acabem juntos. Mas mesmo assim a maior parte dos acontecimentos da das primeiras duzentas, talvez até mais, é sobre eles, seu passado e possível futuro.

Talvez por causa do mal uso dos temas, o enredo em geral do livro é um problema. A cada página a sinopse da parte de trás da edição brasileira parece mais e mais falsa, mas seria muito spoiler explicar o porque. Posso dizer apenas que a primeira metade do livro é basicamente insignificante e depois dela a história continua se arrastando em um ritmo torturante. Sempre que algo está próximo de acontecer parece que o livro foge desse possível clímax e volta para as infinitas narrações sobre Worlon, que eu acabei chamando de turismo no decorrer da minha leitura, ou para os pensamentos de Dirk.

Quando a pouca ação acontece ela é sim recompensadora, mas não o suficiente para compensar as outras partes. No último terço do livro a história finalmente começa a se mover e momentos de tensão real são construídos, mas a falta de empatia com Dirk me impediu de sentir qualquer coisa.

Positivamente, há diálogos muito interessantes e a questão do "nome" que muitas vezes aparece na narrativa. A cultura de Alto Kavalaan é diferente e interessante, assim como as mudanças que sua sociedade está passando, e também a única parte da criação de mundo que tenta ser mais clara o que faz com que os Jaan, Garse e o laço que eles têm sejam as melhores coisas do livro, mas estão fadados ao papel secundário.

No começo desse texto eu disse que meu objetivo com o livro era conhecer a escrita do Martin por meio de uma história completa e que esse objetivo foi apenas parcialmente concluído. O motivo de não ter sido completo é que essa história não está concluída. Como acontece no livro todo, mais uma vez uma fuga do clímax atrapalha o desenvolvimento e nesse caso a fuga é simplesmente o final do livro.

Existe uma diferença entre um final aberto à interpretações e a falta completa de uma conclusão. Em A Morte da Luz simplesmente não existe desfecho para nada, os únicos personagens que tem um destino são os que morrem. Esse é mais um ponto onde a sinopse no livro mente descaradamente, já que conceitos mencionados nela estão justamente nesse clímax que nunca chega. É como se o livro parasse em um capítulo qualquer e se era para fazer isso podia ter parado muito antes, talvez ainda no extremamente confuso prólogo.
Mobula Birostris 14/07/2018minha estante
Concordo totalmente com essa pobreza de elementos que levassem a história adiante. Eles estão todos ali mas não são usados, e a história fica bem vazia mesmo.




prof.vinic 08/02/2018

Martin sendo Martin, mas não HBO, se é que vocês me entendem.
Um livro simples e com poucos personagens, mas ao mesmo tempo muito complexo. Para aqueles, assim como eu, que conheceram o Sr. Martin a partir de Game of Thrones, poucos personagens é algo estranho, já a complexidade não. Mesmo sendo um livro escrito a mais de 40 anos, muito antes do já citado Tyrion e cia, nós percebemos o toque do gênio na escrita. Por falar em idade, a história é completamente atemporal, como toda boa ficção científica deve ser. É claro que se passa num futuro distante, mas os problemas e dilemas são atuais ... na verdade, atuais de mais, infelizmente. E como não poderia deixar de ser, o enredo é completamente cativante, lia várias páginas seguidas, várias vezes por dia, eu simplesmente precisava saber o que iria acontecer em seguida ... e nisso Martin fez o seu pior: toda a certeza que você tem será destruída nas páginas seguintes, a cada capítulo uma novidade que muda tudo completamente! Quem conhece o estilo sabe do que eu estou falando, da raiva que dá porque os personagens estão fazendo uma coisa que você não queria e etc. Não vou falar do final porque foi muito frustrante, a história acabou e eu ainda não entendi tudo e queria mais! Porém George R. R. Martin é assim, nós já sabemos.
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Gaby 01/10/2017

Aquela Ressaca Literária
E aí pessoal, tudo bem?

Hoje venho contar para vocês sobre o livro mais difícil que li este ano. Eu decidi ler esse livro porque coloquei na minha cabeça que lerei “As Crônicas de Gelo e Fogo” e queria me adaptar à escrita do autor. Realmente, Titio Martin em sua primeira obra foi extremamente detalhista, o que diversas vezes me deixou muito confusa. Ao final do livro, existe um glossário que consultei diversas vezes para me ajudar na leitura (ainda bem kkk).

A sinopse do livro consegue descrever muito bem seu resumo e por esse motivo não quero me aprofundar mais. Vemos um cenário de ficção científica futurista, onde vários planetas foram colonizados por seres híbridos entre extraterrestres e seres humanos. É um livro muito descritivo no começo, o que me cansou algumas vezes. O desenrolar da estória e a ação de fato acontecem mais da metade para o final do livro.

” […] Dê um nome para uma coisa e ela, de algum modo, passará a existir. Toda a verdade está nos nomes, e todas as mentiras também, pois, nada distorce tanto quanto um nome falso, um nome falso que muda a realidade assim como as aparências.”
O romance desenvolvido é um pouco confuso no começo. Isso porque, na realidade, tudo está ligado à uma trama de segredos que de certa forma foi feita para confundir. Uma hora, você está torcendo para o “mocinho”, mas na outra percebe que o vilão não é tão mal assim e que o mocinho é meio babaca. Todos os personagens foram muito bem construídos e a personagem feminina é forte, mas indecisa. E, eu entendo-a porque ela estava sozinha após o rompimento com seu ex, que não a identificava como a pessoa que ela era. Sentiu-se perdida por um tempo e acabou encontrando o tal que seria o vilão. Mas ele não é de fato o vilão. Você percebe com o caminhar da trama como na verdade, nada é o que de fato parece ser. Tudo isso enquanto o maldito planeta errante está indo em direção ao nada, se afastando do “Sol Satã Gordo” e a vida no planeta está definhando rapidamente. Há muita violência por parte de uma cultura extremista no livro e você se verá arrebatado por essas cenas. Os personagens secundários são tão importantes para trama quanto os principais.

O final foi de fato surpreendente e eu me peguei numa ressaca literária daquelas. Mais de um mês sem conseguir ler outro livro e só pensando e criando finais alternativos na minha cabeça. Eu recomendo a leitura desse livro, mas, quem sou eu para recomendá-lo não é mesmo? Fique aqui então com a opinião de quem realmente entende! Espero que tenham gostado ! Boas Leituras!

“O pano de fundo galáctico é excelente; o mundo que ele cria é interessante … nunca é maçante. Martin sabe como prender o leitor e, provavelmente, será um dos maiores romancistas da próxima década.” – Asimov’s

site: https://literakaos.wordpress.com/2016/12/01/resenha36-a-morte-da-luz/#more-4791
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Scriptoriumm 01/09/2017

É uma leitura bastante interessante, porém dou preferência para a edição original. A tradução parece ter sido feita sem tomar alguns cuidados, e com isso alguns termos importantes e que têm um impacto na língua original acabaram sendo transformados em equivalentes português simplistas que perdem a dinâmica que o autor provavelmente buscou expor.
Por: Willian Perpétuo Busch

site: http://scriptoriumm.com/2016/09/a-morte-da-luz-george-r-r-martin-resenha/
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Cris 19/05/2017

A Morte da Luz: Uma Resenha

Vista pelo olhar de leitores, como a maioria dos brasileiros; não acostumados à riqueza temática da ficção científica, “A Morte da Luz”; obra de estreia de George R.R. Martin será, provavelmente, definido como uma "space-ópera" exótica e grandiloquente ao estilo "Duna" de Frank Herbert e “Fundação” de Isaac Asimov, entretanto através das lentes de microscópio de um leitor mais descolado em ficção científica ficará claro que encaixar “A Morte da Luz” em algum rótulo “sci-fi” não é uma tarefa muito fácil.
Publicado em 1977, época em que a literatura de ficção científica passava por um limbo criativo quando o revolucionário movimento "New Wave" já estava domesticado e digerido pelo “mainstream”, o livro de Martin causa impacto, justamente, por resgatar o olhar crítico de autores “new wavers”, a exemplo de Ursula K. Le Guin e Brian Aldiss, que estavam mais preocupados em especular como seriam as relações políticas/sócio/antropológicas da humanidade no futuro do que com descrições de parafernálias técnico-científicas.
É dentro deste contexto provocativo típico da ficção “soft” que se desenrola a intensa e emaranhada trama de “A Morte da Luz” em que Martin carrega para um futuro longínquo, em que a humanidade se espalhou por toda a Via Láctea travando guerras sangrentas com civilizações alienígenas no processo, todas as complicadas mazelas com que viemos manchando nosso planeta desde a aurora do Homem: etnocentrismo, imperialismo e globalização; aqui apresentados em escala cósmica, sexismo, fanatismo religioso etc.
Como em se tratando de uma obra do autor de “As Crônicas de Gelo e Fogo”, o complexo enredo é conduzido por sequências de ação e violência vertiginosas e despudoradas. Uma adrenalina que combina os "pulps' de Conan com ficção científica embalados em roupagem hemingwayana.
Nota-se aqui e ali pitadas de uma subtrama de amor idealizada herdada da Literatura Romântica, entretanto essas são logo esmagadas pelas ferozes cenas de combates e pela complicada psique dos personagens.
Ao final do livro há um glossário que explica em minúcias vários assuntos abordados no romance e que demonstram o interesse de Martin em criar, já em sua primeira obra, uma titânica mitologia capaz de transformar o detalhado mundo de “As Crônicas de Gelo e Fogo” em um mero rascunho.
Os fãs mais bitolados de "Game of Thrones" podem torcer o nariz para a mudança radical de cenário neste livro de Martin. Já os verdadeiros entusiastas de livros de fantasia e pesquisadores de Literatura Fantástica vão ficar felizes em saber que a imaginação do velho George R.R. Martin vai muito além das fronteiras da Muralha.
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Ismael 25/03/2017

Expectativas
Um aviso: essa é a minha primeira resenha (e ainda não sei porque decidi escrevê-la).
Esse é também o primeiro livro que leio do George Martin, e antes de comprar li as críticas. Como muitas eram negativas, mantive minhas expectativas baixas. Ainda assim, comprei. A sinopse me chamou demais a atenção, não dava para ignorar.
O livro segue um ritmo lento, a ação começa depois da metade, e tem muito pouco. De todos os personagens, achei o protagonista o mais fraco, não conseguia me importar muito com ele, apesar de entender a dor que Dirk sentia.
Por um bom tempo não gostei da Gwen também, mas quando parei pra refletir no que essa mulher tinha passado e a situação em que se encontrava, ganhei simpatia pela personagem. Os coadjuvantes foram muito bem construídos, e a história dos planetas, a cultura, a descrição das cidades, tudo isso é impressionante.
Existe uma passagem no livro que não me agradou, e o pior que foi um comentário desnecessário dentro da história, mas imagino que apenas cristãos se sentirão assim.
Se você tem paciência, gosta de ler sobre outras culturas e observar o desenvolvimento de personagens, boa leitura. De outra forma, procure outro livro. Essa não é uma história de aventura, mas sobre um homem tentando reviver seu amor perdido. Na verdade, existem outras tramas com menor destaque, mas que também merecem sua atenção.
No fim, acredito que foi o crescimento dos personagens ao longo da história que me fez gostar desse livro. Quanto às expectativas, jamais as mantenha altas. O melhor é não ter nenhuma e se surpreender, do que ficar com o hype elevado e se decepcionar.
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Ismael 25/03/2017minha estante
Então, acho que Dirk não venceu por dois motivos: Bretan era mais experiente e o próprio Dirk não demonstrou ter intenção real de duelar. Ele mesmo diz "Receber um golpe e dar um golpe, e é tudo [...]". Acho que ele tentou só resolver a questão entre os dois. Agora, se sobreviveu já é outra história... Gostei de ter ficado em aberto, combinou com o clima dos últimos capítulos.




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